De Repente Papai escrita por Lady Black Swan


Capítulo 41
As responsabilidades de um homem egoísta


Notas iniciais do capítulo

Domingo passado 31/10, De Repente Papai completou 5 anos! :O
Tempo demais para uma história...



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Um abraço, palavras gentis, algum conforto… nada disso Sesshoumaru era capaz de oferecer.

Quando ouviu as acusações de Rin, o rosto de Sesshoumaru não revelou nada, e continuou a demonstrar-se impassível sem mover um músculo sequer, mas os nós de seus dedos começaram a ficar brancos com a força que ele usava sobre a maçaneta, enquanto pensava no por que das palavras daquela bruxa sempre se tornavam realidade.

E então ele deixou o quarto.

—Beba. — disse-lhe entregando um copo de água quando voltou momentos mais tarde.

Também secou suas lágrimas com um lenço de papel e pressionou outro contra seu nariz, para que assuasse, queria perguntar-lhe porque ela estava mexendo em seu escritório, mas sabia que esse não era o momento, Rin bebeu toda água entre soluços, e agora era Sesshoumaru quem estava começando a ter uma dor de cabeça.

Massageando as têmporas com as pontas dos dedos ele suspirou profundamente, por onde começaria?

E pensar que a menos de meia hora atrás estava se perguntando se aqueles parasitas realmente usavam alguma parcela do tempo que passavam na escola para estudar…

É claro que a primeira coisa que o idiota do Inuyasha havia feito ao encontrar-se com seu bando havia sido falar sobre Rin, e agora o grupo de desocupados — eles ao menos respondiam à chamada na aula?! — estavam lotando sua caixa de e-mail.

Pervertido enviara um, queria saber se o que Rin tinha era contagioso, um perfeito idiota.

Gata Selvagem enviara dois, queria saber como ela estava, se a febre havia cedido, se ele dera algum medicamento a ela… uma lista com uma infinidade de perguntas as quais ele viu-se sem paciência para ler, e o segundo, cujo assunto estava intitulado como “Seu vovô da era digital” resumia-se simplesmente a ela reclamando e chamando-o de “vovô” por ele não ter nenhuma rede social ou aplicativo de mensagem com o qual se comunicar, somente aquele “e-mail antiquado que nem dava para saber se ele ao menos estava recebendo as mensagens”.

E por fim Domadora que, entre ameaças para que ele não deixasse Rin sozinha, suplicas preocupadas querendo saber do estado dela, sugestões de medicamentos, caseiros ou não, que poderiam ser bons para isso ou aquilo, ofertas de consultas pagas e mais ameaças, havia lhe enviado nada mais nada menos do que sete e-mails.

Com certeza já estava mais do que na hora de ele jogar aquele grupo todo na caixa de spams. E por que Eleonor estava demorando tanto lá em cima?! Comprimindo o maxilar, Sesshoumaru desviou os olhos do segundo andar e baixou-os de volta ao aparelho celular, onde começou a marcar todos os e-mails para apagar.

—Senhor? — Jaken chamou aproximando-se — A sua convidada, Madame Eleonor, ela ficará para almoçar conosco?

Sesshoumaru ter instruído seu empregado a chamá-la de “Madame” havia sido a primeira coisa pela qual Eleonor havia reclamado com ele ao encontrá-lo.

—Improvável. — voltou a olhar impacientemente para cima — Ela detesta sopa.

E ele detestava não saber o que estava se passando.

—Está bem senhor, mas se a Madame mudar de ideia, avise-me por favor. — Jaken assentiu retirando-se.

Sesshoumaru anuiu distraidamente, ainda com os olhos fixados no andar de cima. Ali estava ela.

—E então? — ele agarrou o corrimão com a mão livre.

Eleonor lançou um olhar ao celular em sua mão e arqueou a sobrancelha antes de responder:

—Acho que vai gostar de saber que eu estava enganada, ela não está passando pela menarca, sua garotinha vai continuar a ser apenas sua garotinha por mais algum tempo, então não precisa se apressar para comprar o primeiro sutiã dela e nem absorventes ainda. — ela parou diante dele ao pé da escada e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha — Por outro lado isso também significa que eu não faço ideia do que está acontecendo.

—Não sabe? — irritou-se. — Então o que ficou fazendo todo esse tempo lá em cima?

—Sesshoumaru, não foram nem sequer dez minutos. — ela girou os olhos cruzando os braços — Para ela eu sou menos do que uma estranha, por que ela me diria, por exemplo, algo como que rasgou acidentalmente um de seus livros, tentou colar a página de volta com cola e arruinou o exemplar?

—Ela fez isso?

—Eu disse, “por exemplo”.

—Um exemplo estranhamente específico.

—O ponto, Sesshoumaru, é que eu entendo tão pouco de crianças quanto você, provavelmente até menos. — ela suspirou descruzando os braços e pondo as mãos nos quadris — Mas eu o aconselharia a deixá-la em paz um pouco, entende?  Não a pressione, quando a menina se sentir confortável ela provavelmente vai falar do que a está incomodando, se não com você, com alguém.  E falando em “falar”, quando é que você vai falar com ela?

Sesshoumaru arqueou uma sobrancelha, aquilo de novo? Eleonor havia perguntado exatamente a mesma coisa na noite anterior. Ele baixou o tom de voz:

—Por que quer falar disso agora?

A resposta dela também pareceu uma reprise da noite anterior:

—Apenas ontem você declarou guerra judicial aos avós da garota e convenceu a prima dela a testemunhar a seu favor. — ela pontuou contando seus argumentos nos dedos — O que mais você ainda está esperando Sesshoumaru? Que o juiz conte a ela por você?

—Eu vou contar quando for a hora certa. — decretou aborrecido.

Eleonor arqueou-lhe uma sobrancelha, mas checou o relógio de pulso e acabou decidindo-se por não tecer mais nenhum comentário àquele respeito, e ao invés disso falou:

—É melhor eu ir agora, tenho uma gravação dentro de duas horas.

A estação de metrô mais próxima estava a menos de vinte minutos de caminhada, mas ainda assim Sesshoumaru insistiu em pagar um táxi para Eleonor e, caso ela ainda preferisse o metrô, ao menos poderia usar o dinheiro para almoçar.

Talvez a visita de Eleonor tenha sido uma má ideia afinal, esse pensamento ocorreu-lhe quando, ao subir para ver Rin, Sesshoumaru foi atingindo por algo frio e cortante na cara, surpreendendo-se ao perceber que havia sido o medalhão de Mariko.

—Acertei o senhor?! — Rin perguntou-lhe chocada esfregando os olhos e o nariz, ela estivera chorando novamente — Eu sinto muito! Sinto muito mesmo!

—Pare de se desculpar. — ele levantou-se ainda tateando a testa e sentindo a ardência e a umidade na região, parece que havia um corte superficial ali, e observou o medalhão por alguns segundos, ele era seu maior tesouro, por que ela o jogaria daquela forma? Então… o problema era Mariko? Ela estava com raiva da mãe de algum jeito? Sesshoumaru já ouvira falar que a raiva era um dos estágios do luto, guardou a jóia no bolso e aproximou-se limpando descuidadamente o sangue dos dedos nas próprias roupas — Quer conversar sobre algo?

—Não, nada. — respondeu amuada, baixando os olhos. — O senhor não deveria estar aqui, sabe? Pode ficar doente.

Sesshoumaru retirou o notebook, ainda ligado, de cima da cadeira e sentou-se ali.

—Pelo que vejo você já está bem melhor. — comentou tocando duas vezes o machucado na testa, as bochechas de Rin ferveram — E, até onde eu saiba, o que você tem não é nada de contagioso.

Ela olhou-o amedrontada, com os olhos arregalados.

—O senhor… sabe o que eu tenho?

—Não exatamente. — ele deixou o notebook sobre as pernas e fechou-o, ela estava se consumindo em culpa novamente, mas por quê? E estava com raiva, mas de quem? Dela mesma? Da mãe? E por quê? — Sei que algo está incomodando-a a ponto de adoecê-la. Quer falar sobre isso?

A menina fechou os olhos com força.

—Não. — negou com voz estrangulada.

Eleonor lhe dissera para dar espaço a Rin, mas como ele poderia simplesmente ficar olhando sem fazer nada quando ela parecia a ponto de desintegrar-se bem diante dos seus olhos?

—Tem certeza?

Ela mordeu o lábio inferior com força e sacudiu a cabeça para cima e para baixo, se continuasse insistindo ela acabaria arrancando sangue ali, Sesshoumaru suspirou, não podia forçá-la afinal.

—Pode ajudar se falar com alguém sabia? — ele comentou, e ela não conseguiu conter o soluço ao sentir os nós de seus dedos tocarem sua bochecha — Mas não vou forçá-la a nada, só saiba que eu estou aqui quando precisar.

Levantou-se com o notebook debaixo do braço e deixando o medalhão de ouro sobre a cadeira antes de se dirigir à porta, mas antes que pudesse sair, Rin chamou-o aos prantos novamente:

—Sesshoumaru-Sama! P-por que o senho-or aceitou ficar co-comigo-o? Por que n-não tentou m-mais se l-livrar de mim?

Sesshoumaru arqueou a sobrancelha.

—Por que mais seria? É porque você é minha filha.

Ele era terrível em lidar com as pessoas — talvez porque nunca havia se importado muito com elas — por isso era comum que dissesse a coisa errada, e provavelmente disse a coisa errada dessa vez também, pois de repente a menina havia tornado-se num vulcão em erupção:

—MENTIROSO! — ela gritou repentinamente, fazendo-o arregalar os olhos, e curvando-se para frente escondeu o rosto entre as mãos, chorando alto — Eu sei a verdade, eu li o exame de DNA na gaveta da sua mesa!

… e agora ele estava ali, queimando seus neurônios, pensando incessantemente por onde começaria a falar, mas Rin acabou resolvendo esse problema por ele ao perguntar:

—O senhor não me respondeu, por que aceitou ficar comigo?

Ela estava com os olhos vítreos e fixos no copo vazio que girava entre as mãos, e Sesshoumaru provavelmente nunca iria entender como ela fazia para mudar de humor assim tão repentinamente, num segundo era uma tempestade em mar aberto e no outro a própria calmaria.

—Mas eu já respondi, é porque você é minha…

—Não sou sua filha. — ela o cortou.

—Quem disse? — arqueou uma sobrancelha.

O lábio inferior de Rin tremeu e mais lágrimas caíram de seus olhos, Sesshoumaru gostaria de ter outro lenço consigo.

—Eu já lhe disse Sesshoumaru-Sama, li os resultados do exame que estavam na gaveta da sua mesa, eu… eu sinto muito por tê-lo incomodado com tudo isso, mas não precisa mais continuar fingindo, porque eu já sei…

—Que não temos o mesmo sangue. — ele completou — Sim, é verdade, mas uma coisa não anula a outra.

Rin sacudiu a cabeça.

—Eu não consigo entendê-lo Sesshoumaru-Sama! — reclamou.

Sesshoumaru brincou com o medalhão de ouro entre seus dedos.

—Lamento muito que tenha descoberto dessa maneira, eu pretendia contar-lhe um dia, por isso não queimei aquele documento de uma vez, mas fiquei adiando.

—Por quê?

Ainda brincando com o medalhão entre os dedos, Sesshoumaru abriu à jóia e observou por um instante o par de fotos em seu interior, a sorridente Mariko e o seu eu sério.

—Talvez você esteja pensando que foi porque eu não queria vê-la chorar, mas meus motivos eram bem mais egoístas. — fechou o medalhão — Se você chorar eu tenho lenços, mas o que eu não queria ouvir era você dizendo-me que não sou seu pai. Izayoi alimentou-me quando tive fome, passou a mão em minha cabeça quando minhas notas eram boas, brigou-me e pôs-me de castigo quando eu disse a Inuyasha que ele era adotado e a carrocinha estava vindo pegá-lo de volta…

—O senhor fez o que?!

—Eu tinha doze anos e a estupidez de Inuyasha é congênita. — deu de ombros. — O que estou dizendo é que eu e Izayoi não temos o mesmo sangue e tampouco estamos registrados como mãe e filho, mas quem pode dizer a ela que não sou seu filho? A verdade é que Izayoi sempre me viu como filho, mesmo que eu nunca a tenha chamado de mamãe.

—Mas o senhor chama a Senhora Arina de mãe. — ela pontuou.

—Às vezes. — concordou — À sua maneira distante e frívola a Senhora Arina também se importa comigo, mas não é dela que estamos falando agora, eu alimentei-te, te vesti, e aprendi a fazer penteado, te acalmei quando teve pesadelos, e cuidei-te quando adoeceu. — parou por um instante, e devolveu o medalhão a ela — Sou escritor, o que significa que trabalho com palavras, mas não consigo expressar o quanto odeio sair de casa, provavelmente só não odeio mais do que odeio todos aqueles bichinhos fofos, fitas coloridas, babados e prendedores de cabelo, e ainda assim as compro e não me arrependo, nem posso ficar tranquilo se não a levo e busco diariamente na escola e pouco me importa o que dizem as regras a respeito disso, e também poderia levá-la a uma dúzia de hanamis se me pedisse, mas se puder evitar não peça, eu odeio as multidões.

—Me desculpe por incomodá-lo com tantos problemas.

—Isso, “incomodar”, é só o que você faz. — afirmou duramente vendo-a se encolher — Você é uma criança, Rin, mas é a única coisa que faz: se preocupar por estar ou não incomodando as pessoas. E está praticamente obcecada com responsabilidades. E por isso não quer ninguém tomando conta de você e tenta ser o mais independente possível, mas ao mesmo tempo sabe que precisa de alguém que lhe cuide, ao ponto de ter fugido da casa de seus avós e forçadamente se inserido na vida de um homem estranho que não a conhecia, não gostava de você e não a queria. — parou por um momento para respirar fundo — Por isso sei que no instante em que você descobrisse que não tenho absolutamente nenhuma obrigação legal de criá-la você iria tentar ir atrás do verdadeiro patife com quem você compartilha algum DNA, e retardei o quanto pude para falar sobre isso, estava esperando o “momento certo”, mas esse momento nunca chegava.

Ele sustentou a expressão impassível enquanto observava-a, analisando sua reação, e Rin encarou-o incrédula, com o queixo caído.

—O senhor não me disse nada para eu não ir embora?!

Sesshoumaru arqueou uma sobrancelha.

—Foi o que acabei de dizer. — confirmou.

Rin ficou tão sem reação que simplesmente se esqueceu do copo em suas mãos e ele saiu rolando pela cama, mas Sesshoumaru conseguiu apanhá-lo antes de cair no chão, claro que ele não era capaz de ler pensamentos, mas pela forma como Rin o estava olhando, era muito fácil adivinhar que ela estava imaginando se ele não havia sido substituído por algum clone alienígena.

—Mas… por quê? — perguntou-lhe abobalhada. — Eu não sou responsabilidade sua, digo, o senhor nunca teve obrigação alguma…

Quantas vezes ela o faria repetir? Girou os olhos. Aquilo não os estava levando a lugar algum.

—Se a questão são as obrigações que tenho ou não, eu já estou cuidando disso também.

—Como assim?

—Entrei em contato com um advogado para dar entrada em um processo legal de modificação da guarda. — revelou — O que a tornará, em poucas palavras, “legalmente minha responsabilidade”.

Rin olhou-o incrédula.

—O senhor quer ser o meu papai?!

—Escute Rin, eu sei que Mariko mentiu para você a sua vida inteira, e não posso falar com certeza pelos sentimentos dela ao fazer isso, porque nunca me importei em tentar compreendê-los para começo de conversa, mas talvez, no fundo, ela só quisesse que essa fantasia fosse real. E quanto a você Rin? Não gostaria que fosse real também? — ele apoiou os cotovelos sobre as pernas e olhou-a — Mas não me entenda errado, porque não é por essa razão que estou fazendo isso, meus motivos são totalmente egoístas. — deu de ombros — Podem ter sido altruístas no começo quando, em algum momento comecei a pensar que você não teria mais para onde ir, já que voltar para a casa de seus avós em tais circunstâncias seria inconcebível e, por alguma razão me importei com isso e, portanto, precisava de mim, mas aí comecei a me incomodar com coisas pequenas como se suas roupas a manteriam aquecidas ou se estavam pequenas demais,  se seus sapatos eram confortáveis, e se para a sobremesa iria gostar mais que eu comprasse pudim de chocolate ou donuts, de forma que agora estou fazendo isso, não porque acredite que você precise de mim, mas porque eu a quero comigo. E sendo um homem egoísta, irei recorrer a quaisquer meios que estiverem ao meu alcance para conseguir o que quero, seja isso contatar um advogado para dar inicio a um processo legal, ou recorrer a Sra. Arina para conseguir uma casa com a qual pretendo impressionar o juiz desse mesmo processo, ou intimidar seus avós…

Calou-se surpreendido e derrubou o copo vazio no chão quando Rin simplesmente pulou sobre seu colo e lançou os braços em volta de seu pescoço, apertando-o tão forte como se quisesse estrangulá-lo, e assim ficou, em silêncio, por longos minutos, até que de repente se afastou, empurrando-o pelos ombros e olhando-o com uma cara confusa.

—Espere, o que foi que o senhor disse sobre intimidar meus avós?

—Tem alguma coisa que eu possa fazer por você, Rin? — mudou de assunto.

—Mais?! — Ela arregalou os olhos.

—Algo que você queira, ou algum lugar onde queira ir… — sugeriu.

Rin acomodou-se melhor em seu colo, e ficou quieta e pensativa enquanto torcia a barra da camisa do pijama por alguns instantes, até que de repente olhou-o com um sorriso luminoso, como se tivesse tido a idéia mais brilhante do mundo:

—O parque de diversões! — declarou eufórica — Eu quero ir ao parque de diversões!

—Você não foi há um há pouco tempo? — comentou.

—Isso foi há uns seis meses Sesshoumaru-Sama!

—Está certo. — concordou — Vou falar com Inuyasha e ele…

—Não, Sesshoumaru-Sama, eu quero ir com o senhor! — ela segurou-o pelos ombros — Só o senhor e eu! Certo? Podemos?

Sesshoumaru arqueou uma sobrancelha.

—Eu não acabei de dizer-te para evitar fazer-me esses pedidos que envolvem ar livre e aglomerações, se pudesse?

Ela sorriu-lhe encabulada e ele levantou-se a pondo no chão, e recolhendo o copo que havia caído.

—Vá lavar o rosto e se trocar. — ordenou se dirigindo à porta.

—O que?! — ela surpreendeu-se — Vamos hoje? Agora?

Sesshoumaru virou-se para olhá-la.

—E por que não? — replicou — Obviamente já está tarde demais para levá-la para a escola agora, além do mais estamos em um dia útil, o que significa que a maioria das pessoas deve estar estudando ou trabalhando, então provavelmente não está tão cheio agora.

—Ah, está certo! — Rin pulando animada. — Então vamos!

—Esteja pronta em vinte minutos. — avisou-a saindo.

—Sesshoumaru-Sama, espera!

Ela o chamou de repente, fazendo-o parar e colocar a cabeça para dentro novamente.

—O que?

Rin escondeu as mãos atrás do corpo, e deu-lhe um grande sorrido, como se nem sequer estivesse se acabando de chorar poucos minutos atrás, na verdade como se nunca houvesse chorado na vida…

—Acho que nunca ouvi o senhor tão falante quanto hoje! — declarou insolente.

Sesshoumaru olhou-a seriamente.

—Vinte minutos. — sentenciou saindo.

Havia um lugar onde Rin queria passar antes de irem ao parque, e Sesshoumaru não precisou fazer esforço para logo adivinhar que lugar seria esse.

—Sesshoumaru-Sama, eu gostaria de falar com ela sozinha um pouco, primeiro. — pediu-lhe soltando sua mão quando chegaram ao cemitério.

—Ficarei por perto. — avisou-a.

E por dois minutos inteiros Rin o abraçou como se nunca mais fosse soltá-lo.

—Eu sei. Obrigada papai.


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Notas finais do capítulo

Hoje é meu aniversário e eu adoraria comemorá-lo me deliciando com suas lágrimas, mas decidi lhes dá um refresco dessa vez ;)



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