Uma vez assassino, sempre assassino escrita por LadyDarkness09


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

mesmo sendo um angst do karaio, espero q gostem!
comentem! faz mal n :3



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Não sabiam quando havia acontecido e como, só sabiam que acordaram acorrentados nas paredes sem nenhuma capacidade mágica ou força. Era como se o magoi estivesse sendo selado em seu corpo.

Tinham as roupas ligeiramente rasgadas, pele suja com terra e até um pouco de sangue, braços firmemente acorrentados por algemas nas paredes. Yam não podia conjurar seus feitiços nem nada do tipo, toda a força de Hinahoho tinha se esvaído, assim como a de Drakon e sua capacidade de cuspir fogo. Sharrkan, Pisti, Spartos, e misteriosamente Masrur estavam na mesma situação. O seu rei não era diferente, e além disso estava sem seus receptáculos Djinns. Se entreolharam meio grogues e puderam ver mais ou menos onde estavam.

Era muito escuro, mas dava pra ver de certa forma as coisas, algemas nas paredes, celas, e o que aparentava ser sangue seco no chão. Enrijeceram. Tinham várias ferramentas de tortura nas paredes e um cheiro de umidade misturada com sangue. O ar dali era pesado, e todos esses fatores fizeram com que os generais e seu rei estremecessem. 

Olharam em direção ao que parecia se uma porta quando escutaram barulhos de passos. Do corredor escuro surgiram três homens. Todos com vestes brancas, um pano que cobria a boca e os olhos, e um sobretudo laranja que cobria os ombros e o peito. Exalavam um ar de maldade e de frieza. Drakon reconheceu-os de imediato. Desejava que não tivesse.

"Sham Lash..." murmurou de forma praticamente inaudível. Entretanto...

"parece que lembra de nós não é, ex general de Parthevia?" um deles falou, sua voz era grave e fria.

"vocês ainda sequer existem?"  Perguntou Hinahoho com a voz carregada de ódio. Se lembrava muito bem deles e do que fizeram a Jafar-

Espera.

ONDE ESTÁ O JAFAR?!

"cadê o Jafar?!!?" perguntou Sinbad grosseiramente para um dos homens assassinos. Isso alertou os outros generais que não tinham percebido a ausência do amigo.

"olha... vejo que percebeu a ausência do nosso ex chefe... admito que foi extremamente complicado o capturar. Tivemos que usar o mesmo tranquilizante que  usamos no seu amigo Fanalis aí." sorriu maldosamente.

"Tranquilizante?" perguntou Sharrkan.

"como acham que trouxemos vocês aqui?" perguntou o outro sarcasticamente. "o que usamos no Fanalis teve que ser a dose suficiente para abater fortemente um leão, e infelizmente o nosso ex chefe é extremamente resistente a venenos e coisas do tipo, tivemos que usar o mesmo tranquilizante."

"...Por que não consigo usar magia?" perguntou Yam ao assassino com o olhar afiado.

"temos uma certa ligação com Al-Thamen. Não foi difícil." sorriu o capturador perversamente.

"Al-Thamen..." falou Spartos realmente espantado.

"o que foi? seu querido general Jafar não falou?" perguntou o terceiro assassino.

"Por que estamos aqui?" perguntou Sinbad, prestes a tentar se libertar e esganar os três assassinos.

"veja bem, ja que amam tanto o seu outro general, por que não lhes trazer para ver sua punição por ter fracassado em seu assassinato e abandonado a força" sorriu doentiamente olhando para Sinbad.

O segundo assassino, até agora calado, virou-se para o corredor escuro esperou, lá de dentro saiu uma visão que faria até mesmo Judar ter pena.

Quatro outros assassinos, acada um segurando uma corrente, e preso em meio a essas restrições estava a razão do rei e seus generais estarem presos ali.

"Jafar..." Sinbad pensou com os olhos arregalados em puro pavor.

Tinha sangue nas vestes rasgadas e imundas, algemas enormes em cada tornozelo, nos pulsos, garganta, e uma restrição de metal ao redor de sua boca para mantê-lo quieto. Tinha visíveis hematomas nos braços e cortes que sangravam. Era uma visão horrível.

"Jafar!" as garotas algemadas gritaram enquanto suas lágrimas transbordaram de seus olhos.

Os outros encaravam de um modo completamente horrorizado, como seu amigo tinha sido ferido dessa maneira?

O pior de todos era Sinbad. Seu melhor amigo, braço direito, e amante estava sofrendo tortura. Isso mesmo, amante. Amava Jafar incondicionalmente e o protegeria a qualquer custo. 

Ja Jafar olhava os amigos com um semblante triste, odiou vê-los daquela forma, algemados como uma vez esteve. Mas odiou principalmente que o viram de forma tão vulnerável. Algumas de suas cicatrizes estavam a mostra, mas eram as menores que tinha. Menos mal. Foi forçado a se ajoelhar no chão, e olhou o assassino que parecia comandar tudo de forma perigosa e sombria.

Tal assassino tirou de baixo do sobretudo alguma coisa brilhante e a encaixou nas mãos, era uma peça de madeira com espinhos em cima. Arregalou os olhos. Seu sequestrador se baixou ao seu nível e sorriu por baixo do pano, então sem nenhum aviso acertou um soco no rosto ja machucado de Jafar, o fazendo cair pesadamente no chão.

"JAFAR!!" Os generais e o rei gritaram.

Como se não fosse o suficiente, o assassino começou a dar pontapés em todo o corpo de Jafar, fazendo-o se encolher, mas sem nenhum grito ou gemido. Mesmo com aquela coisa na boca seria fácil ouvir um grito. Isso irritou ainda mais o capturador.

Jogou a peça de madeira fora, e pegou uma adaga. 

"NÃO!!" berrou inutilmente Hinahoho.

O assassino esfaqueou Jafar em todo o tronco, contudo sem atingir algum órgão vital propositalmente, queria que seu ex chefe sofresse. O ex assassino finalmente gritou e lágrimas escaparam de seus olhos. 

Os generais e o rei gritaram para que parasse, mas de nada adiantou, apenas atiçou ainda mais os assassinos. Arrancaram então a parte de cima da roupa de Jafar, mostrando cicatrizes enormes antigas e feridas novas que jorravam sangue. 

"que tal se.. o marcássemos para que possam ver claramente o que ele é?" perguntou com um sorriso doente. Pegou a faca novamente e escreveu letra por letra em cima do peito de Jafar. O general se debateu incansavelmente, porém não impediu que o assassino completasse a palavra.

A S S A S S I N O

Sharrkan estava com os olhos arregalados e lágrimas transbordavam de suas bochechas, assim como Masrur, Drakon, Hinahoho, e Spartos. A diferança deles e de Yam e Pisti é que elas gritavam e soluçavam.

Sinbad estava paralisado, Jafar ja tinha te contado o que teve que sofrer na infância como punição, mas nem sonhou que fosse algo perto daquilo. Suas lágrimas transbordavam como cachoeiras e seus olhos âmbar tinham dor e tristeza evidentes, seu amado Jafar estava sofrendo tanto...

"Que tal assim chefinho, eu farei um corte a cada grito, a cada gemido, a cada sussurro que você der, que tal assim?" sorriu maleficamente. Começou pelos braços, gravou fundo a adaga no braço de Jafar. O grito foi inevitável. "isso! grite para os seus amigos!"

Outro corte, outro grito.

Pisti fechou os olhos assim como Yam, não aguentavam ver isso.

Logo, os braços, tronco, e pernas de Jafar estavam completamente cheios de cortes. Não sabiam como ele ainda estava vivo.

Depois de um certo tempo, Jafar não fazia mais nenhum ruído. Sorrindo, o torturador retirou a mordaça de metal da boca de Jafar, cuspiu sangue então.

O torturador então levantou e deu a adaga para o outro assassino, pegou em troca um chicote. Jafar arregalou os olhos antes de gritar ao sentir o força de tal instrumento de tortura nas suas costas repetidas vezes. Soluçou como nunca antes para a surpresa e horror dos generais.

Depois de um tempo, o torturador parou de chicotear Jafar, e tirou o restante do sangue presente no chicote com a mão, jogou o sangue em todos os generais e no rei.

O torturador olhou para o seu trabalho, Jafar estava a beira da inconsciência devido a perda de sangue e o tranquilizante ainda presente em seu corpo. Andou até a figura caída e rasgou o resto de sua roupa, deixando apenas uma pequena parte que cobria do quadril até o meio das cochas, passou a mão pelas pernas de Jafar e analisou o resto de seu corpo. Sorriu.

"não é que ainda tem um corpo de putinha depois de todos esses anos Jafar?" começou a se despir, alarmando os generais, seu rei, e a vítima aos pés dos assassinos.

"n-não... por favor..." pediu fracamente. Porém viu que nada adiantaria. Olhou em direção aos amigos presos. "f-fechem os olhos..."

Arregalaram os olhos para o pedido do amigo, mas fecharam como pediu. Não queriam ver aquilo, se a tortura lhes deram ânsia imagine aquilo...

Sinbad estava paralisado e sem conseguir reagir, via a tristeza profunda nos olhos do amado, mas também viu ternura depois de tudo, Jafar não queria que visse o que ia acontecer consigo. Viu-o mover os lábios de novo por favor Sin... ,e relutando, virou a cabeça e fechou os olhos, tudo o que menos queria era ver algo assim, mas não tinha forças nem para se mexer, quanto mais matar o torturador e os assassinos ali presentes como queria.

Mais que tudo no momento, queria tirar Jafar de lá e o abraçar lhe assegurando que estava tudo bem agora, que não tinha mais que temer, mas não podia...

Conseguiu escutar um grito agoniado de Jafar, e um gemido por parte do torturador, tinha começado. Cerrou os olhos ainda mais fortemente. Os gritos de seu Jafar duraram mais um tempo, assim como os gemidos do maldito assassino. Ouviu um gemido mais alto do torturador seguido do silêncio. Tinha acabado.

Permaneceu com os olhos fechados por um minuto, quando finalmente os abriu novamente, teve um vislumbre do torturador terminando de se vestir, e Jafar deitado no chão imóvel. O pouco de roupa em seu corpo estava completamente ensanguentada, e seu cabelo cobria seus olhos. Desejava poder apagar essa imagem de sua mente, desejava mais que tudo manter Jafar seguro, mas foi incapaz de tal ato...

Os outros assassinos então soltaram as algemas de Jafar e o deixaram no chão em meio a uma poça de seus próprio sangue.

"isso foi divertido... boa sorte para saírem daí." sorriu, antes de pegar a adaga de antes e cravar na coxa de Jafar, levantou então e se virou para entrar no corredor junto com os outros assassinos.

Grande erro.

Foi extremamente rápido, em um momento a garganta de um dos assassinos que trouxe Jafar estava cortada, e ele caiu no chão em seguida, morto.

Os assassinos rapidamente viraram, e arregalaram seus olhos, assim como os generais e o rei da Sindria. 

Jafar estava de pé, com a adaga na mão, e um sorriso macabro em seu rosto coberto de sangue.

"C-COMO-?!?!" o torturador gritou.

Sorrindo, Jafar avançou em direção a cada assassino em extrema velocidade, matou um por um, até sobrar apenas o torturador e mais um assassino.

Avançou em direção ao último de seus ex subordinados e enfiou a mão em seu peito, arrancando seu coração com um puxão e vendo o assassino cair no chão, morto. Olhou para o torturador encolhido no chão e esmagou o coração em sua mão. Em seguida, pegou o torturador pela gola e aproximou seu rosto no dele perigosamente.

"pode tentar me matar e me torturar... mas se mexeu com quem amo... considere-se morto." dito isso, cortou a garganta do torturador, vendo-o cair no chão em seguida, afogado no próprio sangue.

Os generais olhavam assustados e ao mesmo tempo admirados, nunca tinham visto Jafar ficar tão zangado a esse ponto. E se perguntavam como diabos ele estava andando. Viram o amigo antar até onde estavam, e com dificuldade, soltou o seu rei, caindo no chão em seguida e sendo amparado por quem amava.

"Jafar! aguenta firme!" disse para Jafar em meio ao desespero.

Jafar sorriu fracamente, então encostou a cabeça na curva do pescoço de seu rei. "acabou..."

 

                   Alguns meses depois

 

 

Sinbad estava deitado em sua cama com a luz do luar, e tinha um braço em volta do tronco de Jafar. Este estava com a cabeça encostada no peito de seu rei, e ouvia seu coração bater calmamente depois de uma longa noite de amor, ambos estavam nus e tinham as pernas entrelaçadas, assim como suas mãos.

"Ja vai fazer uns meses não...?" perguntou de olhos fechados.

"não quero me lembrar desse dia..." respondeu o rei.

"nem eu... mas, acha que os generais superaram?" perguntou, olhando para seu rei.

 

"se nem eu superei ainda..." suspirou. "não pude te proteger..."

"não precisava. O que importa é o presente, e eu estou aqui com você agora." sorriu antes de dar um beijo na bochecha de seu rei.

"...acho que sim. Suas feridas estão quase curadas não?" 

"estão sim, graças a você que me trouxe rápido de volta para a Sindria." sorriu.

"...obrigado Jafar." beijou o topo da cabeça do albino.

"pelo que?"

"por existir."

"... ja está querendo brincar?" riu.

"me conhece tão bem!" em seguida beijou o seu amado conselheiro. Realmente, o amor dos dois era eterno. 


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Notas finais do capítulo

espero q tenham gostado! :3



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