Bittersweet escrita por Lua


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Bem vindos à mais uma tentativa minha de escrever uma história.
Essa eu admito que estou gostando, ideias estão fervilhando em minha mente.
Espero que gostem, acompanhem e deixem seus comentários para eu ter noção do que estão achando, okay? Adoro críticas!
Então, não tenho Beta por que admito que não dou certo com isso. Então antes de postar cada capítulo vou ler 142657817 vezes, mas as vezes eu posso deixar passar alguns errinhos, desculpem-me desde já.
Sem mais delongas, conheçam Brunne, essa diabinha que mal conheço e já considero pacas S2



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— Ela não fez isso... - Lucca suspirou, olhando com cara de bicha assustado pra sirigaita que olhava pros lados, parecendo surda num bingo.

Cara, ela ia engolir cada palavra dita.

Uma pequena multidão começou a se formar a nossa volta. Eu larguei minha mochila preta surrada no chão e sorri cinicamente pra oxigenada na minha frente. Caminhei calmamente até encará-la de perto. Meus 150 centímetros não eram muito intimidadores, mas ela parecia particularmente amedrontada com meu rosto a poucos centímetros do dela (eu ficando de ponta do pé pra isso).

— Você nunca mais vai falar da minha querida avozinha desse jeito, ok? - sussurrei. Não esperando resposta, me afastei. - Acontece. Dessa vez eu perdoo.

Peguei minha mochila no chão, jogando-a no meu ombro, e encarei o Lucca. Ele olhou pra mim incrédulo murmurando algo sobre "perderia a virgindade hoje". Vi que a multidão ia se esvaindo, e a bocuda continuara no mesmo lugar onde deixei, demonstrando alívio. Então de supetão disse:

— Não, pensando bem, eu não posso deixar passar em branco. - ri como se tivesse contado uma piada. - Sabe como é. Tenho uma fama a zelar.

Comecei a correr e dei uma bela de uma voadora na cara da loira.

— É, não perco a virgindade hoje. - escutei um Lucca muito decepcionado comentar.

*

Bati com força na porta de madeira a minha frente. Correção: esmurrei a porta a minha frente.

— To indo, porra! - minha querida avó respondeu.

Sorri de canto e expliquei pro Lucca ao meu lado.

— Ela começou a ficar surda, aí, sacomé...

— Surda?! Toma no meio do teu rabo. - minha avó incrivelmente mais baixa que eu deu passagem para que nós entrássemos.

Me joguei no sofá velho, tentando ocupar todo seu espaço com meu corpo. Estava começando a cochilar, quando eu percebi que Lucca conversava com a "Sra. Débora" sobre a minha última briga.

— Brunnetie Reis, como ousou dar uma voadora na cara de uma garota que nunca conversou na vida? - minha avó fingiu raiva, mas obviamente ria da situação. - E ainda no útimo dia de aula antes do recesso, mocinha?

— Ela disse que você era uma puta. - expliquei, jogando meu all star em algum canto da sala, ainda deitada.

— Ela disse que gente da terceira idade agem como uns putos. - corrigiu Lucca.

— Mesma bosta. - retruquei.

— Falando em bosta. - minha avó mudou a sua risada gostosa de velha por uma cara de quem chupou limão. - O filho da puta do Cláudio ligou. Você vai passar esse recesso na casa dele.

Não aguentei e comecei a gargalhar como uma idiota. Pra minha avó chamar alguém assim e não está vendo novela, ela se referia ao meu pai - que se chama Pedro, pra início de conversa, mas não adianta explicar para a teimosa dona Débora. Minha avó dá um novo nome pra ele a cada rara vez que ela o chama por um.

— Então... Vou dar uma surpresa no velho.

*

Com a mochila estufada no ombro, vestida com quatro camisetas, uma em cima da outra, dois casacos amarrados na cintura e com vários colares no pescoço desci do ônibus ainda sendo observada pela cobradora como se eu fosse um duende verde que peidasse purpurina roxa.

Caminhei meio cambaleante, arrastando meus 50 quilos mais os 6 quilos de roupa e quinquilharia minha até o prédio de rico do meu pai. Arranquei a chave enfiada no bolso da minha calça jeans e quando estava preparada pra enfiá-la na fechadura... Pera, cadê a porra da fechadura? Juro que tinha uma fucking fechadura bem aqui há uns três meses!

Tentei empurrar e puxar a porta, visto que não identifiquei nada para abri-la. Tentei chutar e esmurrar, mas o vidro apenas tremeu. Fechei os olhos, contei até três e com "mãos de Jazz", gritei:

— Abracadabra! - Nada. Perdendo a paciência, taquei com força minha mochila pesada naquela porta de vidro. - Abracazan, cacete! 

Ouvi alguém bater palmas atrás de mim, gargalhando. Virei-me já  mostrando o dedo do meio pra quem quer que seja e encontrei Marco, com um sorriso matreiro no meio do rosto narigudo dele.

— Brunnetie! Que saudades! - ele se aproximou, braços esticados. - Dá um abraço no meio-irmão.

— Ex-meio-irmão. - revirei os olhos, ignorando a tentativa dele de abraço.

Dando de ombros, ele colocou um dedo sobre uma placa azul do lado da porta que tanto esmurrei. Com um click, a porta abriu automaticamente, como uma puta que ao ser tocada pela mão daquele néscio na minha frente abre as pernas animadamente.

— Digital. Só moradores. - disse ele mostrando o dedo. Digital? Esses ricos filhos da puta.

— Essa porta é uma atirada, isso sim. Só abre as pernas pra marmanjo. - marchei até o elevador.

Felizmente, a porta do elevador  não era como a porta "me toque". Foi só o Marco chegar perto, que as portas se fecharam, impedindo de ficarmos presos juntos dentro do mesmo elevador por quatro andares. Antes de o elevador começar a subir até o quinto andar, ouvi o Marco gritar:

— Bem vinda de volta, Bugs Bunny!

Isso aí, elevador camarada.

Não abra as pernas pra marmanjo.


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Notas finais do capítulo

Olá novamente.
Queria compartilhar que eu passei por muitos problemas de depressão e outras coisas nos últimos tempos que atrapalharam um pouco o ritmo de minha escrita da minha última fic, o que me fez perder o fio da meada. Essa minha nova fic vai ser a minha tentativa de reiniciar minha vida e também minha escrita, estou me reconstruindo nela, me erguendo da minha última queda aos poucos e usando Bittersweet como uma das coisas para me relembrar como que é viver... Então estou admitindo aqui que essa história carrega algo importante para mim ^^
Bem, qual a sua primeira impressão de Brunnetie? Sejam sinceros haha
Beijos, até c:



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