Seguindo em Frente escrita por liamara234


Capítulo 4
A carta


Notas iniciais do capítulo

Demorei muuuuuiittoooo, mas está aí um capítulo fresquinho!
Boa Leitura!
Música: The Greatest - Sia



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Ao cair da noite chegaram a estação de King Cross. A Sra. Weasley os guiou, após atravessarem a barreira e entrarem na Londres trouxa, até um beco do lado de fora. Aparataram de dois em dois e, quando tocaram os pés nos arredores da Toca, sentiram finalmente que estavam em um lugar verdadeiramente seguro.

Depois de Gina ter acordado Rony e Hermione na cabine quando chegaram - já que ambos estavam adormecidos ainda - e se verem em tal posição, abraçados como se um dependesse do corpo um do outro, um momento constrangedor e silencioso se seguiu entre os dois que não se atreviam ter uma troca de olhares.

Assim como os demais, caminharam de cabeça baixa e em silêncio para dentro da Toca. O ambiente logo ficou mais quente e agradável após Molly acender a lareira com um feitiço. Os outros desabaram nos sofás e poltronas, exaustos acima de tudo.   

 

Uh-oh, estou ficando sem fôlego, mas eu 

Oh, eu, eu tenho vigor, 

Uh-oh, estou correndo agora e fecho meus olhos

Bem, oh, eu tenho vigor

 

— Sei que estão cansados. Mas vão poder dormir se forem tomar banho e descerem logo depois para comerem - Molly se pronunciou ao voltar da cozinha. Ninguém se moveu de onde estava e quando ela bateu palmas em sinal de ordem, de um pulo, já estavam dirigindo-se as escadas.

— Hermione, querida, Gina emprestara uma roupa para você - Ela disse como se pudesse ler os pensamentos da garota que se indagava justamente sobre o que usaria. Gina sorriu em resposta e estendeu uma mão para ajudar a amiga a se alevantar. Hermione aceitou de bom grado. - E Rony, você pode emprestar uma para o Harry? - o garoto assentiu - Ótimo. O resto, para o banho.

Ao caminharem para a escada, como Harry e Gina estavam um do lado do outro, Hermione e Rony não puderam evitar uma troca de olhares rápida mas cheia de algo mais. Desviaram rapidamente o olhar. Hermione entrou no quarto de Gina e atirou-se na cama extra onde dormiria.

— Que coisa, hein? Eu e o Harry, você e o Rony - Gina se pronunciou como quem não queria nada. Hermione, que tinha fechado os olhos, olhou incrédula para a ruiva que remexia o guarda-roupa. 

— Eu e o Rony? De onde você tirou isso? 

— Ah, Hermione, por Merlim, admita que senti alguma coisa pelo meu irmão.

— E sinto. Mas do jeito que você falou deu para entender algo a mais! - Não seria nada ruim ela ter algo a mais com Rony. Na verdade, ela esperava que houvesse algo a mais.

— Espera, o que você senti pelo o Rony é o mesmo o que eu sinto pelo o Harry? - Gina largou as roupas que segurava e fitou Hermione.

— Como assim o que você senti pelo o Harry? Vocês estão juntos a menos de uma semana! Não quer dizer que...

— Eu o amo? E se for? Você como ninguém sabe que eu gosto daquele quatro olhos desde o primeiro ano.

 

E uh, oh, eu vejo outra montanha para subir 

Mas eu, eu tenho vigor

E uh, oh, eu preciso de outro amor para ser meu

Porque eu, eu tenho vigor

 

— Como você sabe que já é amor? - Hermione se sentou na cama.

— Eu não sei. Eu sinto que é. Meu coração bate mais rápido quando o Harry me toca ou me beija. Gosto de estar ao lado dele e sinto sua falta quando ele não está - a ruiva refletiu com um sorriso no rosto. - Enfim, se não é amor, desculpe, é alguma maldição que jogaram justamente em mim e nele.

Ao escutar aquilo Hermione notou que compartilhava daquele sentimento. Mas tinha medo de não ser recíproco.

— E como foi o beijo? 

— O quê? Que beijo? - a garota voltou a sua realidade. Gina a olhava com um sorriso maroto no rosto.

— Não se faça de burra, Granger. Eu sei muito bem que você não é. Estou falando do beijo que você deu no Rony durante a guerra! - Gina conseguia pular no colchão da cama onde estava sentada.

— Primeiro, quem te contou isso? - ela tinha uma vaga suspeita de quem seria.

— O Harry me contou - Gina disse como se fosse óbvio, revirando os olhos.

Bingo!

— Aquele testa rachada - resmungou Hermione.

— Vai continuar a insultar o meu namorado ou vai me contar o que te levou a beijar aquele cabeça de cenoura? - Gina fez um bico.

— Melhor eu ir tomar banho - fugiu do assunto e pegou qualquer roupa da gaveta.

 

Não desista, eu não vou desistir

Não desista, não, não, não

Não desista, eu não vou desistir

Não desista, não, não, não

 

Certificou-se de que não teria ninguém no banheiro e entrou. Despiu das roupas queimadas e rasgadas e mirou-se no espelho. Estava horrível! As olheiras marcavam logo a baixo de seus olhos castanhos e seus cabelos estavam mais bagunçados do que nunca.

Entrou debaixo do chuveiro e deixou que a água morna desatasse seus músculos rígidos. Como sentira falta de tomar um banho de verdade. Sentir a água molhar seu rosto. Seus pensamentos voaram para o que Gina tinha lhe dito. Será que o que sentia por Rony era mesmo amor? Não... balançou a cabeça para dissipar tal pensamento. É claro que não! O odiava desde o primeiro ano, desde o dia que foi chamada de pesadelo. 

Mas, se bem que desde que aquela guerra tinha começado - tirando os anos de escola, que, a medida que passavam um sentimento novo e estranho ia crescendo dentro dela -, a fez pensar e ver Rony de uma maneira diferente. Ele estava mais maduro, mais medidor de seus atos. Mais tudo. Definitivamente não era aquele garoto que não suportava na infância mas que mesmo assim o considerava seu melhor amigo.

Perguntou-se do porque ter chorado tanto e o porque de ter sentido tanto a falta dele quando, na caça as horcruxes, o garoto ter-los deixado por pensar em Harry e ela juntos. Considerava Harry como um irmão e o amava como irmão. Era uma maluquice e loucura algum dia Hermione ver Harry com outros olhos. Riu quando pensou o que Gina faria.

 

Eu sou livre para ser a melhor, estou viva

Eu sou livre para ser a melhor esta noite, a melhor

A melhor, a melhor, viva

A melhor, a melhor, viva

 

Mesmo não sabendo ao certo do que sentia por Rony, se fosse amor ou outra coisa, não desistiria. Lutaria por sua felicidade. Seria, como sempre, a melhor. Terminou o banho, secou-se, vestiu-se com a roupa emprestada de Gina e penteou os cabelos, os prendendo em um rabo de cavalo mal feito. Voltou ao quarto e encontrou a ruiva saindo.

Ela apenas fez uma careta para demonstrar que não queria retornar ao antigo assunto. Gina revirou os olhos e saiu. Hermione sentou na cama e respirou fundo. Tinha que decidir o próximo passo na sua vida. Seus pais vieram a sua mente. O medo que tinha ido embora, voltou mais forte. E se nunca os encontrassem? E se os encontrasse, não conseguisse reverter o feitiço? Escutou a Sra. Weasley os chamando do andar de baixo e segurou as lágrimas que queriam cair. Não queria deixar a senhora nem os demais preocupados. 

Saiu do quarto e desceu as escadas. Viu Rony sair de seu quarto: os cabelos molhados, roupa trocada e o cheiro de seu perfume a deixou momentaneamente nas nuvens. Ele sorriu ao vê-la também e Hermione ficou um pouco vermelha.

Será que ele pensou...

— Você está bem? - ele perguntou. - Andou chorando?

— O quê? Não, eu estou bem - seus olhos deviam ter ficado com alguns vestígios de lágrimas. Os secou discretamente.

Sorriu em resposta e foi na frente, descendo as escadas. O cheiro de comida encheu o ar e seu estômago roncou. Não tinha notado no quanto sentia de fome. Molly surgiu a sua frente e a mandou sentar e se servir. Aos poucos os outros foram aparecendo e devorando o banquete, que eles não tinham ideia de como a matriarca preparara tão rápido.

 

Eu me transformo com pressão, eu me esforço

Eu caí duas vezes antes do meu salto para trás, foi especial

Decepções virão, os críticos irão testá-las

Mas os forte sobreviverão, e mais uma cicatriz pode ser uma benção, ah

 

Terminaram o jantar em meio a risadas e piadas. Recolheram-se para os seus merecidos descanso. Dentro do quarto de Rony - que refletia vários assuntos e em todos Hermione estava presente - Harry saiu para escovar os dentes e um barulho na janela tirou o garoto do mundo da lua. Ergueu-se da cama e notou que uma coruja arranhava a borda do vidro. Deixou a coruja entrar e tirou a carta presa a pata dela. O que mais o entranhou era que a carta estava endereçada para ele.


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Notas finais do capítulo

Bom, o capítulo está meio chatinho, mas o que eu planejei escrever aqui não deu! Eu ia colocar mais, só que iria ficar muito grande. Gosto muito da Sia e essa música, pelo menos eu, achei que combinava com o capítulo.
Até o próximo!



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