Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre
César e Vavá correram até perto da janela e ficaram atentos.
— Tem alguém chegando! Somebody's coming! - Disse César.
— Se prepare... Eu acho que é o dono dessa casa. - Disse Vavá.
A porta se abriu. Um homem aparentemente da mesma idade de César entrou. Ele usava uma roupa branca, indicando que também era cientista.
— Quem são vocês?! - Disse ele, assustado.
— Acalme-se! Não queremos briga! - Disse César.
— Então expliquem por que invadiram minha casa...
César tentou escolher as palavras.
— O meu nome é César Rubicão, eu sou cientista também... Você por acaso conhece um homem chamado... Claude Fernandes?
— Não posso dizer que o conheço. - Respondeu o homem.
César pensou.
— Esse homem trabalhava para o NEO-Depecom. Ele quem nos passou o seu endereço!
O homem pareceu se acalmar.
— Entendo... Então a NEO-Depecom foi por água abaixo...? Não posso dizer que não previ isso.
— Sim... O líder foi preso esses dias.
Vavá olhou para o homem.
— E você quem é?
O homem riu.
— Eu me chamo Rogério. Se vocês me alcançaram, acho que já sabem sobre o Mx, não é?
— Sim, yes... A droga que anula os poderes dos mutantes... Você a criou?
Rogério cruzou os braços.
— Sim, mas eu não fiz isso sozinho... Eu tive uma ajuda muito importante...
— Ajuda? - Perguntou Vavá.
Rogério olhou para baixo e suspirou.
— Meu antigo colega de trabalho que veio com a ideia de criar uma droga para anular os poderes dos mutantes... Ele queria que o mundo ficasse a salvo dos perigos desses genes. Ele queria trazer a segurança para as pessoas normais.
César pensou.
— Espere um segundo... Wait a second.
— Sim?
— Então a intenção dessa droga não é causar guerra entre humanos e mutantes?
Vavá se lembrou da briga que teve com Claude.
— Mas então... Por que há pessoas ruins a usando?
— Eu não tive escolha... A droga caiu no conhecimento daquele homem, o líder do NEO-Depecom. Ele ameaçou me expôr para todo o mundo e dizer que eu havia criado a droga para combater os mutantes.
César começava a entender.
— O líder da NEO-Depecom?
— Sim, o Mathias... Antes ele trabalhava para a polícia, e eu fiz a besteira de contar a ele sobre a droga... Foi quando eu virei seu cúmplice, mesmo sem saber.
Vavá interrompeu.
— Você disse que teve ajuda de alguém para criar essa droga...
— Sim, um velho amigo... O nome dele era... Guilherme Fernandes.
Aquele nome fez César levar um choque.
— Guilherme... Fernandes...? Espere um pouco... Não pode ser!!
Rogério se espantou.
— Você conhece esse nome?
— Talvez, mas... Me conte a história desse Guilherme...
Rogério novamente baixou a cabeça.
— É uma triste história... Esse homem uma vez foi mordido por um vampiro e se transformou em um deles... Mas enquanto ele tinha sua sanidade, ele me contou que queria uma forma de nenhum outro humano passar por isso... Daí veio a ideia do Mx. Ele já tinha iniciado o projeto sem eu saber.
Vavá pensou.
— Seria ótimo se humanos tivessem uma segurança como essa.
— Sim... Ele me pediu para continuar o projeto se algo ruim acontecesse com ele... E infelizmente aconteceu. Ele partiu para encontrar a menina da cura, Clara... Mas acabou sendo morto.
César olhou para Vavá.
— Vavá... Será que esse Guilherme... Tem alguma relação com o Claude?
— Bem, eles tem o mesmo sobrenome, mas... Acho que teremos que falar com ele... - Respondeu Vavá.
César olhou para Rogério.
— Muito obrigado, Rogério... Agora que a NEO-Depecom não existe mais, eu me ofereço para te ajudar com o que fazer à respeito do Mx.
Rogério acenou positivamente.
— Eu te agradeço, doutor César...
Enquanto isso, Claude e Renata foram até a praia e se aproximaram de uma cabana. Havia um homem trabalhando em uma jangada.
— Com licença...? - Disse Claude.
O homem se virou para os dois.
— Pois não...?
— Meu nome é Claude Fernandes, e essa é minha amiga Renata... Nós estamos precisando de ajuda.
O homem enxugou suas mãos em um velho lenço.
— Eu me chamo Noé... Em que posso ajudá-los?
— Nós precisamos chegar na Ilha dos Mutantes. - Disse Renata.
Noé se espantou.
— Mas... O que vocês querem por lá?
— Por favor, é algo muito sério... E importante para mim. - Disse Claude.
Noé pensou.
— Aquele lugar é perigoso...
— Sabemos disso... Mas precisamos ir pra lá. - Disse Renata.
Noé respirou fundo.
— Tudo bem... Eu posso fazer isso.
— Perfeito... Amanhã a noite, pode ser? - Perguntou Claude.
— Sim. Eu não sei o que vocês querem, mas eu posso levá-los.
— Obrigada! - Disse Renata.
Depois do acordo, Claude e Renata voltaram para as ruas.
— Claude... Acha que está pronto?
— Eu ganhei muita experiência nos últimos dias... Acho que posso lidar com ele.
— Eu confesso que estou um pouco assustada...
— Não se preocupe... Assim que estivermos lá, eu vou te proteger. E se tudo sair como planejado... Eu vou matar o Cris!
Os dois continuaram caminhando... Sem perceber que um homem mascarado estava ouvindo toda a conversa pelas sombras.
— Matar o Cris... É esse o objetivo desse homem?
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