Splintered escrita por Mia Agt


Capítulo 5
Before: Chapter 5


Notas iniciais do capítulo

Hi Hi Puffy Amy Yumi! sempre quis cumprimentar as pessoas assim(risos), desculpem não ter postado nada nessas duas semanas, acontece que eu fiquei doente! que alegria ficar doente nas ferias(sarcasmo on), sem contar que tive que ficar com meu irmãozinho enquanto minha mãe fazia cabelo(ela é cabeleireira), e eu mexi totalmente zero nesses tempos porque ela marcou uma penca de gente.

Só mexi pelo cel mesmo , só que eu não posto por ele tanto por sair com erros demais quanto porque meu celular é bugado. Gostaria de dizer que escrevi três capítulos para compensar? gostaria, mas não foi isso que eu fiz, então sorry mais uma vez. Mas aqui estou eu trazendo o ultimo capitulo do ano( que emoção acho que vou chorar) (risos).


Vamos ao agradecimento da vez! Obrigada a Mishaa Cullen e a SaSa Royal por terem comentado no capitulo anterior, obrigada mesmo florzinhas! Que tal mais de vocês se manifestarem também nos comentários, porque o contador do Nyah diz que eu tenho 14 lindas pessoas acompanhando. E eu estou falando com você fantasminha que esta atras dessa tela de celular ou computador, pode não acreditar mais eu to te vendo daqui, e eu sei onde você mora!(risos)

Boa leitura e nos vemos nas notas finais!



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Alice esteve durante as duas aulas de trigonometria entediada.

Ela não sabia dizer se era porque desejava que a aula de educação física chegasse logo; ou se era o efeito da adrenalina abaixando e a deixando um tanto mentalmente exausta. Ela só queria sair da sala do sr. Hethaway que falava de forma tão arrastada que parecia uma lesma a beira da morte. Se bem que tinha ficado um tanto inquieta com medo de alguém ter descoberto a sua artimanha, mas depois de meia hora fuçando em seu futuro prévio ao som do murmúrio monótono do professor, ela finalmente relaxou ao não encontrar nada. Quando o sinal bateu Alice rumou saltitante para o seu armário, pegou a sua roupa de ginástica e depois seguiu até vestiário para se trocar.

A primeira coisa que fez ao fechar a porta de um dos vestiários foi tirar a sua boina, era obvio que ela não podia praticar exercícios físicos com aquilo sem correr o risco de suar mais que o Melvin Pigson. Por isso ela tinha um plano B quando participava dessas aulas. Tirando a fita crepe da bolsa, ela com cuidado colou a sua orelha rente a cabeça. Bom ao menos a ponta, que era a exata parte que ela não podia revelar. As coisas seriam muito mais fáceis se ela pudesse disfarçar esse pequeno detalhe com magia, ou alguma substancia milagrosa feito a "nevoa" que existe em Percy Jackson, mas tal como uma herança genética aquela característica era indisfarçável e irreversível. A não ser que ela optasse por se submeter ao método humano de cirurgia, mas aquilo parecia ser um ato tão bárbaro, que nem a sua mãe, por mais neurótica que fosse, aceitaria.

Alice achava que tinha colado perfeitamente, mas sem um espelho ela não poderia ter certeza. Ah, mas aquele era um detalhe que poderia facilmente ser resolvido com um tiquinho de magia. Virando se de lado ela encarou a parede pintada de um rosa que já estava desbotado, e que possuía uns rabiscos toscos de canetinha colorida. Ela desenhou uma forma circular na superfície lisa e fria, em um tamanho que pudesse servir para o seu propósito.

"Reflita-me" ordenou ela ao dar um peteleco no centro da sua marcação. Imediatamente aquela superfície ondulou em reação ao seu ato, como se tivesse mudado para o estado liquido. Logo em seguida a superficie se aquietou, desbotando de cor até se tornar transparente feito vidro e passar transmitir a imagem da jovem a sua frente como um espelho. A jovem Brandon nem pareceu ligar que seu "espelho" mais parecia um rombo na parede, visto que ela pode enxergar a silhueta de uma pessoa do outro lado, simplesmente continuou ajeitando a fita no lugar. Tinha aprendido aquele truque com a sua irmã quando as duas queriam bisbilhotar a conversa dos adultos sem serem vistas, se bem que a ordem correta para esse objetivo era simplesmente "reflita", dessa forma a imagem do outro lado ficaria mais nítida e clara de se ver.

Balançando a cabeça ela se obrigou a parar de se perder em devaneios, ou perderia a quinta aula assim como todo o seu plano iria para o beléleu. Puxando duas mexas bem grossas do seu cabelo na frente, ela deu a volta na cabeça como uma facha prendendo as mechas com um elastiquinho na nuca. Só então ela pegou o resto do cabelo e fez um rabo de cavalo baixo, um penteado muito visto em passarelas embora ela achasse meio sem graça. Alice ainda conseguia sentir o volume da sua orelhas mas achava que o volume não chamaria atenção considerando que as pessoas não costumavam lhe dar uma segunda olhadela.

Vestindo rapidamente a calça legue preta que evidenciava a sua falta de curvas, um top da mesma cor com uma regata por cima, ela finalmente deixou o vestiário que aquela altura estava cheio. Quase se esquecendo de estralar os dedos para desfazer aquele seu truquezinho do banheiro.

Ter pensado na possibilidade de se atrasar fora um tremendo exagero, ela teve que admitir. Isso porque Alice sempre dava um jeito de ser a primeira a chegar no vestiário, para evitar pessoas indesejada, AKA Victoria.

Ao chegar na quadra Alice se encostou em um canto da quadra esperando o professor chegar, enquanto alguns alunos já conversavam entre grupinhos. A jovem Brandon teve que conter um suspiro quando Jasper apareceu, usava uma regata preta larga mas que deixava a mostra seus braços bronzeados e definidos, assim como uma bermuda vermelha, o que de certa forma fazia os dois estarem combinando. Bom, ao menos as cores combinavam. Os cabelos cacheados de anjinho que Alice tanto amava, estava preso em um coque alto que deixava a parte da nuca raspada amostra, detalhe esse que Alice achava ser mais charmoso. Ela quase não percebeu que ele estava acompanhado dos irmãos, que ficavam completamente ofuscados perto dele.

Ela só saiu de seu momento de deslumbramento quando o Treinador Garrett chegou a quadra batendo as mãos e chamando a todos para se posicionarem no circulo que possuía desenhado no centro do chão. A professora do ano passado, a Srta. Kepleen, não a obrigava a participar da aula pratica meio que respeitando que Alice era excluída e não gostava de atividades que a tentassem fazer socializar. O que para ela não ruim, já que podia ficar sentada na arquibancada, babando ao observar Jasper e outros garotos jogarem basquete. Mas o professor Garrett era diferente, ele sempre a chamava para participar das aulas e se fosse necessário até faia dupla com ela, o que era algo que contribuiu para Alice simpatizar com ele.

— Muito bem seus molengas, vamos começar com o alongamento. Façam isso direito porque eu não quero ninguém choramingando no meu ouvido depois por conta de uma torção, okay? — perguntou o professor postando-se no meio do circulo formado pelos alunos, com os dois braços esticados para frente com os dedos entrelaçados.

Alice seguiu a serie de movimentos do alongamento e do aquecimento perfeitamente, não era algo difícil de acompanhar visto que quando era pequena e praticava balé tinha que fazer isso também. Isso tinha lhe proporcionado grande flexibilidade que talvez a permitisse participar do time de lideres de torcida, mas esse era um cargo que implicava em muita sociabilidade e Alice estava muito bem ao seguir as regras do seu mundo e permanecer na incógnita.

— Muito bem. — elogiou ele andando com as mãos atrás das costas feito um sargento em frente aos soldados, antes de se virar abruptamente em direção a ela. — Meredith! Não pense que vai ficar só no aquecimento longe dos outros, porque na minha aula você não é privilegiada. Venha agora para a formação se não quiser perder pontos na media. — praguejou ele de forma alta, como se isso fosse ajudar Alice ouvir da distancia que estava.

Os outros alunos estavam olhando para ela e isso era algo que a deixava constrangida, por isso tratou de se apressar em direção a formação com os braços em direção ao corpo mostrando descontentamento. Mas por dentro até que ela estava se divertindo com toda a situação.

Alice realmente não conseguia entender o porque o treinador Garrett constantemente trocar o seu nome por algum que começava com a mesma letra ou lembrasse o som. Já fazia quase três meses que ele dava aula para ela de certo ele já deveria ter guardado ao menos seu sobrenome, visto que professores costumavam guardar os nomes dos alunos bagunceiros ou sociáveis demais que estavam sempre atrapalhando a aula com seus cochichos. Assim como os professores também costumavam guardar os nomes dos bons alunos, visto que eles eram os únicos que pareciam compreender as matérias, então ele deveria ter guardado o seu.

Antes ela até achava meio engraçado isso mas, agora ela sempre se emburrava. O pior é que mesmo o corrigindo ele continuava falando seu nome errado, como se fosse divertido. Mas não era ao seu ver, pois existia uma grande diferença entre Meredith e Mary Alice

 — Ótimo. — afirmou o professor colocando as mãos na cintura, o que o deixava ainda mais parecido com aqueles instrutores fitness de aeróbica dos anos oitenta com a faixa nas cores da bandeira dos E.U.A na testa, para impedir o cabelo de cair na cara; regata cinza com uns dizeres estranhos, um short de ginástica amarelo berrante igual o personagem do filme Juno interpretado pelo Michael Cera, isso sem contar as meias listradas preta e laranja que cobria até as canelas. Ele parecia ter surgido direto dos anos oitenta, talvez fosse por isso que ele e a Srta Kate combinassem, visto que ela parecia presa a moda dos anos setenta com as calças bocas de sino.

— Hoje nos vamos fazer algo diferente. — continuou o professor passando os olhos ferinos por entre os alunos meio entediados. — Será um exercício de confiança, que eu irei exemplificar a vocês com ajuda de seus colegas, Marilyn e Geisper. — disse ele se posicionando no centro do circulo formado pelos alunos, enquanto esperava seus voluntários— não tão voluntários assim— se juntarem a ele.

Jasper torceu levemente os lábios ao ouvir seu nome sendo pronunciado errado mas não falou nada ao se posicionar ao lado do professor, esperando instruções do que ia fazer. Como não existia mais nenhuma garota que começava com a letra ’’M’’ na sua classe de educação física Alice concluiu que ‘’Marilyn’’ seria outro forma de se referir a ela, e com passos arrastados ela se posicionou ao lado de Jasper, seu coração martelando por estar próxima o bastante para sentir a diferença de cheiro entre a sua pele e o seu cabelo. Mentalmente ela se repreendeu por sua reação boba. Ela era mesmo uma idiota apaixonada.

— Na verdade é Mary Alice, mas eu prefiro que me chamem de Alice. — corrigiu ela quase de forma automática levantando o dedo somo se estivesse trazendo um argumento irrefutável para o clube de debate.

Mas o professor só a olhou de cima como se ela fosse uma criança particularmente boba.

— Tanto faz, Alicia. — movendo a mão com descaso como se tivesse espantando um mosquito. Alice sentiu vontade de dar um tapa na própria testa pela idiotice que havia cometido, seu professor agora teria uma gama ainda maior de nomes para designá-la. — Muito bem o que iremos fazer agora é um exercício de confiança, quem fazer uma gracinha como deixar o colega cair no chão perderá pontos na media. — avisou ele encarando a turma com seriedade enquanto alguns alunos olhavam uns aos outros soltando risadinhas marotas.

Colocando as mãos nos ombros dela o professor a posicionou entre Jasper e ele, o que meio que evidenciava a diminuta altura da morena. Pedindo para que Alice cruzasse os braços em frente o corpo, ele mandou que ela deixasse o corpo relaxado o bastante para cair.

— Não sei se estou muito confortável com isso. — alertou ela arregalando os olhos ao hesitar diante do pedido.

— Não precisa se preocupar. Eu não vou te deixar cair. — garantiu Jasper com aquela voz ligeiramente rouca que fazia sua nuca arrepiar, enquanto dava um sorriso consolador e verdadeiro.

Aquilo instantaneamente a fez relaxar, Jasper tinha aquele poder sobre si desde que se lembrava. Bastava um sorriso e algumas palavras que ele a deixava mais mole que Maria-Mole. E não era só como ela, mas sim com todo mundo, o que fazia dele um quase manipulador, talvez fosse por isso que Alice desconfiasse tanto haver um pequeno resquício mágico no sangue da família Cullen-Hale, esse tipo de coisa não era comum entre os humanos.

Alice fechou os olhos deixando seu corpo pender para frente, enquanto sentia aquela familiar sensação de estar caindo, embora em menor intensidade que a que geralmente sentia ao ter suas visões. Sua queda foi amparada por dois braços fortes que sustentaram seu peso, empurrando-a para a direção contraia, fazendo com que caísse para trás. Mas novamente sua queda foi apartada por duas mãos firmes que se posicionaram em suas omoplatas, enquanto ela sentia uma respiração gelada e refrescante na sua nuca. Jasper, ela sorriu com os olhos ainda fechados.

O professor repetiu o movimento por algumas vezes, jogando-a de um lado para o outro como se ela fosse um pendulo humano sem corda.é claro que algumas vezes ela acabava tropeçando ao tentar se firmar nos pés por não confiar muito da capacidade do seu professor e Jasper segura-la sem que a mesma caísse. Mas era uma reação mais involuntária que proposital, ela não confiava inteiramente nos humanos. mesmo que o professor tivesse garantido que ela não iria cair por ser leve como uma criança de dez anos. Muito reconfortador

— Edwald! Fique no meu lugar depois vocês três podem revisar com relação a quem fica no meio. Agora vou auxiliar seus colegas engraçadinhos antes que alguém acabe na enfermaria por meter a cara no chão. — falou o professor andando até onde Emmett praticamente jogava um aluno magrelo feito uma bola de basquete para uma patricinha, que parecia ter medo de quebrar as unhas com essa atividade.

— Para mim esta tudo bem ser uma fatia desse sanduíche humano, mas se você quiser ficar no meio, Major, eu não irei protestar. — comentou Edward de forma perversa com uma familiaridade com direitos a apelidos que, só que cresceu junto quando moleque, tinha.

Jasper simplesmente estreitou os olhos antes de esboçar um sorriso estonteante.

— Melhor calar a boca, Edwin.— avisou ele pronunciando o nome errado do irmão de propósito com um sorriso provocativo.

Alice alternou olhares entre os dois sentindo que estava perdendo alguma piada interna, da qual não entendia mais tinha certeza se referir a algo sujo...

Assim como com a professora Kate, Alice só conseguiu falar com o professor no final da aula enquanto os alunos deixavam a quadra, ao se oferecer para ajudá-lo a guardar as bolas de queimado que ninguém havia usado.

— E então... — começou ela se abaixando para pegar a ultima bola e colocar na lona que o professor mantinha aberto. — O senhor tem companhia para o baile de Halloween?

O treinador Garrett paralisou por um instante antes de coçar a nuca soltando uma risadinha constrangida, que o fazia parecer mais jovem por debaixo daquele bigode e barba por fazer. Mas ele ainda parecia um bêbado maltrapilho apesar das roupas.

— Olha só, Alissa, é contra minhas normas de conduta me envolver com uma aluna, por isso não vou aceitar seu convite implícito. — afirmou-lhe com o dedo em riste, mesmo que estivesse sendo gentil ao lhe dar um fora. — Mas quem sabe daqui a alguns anos quando você tiver idade para entrar em um bar. — sugeriu ele ao tombar levemente a cabeça e passar por sua figura estática com a sacola com as bolas, dando um afago consolador na sua cabeça.

Que-No-jo. Era impossível pensar sobre isso sem separar as silabas para enfatizar a sensação. Não era porque a Srta Kate tinha um gosto duvidoso para homens que ela também teria. È claro que não, seu gosto era muito mais refinado, não é a toa que se apaixonará por Jasper que era um verdadeiro cavalheiro do século vinte um da qual sua mãe se encantaria, se não fosse sua condição de humano. Jasper era do tipo romântico também, que dava flores e compunha musicas e poesias para a amada, mas sem aquela cara de bêbado amargurado e rabugento que Edward levava.

O professor Garrett usava roupas fitness dos anos oitenta, por Hecate! Tinha como ser mais brega? Sem contar que ele não depilava aquelas pernas cabeludas de kiwi, que adorava mostrar naqueles shorts colados de índole sexual duvidosa. Apesar de demonstrar ser legal ele era uma negação para uma It Girl como ela.

Piscando rapidamente, Alice finalmente saiu de seus devaneios, apressando os passos para alcançar o professor que já deixava a quadra para guardar as bolas no quartinho destinado a isso.

— Não irei ao baile de Halloween. — afirmou ela não deixando transparecer o quão sentida estava por isso. Não havia sido convidada para esse baile capenga; e nem poderia ir se tivesse sido já que ele seria na véspera do seu aniversario, ou seja, tanto ela quanto a mãe estariam ocupadas com a preparação para os rituais de renovação e amadurecimento (sendo esse ultimo a maldição que ela já havia mencionado anteriormente), que seriam executados nas primeiras horas do dia, quando a magia se concentrava mais forte na terra. Coisas de bruxos, vai entender.

— Mas a professora de historia, sim. — acrescentou meio sem fôlego quando o professor não deu a mínima para sua afirmação inicial. Apesar do treinador mancar levemente (motivo esse que o impediu de passar no alistamento para servir seu amado pais que idolatrava, como um patriota exacerbado), ele ainda andava incrivelmente rápido para uma pessoa diminuta como ela o alcançasse.

— Katrina? — questionou ele estacando de forma abrupta, o que quase a fez dar de cara com a suas costas, mas ela rapidamente se recompôs.

Chamando pelo nome inteiro? UUUhhh que intimidade... pensou Alice com um humor malicioso.

— Sim.— confirmou ela um pouco ofegante como colocando a mão sobre os joelhos para recuperar o fôlego, mas satisfeita por finalmente conseguir a atenção do homem. — E se quer saber, acabei escutando sem querer que ela também esta sem um par para o baile. — essa ultima parte deixou sua boca de forma quase cantarolada enquanto Alice se balançava levemente, tentando conter a animação.

Muito bem, já ‘’tirei o meu da reta’’ então será difícil eles descobrirem minhas pequenas ajudinhas. Isso se ele não dar com a língua nos dentes caso a professora comente algo a meu respeito. Mas não acho que seria tão idiota, já que ele tem na sua frente à chance que sempre quis de sair com ela, concluiu ela enquanto aguardava uma reação positiva do professor diante dessa informação.

— ‘’Sem querer’’ é? — ele arqueou uma das sobrancelhas grossas, que na sua humilde opinião deveria ao menos ser limpada já que estava quase virando uma monocelha. — Você não é uma espécie de Gossip Girl que recolhe os segredos das pessoas para expô-las ao ridículo, não é?

Espremendo os olhos e se inclinando de lado como se tivesse ouvido o treinador falar em outra língua, ela disse lentamente.

— Não. — Aquilo fora uma coisa estranha de se ouvir.

Ela por ser forçada pelas normas de conduta da sua família a não socializar com humanos, acabava ouvindo as coisas com muita facilidade, o que até ajudava na hora de um exercício de classe onde não precisava se levantar para perguntar algo que outro colega já fazia. Seus pais falavam que era sempre bom escutar mais do que falar mesmo que isso fosse meio impossível para ela, se bem que eles eram meios suspeitos já que para ser um boa advogado você precisava estar sempre atentos aos sinais ao redor.

Mas até que o professor tinha citado uma boa idéia, ela nunca tinha pensado em criar o caos espalhando fofos pela escola. Aquilo parecia ser bem divertido, principalmente a se considerar que ela conhecia alguns podres bem marcantes de alguns populares. Talvez Alice colocasse essa idéia em pratica caso o seu plano para se livrar da responsabilidade do ‘’ritual de amadurecimento’’ não desse certo. Ela balançou a cabeça percebendo que estava divagando novamente. Costumava a fazer muito isso.

— De qualquer forma... — continuou o professor a olhando de maneira estranha provavelmente por ela ter saído do ar por alguns instantes, isso acontecia com mais freqüência do que quando tinha suas visões. — Acho que deveria pendurar sua frauda, arco e flecha, garota. Se bem conheço Katrina ela deve ter feito um discurso feminista do porque ela era independente o bastante para ir ao um baile sozinha, quebrando assim os paradigmas da nossa sociedade machista. — apesar da justificativa firme, Alice pode enxergar um pequeno tom de derrota e tristeza no rosto dele, que parecia pesar para os ombros.

Tentando fingir que a decisão da professora de ir desacompanhada não o machucava ele passou a caminhar em direção ao quartinho dos materiais de educação física, que daquela distancia já era visível pela porta verde descascada e pichada.

— Mais ou menos. — concordou Alice um pouco chocada pelo professor conhecer a Srta. Kate o bastante para saber exatamente suas respostas. Tinha casal mais perfeito que esse? Na verdade tinha seus pais eram um exemplo disso assim como seus tios, o que botava seus professores no na posição três do seu ranking. — Mas se quer saber ela pareceu bem interessada ao saber que o senhor também não tem acompanhante.

Aquela foi a sua verdadeira cartada coringa.  O professor imediatamente estagnou a caminhada novamente, o que foi ótimo considerando que ela havia decidido não correr atrás dele novamente já que podia ter uma ataque de taquicardia. Se bem que ela não tinha esse tipo de problema, mas ficar suada era uma merda. Não é a toa que ela fazia corpo mole na educação física.

O professor retrocedeu até ela chegando perto o bastante para que ela ficasse incomodada com a evidente diferença de altura dos dois.

— Você esta falando serio, Alison? — perguntou ele estreitando os olhos, embora fosse visível a chama da esperança que queimava em sua iris.

— Palavra de escoteira. — jurou ela formando um xis com os dedos indicadores em frente ao rosto para depois beijá-lo para dar mais veracidade. O treinador Garrett não precisava saber que a jovem Brandon nunca fora uma escoteira realmente, mas uma mentirinha só para um bem maior compensava.

O professor ficou pensativo por um momento verdadeiramente longo, com os olhos vítreos e perdidos. O que a fez perceber que não era a única pessoa a sonhar demais acordada.

— Sabe o que eu acho? Talvez a professora Kate tenha dispensado todos os outros convites porque estava a espera de um em especial. — supôs ela sorrindo de forma franca, aquilo era mais que uma dica direta, era um murro na cara para ver se ele se tocava e convidava ela logo.

—Talvez você tenha razão. — concordou ele piscando ao parecer acreditar fielmente nas suas palavras. — Obrigada pela informação, Alicia, você é uma boa garota apesar de ser meio preguiçosa nas minhas aulas.

— Não tem de que. — piscou ela divertida ao esticar os braços para baixo entrelaçando os dedos como se apoiasse em algo invisível. — Ah! Já ia me esquecendo, talvez você devesse dar uma carona a Srta Kate hoje, soube pelo noticiário que vai cair uma chuva daquelas. — tá, a chuva que tinha visto não era tão forte assim, mas nada que uma pequena ajudinha não resolvesse. Um pedido para sair feito no meio da chuva era algo muito romântico.

— Mas porque eu da... — a frase do treinador não foi concluída pois Alice já havia se afastado, saltitando mais que um veado feliz na floresta antes de ser abatido por um caçador.

Essas crianças de hoje em dia andam estranhas demais... suspirou ele observando enquanto a garota sumia pelo corredor, para depois simplesmente balançar a cabeça meio desacreditado e incrédulo que uma pessoa realmente fizesse isso na vida real, e não só naqueles filmes falsamente felizes da disney.

 

 


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Notas finais do capítulo

Ah! Garrett, eu me apaixonei por esse personagem quando ele lançou o ''se eu sobreviver a isso te sigo a onde for mulher'' para a Kate! Estou adorando essa nova faceta que eu dei para ele, sempre trocando o nome das pessoas(risos). Alice as vezes é meio inocente, não? só ela para não captar a piadinha infame entre o Jasper e o Edward!

Prometo voltar a seguir com o cronograma, pessoal, então nos vemos na próxima postagem!

Blown kisses, Mia



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