Amor Desconhecido escrita por Agent Krysten
Notas iniciais do capítulo
Olá? Como estão?
Vcs estão gostando dessa história? Espero que sim.
Obrigada pelos comentários e pelo apoio da leitura.
Vcs já sabem: se houver algum erro, por favor me avise.
Espero não demorar muito para postar o próximo capítulo, pois tenho que escrever os próximos capítulos das fanfics "De Coração para Coração" e "Human Touch". Se vcs tiverem a oportunidade de ler e comentarem essas outras histórias, eu ficaria muito feliz.
Obrigada.
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Encostada em sua porta, Amanda fechou os olhos e respirou fundo. Seu coração batia acelerado e descontrolado, dificultando seu julgamento. Quando sua respiração se controlou, seus pensamentos se organizaram e ela então, decidiu agir.
Usando a porta dos fundos para sair sem ser percebida, caminhou silenciosamente pela lateral da casa até chegar à varanda. Escondida atrás da parede, ela observou o espião andar pela frente de sua casa e tentou identificá-lo.
O boné dificultou a visão de Amanda e se aproveitando de que ele estava de costas para ela, se aproximou rapidamente e o acertou com o utensílio metálico que tinha nas mãos.
O intruso foi ao chão imediatamente, caindo de bruços.
Empenhando o item de metal nas mãos, Amanda cercou o intruso e o empurrou com o pé, certificando-se de que ele estava desmaiado.
Ela deixou o utensílio no chão e virou o intruso e; tamanha foi a sua surpresa quando o reconheceu.
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— Olhe fixo para mim, xerife – ordenou Hawkes iluminando os olhos do paciente.
Mac estava sentado na maca da área de emergência do Hospital Geral de Oak Island, com um pequeno corte na testa e uma tremenda dor de cabeça.
Um enfermeiro entregou a Hawkes vários documentos e os exames realizados no xerife. O médico vasculhou os papéis com atenção e formou seu parecer do caso.
— O senhor está bem, xerife. Não há nada na chapa de raio-x ou na tomografia. Não há indícios de trauma ou hemorragia interna. O senhor será liberado.
— Eu te disse doutor Hawkes – complementou Mac – estou bem.
O médico pegou seu bloco de receitas e prescreveu um medicamento para dor.
— Xerife, se você sentir dor, tome esse remédio – indicou o médico entregando a receita – E se sentir tontura, enjôo ou sangramento do nariz, por favor me procure.
Mac consentiu e guardou a receita no bolso de sua camisa aberta.
— Espere aqui mais alguns minutos, xerife. Vou assinar a papelada do seu atendimento e providenciar a sua alta.
Assim que Hawkes saiu do leito de atendimento, Amanda se levantou da cadeira onde esperava e interceptou o médico.
— Ele vai ficar bem, Amanda. Já vou lhe dar alta. Pode entrar lá para vê-lo.
— Obrigada. – suspirou aliviada.
Ela parou na porta do leito e o viu sentado na maca, com a camisa aberta e um curativo na testa.
— Xerife?
Ele gesticulou para que ela entrasse.
— Me perdoe. Eu não quis machucar você. É que eu escutei um barulho estranho e achei que estava em perigo, que ele tinha me encontrado e ia me pegar...
Mac pegou nas mãos dela e interrompeu sua lamentação.
— Está tudo bem, Amanda. Eu estou bem.
Amanda deu um suspiro, brava.
— Que diabos você estava fazendo na minha varanda aquela hora da manhã?
O xerife riu da braveza dela e fez um movimento negativo com a cabeça.
— Eu só estava verificando uma coisa.
— Que coisa? – ela perguntou, elevando suas mãos para cima.
Antes que ele respondesse, o doutor Hawkes voltou ao leito de atendimento.
— Tudo pronto, xerife. Você já pode ir.
— Obrigado, Hawkes.
— Lembre-se das minhas recomendações, xerife. Qualquer coisa, me procure.
Mac se levantou da cama e se dirigiu ao banheiro e Amanda saiu para esperá-lo do lado de fora.
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— Você vai manter esse suspense? Não vai mesmo me dizer o que estava fazendo na minha varanda?
O xerife ria da condição em que estavam, e mesmo assim a repreendeu.
— Mantenha sua atenção na direção, Amanda. Eu nem podia deixar você dirigir a viatura.
Apesar de insistir que estava em condições de dirigir, Amanda tomou a direção da viatura e o obrigou a ir de passageiro, outra vez. Ao perguntar o endereço da casa dele, ele a mandou voltar para a casa dela.
Sem entender as intenções do xerife e sem querer brigar com ele nessas condições, ela não questionou o pedido e seguiu para seu endereço.
Ao estacionar em frente a sua casa, Amanda percebeu a presença de Danny, Adam e Lindsay.
Danny usou a oportunidade para tirar um sarro do xerife.
— Oh xerife! Nós aqui dando duro e o senhor dando uma voltinha no hospital?
Mac riu da piada e cumprimentou os amigos. Amanda franziu a testa e somente quando subiu em sua varanda, percebeu o que eles estavam fazendo.
— Vocês vão restaurar meu balanço? Era isso que você estava fazendo aqui, xerife?
— Sim. – respondeu Danny, Adam e Mac, ao mesmo tempo.
Ela riu desacreditada.
— Vamos, Danny e Adam. Temos trabalho a fazer!
Eles foram até o balanço e começaram o trabalho de restauração do item.
Amanda convidou Lindsay para acompanhá-la até o mercado do Sid, para comprar alguns ingredientes para um lanche.
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— Você já percebeu que o xerife está caidinho por você, não é?
Amanda deu um sorriso amarelo.
— Eu não posso me envolver com ninguém, Lindsay.
Lindsay arregalou os olhos antes de questionar.
— Por que? Não me diga que você tem outra pessoa.
O silêncio de Amanda representou uma resposta que entristeceu Lindsay profundamente.
Alguns passos a frente, ela retomou a conversa.
— E quando você vai dizer isso ao xerife?
Amanda fez uma careta.
— Nós não temos nada, Lindsay.
Ao chegarem de volta à casa, elas passaram pelos homens que se entretinham com o balanço, que agora era dezenas de peças espalhadas pelo chão.
Mesmo desmotivada, Lindsay ajudou Amanda nos preparativos do lanche. Ela estava torcendo pelo lindo casal e a resposta não dada pela colega minou toda a sua inspiração para juntá-los.
— Com licença, Amanda, onde é o toalete?
Ela indicou o local e ao voltar para os preparativos do lanche, ouviu seu nome ser chamado novamente.
— Amanda? Com licença. Você pode me dar um copo de água?
— Claro.
A voz forte e grave foi reconhecida imediatamente por ela, que logo alcançou um copo no armário e o encheu com o líquido gelado. Ao se virar, seus movimentos congelaram ao ver o xerife parado em sua cozinha, sem camisa e com os olhos mais azuis do que o céu naquele dia ensolarado.
Como ela não se mexeu, ele pegou o copo das mãos dela e bebeu a água com vontade, deixando uma gota escorrer de sua boca.
Somente os olhos dela se moveram, acompanhando a pequena gota de água deslizar pelo pescoço e abdômen, até ser absorvida pela calça de moletom preta que ele vestia. Um calor atingiu seu corpo e abalou a sua respiração. Com muita dificuldade, ela pegou o copo de volta e o observou sair de sua casa, hipnotizada pelo corpo dele.
— Amanda? AMANDA!
Ela piscou rápido quando sua colega a trouxe de volta à realidade, movimentando a mão na frente dos olhos dela.
— Está tudo bem?
— Sim, está. Vamos levar os lanches que já estão prontos.
A parada para o lanche foi divertida e eles ficaram conversando por um bom tempo. Adam foi o centro das atenções, com as suas histórias engraçadas e muitas vezes de veracidade questionável. Lindsay tinha sua atenção no amigo, contudo, não deixou de observar os olhares que Amanda e Mac trocaram constantemente durante todo o bate papo. Ela não entendeu o comportamento de Amanda e se lamentou pelo xerife, que ficaria arrasado quando soubesse que ela já tinha outra pessoa.
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A tarde já caía na ilha de Oak Island quando Danny e Lindsay se despediram deles e foram para a praia, aproveitar os últimos momentos da luz do dia.
Adam ainda ajudou o xerife com a montagem do balanço e logo depois também saiu, deixando os dois sozinhos.
Amanda observou Mac trabalhar no balanço e se admirou com a sua habilidade manual na execução do acabamento.
— Você não foi marceneiro também, né xerife? Além de policial, marine e CSI?
Mac riu sem tirar a atenção da tábua que lixava delicadamente, preparando para os últimos retoques da pintura.
— Não. Eu tinha um amigo marine, que adorava barcos e ele construiu um na garagem dele. Então, ele me deu umas dicas sobre manusear madeira.
— Ah, entendi. – disse Amanda.
Ele pintou as partes faltantes cuidadosamente e finalizou o trabalho de restauração.
— Voilá! – concluiu Mac.
Amanda se aproximou e sorriu contente ao ver seu balanço terminado e operacional.
— Pode experimentar. Só toma cuidado com as extremidades, onde a tinta ainda está fresca.
Ela caminhou animada e se sentou cuidadosamente no balanço. Com os pés, deu um pequeno impulso e ele se moveu, fazendo o movimento que ela queria sentir desde o dia que chegou naquela casa.
Com os olhos fechados, o leve vento que atingiu seu rosto lhe tirou um sorriso. Mac também sorriu, encantado com a expressão de satisfação do rosto dela.
— Que delícia! Queria muito fazer isso, desde que cheguei aqui. Obrigada!
Mac a deixou brincar um pouco mais com seu balanço enquanto recolhia suas ferramentas e os itens usados no retrabalho. Após colocar suas coisas no porta mala da viatura, ele pediu licença para lavar suas mãos.
Amanda concedeu e só depois de algum tempo percebeu que, ao invés de ir ao banheiro, ele se dirigiu à lateral da casa, onde havia uma torneira.
Mac aproveitou que havia uma mangueira conectada à torneira e lavou suas mãos, braços, peito e até jogou um pouco de água nos cabelos, evitando molhar o curativo que tinha na testa.
Ela se encostou na parede e cruzou os braços, admirando a visão do xerife se banhando em sua mangueira.
— Xerife, por que não foi usar o banheiro lá dentro?
— Nada. – disse ele desligando a água – Está ótimo!
Ele passou as mãos nos cabelos para tirar o excesso de água, os deixando deliciosamente bagunçados. As gotas desciam pelo peito dele e hipnotizaram Amanda tão intensamente que ela demorou em voltar para a realidade e oferecer ajuda.
— Espere um pouco, xerife. Vou buscar uma toalha para você.
Mac negou e passou as mãos pelos braços e abdômen, tirando o excesso de água. Após se esfregar por alguns segundos, ele vestiu a sua camiseta, que ao absorver a umidade remanescente, colou no corpo dele.
Involuntariamente, Amanda mordeu os lábios, em resposta às ações do xerife.
— Prontinho!
Somente quando eles retornaram à varanda, que Amanda conseguiu falar novamente.
— Xerife, dessa vez não pode passar. Eu preciso saber quanto vocês gastaram com as peças para a restauração do balanço. Você, o Danny e o Adam. Quero pagar por isso, por favor.
O xerife nada respondeu e vestiu a sua cara de mistério.
— Ah, xerife, não começa, por favor! Vai me fala quando eu devo para vocês.
— Você não deve nada, Amanda.
Ela movimentou sua língua dentro de sua boca, desconfortavelmente, tentando não se irritar com aquela situação.
— Vai, xerife. Deve haver algum jeito de eu pagar essa dívida.
— Ah, isso tem. – respondeu Mac com um tom sarcástico.
Amanda colocou suas mãos na cintura.
— E qual seria?
— Bem, você poderia, por exemplo, ir jantar comigo em minha casa.
A face dela se corou com o convite direto dele.
— Xerife, desculpe, mas não posso ir jantar em sua casa. – disse envergonhada.
Ele afinou os lábios decepcionado, e também percebeu que seu convite estaria um pouco exagerado.
— Eu entendo. Então o que você me diz de jantar comigo no restaurante do Sid? É um ótimo local, com pratos deliciosos.
Amanda fez um suspense antes de responder.
— Está bem. Eu aceito.
Um sorriso largo tomou conta dos lábios do xerife.
— Pode ser na próxima quinta-feira? Passo aqui na sua casa às sete da noite.
— Combinado.
Mac desceu as escadas da varanda quando Amanda o seguiu.
— Espera, xerife.
Ele se virou apenas para ver o lindo par de esmeraldas verdes o procurarem.
— Eu sinto muito por hoje. Não queria ter te machucado.
— Estou bem, Amanda. Você fez o certo, se defendeu numa condição de perigo. Eu também sinto por ter te assustado. Eu só queria te fazer uma surpresa. E ainda bem que você não tem uma arma, senão, seu balanço não estaria restaurado agora.
Os dois riram.
— Espera. Você não tem uma arma, tem? – perguntou preocupado.
— Não.
— Ainda bem. – suspirou aliviado.
Ela se aproximou e beijou a testa dele, perto do curativo.
— Obrigada, xerife. Eu adorei a surpresa.
Ele a observou recolher as coisas que sobraram do lanche e entrar em casa. Seu coração se sentiu mais que recompensado com o simples beijo e o carinhoso agradecimento.
— Oi, xerife!
Flack acenou para Mac, chamando a sua atenção.
— Oi Flack. Oi Jess! – cumprimentou a companhia dele.
Jess se aproximou e abraçou Mac, cumprimentando-o.
Flack apontou para a testa do xerife e o provocou, com uma risadinha.
— Você anotou a chapa do caminhão que te fez isso?
Mac levou sua mão ao curativo e respondeu a provocação.
— Engraçadinho. E como anotei.
Jess e Flack trocaram olhares suspeitos.
— Eu estou voltando para Nova Iorque amanhã, detetive Taylor, e eu só queria me despedir.
— Já está indo embora? Que pena! Ia te convidar para entrar na força policial daqui. – brincou.
Ela deu uma risada alta e rápida.
— A Jo me mataria. – brincou Jess.
— Xerife? – interrompeu Flack e apontou para a casa. – Quem mora aí?
— O caminhão que me atropelou. Esperem um pouco, quero apresentar ela para vocês.
Taylor subiu na varanda de volta e bateu na porta.
— Amanda, sou eu de novo.
O casal subiu as escadas da varanda e aguardou o atendimento da dona da casa.
Amanda abriu uma fresta na porta e se deparou com Mac, novamente.
— Oi Amanda, queria te apresentar dois colegas policiais.
Ela abriu completamente a porta e visualizou o casal, que aguardava atrás do xerife. A visita inesperada a surpreendeu tão intensamente que sua mente não conseguiu impedir sua reação imediata.
— Jess?
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Gostaram? De onde a Amanda conhece a Jess? Comentem! At+!