Pov Cato

Cheguei enfim à minha casa. Engraçado, não é assim que me lembro quando falam a palavra casa. Não era tão luxuosa, o que aconteceu?

Celeste: vamos?- olhei para ela e assenti.

Subimos os degraus e Celeste bateu na porta. Logo uma mulher atendeu, e aquela mulher eu jamais esqueceria.

Emily: Cato!

Cato: mãe!- sorri.

Ela me abraçou com força e eu também a abracei. Ela tem o mesmo cheiro de flores que me lembro. Seus cabelos dourados continuavam macios. Ela me soltou e pegou meu rosto entre suas mãos.

Emily: senti sua falta!

Cato: eu também senti a sua!

Emily: venham, entrem.

Eu dei espaço para Celeste entrar primeiro. Eu a ajudei com suas malas e as levei para dentro.

Emily: eu tratei de arrumar um quarto para você, Celeste. Por favor, venham.

Eu peguei as malas de Celeste e nós subimos. Entramos na segunda porta que havia no corredor. O quarto era bem simples, um típico quarto de hospedes.

Emily: vai ficar confortável?

Celeste: claro! Não se preocupe- sorriu.

Deixei as malas em um canto e segui minha mãe até meu quarto. Ela abriu a porta revelando meu quarto. Pelo que me lembro o meu antigo quarto era pequeno e havia apenas uma cama, uma cômoda e um armário. Esse é bem maior, tem uma cama maior, uma cômoda envernizada, um armário também envernizado, uma estante com alguns livros, uma TV, um video game, um computador e uma porta que supus ser o banheiro.

Emily: bem melhor que seu antigo quarto, não é?

Cato: com certeza- sorri.

Emily: como sei que gosta de azul eu pedi para que pintassem as paredes de azul- olhei ao redor e sorri.

Cato: obrigado, mãe!

Emily: disponha- veio até mim- eu pensei que tinha perdido você!- pegou meu rosto e acariciou- eu fiquei tão... tão triste.

Cato: eu estou aqui agora- enxuguei uma lágrima que escapou de seu olho- eu vou cuidar da senhora e do meu pai!

Emily: eu te amo!

Cato: eu também te amo!- nos abraçamos novamente.

Ela saiu me deixando ter um tempo a sós. Eu fui me preparar para o jantar. Entrei no banheiro, tomei um bom banho, saí, me enxuguei e me vesti. Enquanto esperava eu fui até o computador e o liguei. A rede de internet já funcionava. Eu pus no e-mail e pensei em escrever para Clove, mas escrever o quê?

Celeste: Cato?- falou atrás da porta.

Cato: pode entrar- ela entrou.

Celeste: sua mãe pediu para avisar que o jantar está pronto.

Cato: ok.

Desliguei o computador e desci com Celeste. Assim que desci vi o homem que me esperava no final da escada. Eu me lembro dele e ele nunca foi de sorrir, mas hoje vi o maior sorriso que ele já deu.

Josh: Cato!

Cato: pai!

Fui até ele e ele me abraçou como nunca antes. Um abraço apertado, sincero.

Josh: eu... eu senti sua falta, filho!

Cato: eu também senti a sua, pai- sorri.

Nos separamos e ele continuava sorrindo. Nós fomos todos juntos para a sala de jantar. Nos sentamos e comemos como uma família feliz! Agora tudo ficaria bem!

Pov Clove

Cheguei em frente a uma casa que nem era tão grande e nem tão pequena. Ela parecia bastante confortável, mas não é assim que me lembro quando penso em casa. A antiga era bem menor.

Safira: vamos?- assenti.

Subimos os degraus e Safira bateu na porta. Quem atendeu foi, ninguém mais, ninguém menos que meu pai. Ele abriu o maior sorriso e seus olhos logo marejaram. Meus olhos também ficaram marejados e eu quase pulei em cima dele.

Alex: Clove!- falou me abraçando apertado.

Clove: oi pai!- sorri- eu senti sua falta!

Alex: e você não sabe o quanto eu senti a sua- nos separamos e ele pegou meu rosto em suas mãos e depositou um beijo em minha testa- minha menininha!

Clove: sou eu- rimos.

Alex: entrem.

Ele ajudou Safira com as malas dela. Nós entramos e logo ela apareceu. Minha mãe.

Carol: olá Clove- falou com um sorrisinho de leve.

Clove: oi... mãe.

Alex: Carol, mostre os quartos delas, sim?

Carol: tudo bem.

Nós a seguimos e ela nos levou até o segundo andar. Ela abriu a terceira porta revelando um quarto simples.

Carol: esse é seu quarto, Safira- ela falou- tudo bem?

Safira: está tudo bem sim- sorriu.

Eu a ajudei a pôr as malas para dentro. Saí e segui minha mãe até outra porta. Ela abriu revelando um quarto enorme. O meu antigo, pelo que me lembro, era bem menor. Esse tinha uma parede toda em vidro, as outras paredes eram pintadas de um azul claro com detalhes em rosa. A cama era bem maior que a antiga, tinha uma estante de livros, uma TV, uma cômoda branca, um armário também branco, um computador e uma porta que supus ser o banheiro.

Carol: espero que goste- falou com um sorrisinho- eu pedi para que decorassem, estava muito sem graça.

Clove: vou ficar bem- falei olhando ao redor.

Carol: o jantar será servido em breve.

Clove: tudo bem.

Ela ia sair, mas antes de sair virou para mim.

Carol: Clove- olhei para ela.

Clove: sim?

Carol: eu... eu fico...- respirou fundo- que bom que está aqui!- sorri.

Clove: obrigada.

Ela sorriu e saiu. Eu lembro de minha mãe e ela durona. Talvez tudo isso tenha feito seu coração amolecer. Bom, é claro que ela não ficaria totalmente molenga. “que bom que está aqui” era uma forma dela dizer “estou feliz que tenha voltado! Eu te amo”.

Eu resolvi me preparar para o jantar. Tomei um bom banho, saí, me enxuguei, pus um vestido florido soltinho e penteei os cabelos. Fui até o computador e o liguei. A rede de internet já funciona, e isso é uma ótima notícia! Eu poderia falar com Cato a qualquer momento!

Safira: Clove?- falou atrás da porta.

Clove: oi.

Safira: o jantar está pronto.

Clove: ok- desliguei o computador.

Descemos juntas e fomos até a sala de jantar. A mesa tinha uma variedade de comidas! Nos sentamos e começamos a nos servir. Estava tudo muito bem e eu torcia para que assim continuasse!