Sol e Lua - o Alinhamento escrita por Lukct


Capítulo 4
Morte da Alma


Notas iniciais do capítulo

Capitulo mais curto ainda, mas intenso, crucial, espero que gostem.



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Durante a tarde, eu vi Carlisle o tempo todo conversando pelos cantos da casa com Edward, eu os ouvi, Carlisle dizendo:

— Edward, nós vamos fazer exatamente o que fizemos com Bell’s, para que Charlie também não sinta dor.

— É claro Carlisle, eu já tinha pensado nisso, pois ninguém quer ver Charlie sofrendo.

Aquilo me cortou por dentro, me lembro que os sedativos e analgésicos que Edward me deu não terem feito muita diferença pois, apenas me paralisaram e mesmo assim depois o efeito passou, eu que me contive , pois então pensei: “eu tenho que falar com Carlisle, por mais que isso doa em Edward eu terei de fala”.

Então esperei por um momento que Carlisle estivesse sozinho e fui.

— Carlisle, podemos conversar?

— É evidente que sim Bells, vamos até meu escritório.

Nós fomos andando, numa velocidade normal, para nós vampiros, eu senti alguns olhares em minhas costas, e então enquanto andávamos Carlisle disse:

— Agora não Edward, e por favor não lei mais minha mente hoje, sem ser que eu conceda, pois não sei o que Bella vai me dizer.

— Desculpe Carlisle e sem problemas, não lerei, sem seu consentimento.

Eu disse:

— Não se desculpe meu amor, logo você entendera.

— Não se preocupe Bells, fique calma hoje será um dia difícil para você.

Eu consenti com a cabeça e seguimos andando. Entramos Carlisle sentou no sofá e não atrás da mesa onde sempre senta, então ele disse:

— Sente-se Bells.

Eu sentei, respirei fundo mesmo sem precisar e então disse:

— Carlisle, vou tentar se objetiva, bom eu vi você e Edward, falando sobre aplicar os mesmos medicamentos que aplicaram em mim, olha só eu preciso te falar uma coisa, que eu tive medo de contar e deixar Edward com um sentimento ainda maior de “culpa”, eu sei que mesmo eu dizendo tudo, ele ainda vai se considerar culpado em “tirar a minha alma”, mas é o seguinte, eu fiquei apenas paralisada durante um tempo, mas depois os movimentos voltaram, eu me contive para que Edward pensasse que não sofri, mas infelizmente a dor foi enorme, eu imagino que a mesma que todos vocês sentiram, eu só queria prevenir você sobre como Charlie reagira.

— Nossa Bella eu não podia imaginar que fez isso por Edward, realmente você o ama muito.

— Mais do que tudo Carlisle.

— Mas de toda forma Bells, muito obrigado pelo aviso, sem duvida será de grande valia.

— Certo Carlisle, é tudo, e pode contar para Edward.

— Eu contarei Bells e pode ter certeza ele não se chateara, pelo contrario tomará como prova de seu amor...

— Muito obrigado Carlisle.

Eu sai do escritório antes que Carlisle, eu, de certa forma, estava aliviada, era bom saber que, não mais por minha culpa minha família seria pega de surpresa. E então eu vejo o meu vampiro predileto, Edward, se aproximar, ele chega e diz:

— Bells você não precisava mentir, eu te amo, cada vez mais, você é perfeita, esconder um sofrimento gigantesco para me “proteger”. Quem não amaria alguém assim?

— Edward não seja bobo, eu não fiz nada de mais.

— Ta bom Bells, eu finjo que concordo para não aborrecer a mulher perfeita.

Edward, deu o sorriso torto que eu amava, aquilo me incendiava. O resto do dia foi tão morto, eu diria, tão sem alma, pela primeira vez eu sabia o que era o sentimento de ansiedade. A única coisa que me preenchia era o pensamento: “eu estou matando meu pai, e sua alma, será que daqui a três dias ela existira, eu estou acabando com suas perspectivas”. Agora sim eu podia imaginar como: Edward, Rosalie se sentiam quando eu insistia para me transformar, o que me alivia é saber que Charlie escolheu por vontade própria. Mas eu que o chamei aqui, eu que o contei a verdade, eu ouvi os pneus da viatura de Charlie chegando, nossa, eu estou desesperada, eu não quero que meu pai perca sua vida, como ele vai passar por três longos anos de sede insaciável? Charlie chegou!

Se eu pudesse estaria suando e tremula, muito tremula, mas não eu podia parecer a pessoa mais calma do mundo e sim, era isso que eu ia fazer parecer serena e calma. Charlie parou o carro em frente a linda casa, ao mesmo momento que ele abriu a porta do carro já estavam todos os lindos já estavam todos dispostos na varanda da frente, e então sai Charlie do carro, ele estava engraçado, estava como se fosse pescar como em um fim de semana qualquer, logo ele foi em direção do porta malas e lá pegou duas grandes malas, era tudo que ele tinha de roupas e pertences, eu amava a simplicidade do meu pai, logo Emmett já tinha pego as malas de sua mão, e então Esme disse:

— Boa Tarde Charlie, seja bem vindo a família Cullen!

— Muito obrigado Esme.

Charlie disse sem jeito, e então todos os outros vampiros, deram a eles as boas vindas e então Charlie disse:

— Carlisle eu não quero perder tempo, pois quanto mais rápido começar, mais rápido terminara.

Meu Deus, Charlie ainda não tinha concebido a idéia do que estava prestes a fazer. E então Carlisle de um pequeno sorriso e disse:

— Que seja feita a sua vontade Charlie!

— Então gente, nos dêem licença e vamos Carlisle.

Eu não podia deixar Charlie fazer aquilo sem antes tentar alerta-lo mais uma vez. E então enquanto Carlisle, Edward e Charlie estavam cruzando a sala em direção as escadas para o quarto que eles usariam para “aquilo” e então eu corri, na realidade eu dei um pulo, e parei na frente de charlie ele tomou um susto e disse:

— Bells, você quer me matar antes que eu me transforme?!

Aquilo me perturbou e então eu disse:

— Pai eu só quero que você, repense pai, você não tem que fazer isso por mim pai, não perca sua vida, não por mim, por favor!

Eu não falava, eu gritava no meio da sala e então meu pai disse:

— Bells se acalme e me deixe passar, eu sei o que estou fazendo.

Eu o deixei passar e então ele subiu as escadas, ele pediu apenas para tomar um banho antes, pois tinha apenas trocado de roupa antes de vir. Carlisle deixou sem nenhuma objeção, afinal charlie teria a eternidade toda pela frente. Charlie saiu do banho e veio na direção de Carlisle, então ele disse:

— Vamos acabar logo com isso Carlisle?!

— Sim, vamos Charlie. Então Charlie, deite na cama e nós iremos te amarrar okay?

— Sim Carlisle, sem problemas.

Edward e meu pai começaram a amarrar Charlie, em uma cama feita para “aquilo” e então, com ele já amarrado Carlisle disse:

— Charlie eu vou aplicar diretamente em seu coração, essa injeção que contem o meu veneno, para evitar o desconforto de alguém ter de lhe aplicar da forma tradicional, certo?

— Sim Carlisle, pode começar.

Eu sai da sala e fiquei encostada na porta, novamente aqueles soluços, sem choro, aquela dor, sim, eu estava chorando como um vampiro, e então eu ouvi a voz de Charlie dizendo: “Edward, entregue isso a Bells por favor.” Edward concordou e então eu pude ouvir aquela seringa com um liquido prateado rompendo a pele de Charlie, eu lembrei do dia em que Nessie nasceu, e logo os gritos começaram a ser ouvidos, o meu pai grunhia, eu não queria ter uma audição super sensível agora, eu corri em direção as escadas eu as desci correndo, lá estava Esme, me esperando, eu corri em sua direção, ela me abraçou forte e disse:

— Se acalme querida, logo isso vai passar, quer sair comigo, para longe daqui, em um lugar onde você não escute nada.

Eu assenti com a cabeça e nós saímos em direção as arvores, Esme enquanto corríamos, era uma rainha, como pode uma mulher tão jovem, ter um instinto maternal e elegância extrema ao mesmo tempo? Esme era muito jovem para ser mãe, mas muitas não têm um terço de seu instinto, ela me perguntou:

— Bells fique tranqüila, Charlie, não é nenhum adolescente inconseqüente meu amor...

— Você quer dizer que ele não é como eu fui, quando me transformei!?

— Não meu amor de forma alguma, a única coisa que você não foi é inconseqüente, você não tinha outra saída, além da morte é claro.

— Eu entendo Esme, mas o que me entristece é pensar que ele só fará isso por eu ter contado a verdade a ele.

 


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Notas finais do capítulo

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