O Halloween das Fadas escrita por Machene


Capítulo 1
Gostosuras ou Travessuras?


Notas iniciais do capítulo

O Dia das Bruxas (Halloween) é comemorado no dia 31 de outubro. Então, agora que você já sabe, celebre!
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Oi minna! Por favor, não fiquem irados comigo! É verdade que eu devia ter lançado esta fanfic mais cedo, tipo... Ano passado... Mas agora ela está aqui, a continuação da minha série de fics da Fairy Tail publicada bem na data prevista, ou quase, e desta vez com a participação especial da galera de Rave Master! Neste capítulo, alguns dos diálogos presentes remetem ao episódio 38 do anime de Rave Master, Memória Estelar, e as irmãs bruxas apresentadas foram criadas com base nas do filme "Abracadabra". Por fim, como sempre, nas notas finais estará disponível a lista completa de fanfics para vocês acompanharem. Lembrando: a lista inclui fanfics que ainda não foram publicadas, e aquelas que foram estão sujeitas a alteração, mas a leitura da série deve ser feita nessa ordem. Desejo a todos uma boa leitura.



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Cap. 1

Gostosuras ou Travessuras?

 

Faz mais de um mês desde que a guilda Fairy Tail recebeu a última visita da fada Vitalina, anteriormente acompanhada de seu parceiro, Astêmio. Por orientação dos dois, um pequeno bando migrou até o Império Alvarez, em busca de respostas sobre o ataque iminente contra Ishgar, enquanto Makarov, em segredo, realizava a própria investigação como convidado no palácio do imperador. Com as devidas informações, eles voltaram.

O regresso, quase malsucedido, acabou por incitar a atenção inimiga já dirigida ao grupo de magos mais poderoso de Magnólia. Neste momento, embora o dia esteja bem harmonioso, o presságio terrível da invasão elaborada por uma irmandade de bruxas não torna o clima agradável na guilda. Os membros da Fairy Tail estão preocupados. Ou ao menos quase todos, a julgar pela tranquilidade do único Salamandra.

— Ei Lucy, por que não fazemos uma missão? Você devia tentar se distrair.

— Eu não sei é como logo você consegue ficar tão calmo. – a loira levanta uma das sobrancelhas e se recosta no banco acolchoado onde está acomodada, de frente para ele – Não percebeu que é o único contente neste salão, mesmo a maioria dos outros também estando largados ao redor das mesas? Nós estamos sobre ameaça de morte!

— Eu sei disto. – o rapaz fica inesperadamente sério – Entendo que os inimigos de agora são muito mais fortes em comparação a outros que já enfrentamos, mas... – a sua expressão suaviza novamente e é a vez do Dragneel arquear a sobrancelha – Entrar em pânico em nada vai ajudar, não é?! Nós não podemos impedir o ataque, só começar a nos preparar para ele, e aquela fada nos disse que a Primeira pode ajudar a deter o Zeref quando retornar para a guilda. Além disto, nós temos você Lucy.

— Bem... Eu não contaria comigo como um grande trunfo, sabe?! Eu não sou forte o bastante para me igualar à mestra Mavis. Quer dizer, é compreensível que ela possa se tornar a “espada” da Fairy Tail, mas eu virar um “escudo”, como as fadas disseram...

— Você está sendo idiota. – a moça torce o nariz ao vê-lo cruzar os braços – Você é forte sim Lucy, muito forte. Certo, pode não ser tanto quanto à Primeira, mas quem sabe um dia?! Desde que não desista de continuar se esforçando, você pode fazer qualquer coisa! Nós acreditamos em você. Eu acredito. – ambos sorriem por um tempo – Só não entendi até agora por que você tem uma ligação com aquele E.N.D.

— Ah sim...! – os olhos dela desviam dele – Sobre isto... Eu não tive coragem de te contar antes Natsu, mas agora... Bom... – o dragão do fogo a fita com estranheza.

Antes que Lucy tenha a chance de prosseguir, de repente uma ventania escancara as portas da guilda, trazendo folhas secas como resquício do outono. Na entrada surgem três místicas figuras trajando capuzes, sendo o da direita vermelho, o da esquerda preto e o da pessoa no meio roxo. Alguns dos magos e magas rapidamente entram no modo de defesa, apreensivos para saber se os recém-chegados são as conhecidas fadas.

Para a infelicidade geral, as mãos com enormes unhas que fecham a porta em um balançar de dedos não são de Vitalina. Nem mesmo uma das belas mulheres que retiram seus capuzes possui asas de fada. Pelo contrário, suas maquiagens sombrias e decotados vestidos longos e justos repassam a sensação de perigo. As tatuagens escuras, parecidas com arbustos espinhosos, e seus cajados em forma de meia-lua nas pontas, carregados por duas delas, exalam magia negra.

— Ora... Esses são os famosos magos da Fairy Tail? – a mulher do meio desdenha.

Ao sorrir, ela move os cachos cor lilás, quase brancos, que chegam à cintura, para longe dos grandes brincos e colar com joias. As pulseiras nos braços tilintam conforme gesticula enquanto olha as parceiras, a de curtos cabelos negros à esquerda e a de longos e vermelhos da direita, que passam o seu quadril e são lisos como os da outra.

— As fadas se esforçaram tanto para isto? De fato, não vejo ameaça alguma aqui.

— Quem são vocês? – o mestre Makarov toma a dianteira e questiona.

— Pensei que já teriam adivinhado. Somos o que vocês podem chamar de “seu pior pesadelo”. Agora, onde está a pequena segunda fadinha, a quem chamam de Lucy?

— O que vocês querem com ela? – Natsu entra na frente da amada, protegendo-a.

— Winnie... – a morena a chama sorrindo, afastando seu cajado para trás do corpo e curvando-se ao fungar o ar – Sinto cheiro de maga estelar. – as três encaram as costas do filho de Igneel, então muitos dos demais ajudam-no a esconder a jovem.

— Está bem... Escutem, não vamos tornar isto mais desagradável do que precisa ser de todo, certo?! Apenas colaborem e não precisaremos destruir sua guilda antes daquele projeto de imperador chegar aqui com sua corja. O que deve ocorrer... Após o Dia dos Mortos. – o grupo se apavora com a notícia, o que as satisfaz – Descansem. Ainda terão tempo de brincar conosco até nos fartarmos do jogo da Maxine.

— Espere. Nenhuma de vocês é Maxine? – Laxus indaga.

— Não. – continua a responder a mulher de cachos – O meu nome é Winifred, e as duas operárias aqui comigo são Mary e Sarah, minhas irmãs. Nós apenas viemos buscar o último ingrediente que falta para o feitiço de Maxine: Lucy Heartfilia.

— Vocês não vão levar a Lucy! – Romeo dá um passo à frente, tal qual Wendy.

— Oh, eles têm criancinhas, Winnie! Posso brincar com elas?

— É claro que não, Sarah! – ela repreende a ruiva – Ao menos ainda não. Escutem, pestinhas, não estão muito grandinhos para brincar com bruxas? Se escutam contos de fadas, deviam saber que nós costumamos pedir travessuras ao invés de gostosuras. – seu sorriso malicioso amedronta a dupla, que recua – Pensando bem, acho que não haveria mal algum em adiantar o plano e leva-los junto com a maga estelar. As outras ficariam satisfeitas com esses aperitivos de “Peter Pan” e “Tinker Bell”.

— É melhor nem pensar nisto, queridinha! – Mirajane os coloca para trás de si e as fita de forma assustadora, embora seu sorriso aparente amistosidade – Não nos interessa quem vocês são ou o que querem; se mexerem com qualquer membro da nossa família... – a grande parte dos membros no recinto olham-nas ameaçadoramente – Vão virar pó.

— Uh, então querem tentar a sorte? – Mary e Sarah erguem seus bastões e as pedras esotéricas neles brilham, iluminando as runas ao redor das meias-luas.

O ataque que planejavam não chega a se iniciar, pois de súbito aparecem na porta mais alguns convidados surpresa. Desta vez, porém, eles são conhecidos da família.

— Abaixem as armas, bruxas miseráveis! – o rapaz que grita brande sua espada.

— Ah, você de novo?! – Winifred bufa – Haru Glory: que moleque persistente!

— Pois é. Para a infelicidade de vocês, eu não vou desistir fácil. E desta vez, trouxe reforço. – ao seu lado, chegam dois homens e duas mulheres em posição de ataque.

— O que nós fazemos, Winnie? – Sarah indaga num sussurro, então a aborrecida irmã range os dentes, voltando-se aos membros da guilda e apontando na sua direção.

— Essa conversa continuará num momento mais conveniente. Por hora, aproveitem as suas boas memórias estelares... Enquanto podem. – ela sorri confiante para Haru, o que o irrita, e estala os dedos, fazendo o trio sumir dali e reaparecer num beco.

— Desculpa Winnie. Ficamos distraídas com os magos e eu não farejei os outros.

— Não tem problema, Mary. Teremos outra oportunidade de pegar aquela garota; só precisamos esperar pelos seus guardiões. Paciência, minhas irmãs.

...

— Haru?! Caramba! É você mesmo? – o Dragon Slayer do fogo abraça o amigo.

— É ótimo te ver de novo Natsu! Música, Let, Julia, Belnika, cheguem mais!

— Oh, é o Música-sama! Como vai? – Juvia se curva em cumprimento.

— Juvia! Que bom te ver de novo! E você Gray? Tem tomado conta dela?

— Ah... Sim... – o mago do gelo fita a mulher chuva pelo canto dos olhos, vendo-a sorrir ansiosamente com as mãos próximas ao rosto, e suspira com a face rubra – Ela é a minha namorada agora. – Música exclama em surpresa e ri da careta dele.

— Let-san, Julia-san, é um prazer revê-los. – Wendy sorri e Julia acaricia a cabeça da garota, fazendo-a rir – Esse é o Romeo.

— Oh, você é igualmente adorável! Também é forte como a Wendy-chan?

— Bom, eu me esforço tanto quanto ela. – o casal troca um olhar amistoso.

— Seu nome é Belnika? – Levy aperta a mão da moça de cabelo roxo – Bem-vinda.

— Obrigada. Elie e os outros falaram tanto de vocês que fiquei muito curiosa para conhecê-los pessoalmente. – neste instante, Lucy olha ao redor com curiosidade.

— Onde está a Elie? – os recém-chegados se entristecem de imediato.

— Ela... A Elie foi levada por aquelas bruxas. – Haru relata entre dentes, cerrando os punhos – Nós as perseguimos há dias, buscando seus rastros desde a Ilha Garage.

— “Ilha” o quê? Onde fica isto? – o Salamandra questiona confuso.

— Ah, é o nome do lugar onde eu moro com a minha irmã e o Plue. A Elie tinha se mudado para lá recentemente, então um dia aquelas bruxas malditas apareceram e, sem mais nem menos, sumiram com ela e o Plue bem na minha frente.

— Quando o Haru nos contou o que aconteceu, nós procuramos nos reunir e ajudar o quanto antes. – Let explica – Decidimos montar um grupo pequeno e rastreá-las, até que viemos parar na sua guilda. Ainda não temos certeza de para onde elas a levaram.

— Não pode ser...! – a loira baixa o olhar com aflição – Isso é culpa minha!

— Ei Lucy, não diga isto! – o dragão do fogo segura-a pelos braços, forçando-a a encará-lo – Aquelas malucas só estão tentando nos intimidar, mas nós vamos derrota-las e eu não vou deixar que te peguem! – a jovem acena em acordo e sorri vagamente com o carinho dele em seu rosto, causando interesse nos amigos estrangeiros.

— Vocês, por acaso, também estão namorando?

— Música, não seja indiscreto! – Belnika ralha – Desculpem, ele não tem modos.

— Tudo bem. A Lucy e eu estamos juntos mesmo. – o Dragneel a abraça e ela cora.

— E... Por que disse que isto tudo é culpa sua? – é a vez de Haru perguntar.

— Não é culpa dela! – Natsu rebate – Essas bruxas compraram briga com a gente primeiro porque nós somos amigos das fadas!

— Como é? – o quinteto indaga confuso e os outros se entreolham, sem saber como continuar com o assunto secreto já iniciado.

— Bem, as coisas são meio doidas por aqui, mas temos assuntos mais importantes para discutir agora. – Lisanna intervém – Sobre o que as bruxas estavam falando antes?

— Talvez nós possamos ajudar a explicar. – todos se voltam à entrada da guilda e veem Vitalina e Astêmio parados lado a lado, retirando seus próprios capuzes brancos após as portas serem fechadas novamente – Oh... Vejo que as bruxas fizeram uma visita. – a fada estreita os olhos observando as cobertas no chão, deixadas para trás.

— Felizmente não levaram a Lucy. – seu parceiro diz – Imaginamos que tentariam.

— Minha nossa! – Belnika começa extasiada – São fadas de verdade?!

— Com certeza. – a loira alada afirma – Pode checar pelas asas. As minhas estão meio translúcidas agora por causa da chegada do inverno, mas ainda têm tons vermelho, laranja e amarelo, a marca do outono! A propósito, eu sou uma fada das estações. É um termo dado àquelas que podem dominar os quatro principais elementos.

— Esta é a Vitalina e eu sou Astêmio, fada artesão. Como o nome sugere, fabrico ferramentas para os afazeres diários das fadas, dentre outras coisas.

— Por que os dois estão aqui? O que querem? – Laxus questiona nervoso.

— Que recepção mais calorosa aos guardiões da sua família. – o loiro resmunga.

— Não tem razão para ficarmos contentes se da última vez que vocês apareceram nos mandaram investigar um império sem qualquer acusação verídica, por desconfiança, e no fim das contas o velho e os outros quase morreram!

— Mas nós estávamos certos em nos preocupar! – Vita rebate – Maxine e as bruxas facilitaram o domínio de Zeref em Alvarez, subjugando 730 guildas de Arakitashia pela força para ele ser coroado imperador sobre o nome de "Spriggan". Isto não é grandioso?

— Claro, mas por causa desse salto no escuro a guarda pessoal dele agora sabe que descobrimos tudo! Com certeza devem ter adiantado a invasão!

— Peraí! – Vitalina levanta as mãos em exaltação – Nós não mandamos os outros estragarem o disfarce na frente de dois dos doze magos mais fortes do continente!

— Uau! Você não brincou quando falou que as coisas são muito doidas por aqui! – Haru olha de soslaio para a Strauss mais nova, que acena em confirmação.

— Vita, querida, não devíamos estar ajudando eles ao invés de armar uma briga?

— Ah! Muito bem, vamos retomar o raciocínio. – a enfezada fada joga os cabelos para trás, se recompondo – Sobre o que falávamos antes desse barraco?

— Vocês iam nos explicar o que são "memórias estelares", eu creio. – pronuncia-se Mirajane – Imagino que tenha algo a ver com a Lucy.

— De certo modo. Bem, Memória Estelar é um lugar sagrado onde as respostas pra todas as perguntas deste mundo se encontram, em que dezenas de memórias de bilhões de anos são criadas, e elas são chamadas de memórias estelares. Para muitas pessoas, um bilhão de anos é um poder além da imaginação, pois comparado a isto os humanos são fracos e têm vida curta. Não importa o quanto vivam, eles não conseguem lembrar de tudo sobre si mesmos. Isto está além da capacidade.

— Por isto no reino de Symphonia esse lugar não passava de uma lenda. – Astêmio sorri – Até nós intervirmos, é claro. A propósito, é bom ver que o grupo do Rave Master chegou a salvo até aqui. Não se desacostumaram a seguir nossas pistas, pelo visto.

— Então, vocês nos ajudaram a achar o caminho para a Memória Estelar?! – Haru bate na testa – Ah, agora as coisas fazem mais sentido! E nos guiaram até aqui também.

— Pois é... – Vita ri – Achamos que seria conveniente reuni-los por conhecerem o lugar e estarem envolvidos no mesmo problema. Sabem... Parece que vocês ainda não têm ciência do quanto são abençoados. Isto porque, mesmo a memória humana sendo frágil, apenas as coisas boas ficam no seu coração, então as pessoas costumam esquecer sobre as más. Dentro da memória de cada um está seu próprio "tempo de vida", aqueles pequenos momentos marcantes que valem em peso por anos de experiências.

— Isto é... – o Rave Master sussurra surpreso, despertando sorrisos nas fadas.

— Seu pai te disse isso antes de morrer, não é mesmo, Haru?! – Aste relembra.

— Foram vocês então? Estavam falando por ele naquela hora?

— Não exatamente. – o rapaz explica – No começo, nosso objetivo era só observar vocês, mas logo as coisas foram se complicando e conseguimos permissão para intervir. Naquele instante, era mais nós orientando seu pai a ser sincero com você. Aproveitamos os momentos em que estavam dormindo para lançar umas dicas, uns conselhos e fazer perguntas nos seus sonhos. Os de todo mundo.

— O caso é que muitos seres místicos admiram a humanidade pelo dom específico de esquecer maus momentos, considerando que ninguém gosta de se cortar com pedaços quebrados do passado soltos entre as lembranças. – Vitalina segue – Nesses anos afins, todos aqui presentes tiveram tantas experiências maravilhosas que todo o resto de ruim pôde ser ignorado em pouco tempo. E nós pedimos justamente para guardarem isto em mente quando relatarmos a razão da nossa reaparição. – ela tosse para a deixa do amigo.

— Então... Quando nós percebemos que na trilha da Fairy Tail estavam aparecendo pedras no caminho praticamente idênticas as do pessoal com o Rave Master, precisamos interferir. No caso: vilões loucos do mal, passados caóticos retornando com frequência, monstros assustadores e invenções perigosas; é o básico das duas histórias. Sem contar que a arma Etherion foi construída somente com base no verdadeiro poder adormecido dentro da Elie, o mesmo usado pelo mago negro Zeref para criar seus demônios. É até engraçado as turmas terem se encontrado há alguns anos e nem comentarem metade das aventuras uma com a outra! Foi um encontro predestinado.

— Acho que isto não é o tipo de coisa para se dizer quando você acaba de conhecer alguém. – Lucy fala – Embora Elie tenha me dito que queria recuperar a memória dela.

— E por acaso os que se conheceram não sentiram uma interessante conexão entre si naquele dia? – Astêmio insiste e os amigos se entreolham, pensando – Bem, a questão é que, aproveitando a fantástica situação atual de vocês, e nisto eu falo dos casais, as bruxas se uniram planejando sequestrar Lucy e Elie para levá-las à Caverna da Memória Estelar e usá-las num ritual, onde vão servir como gatilho para todos perderem as boas recordações e ficarem apenas com as más. Pronto, falei! – o público fica sem reação por algum tempo, então logo muitos desatam a falar juntos.

— Mas por quê? – Natsu indaga nervoso, cerrando os punhos.

— “Por quê”? Ora, que raios de pergunta! – Vita se enerva também – Uma perdeu a memória por um longo tempo e a outra é uma maga estelar. Daí, memórias estelares! Se fosse mais original, eu ficaria irritada! – ela ri ironicamente, encarando o sorridente parceiro – Lucy é uma maga que tem contratos com espíritos celestiais, os responsáveis por manter em ordem o arquivo de lembranças do mundo inteiro, e a Elie consegue usar a força do Etherion quando bem quer. Pelo menos agora... As bruxas associaram estas informações, e é bem simples chegar ao plano delas apenas somando as duas histórias.

— Se a Elie usar o Etherion naquele lugar outra vez, destruindo as boas memórias que podem ser selecionadas pelos espíritos celestiais da Lucy, ele passará de "caverna" para o Cemitério da Memória Estelar. – Aste brinca – Claro, a fragilidade humana de guardar memórias a longo prazo com certeza ajuda no plano. Por isto nós não podemos deixar que elas completem o ritual em hipótese alguma.

— Tudo bem, então o que nós podemos fazer para ajudar? – Música pergunta.

— O primeiro passo é preparar uma equipe de resgate para trazer Elie de volta. Elas se consideram com uma vantagem agora que a mantêm cativa e esperam que a salvemos para nos capturar também. Não daremos o gosto da vitória a elas. – o jovem sorri vendo todos concordarem – Foi bom que tenham sido os únicos a vir do time de vocês. Quanto à Fairy Tail, o ideal é que apenas alguns nos acompanhem até o território das bruxas. Se tivermos um grupo pequeno, conseguimos emboscá-las e evitamos danos à operação.

— Nossa missão é resgatar Elie, impedir as bruxas de completarem seu feitiço até o fim da Lua de Sangue e também garantir a segurança da Lucy, que é necessária pra este terrível plano. – sua parceira simplifica – Alguma pergunta?

— Só um instante: “lua” de quê? – Gajeel inquere – Que negócio é este?

— Oh, é uma transformação pela qual a lua passa, assim como os dias de Lua Azul. Os seres místicos da luz se aproveitam das datas em que a lua está com essa forma, por exemplo, pra ficarem mais fortes, e os seres da escuridão fazem o mesmo durante a Lua de Sangue. É um termo que define a época em que ela está vermelha. As bruxas querem aproveitar a noite de Halloween, quando a noite as deixará mais poderosas, para usar as magias da Lucy e da Elie, e também usar um feitiço de rejuvenescimento.

— Neste caso, talvez seja melhor irem com eles os casais que já foram recrutados antes, pra cumprir aquelas tarefas comunitárias. – Evergreen se dirige à turma de Natsu.

— De fato, eu sou a favor disto.  – Vitalina fala – É até interessante mencionar que aquelas tarefas repassadas a vocês tinham a ver com as atividades das bruxas. Eu sabia que elas estavam planejando vingança sobre o comando da Maxine, mas essa irmandade de víboras não possui uma líder propriamente dita. Elas fazem o que bem querem com o propósito em comum, então desde que compraram a briga da Maxine se espalharam.

— O roubo da verba da Escola Primária de Magnólia, que por pouco não causou o corte das aulas de teatro, foi para coletar dinheiro e pagar uma guilda das trevas que elas enviaram pra sequestrar as crianças de Kunugi, afim de sugar a energia vital delas. – diz Astêmio – A desordem na livraria Book Land aconteceu porque estavam buscando pelo livro mágico da Maxine, que contém todos os seus feitiços, e elas também presentearam o prefeito de Onibasu com aquela mascote capaz de provocar a ilusão do calor do sol na cidade. Assim, conseguiram coletar ingredientes que precisavam de luz, o suficiente pra fabricar a poção capaz de roubar a juventude dos pequenos.

— Só de pensar nisto eu me sinto enjoado. – Jellal comenta, atraindo olhares.

— Ei... Você não me parece estranho. – Let estreita os olhos – Conhece Sieghart?

— Não. Mas não é a primeira vez que me confundem com outra pessoa.

— É normal. – a fada prossegue – Você é a cara do amigo deles, que já morreu. Ele até tinha uma magia muito semelhante à sua. Por isto dissemos que o grande primeiro encontro entre Fairy Tail e a turma do Rave Master foi obra do destino. Enfim, vamos focar! As bruxas atrairão mais crianças ao seu covil quando estiverem fragilizadas pela perda das memórias boas, depois de usarem Elie e Lucy. Pelo menos isto nos garante o tempo necessário para detê-las, já que não vão iniciar a operação sem uma maga estelar.

— Certo. E o que faremos se não pudermos salvar a Elie?

— Não seja pessimista, Lucy. Se vocês todos não derem jeito, podem deixar que aí eu me entendo com elas! Aquelas malditas bruxas vão aprender de uma vez por todas a não se meterem a besta com a nossa família, porque comigo o negócio é mais embaixo! Nem vão saber o que as atingiram! – enquanto a moça gargalha orgulhosa, seu parceiro ri e fita os ouvintes, pondo a mão esquerda ao lado do rosto.

— Acreditem, vocês não vão querer ver ela irritada de verdade! – ele sussurra.

— Bom, Juvia acha que devíamos montar um plano de ataque antes de irmos.

— Ah, já temos tudo traçado. – o artesão alado responde – Podemos colocar cada um em sua devida posição no plano que a Mavis elaborou.

— Então a Primeira está agindo em conjunto com vocês?! Ela sabe de tudo que está acontecendo? – Makarov questiona, recebendo confirmação das duas fadas.

— Só precisamos de alguém para distrair as bruxas durante a operação.

— Pode deixar com a gente! – Happy ergue a pata, voando ao lado de Pantherlily e Charle – Vamos cuidar delas para vocês! Somos os três mosgateiros, aye!

— “Mosgateiros”? Certo. – Vitalina ri em conjunto aos demais – Vamos ao resgate!

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Ordem Das Histórias:

1> Beijo Doce
2> Dentro de um Abraço
3> Competição Amistosa
4> Desejo me Chama
5> O Halloween Das Fadas
6> Meus Dias Com Você - *5 Meses Entre o Dia das Bruxas e a Páscoa
7> Meu Namorado é um Gato
8> Despedida de Casamento - *Flash Back de Dez Anos Atrás Contado Por Mavis Para os Filhos Dos Protagonistas
9> Lembre de Mim - *Dois Anos Depois do Casamento Duplo de Lucy e Levy
10> Tal Pai, Tal Filho - *As Crianças Têm Entre 13 e 5 Anos de Idade
11> Contos de Fadas da Fairy Tail
12> Meu Pai Herói - *As Crianças Têm Entre 18 e 6 Anos de Idade
13> Foi Sem Querer
14> Diário de Homenagens



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