Lost In Time escrita por VitóriaWolf


Capítulo 15
Lost in half hurricane


Notas iniciais do capítulo

Estamos tentando, espero que gostem.
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/713207/chapter/15

Pov Maxon    

—Onde está America?- berro mais uma vez para o velho encolhido no vão da parede.- Ela não pode ter simplesmente desaparecido! Não sei se sabe, mas há uma muralha ao redor desse palácio. - rosno sem paciência.    

 _Nã... Não... Não, Alteza, ela não saiu da propriedade. - gagueja amedrontado    

—Então onde diabos ela está?- minha mãe bota a mão no meu ombro, me separando do homem que derrama litros de água.      

 _Na floresta, Alteza. - olho sem entender para ele, mas nada recebo em resposta. O que America faria na floresta? Algo a ver com o amigo que ela mencionou em sua conversa com Aspen?      

 _É um novo programa do Estado. - meu pai intervém.- Um centro de pesquisa localizado nos arredores da floresta da propriedade.    

   _Qual programa?- demando, mas meu pai não parece assustado.  

      _Científico. - responde vago.- Não direi mais. Se recomponha e volte ao trabalho. Tempo é dinheiro!- ordena rude para o idoso.    

   _Não tem chances, Majestade. A... a caverna... a caverna implodiu.- ele fecha os olhos e protege o rosto com a mão, como se esperasse um golpe vindo do ataque de fúria do rei. Clarkson urrou, jogando tudo o que estava em cima da mesa do escritório no chão, quebrando vasos e porta retratos, separando folhas, que flutuaram até cair no chão sem fazer um único barulho. Minha mãe solta um gritinho ao meu lado e a abraço, por precaução para protegê-la de estilhaços. Ele respira ofegante e marcha até Mikail.        

—Como você está aqui então?        

—A garota me nocauteou antes de entrar na máquina, tentei impedi-la, juro que tentei, mas já era tarde demais. Quase não consegui sair a tempo. - por um momento, um milésimo de segundo, juro ter viso uma sombra atravessar seu rosto e um sorriso brincalhão tomar conta de seus lábios. - E vim correndo avisá-los.  

      _Que máquina?- pergunto e meu pai troca olhares com o velho. - Que máquina?- perco a paciência completamente e berro, os punhos cerrados.  

      _O projeto científico. Estudo do tempo.         _Espera, você quer dizer...- minha mãe engole em seco.    

   _Sim. Exatamente isso.- Mikail concorda com a cabeça. A sala fica em silêncio, uma quietude tensa, todos pensando na notícia que havia acabado de ser colocado na mesa. Tentava digerir a notícia, mas parecia impossível.    

    _Você está me dizendo que America, minha America, sumiu em uma máquina do tempo? Isso é ridículo!      

  _Posso levá-los até lá, preferirem. - Mikail sugere.    

   _Isso não será...      

 _Obrigada. - interrompo meu pai. - Adoraríamos. - Eu e minha mãe o ajudamos a se levantar e ele tem dificuldades em permanecer em pé. Procuro sua bengala que voa pelos ares minutos antes e o entrego.      

  _Eu agradeceria se levássemos alguns guardas. Nunca se sabe o que existe naquelas matas.         _Leger!- grito quando já estamos no corredor caminhando para a porta dos fundos que nos levará até o local necessário.    

    _Majestades. Alteza. - ele faz uma reverência profunda.      

 _Encontre quatros guardas e nos encontre na entrada dos funcionários em dez minutos. - ele assente com a cabeça e sai correndo.      

 _Está tudo bem?- Mikail assente. - Vocês dois podem cuidar dele para mim por alguns minutos?- meu pai assente rabugento e corro atrás de Aspen.            

—O que está fazendo aqui?- pergunta impaciente.    

   _Te explicar o que está acontecendo. - ele parece notar meu semblante preocupado e para de se mover.  

     _O que aconteceu? É America? Ela está...

        _Eu não sei. Ela desapareceu na floresta. - ele sussurra palavras para si mesmo, xingamentos que não consigo compreender. - Preciso saber onde foram aquela noite, preciso encontrá-la. - suplico por ajuda.      

 _Ela me mandou embora antes que eu tenha visto aonde ela foi. - sorrio triste e me viro para sair. - Não acha que ela sumiu por um motivo? Talvez seja isso que ela queira, se distanciar se você.- joga as palavras na minha cara com frieza.      

  _Ela está em perigo e eu posso sentir. No meu coração sei que ela precisa de mim. - ele gargalha, ri da minha cara. Não poderia ter me sentido mais humilhado do que agora.    

    _Ela consegue se virar sem você por perto, sabia Príncipe Maxon? Ela já teve uma vida sem você! E pode muito bem ter outra. Não deixe que seu ego o consuma. Você causou isso agora sofra as consequências. - ele dá as costas para mim e marcha até sumir no corredor.    

    Volto andando em silêncio, esperando encontrar muita confusão causada por meu pai, mas ele consegue controlar o ódio, pelo menos dessa vez, e permanece quieto enquanto esperamos por Aspen e os outros guardas para nos escoltarem pelo mato. Estava completamente perdido. Mikail ia na frente, mostrando o caminho e os guardas ao nosso redor, para assegurar nossa proteção. Minhas pernas bambeavam e minha mão tremia, até aquele momento não conseguia encontrar um motivo para nunca ter entrado naquele lugar, mas ao ouvir os uivos, os barulhos do vento cortante, o farfalhar das folhas, eu entendi porque nunca entrei nesse lugar, só não entendi porque qualquer ser faria isso.    

   _Já estamos chegando?- minha mãe pergunta amedrontada, se escondendo entre os braços do meu pai. Ele sussurra algo em seu ouvido e beija sua testa. Por um momento esqueço quem ele realmente é, parece tão feliz e à vontade que é difícil acreditar que é o mesmo homem raivoso e frio de antes. Aspen não me lançou nenhuma palavra, cumprimento e nem mesmo um olhar. Entendo seus motivos e respeito, mas não posso concordar. Independente do que eu tenha feito, preciso me desculpar e quem sabe reparar meus erros.      

 _Ai minha perna!- Kriss resmunga de algum lugar. - Meu sapato vai estragar todo. - começa o chilique e reviro os olhos, tentando me esconder dela, mas não consigo. Ela corre e tropeça em todos os lugares até chegar em mim, sua voz sonsa irritando todos os meus músculos.    

    _Estamos aqui. - Mikail anuncia e olho ao redor, sem ver nada.      

 _Não vejo nada aqui. - Kriss constata o que imagino que todos pensavam. Aspen liga a primeira lanterna e os outros fazem o mesmo, iluminando o lugar e então conseguimos ver o estrago. Uma linha de destruição, provavelmente o caminho dos túneis, a terra, as pedras, o chão implodiu, como se o mais forte dos terremotos houvessem passado por ali. Seguimos o caminho das rochas caídas até que, subitamente, acaba e o chão verde e folhado, rodeado de árvores volta a aparecer como se nada nunca houvesse acontecido. Abro a boca instintivamente e olho de relance para o lado e vejo que as expressões daqueles comigo são as mesmas, susto e pavor.

        _Como isso aconteceu?- meu pai pergunta e Mikail dá de ombros.      

  _Eu não sei. A máquina explodiu, mas a sala onde ela está. - ele aponta para a parte não atingida. - não foi danificada, somente o caminho para chegar até lá.    

   _Arrume uma patrulha, quantos homens forem necessários e os traga aqui para desenterrar a abrir caminho até a sala principal. Agora!- meu pai grita e os guardas correm de volta para o palácio.        

—O que acha que encontraremos lá em baixo?- murmuro para Mikail.        

—Uma surpresa que tenho certeza de que você não vai gostar.- responde misterioso Jogo os documentos no chão, com raiva e sem paciência. Encosto os cotovelos na mesa, boto a mão no rosto e bufo de cansaço. Acabei de descobrir que a mulher que amo ou está morta devido à uma explosão ou está perdida em alguma época do tempo, dou mais prioridade para a primeira opção. Como me concentrar em projetos de lei? Me encosto na cadeira e fecho os olhos por um único momento, para relaxar e tentar esquecer por um tempo de todos os meus problemas. Só que os poucos milésimos que eram para durar a escuridão de uma piscadela, se tornaram horas de um cochilo.    

   _Alteza. O senhor tem visitas. - abro os olhos rapidamente, assustado e vejo o rosto de Aspen na porta. Parece que desde que descobri quem ele realmente é, ele vem aparecido cada vez mais na minha frente. Me recomponho, ajeito a gravata e arrumo o cabelo, tentando ao máximo parecer apresentável para quem é que for que esteja do lado de fora.      

  _Pode deixar entrar. - anuncio e vejo August e Geórgia entrarem pela porta, se sentando nas duas cadeiras em frente à mesa, se acomodando como se fosse sua própria casa.- O que estão fazendo aqui? Meu pai os viu?    

   _Não se preocupe. Nossos espiões nos ajudaram a entrar sem sermos vistos. - anoto mentalmente para depois descobrir quem são essas pessoas, mas deixo de lado pelo momento.    

   _O que fazem aqui?- repito a pergunta.         _Isso é sobre Kriss Ambers. - me inclino sobre a mesa, atento. - Você não escolheu a garota que gostaríamos, nossa primeira opção como havia prometido.    

   _E você não sabe o que aconteceu entre nós para que eu fizesse minha escolha, então não venha me acusar de quebrar nosso trato ou de deslealdade. Eu sou o príncipe e exijo o mínimo de respeito. Fiz tudo o que me pediram até agora, mas o que America fez foi imperdoável. - me levanto da cadeira e olho fundo em seus olhos, tentando me concentrar na pose de homem sério e determinado.      

 _Nós sabemos o que aconteceu e não o culpamos por isso. Claro que vocês poderiam ter se acertado, mas o passado é passado e temos que pensar no futuro. Kriss sempre foi nossa segunda opção e teremos de lidar com ela.        

—É só isso? Vocês vão aceitar Kriss facilmente?- pergunto ainda consternado.    

   _Sim, até que ela se prove indigna de nossa ajuda, sim.- Geórgia dá de ombros.

—Acho que isso não demorará para acontecer.- suspiro desapontado.    

   _Ela é uma de nós, Maxon. E nós não desistimos tão fácil. - retruca ofendido.      

  _O que quer dizer com ela é uma de nós?- Por favor, que não seja o que imagino, imploro.        

—Uma de nós, Maxon. Rebeldes. A futura Rainha de Illéa será uma rebelde nortista. - explica com orgulho.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! O momento America Maxon cara a cara tretas de milhão ta chegandooo... Expectativas e sugestoes?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lost In Time" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.