Estilhaça-me escrita por Vicky Refach


Capítulo 1
Salve-me


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey amores tudo bem? Essa fic surgiu de um video que vi no twitter e bom eu espero que vcs não achem a ideia tao louca suahsuahs
ah antes do capitulo eu queria conversar um pouquinho com vocês.
Inicialmente eu pensei em uma fic de um capitulo só mas ouve algumas mudanças e eu decidi que um capitulo não daria para o que eu estava planejando então decidi portar essa fic em de 3 à 4 capítulos no máximo, então ela continua sendo bem curta, mas só esclarecendo pq antes eu comentei que seria uma oneshot.
Eu espero que gostem dessa minha sei la ideia de ultima hora mas eu estava meio que precisando escrever algo novo e enfim... Espero mesmo que gostem
o nome da fic é baseado em um livro e pretendo que os capítulos sigam essa linha de "me" colando-a como alvo em todos os caps... Acho que isso

Boa leitura ♥



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—Ela enlouqueceu! –Cinco pares de olhos a observavam estatísticos, ambos cansados e visivelmente desesperados. Não era possível aquilo estar acontecendo, não em um momento como aquele. —Há livros espalhados pelo quarto, seu semblante é cansado e Regina não para de repetir o nome. Ela está enlouquecendo. —O menino de curtos cabelos castanhos correu em direção a loira e a abraço. Assim como todos na sala, Henry, estava chocado com aquela informação. —Precisamos fazer alguma coisa. –continuou. –Ei Kid, vamos ajudar a sua mãe.  

Na fala da loira não havia tanta certeza, afinal ela entendia a morena e se a loucura era a salvação para diminuir a dor, quem culparia Regina por se entregar a ela?  

Fazia uma semana que as coisas estavam fora de controle. Exatos sete dias que StoryBrooke fazia menos sentido do que sempre fez. A notícia de que a Rainha Má havia se separado de sua outra metade, e voltará para a cidade logo se espalhou, e o pânico começou. A prefira bem que tentou, mas foi inútil conversar com eles, não haviam certezas que poderiam ser dadas, e ela não queria dar certeza alguma. Não quando não a conseguiria cumprir.  

A mente e o corpo cansado, cansada de si, da sua mente, da sua dor. Cansada de não poder sofrer em paz.  

Tantos cansaços... 

Tantas dores. 

Quem a culparia por enlouquecer?  

—Como não víamos isso acontecer? Que tipo de família somos. —A voz da princesa dominava a casa, se sentia tão culpada. —Ela se quer pode viver o luto, Roland foi mandado pra longe, há uma cópia dela andando por aí destruindo a cidade é me ameaçando. Oh Deus, eu também enlouqueceria.  

Os ventos sopraram fortes e junto com eles raios e trovões dominaram o céu.  

—Algum de vocês poderia manda Regina parar com isso? –A respiração falhou, e lentamente os cinco encaram a porta.  

—Que susto Gold. –O mais velho revirou os olhos e voltou a caminhar para dentro do apartamento. —Como assim fazer Regina parar com isso? O que ela está fazendo?  

Gold riu, eles sempre a subestimaram, nunca aprendiam.  

As rajadas de vento aumentaram e a janela da sala trincou. Da primeira vez havia sido assustador, eles nunca haviam visto tempestade como está. Mas agora uma semana depois, StoryBrooke havia virado palco de Taís mudanças climáticas. 

—Vocês são sempre assim tão ingênuos, ou se fazem? –Emma ainda não entendia aonde ele queria chegar. —Vivem subestimando o poder dela. –Riu. —A sorte de vocês é que a Evil Queen não é tão poderosa quanto a original.  

—Enigmas uma hora dessas? O que Regina está causando?  

—A tempestade Miss Swan, Regina está emocionalmente afetada. –voltou a se aproximar. —E olha que lindo caos está nos proporcionando.  

As peças voltaram a se encaixar e a loira revirou fundo, era tão óbvio que sentiu inútil por na ter chego a tal conclusão.  

A tempestade era como ela, linda e destruidora. Forte e fatal. O resto que havia sobrado do seu lado mal.  

—Me digam o que está havendo e porque de toda essa manifestação de magia. –Não era um pedido e a loira respirou fundo. —Estou aqui para ajuda-los, não me façam implorar.  

—E o que você ganha com isso? –A resposta não veio, mas Emma decidiu continuar. —Ela esta enlouquecendo. Eu estive mais cedo na Mansão, e há livros espalhados por todos os cantos do quarto, objetos flutuando. Quando cheguei ela estava escorada na parede perto da casa, os cabelos bagunçados e de pijama. Os olhos castanhos cansados e ela repetia incansáveis vezes o nome dele. –Gold tinha o olhar perdido enquanto ouvia cada palavra, as coisas pareciam piores do que ele pensava. —O que vamos fazer?  

E por mais terrível que possa parecer, ele não tinha uma resposta cabível.  

A porta da frente bateu e dessa vez a surpresa foi real, mais que surpresos todos estavam chocados e estáticos.  

—Eu descobri. –Começou cansada. —Eu posso trazer o meu amor de volta.  

 Um semana atrás.  

As escadas pareciam maiores que de costume, as paredes mais escuras e aquele cheiro de floresta incrivelmente familiar. Os saltos foram deixados no hall de entrada e a morena se arrastou pelo ambiente até finalmente adentrar seu ponto de refúgio particular.  

Horas antes Robin havia invadido sua mente e como sempre ela não conseguiu mais trabalhar. A voz dele sussurrava em seu ouvido diversas vezes a mesma frase. Talvez fosse só obra de sua imaginação, mas era tão bom imaginar que era verdade.  

Salve-me, meu amor. Salve-me”  

A cabeça caiu para trás e afundou-se nos travesseiros. E foi aí que sua loucura particular começou.  

Ele invadiu seus sonhos, invadiu sua mente e a fez ter certeza de que precisava ser salvo.  

Perdida em livros, ela ainda o ouvia.  

A água escória e ela o sentia.  

Os olhos fechava e ela voltava.  

Robin estava em cada canto, lugar e coisa. Nas paredes, na cama e no chuveiro. Nas entrelinhas dos livros, no pé do seu ouvido.  

E repetia, repetia, repetia.  

“Salve-me meu amor. Salve-me”  

 —Regina? –Perguntaram juntos. E foram ignorados juntos.  

—Eu posso traze-lo de volta, a arma que o Hades usou não os matou. E eu posso traze-lo de volta. –A voz da morena estava tão cheia de esperança que ninguém ali ousou contesta-la. —Vamos ao cemitério, o corpo precisa ser preservado e... 

—Você quer desenterrar um cadáver em decomposição? –Gold foi o único a se pronunciar para aquele absurdo. –Isso é loucura, Regina, definitivamente você está ficando louca.  

O questionamento foi ignorado. Robin está ali ela podia sentir e faria o que fosse preciso para traze-lo de volta.  

—Eu odeio concordar com ele, mas isso é loucura. –Charming se pronunciou pela primeira vez. —Talvez você devesse se preocupar em derrotar seu “outro eu” e superar a morte do seu amado, em vez de tentar nos arrumar mais confusão. –Regina saiu do transe que havia se enfiado e um fogo invadiu seu corpo ao ouvir tais palavras. Um estrondo foi ouvido. Todos os vidros da casa se partiram.  

—Eu não preciso da sua ajuda principezinho desencantado, nem da de ninguém. –Antes que algum deles pudessem responder uma fumaça rocha invadiu a sala é a morena sumiu.  

Palmas começaram a ser batidas.  

—Que linda família, não?! Lindo o apoio que dão um para o outro.–Emma engoliu em seco sem poder rebater. —Engraçado que para resgatar o piratinha do inferno, a família inteira se dispôs. Mais que isso desafiaram o próprio Diabo, e quem estava lá ajudando e colocando o se na reta sem ter obrigação alguma? Boa sorte em tentar traze-la de volta para vocês.  

O amor mexe com a sanidade das pessoas, enlouquece e desestrutura.  

Seus pés a arrastavam até o tumulo, as palavras do loiro não saiam de sua mente. E se aquilo fosse realmente loucura, e se ela tivesse perdido todo o senso de realidade e quisesse trazer de volta alguém que merecia descansar? O amor era egoísta a esse ponto? Ela era egoísta a esse ponto?  

Lagrimas escorriam por seus olhos, lagrimas de socorro de angustia de desespero. Enlouquecidamente desesperada, desesperadamente insana, insanamente apaixonada.  

Alguns metros dali seu outro eu a observava, aquele seria um lindo momento para atacar a família desencantada e mais uma vez destruir o final feliz de todos ali. Regina não a impediria. Mas algo no meio do nada que habitava, a impedia.  

A ideia de Robin de volta a impedia.  

O nada virava algo apenas com a menção do nome dele, e isso a impedia.  

O chão embaixo da prefeita começou a tremer, a assustando. Aquela falta de atitude cansará a Rainha que decidiu agir. Regina tentou controlar o tremor mas a terra agia em perfeita sincronia saindo do buraco. E cansada de lutar contra a própria vontade, a prefeita rendeu-se e mesmo que inconscientemente juntas fizeram o necessário para restaurar o corpo do amado, preserva-lo e logo o trazer a vida novamente.  

A porta da Cripta foi aberta e a morena ouviu o estrondo mas resolveu ignora-lo. Sabia quem era.  

—A menos que tenha um furacão na cidade, não vejo motivos para me procurar Miss Swan. -A loira respirou fundo, mas continuou a descer. —Por que não nos poupa tempo e volta para sua família perfeita?  

—Regina... 

—Eu não quero ouvi-la Emma, estou ocupada tentando ressuscitar o amor da minha vida. 

—E eu vim aqui ajuda-la. Regina tudo que o meu pai disse... Isso eu não concordo com nada, você me ajudou a salvar o Killian e eu vou fazer o que estiver ao meu alcance para ajuda-la também. -A morena sorriu, abriu seu mais sincero sorriso e deixou que xerife se aproximasse.  

A noite caiu, Emma já havia partido e todos os utensílios necessários estavam separados.  

Havia um grande espelho no meio da sala, seus passeavam sobre o vidro e encantando. Palavras desconexas eram ditas e sobre ele feitiços eram jogados. Sua mente doía de cansaço e suas forças estavam se esgotando, como se fossem sugadas para dentro daquele objeto.  

Faltava uma única coisa para seu portal ser aberto.  

—Regina? -A morena se assustou afastando-se brevemente do espelho. —Por que acha que essa loucura dará certo? -A voz sumiu, ela não sabia se daria certo. —Você não enlouqueceria de uma hora para outra, o que aconteceu com você? -Gold se aproximou tocando em seu queixo fazendo com que ela o encarasse. —Só seu sangue não o traria de volta, mesmo sendo uma poderosa Mills. —AS peças começaram a se juntar em sua mente e o olhos dele foi se arregalando. —Só o fruto do amor de vocês o traria de volta, e você sabe disso não sabe? —Ela apenas concordou com a cabeça.  

—Não sou eu quem está fazendo toda essa tempestade e exibicionismo de magia, eu simplesmente não posso controlar. -O mais velho concordou com a cabeça. —Eu descobri dois dias após sua morte, mas a uma semana escuto vozes e pedidos e estou enlouquecendo. Eu posso traze-lo de volta, era isso que ele me alertava e é isso que eu vou fazer.  

—Pela criança ou por você? -A resposta não veio e Gold sumiu. Mas a verdade era que não importava por quem fosse aquilo, ele não merecia a morte que teve e ela podia reverter isso.  

Um pequeno corte em sua mão foi feito, e o sangue escorreu pelo espelho. A respiração falhou e ela hesitou, por breves segundos hesitou antes de se jogar ali dentro. O buraco a puxava e seu corpo caia como de um penhasco em queda livre. A voz de Robin ficava cada ve mais alta, e era a única coisa que ela ouvia.  

A velocidade foi diminuindo até o corpo colidir-se com o chão. Seus olhos estavam embaçados e a cabeça doía. Aos poucos a morena foi se levantando e perdendo o ar ao reparar o quanto conhecia aquele lugar. A tonalidade havia mudado e todas as coisas se tornaram azul, era seu lugar preferido no mundo e de longe via o celeiro ao qual tantas vezes beijou seu antigo amor as escondidas.   

Por que raios Robin estava preso em uma copia do seu lugar preferido no mundo?  

Sem tempo a perder a morena caminhou apressada por entre as arvores procurando por ele. Sua intuição a levou a sua macieira preferida e o coração acelerou, não estava errada, ele estava lá,  

—Robin? -sussurrou. O olhar perdido procurou a dona da voz que tanto conhecia e quando seus olhos se fitaram ele se espantou.  

—Regina... 

Seus braços tentaram o envolver mas o toque não existia como se ele fosse feito de vento ou então de sua própria imaginação. As lagrimas foram contidas e ela se afastou.  

—Não temos muito tempo, eu preciso que você venha comigo. -Ele a olhou espanado e não se moveu. —Apenas confie em mim. -Robin se levantou e tentou mover-se mas foi em vão, ele não conseguia sair o lugar.  

—Eu não consigo me mover. -Os olhos dela se fecharam, não esperava por isso. O corte em sua mão ardeu e sentiu sangue escorrer.  

"Era isso" pensou.  

Um pequeno estilete foi retirado do bolso de trás de sua calça.  

—Regina... -Ele queria impedi-la mas se quer podia toca-la. -Não faça isso. -O pedido não foi ouvido e o metal se afundou no pequeno corte o aprofundando. O sangue escorreu com mais intensidade e passou a pingar por onde ele estava. A morena ajoelhou-se diante dele tocando as amarras que o prendia.  

—Vamos... 

*** 

 Parados em frente ao espelho Robin ainda não acreditava no que estava acontecendo,   aquele lugar preso entre a o céu e a terra o estava deixando louco e como um anjo ela ouviu a suas preces e veio salva-lo.  

—Eu amo você. E todos pensam que eu sou louca por estar aqui... Mas eu não consigo viver em um mundo que você não exista.  

—Eu amo você... 

O ultimo passo foi dado e juntos adentraram o enorme espelho banhado de sangue. A sensação de estar caindo atingiu-lhes e Regina se entregou a queda desfalecendo.  

Seu corpo estava sobre o dele quando acordou, a mão ainda sangrava mas a morena pouco se importo. Não havia sinal de vida ali... Ela não havia conseguido.  

Os soluços invadiram o ambiente e Regina chorou compulsivamente, como a muito tempo não chorava, era como perde0lo uma segunda vez, ou pior. Dessa vez era muito pior.  

O som de saltos ecoaram pelo ambiente e a morena levantou brevemente o rosto.  

 —Não serviu nem para salva-lo, Regina? -AS lagrimas foram brevemente limpas de seu rosto, e sentou-se para encarar a Rainha. —Não achei que você fosse tão inútil.  

—Eu fiz o possível, não sei o que deu errado. -Seus olhos voltaram a se encher de lagrimas. —E por que isso te interessa tanto, você se quer o ama., não ama ninguém.  

—É ai que você se engana Regina. -O nome saiu cantado e a Rainha se aproximou. —Eu o amo tanto quando você, e ele vai ser meu. -A prefeita foi jogada longe e bateu com a cabeça, a visão ficou turva e pouco via do que estava acontecendo.  

A Rainha colocou as mãos sobre ele e com o sangue da recitou a ultima fala do feitiço. O coração fraco aos pouco voltava a bater ela sorriu satisfeita selando brevemente seus lábios.  

Já de pé do outro lado da sala, Regina olhava a cena com raiva e antes que pudesse controlar seus instintos a Rainha também fora jogada longe.  

Castanho no castanho.  

E como veio, desapareceu no meio de uma fumaça roxa.  

Seu corpo não aguentava mais tudo aquilo, senti-a se fraca, como se fosse cair outra vez. O peito doía e as lagrimas voltaram.  

—Regina... -O sussurro era fraco, mas audível. Ela então ergueu o rosto, achando estar ouvindo coisas.  

—Robin! 


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Notas finais do capítulo

E eeeeeeeeeeetão?
Bom nos vemos em breve...
Voltando ao que eu disse lá em cima
ouve algumas mudanças e eu decidi que um capitulo não daria para o que eu estava planejando então decidi postar essa fic em de 3 à 4 capítulos no máximo, então ela continua sendo bem curta, mas só esclarecendo pq antes eu comentei que seria uma oneshot.