Amor Desconhecido escrita por Agent Krysten


Capítulo 6
O Intruso


Notas iniciais do capítulo

Olá? Como estão?
Vcs estão gostando dessa história? Espero que sim.
Obrigada pelos comentários e pelo apoio da leitura.
Vcs já sabem: se houver algum erro, por favor me avise.
Espero não demorar muito para postar o próximo capítulo, pois tenho que escrever os próximos capítulos das fanfics "De Coração para Coração" e "Human Touch". Se vcs tiverem a oportunidade de ler e comentarem essas outras histórias, eu ficaria muito feliz.
Obrigada.



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Encostada em sua porta, Amanda fechou os olhos e respirou fundo. Seu coração batia acelerado e descontrolado, dificultando seu julgamento. Quando sua respiração se controlou, seus pensamentos se organizaram e ela então, decidiu agir.

Usando a porta dos fundos para sair sem ser percebida, caminhou silenciosamente pela lateral da casa até chegar à varanda. Escondida atrás da parede, ela observou o espião andar pela frente de sua casa e tentou identificá-lo.

O boné dificultou a visão de Amanda e se aproveitando de que ele estava de costas para ela, se aproximou rapidamente e o acertou com o utensílio metálico que tinha nas mãos.

O intruso foi ao chão imediatamente, caindo de bruços.

Empenhando o item de metal nas mãos, Amanda cercou o intruso e o empurrou com o pé, certificando-se de que ele estava desmaiado.

Ela deixou o utensílio no chão e virou o intruso e; tamanha foi a sua surpresa quando o reconheceu.

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— Olhe fixo para mim, xerife – ordenou Hawkes iluminando os olhos do paciente.

Mac estava sentado na maca da área de emergência do Hospital Geral de Oak Island, com um pequeno corte na testa e uma tremenda dor de cabeça.

Um enfermeiro entregou a Hawkes vários documentos e os exames realizados no xerife. O médico vasculhou os papéis com atenção e formou seu parecer do caso.

— O senhor está bem, xerife. Não há nada na chapa de raio-x ou na tomografia. Não há indícios de trauma ou hemorragia interna. O senhor será liberado.

— Eu te disse doutor Hawkes – complementou Mac – estou bem.

O médico pegou seu bloco de receitas e prescreveu um medicamento para dor.

— Xerife, se você sentir dor, tome esse remédio – indicou o médico entregando a receita – E se sentir tontura, enjôo ou sangramento do nariz, por favor me procure.

Mac consentiu e guardou a receita no bolso de sua camisa aberta.

— Espere aqui mais alguns minutos, xerife. Vou assinar a papelada do seu atendimento e providenciar a sua alta.

Assim que Hawkes saiu do leito de atendimento, Amanda se levantou da cadeira onde esperava e interceptou o médico.

— Ele vai ficar bem, Amanda. Já vou lhe dar alta. Pode entrar lá para vê-lo.

— Obrigada. – suspirou aliviada.

Ela parou na porta do leito e o viu sentado na maca, com a camisa aberta e um curativo na testa.

— Xerife?

Ele gesticulou para que ela entrasse.

— Me perdoe. Eu não quis machucar você. É que eu escutei um barulho estranho e achei que estava em perigo, que ele tinha me encontrado e ia me pegar...

Mac pegou nas mãos dela e interrompeu sua lamentação.

— Está tudo bem, Amanda. Eu estou bem.

Amanda deu um suspiro, brava.

— Que diabos você estava fazendo na minha varanda aquela hora da manhã?

O xerife riu da braveza dela e fez um movimento negativo com a cabeça.

— Eu só estava verificando uma coisa.

— Que coisa? – ela perguntou, elevando suas mãos para cima.

Antes que ele respondesse, o doutor Hawkes voltou ao leito de atendimento.

— Tudo pronto, xerife. Você já pode ir.

— Obrigado, Hawkes.

— Lembre-se das minhas recomendações, xerife. Qualquer coisa, me procure.

Mac se levantou da cama e se dirigiu ao banheiro e Amanda saiu para esperá-lo do lado de fora.

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— Você vai manter esse suspense? Não vai mesmo me dizer o que estava fazendo na minha varanda?

O xerife ria da condição em que estavam, e mesmo assim a repreendeu.

— Mantenha sua atenção na direção, Amanda. Eu nem podia deixar você dirigir a viatura.

Apesar de insistir que estava em condições de dirigir, Amanda tomou a direção da viatura e o obrigou a ir de passageiro, outra vez. Ao perguntar o endereço da casa dele, ele a mandou voltar para a casa dela.

Sem entender as intenções do xerife e sem querer brigar com ele nessas condições, ela não questionou o pedido e seguiu para seu endereço.

Ao estacionar em frente a sua casa, Amanda percebeu a presença de Danny, Adam e Lindsay.

Danny usou a oportunidade para tirar um sarro do xerife.

— Oh xerife! Nós aqui dando duro e o senhor dando uma voltinha no hospital?

Mac riu da piada e cumprimentou os amigos. Amanda franziu a testa e somente quando subiu em sua varanda, percebeu o que eles estavam fazendo.

— Vocês vão restaurar meu balanço? Era isso que você estava fazendo aqui, xerife?

— Sim. – respondeu Danny, Adam e Mac, ao mesmo tempo.

Ela riu desacreditada.

— Vamos, Danny e Adam. Temos trabalho a fazer!

Eles foram até o balanço e começaram o trabalho de restauração do item.

Amanda convidou Lindsay para acompanhá-la até o mercado do Sid, para comprar alguns ingredientes para um lanche.

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— Você já percebeu que o xerife está caidinho por você, não é?

Amanda deu um sorriso amarelo.

— Eu não posso me envolver com ninguém, Lindsay.

Lindsay arregalou os olhos antes de questionar.

— Por que? Não me diga que você tem outra pessoa.

O silêncio de Amanda representou uma resposta que entristeceu Lindsay profundamente.

Alguns passos a frente, ela retomou a conversa.

— E quando você vai dizer isso ao xerife?

Amanda fez uma careta.

— Nós não temos nada, Lindsay.

Ao chegarem de volta à casa, elas passaram pelos homens que se entretinham com o balanço, que agora era dezenas de peças espalhadas pelo chão.

Mesmo desmotivada, Lindsay ajudou Amanda nos preparativos do lanche. Ela estava torcendo pelo lindo casal e a resposta não dada pela colega minou toda a sua inspiração para juntá-los.

— Com licença, Amanda, onde é o toalete?

Ela indicou o local e ao voltar para os preparativos do lanche, ouviu seu nome ser chamado novamente.

— Amanda? Com licença. Você pode me dar um copo de água?

— Claro.

A voz forte e grave foi reconhecida imediatamente por ela, que logo alcançou um copo no armário e o encheu com o líquido gelado. Ao se virar, seus movimentos congelaram ao ver o xerife parado em sua cozinha, sem camisa e com os olhos mais azuis do que o céu naquele dia ensolarado.

Como ela não se mexeu, ele pegou o copo das mãos dela e bebeu a água com vontade, deixando uma gota escorrer de sua boca.

Somente os olhos dela se moveram, acompanhando a pequena gota de água deslizar pelo pescoço e abdômen, até ser absorvida pela calça de moletom preta que ele vestia. Um calor atingiu seu corpo e abalou a sua respiração. Com muita dificuldade, ela pegou o copo de volta e o observou sair de sua casa, hipnotizada pelo corpo dele.

— Amanda? AMANDA!

Ela piscou rápido quando sua colega a trouxe de volta à realidade, movimentando a mão na frente dos olhos dela.

— Está tudo bem?

— Sim, está. Vamos levar os lanches que já estão prontos.

A parada para o lanche foi divertida e eles ficaram conversando por um bom tempo. Adam foi o centro das atenções, com as suas histórias engraçadas e muitas vezes de veracidade questionável. Lindsay tinha sua atenção no amigo, contudo, não deixou de observar os olhares que Amanda e Mac trocaram constantemente durante todo o bate papo. Ela não entendeu o comportamento de Amanda e se lamentou pelo xerife, que ficaria arrasado quando soubesse que ela já tinha outra pessoa.

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A tarde já caía na ilha de Oak Island quando Danny e Lindsay se despediram deles e foram para a praia, aproveitar os últimos momentos da luz do dia.

Adam ainda ajudou o xerife com a montagem do balanço e logo depois também saiu, deixando os dois sozinhos.

Amanda observou Mac trabalhar no balanço e se admirou com a sua habilidade manual na execução do acabamento.

— Você não foi marceneiro também, né xerife? Além de policial, marine e CSI?

Mac riu sem tirar a atenção da tábua que lixava delicadamente, preparando para os últimos retoques da pintura.

— Não. Eu tinha um amigo marine, que adorava barcos e ele construiu um na garagem dele. Então, ele me deu umas dicas sobre manusear madeira.

— Ah, entendi. – disse Amanda.

Ele pintou as partes faltantes cuidadosamente e finalizou o trabalho de restauração.

— Voilá! – concluiu Mac.

Amanda se aproximou e sorriu contente ao ver seu balanço terminado e operacional.

— Pode experimentar. Só toma cuidado com as extremidades, onde a tinta ainda está fresca.

Ela caminhou animada e se sentou cuidadosamente no balanço. Com os pés, deu um pequeno impulso e ele se moveu, fazendo o movimento que ela queria sentir desde o dia que chegou naquela casa.

Com os olhos fechados, o leve vento que atingiu seu rosto lhe tirou um sorriso. Mac também sorriu, encantado com a expressão de satisfação do rosto dela.

— Que delícia! Queria muito fazer isso, desde que cheguei aqui. Obrigada!

Mac a deixou brincar um pouco mais com seu balanço enquanto recolhia suas ferramentas e os itens usados no retrabalho. Após colocar suas coisas no porta mala da viatura, ele pediu licença para lavar suas mãos.

Amanda concedeu e só depois de algum tempo percebeu que, ao invés de ir ao banheiro, ele se dirigiu à lateral da casa, onde havia uma torneira.

Mac aproveitou que havia uma mangueira conectada à torneira e lavou suas mãos, braços, peito e até jogou um pouco de água nos cabelos, evitando molhar o curativo que tinha na testa.

Ela se encostou na parede e cruzou os braços, admirando a visão do xerife se banhando em sua mangueira.

— Xerife, por que não foi usar o banheiro lá dentro?

— Nada. – disse ele desligando a água – Está ótimo!

Ele passou as mãos nos cabelos para tirar o excesso de água, os deixando deliciosamente bagunçados. As gotas desciam pelo peito dele e hipnotizaram Amanda tão intensamente que ela demorou em voltar para a realidade e oferecer ajuda.

— Espere um pouco, xerife. Vou buscar uma toalha para você.

Mac negou e passou as mãos pelos braços e abdômen, tirando o excesso de água. Após se esfregar por alguns segundos, ele vestiu a sua camiseta, que ao absorver a umidade remanescente, colou no corpo dele.

Involuntariamente, Amanda mordeu os lábios, em resposta às ações do xerife.

— Prontinho!

Somente quando eles retornaram à varanda, que Amanda conseguiu falar novamente.

— Xerife, dessa vez não pode passar. Eu preciso saber quanto vocês gastaram com as peças para a restauração do balanço. Você, o Danny e o Adam. Quero pagar por isso, por favor.

O xerife nada respondeu e vestiu a sua cara de mistério.

— Ah, xerife, não começa, por favor! Vai me fala quando eu devo para vocês.

— Você não deve nada, Amanda.

Ela movimentou sua língua dentro de sua boca, desconfortavelmente, tentando não se irritar com aquela situação.

— Vai, xerife. Deve haver algum jeito de eu pagar essa dívida.

— Ah, isso tem. – respondeu Mac com um tom sarcástico.

Amanda colocou suas mãos na cintura.

— E qual seria?

— Bem, você poderia, por exemplo, ir jantar comigo em minha casa.

A face dela se corou com o convite direto dele.

— Xerife, desculpe, mas não posso ir jantar em sua casa. – disse envergonhada.

Ele afinou os lábios decepcionado, e também percebeu que seu convite estaria um pouco exagerado.

— Eu entendo. Então o que você me diz de jantar comigo no restaurante do Sid? É um ótimo local, com pratos deliciosos.

Amanda fez um suspense antes de responder.

— Está bem. Eu aceito.

Um sorriso largo tomou conta dos lábios do xerife.

— Pode ser na próxima quinta-feira? Passo aqui na sua casa às sete da noite.

— Combinado.

Mac desceu as escadas da varanda quando Amanda o seguiu.

— Espera, xerife.

Ele se virou apenas para ver o lindo par de esmeraldas verdes o procurarem.

— Eu sinto muito por hoje. Não queria ter te machucado.

— Estou bem, Amanda. Você fez o certo, se defendeu numa condição de perigo. Eu também sinto por ter te assustado. Eu só queria te fazer uma surpresa. E ainda bem que você não tem uma arma, senão, seu balanço não estaria restaurado agora.

Os dois riram.

— Espera. Você não tem uma arma, tem? – perguntou preocupado.

— Não.

— Ainda bem. – suspirou aliviado.

Ela se aproximou e beijou a testa dele, perto do curativo.

— Obrigada, xerife. Eu adorei a surpresa.

Ele a observou recolher as coisas que sobraram do lanche e entrar em casa. Seu coração se sentiu mais que recompensado com o simples beijo e o carinhoso agradecimento.

— Oi, xerife!

Flack acenou para Mac, chamando a sua atenção.

— Oi Flack. Oi Jess! – cumprimentou a companhia dele.

Jess se aproximou e abraçou Mac, cumprimentando-o.

Flack apontou para a testa do xerife e o provocou, com uma risadinha.

— Você anotou a chapa do caminhão que te fez isso?

Mac levou sua mão ao curativo e respondeu a provocação.

— Engraçadinho. E como anotei.

Jess e Flack trocaram olhares suspeitos.

— Eu estou voltando para Nova Iorque amanhã, detetive Taylor, e eu só queria me despedir.

— Já está indo embora? Que pena! Ia te convidar para entrar na força policial daqui. – brincou.

Ela deu uma risada alta e rápida.

— A Jo me mataria. – brincou Jess.

— Xerife? – interrompeu Flack e apontou para a casa. – Quem mora aí?

— O caminhão que me atropelou. Esperem um pouco, quero apresentar ela para vocês.

Taylor subiu na varanda de volta e bateu na porta.

— Amanda, sou eu de novo.

O casal subiu as escadas da varanda e aguardou o atendimento da dona da casa.

Amanda abriu uma fresta na porta e se deparou com Mac, novamente.

— Oi Amanda, queria te apresentar dois colegas policiais.

Ela abriu completamente a porta e visualizou o casal, que aguardava atrás do xerife. A visita inesperada a surpreendeu tão intensamente que sua mente não conseguiu impedir sua reação imediata.

— Jess?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? De onde a Amanda conhece a Jess? Comentem! At+!



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