I'll Protect You escrita por Luffa


Capítulo 1
Capítulo 1




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— Usopp, você viu --- essa manhã? – Perguntou a navegadora do bando do Chapéu de Palha para o atirador destes.

O outro negou para esta.

— Não a vi, entretanto, suponho que esteja com o Zoro novamente...

Nami repousou uma de suas mãos sobre sua testa, negando com a cabeça dramaticamente.

— Eu já deveria saber, eles dois não se desgrudam há tempos!

Usopp buscou compreender o porquê de a ruiva desejar conversar com ---, porém conhecia muito bem os modos da companheira e logo desistiu, aceitando sem cerimônia.

...

—-- entrou para o bando há alguns meses, esta fora de grande ajuda para o bando no reino Wano quando estes precisavam de informação e de um plano para escapar de Kaidou. Ela é uma grandiosa espadachim pouco conhecida e que começou a praticar suas habilidades de luta com espadas há dois anos. Espantosamente possuía uma demasiada maestria e certa delicadeza em usá-las, contudo seus golpes sempre foram precisos e brutos.

Logo de inicio, o espadachim mais velho e ex-caçador de piratas, Roronoa Zoro demorou um longínquo tempo para aceita-la em seu bando como companheira. Já dissera logo de inicio para o capitão que --- era uma mulher estranha e irritante. Obviamente Luffy, bobo e ingênuo o bastante o contradizeu com tais palavras;

"--- é legal! Ela nos ajudou em Wano, Zoro! Tenho certeza que não nos fará mal”.

O espadachim detestou a ideia, principalmente depois de alguns dias após sua entrada; esta dividida o mesmo espaço que ele para treinar, e o pior, seu jeito lembrava a ele de Kuina.

"Afinal, quem é você, mulher?"— Indagou para com ela, --- riu.

"Sou ---, você já sabe, Roronoa-san”. —Respondeu-o diretamente, só depois reparando no jeito em que ele a olhava, como se estivesse concluindo que era outra pessoa. – “Eu lhe lembro de alguém, por acaso?”.

O jovem de cabelos esverdeados resmungou um típico 'tsc' e a largou falando sozinha. Ela a o seguiu, obviamente e continuou a importunar o Roronoa cabeça dura por conta de sua curiosidade demasiada. Ambos eram parecidíssimos, sempre perdidos e dando trabalho para o resto do bando os localizar; cabeças-duras e brutos; até mesmo os companheiros caçoavam, afirmando que isso tudo é amor. Afinal, quem compraria brigas bobas propositalmente sem segundas intenções?

As brigas que estes tinham eram ainda mais tontas e sem nexo que as deste com o cozinheiro, Sanji Vismoke. Depois de certo tempo, o espadachim já aceitava melhor a garota, ambos tentavam dividir o espaço, até mesmo treinavam às vezes juntos, melhorando as habilidades de ambos.

Zoro aceitava mais os aspectos sombrios e estranhos de ---, às vezes trocavam ideias sobre combate e afins; buscavam se entender ao máximo. Sanji obviamente mimava --- o tempo todo e tentava de tudo para tira-la se perto do esverdeado; trazia-lhe alimentos, pratos deliciosos e a oferecia de tudo; a elogiava como a garota mais linda da face da terra, assim como todas as suas outras ‘Mellorines’, Robin e Nami. Ela tentava não ser tão indelicada com ele, afinal, o loiro nunca a tratou mal.

O espadachim queria matar o cozinheiro em todos os momentos que este adentrava a sala de treinamento, não somente por invadir seu espaço, e sim também por mimar e babar tanto pela colega. Ele já havia adquirido um carinho muito profundo por esta é não queria perde-la para o outro de modo tão bobo e insignificante para com este.

Certo dia, o bando teve de parar em uma ilha para buscar por mantimentos; Nami obrigou a todos a sair do navio, alguns foram pescar e outros buscar os mantimentos. Sanji; Luffy; Brook e Usopp ficaram pescando, Robin; Chopper; Zoro e --- buscaram os mantimentos para o estoque de comida, já Nami e Franky ficaram no Sunny GO.

A equipe de busca logo saíra para tal função, na tese, todos teriam de ir juntos para que ninguém se perdesse – E com ninguém, obviamente realçamos os dois perdidos da tripulação, Roronoa Zoro e ---, contudo ambos saíram imediatamente sem deixar rastros por ai afora. A navegadora ficara obviamente pasma e irritadíssima.

“Vamos buscar por eles assim que pegarmos os frutos, não podemos deixar que o céu escureça”.  – Ordenou a ruiva, obviamente ambos concordaram de imediato.

Há alguns metros de distância, ambos os espadachins estavam devidamente perdidos com suas cestas de coleta em mãos. Por breves minutos naquela floresta com uma mata espessa, desconhecida e possivelmente perigosa, já nem imaginavam o caminho de volta, e isto pouco importava para estes, obviamente. Após certo tempo encontrando e coletando diversos frutos desconhecidos e aparentemente perigosos, logo se encontraram e já em posição de luta, com as espadas em mãos. Quando ambos se avistaram e reconheceram-se devidamente, suas feições suavizaram. A espadachim suspirou em decepção.

“É só você, que pena...”— Murmurou com um beicinho fofo entre os lábios. – “Só esperava encontrar um ser misterioso e abominável, não um espadachim rabugento”.   

“Tsc, como você é insuportável.”— Respondeu o esverdeado, devidamente irritado.

“Igualmente”.

Uma veia saltou sobre a testa de Roronoa, que logo avistou um sorriso nos lábios de ---, esta parecia se divertir discutindo com ele, diferente deste que detestava tais audácias vindas da jovem. Entretanto, vê-la feliz o deixava estranhamente feliz, isso obviamente por dentro, afinal, não permitia nunca que nada que o prejudicasse escapasse de si próprio.

“Ei, Roronoa-san.”— Chamou-lhe a jovem. – “Você virá comigo para buscar por mais mantimentos?”.

Zoro negou de imediato.

“Claro que não, já basta aguenta-la no navio...”— Contradisse este, com um sorriso sádico nos lábios.

—-- deu de ombros.

“Como quiser.”

Roronoa Zoro virou-se para o lado oposto que --- estava indo naquele exato momento, esta o observou se afastar por breves segundos, e, quando ele ousou se virar para ver se a jovem ainda estava ali, a mesma já havia ido embora também. Os dois seguiram por cursos diferentes, adentrando ainda mais profundamente naquela floresta extensa e barulhenta. Uma floresta que, quando escurecesse poderia se tornar completamente assustadora.

Uma; duas; três horas se passaram e todos já haviam voltado ao navio, menos os espadachins deste, todos os membros do bando estavam eufóricos por não terem perdido somente um, mas sim dois de seus companheiros e amigos dentro de uma floresta. Isso por quê? Pois eram dois seres sem senso de direção algum e cabeças-duras.

A jovem espadachim estava ainda atrás de frutos desconhecidos, já havia tombado com ladrões estranhos nativos da ilha, provavelmente já haviam sido piratas ou prisioneiros destes, pois suas roupas estavam todas muito rasgadas; sujos por completo e com hematomas, cortes e variados ferimentos entornados pelo corpo. --- sequer se importou com a existência destes e continuou a rumar mata adentro, só que desta vez buscando voltar para o navio; sem sucesso algum.

Certo desespero crescia perante esta – mesmo que não confessasse tal sentimento, claro -, não possuía medo de escuro algum, nem de feras ou ladrões tolos. Seu medo era algo bem mais cruel e facilmente alimentado por alguma alma humana, um medo que crescia perante esta e gerado em sua infância. Seu coração estava descompassadíssimo, contudo buscou ficar neutra e estável, nada poderia lhe ferir em uma simples floresta, não é mesmo? Talvez.

O que ela não sabia, era que diversos nativos dali estavam a contornando, perseguindo sorrateiramente e prontíssimos para dar o bote quando esta menos percebesse. Um grupo um tanto grande, com dez lacaios e um chefe descendente de gigantes, --- não possuía nenhum Haki, muito menos o da observação para se proteger desse tipo de perigo, sua única forma de defesa era prestar atenção em seus sentidos de modo convencional; tendo a devida e preciosa atenção.

Em um momento despreocupado da jovem, todos os nativos avançaram, quando esta por fim percebeu, já haviam caído quase todos eles próximos de si; Roronoa Zoro a havia protegido. --- ficou totalmente sem reação, encarando o outro que bufava para com a mesma. Os restantes que sobraram, esta mesmo os combateu por defesa rápida.

“Você deveria prestar mais atenção, mulher.”— Deu-lhe um sermão o espadachim mais velho. – “Estamos em um local muito perigoso para pessoas distraídas”.

A jovem suspirou aliviada por este ter-lhe defendido do perigo, contudo também ficara muito envergonhada, seu orgulho de espadachim completamente ferido.  

“Quem disse que eu precisava de ajuda?”— Contradizeu esta, buscando manter-se firme e imponente. – “Eu estava muito bem sozinha...”.

Roronoa nada a disse, apenas segurou-lhe pelo braço e a puxou para a direção escolhida. --- buscou livrar-se deste sem o machucar, tendo suas ações dadas em vão.

“E-Ei! Solte-me!”.

O mais velho nada a disse, apenas continuou a puxa-la por alguns minutos, a outra já havia desistido de tentar se soltar.

“Para! Está me machucando, eu já estou te seguindo, viu?”.

Zoro parou e a soltou, fitando-a sem demonstrar feições, por fim disse;

“Precisamos chegar logo ao navio, está escurecendo”.

—-- revirou os olhos, duvidando de suas palavras.

— “Eu acho que deveríamos ficar parados aqui mesmo, sabe... você não tem um senso de direção formado...”.

“Claro que sei!”— Contradisse o outro. – “Todos vocês vivem me dizendo que eu não sei, mas eu sei que sei, sempre chego aos lugares”.

Esta mal conseguia acreditar nas palavras do outro, segurando firmemente para não rir e falhando miseravelmente. Roronoa a fitou constrangido e bravo ao mesmo tempo, contudo nada disse, apenas continuou a andar pela floresta. --- o puxou e insistiu para que não continuasse e esperassem os outros, o espadachim apenas aceitou depois de muito tempo insistindo.

Zoro começou a caminhar para próximo de uma arvore e a cortou, --- correu para onde este a havia cortado, desesperada.

“Ei! O-O que você vai fazer?”— Perguntou a garota.

O esverdeado a olhou nos olhos, arqueando as sobrancelhas em indignação.

“Uma fogueira, não é óbvio?”.

Sua expressão piorou muitíssimo, agora estava pasma novamente. “O fogo!”; pensou no mesmíssimo instante, seu maior medo era o fogo, uma chama quando não bem utilizada, pode até mesmo causar os piores tipos de ferimentos físicos e psicológicos. Em seu passado, a jovem já tivera uma experiência demasiadamente traumática para uma só vida envolvendo o elemento que a traumatizara e tirara absolutamente tudo que esta possuía.

“Você está bem?”— Perguntou Roronoa quando percebera como a garota estava em completo choque.

—-- assentiu com a cabeça.

“Eu só... e-eu só...”— Ela não conseguiu finalizar, apenas negou.

O espadachim buscou compreender, de verdade. Como este é bem lerdo, demorou um pouco mais que um minuto para compreender qual era o problema; o medo. Zoro então fizera algo que jamais faria com qualquer um; ele a abraçou carinhosamente e esta não negara o contato. Com a madeira que este cortou, ambos a utilizaram como um banco para sentar e ali pereceram conversando até que seus companheiros os encontrassem, dessem diversas broncas e os levasse de volta ao navio para prosseguir com a viagem.

...

Atualmente, todos os tripulantes do Thousand Sunny estavam acordando e bem dispostos para mais um dia a bordo com seus companheiros. Todos menos os dois espadachins, é claro. Ambos pereceram vigiando o navio à noite para o bando, bem... seria somente Zoro quem ficaria com a tarefa, contudo --- quis ficar consigo para dar-lhe companhia naquela fria madrugada. Ambos pereceram acordados trocando ideias no ninho de corvo, tomando um pouco de saquê gelado que ambos tanto amavam de paixão e dando boas risadas.

Sem que estes percebessem, acabaram por dormir juntos ali mesmo, Roronoa sentado e --- encostada em seu ombro, ambos dormindo pesadamente desde a manhã e provavelmente só acordariam depois ou no horário de almoço para comer a deliciosa comida que Sanji, cozinheiro do navio sempre preparava para todos eles.

Com toda a certeza, quando estes acordassem passariam uma gigantesca vergonha por terem sido flagrados dormindo juntos até tarde naquele mesmo local alto e muito bem avistado do navio, seriam motivo para gozação e ainda mais formados como o ‘doce’ casal do bando do Chapéu de Palha – se é que podia ser considerado como um casal, muito menos doce, com toda a certeza. Bem, isso é se estes permitissem que fizessem isto, não?


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