Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre


Capítulo 30
A Proteção - Parte 1




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Tatiana acordou. Já era manhã, o que indicava que ela havia dormido parte da tarde e a noite inteira.

— O... O que aconteceu comigo?

Após se levantar, desceu as escadas e encontrou Maria, Marcelo, Pepe, Vavá e Érica tomando café. As crianças Valente e Samira estavam assistindo desenhos.

— Filha!! - Gritou Marcelo.

Marcelo se levantou e correu até Tatiana.

— Você está bem?

— Estou... Só com um pouco de fome e dor de cabeça.

— Então sente-se! O café da manhã está muito bom! - Disse Pepe.

— Você deu um enorme susto na gente, Tati... - Disse Érica.

Tatiana se sentou e pegou um pão.

— Tati, nós deixamos claro que você não devia tomar conta de tudo sozinha! - Disse Maria.

— Eu sei, mas eu não ia deixar aquele homem machucar a Renata.

— Deixa que os adultos cuidem dessas coisas, Tatiana... - Disse Pepe.

— Eu já não sou mais criança!

— Mas a sua atitude ontem foi bem imatura. - Disse Vavá.

Tatiana olhou feio para Vavá, que deu um leve riso. Naquele instante, alguém bateu na porta.

— Eu atendo. - Disse Marcelo.

— Obrigado, Marcelo. - Disse Pepe.

Marcelo foi até a porta e abriu. Para sua surpresa quem estava lá era o Doutor César Rubicão.

— Marcelo Montenegro?

— Doutor César?

Todos da mesa se viraram em surpresa.

— Eu posso falar com você? - Perguntou César.

— Claro! Pode entrar...

César fez um gesto pedindo licença e entrou.

— Doutor César, quanto tempo... - Disse Pepe.

— Você sumiu do mapa junto com a Irma. - Disse Érica.

— É, eu fui morar nos Estados Unidos... United States of America.

Tatiana riu.

— Se tornou um homem importante, heim?

César olhou para Tatiana e sorriu de volta.

— Como vai, Tati?

— Eu vou bem!

Vavá se levantou da mesa e se aproximou de César.

— Lembra de mim, Doutor César?

César ficou feliz ao ver Vavá.

— Vavá! Puxa, nós passamos tanta coisa juntos!

Os dois deram um pequeno abraço.

— Lembra de quando nos perdemos na Ilha dos Mutantes?

— Se lembro! Foi uma aventura e tanto!

Marcelo olhou para César.

— Então, no que eu posso ajudá-lo?

— Ah sim... Marcelo, você por acaso falou com aquele tal de Claude? - Perguntou César.

— Ah... O Claude... Homem estranho... Eu tive a chance de me encontrar com ele sim.

— Mas ele nunca se abriu muito com a gente. - Disse Maria.

— Muito bem, very well... Eu preciso do endereço dele.

— Eu acho que posso te passar, mas... Ele não é muito amigável. - Disse Marcelo.

— Eu sei disso. Mas eu preciso falar com ele a respeito da possível droga que torna humanos imunes a mutantes.

Tatiana se espantou.

— É verdade... Os meus poderes eram inúteis contra ele... E eu ouvi a Renata perguntando se ele ainda tinha alguma coisa, e ele respondeu... "15 minutos".

— Aquele homem sabe lutar... Mesmo não sendo mutante, ele é muito perigoso. - Comentou Vavá.

— Por isso mesmo. Eu preciso falar com ele, Marcelo. Se essa droga for usada por pessoas erradas, vai ser um desastre! A disaster!

Marcelo pensou. Maria resolveu falar.

— César, você tem certeza disso? E se você entrar em alguma situação perigosa?

— É um risco que eu tenho que correr, Maria. Eu não posso deixar que os mutantes do bem corram tamanho risco.

— Além do mais, o Doutor César ficou muito tempo do lado da Doutora Júlia e lidou com situações extremamente perigosas. Ele não é fraco. - Comentou Érica.

César riu.

— Mesmo assim, cuidado nunca é demais. - Comentou Pepe.

— Ainda mais quando estamos falando de alguém que até alguns dias atrás queria matar uma mutante inocente. - Disse Érica.

Marcelo acenou positivamente.

— Perfeito... Então eu te passo o endereço.

— Obrigado! Thank you!

 

Algum tempo depois, César parou em frente à um prédio. Após entrar e subir as escadas, chegou em frente à um apartamento.

— Cheguei... É aqui mesmo. That's the place!

César tocou a campainha. Do lado de dentro, Renata, que estava na sala, ouviu.

— Ufa... Já posso ouvir a campainha sem me apavorar...

Renata atendeu a porta.

— Bom dia... Good morning. Você deve ser Renata, não é?

— Sim... Sou eu mesma...

César estendeu sua mão para ela.

— Meu nome é César Rubicão, muito prazer!

Renata o cumprimentou, mas não sabia ao certo o que dizer.

— Eu gostaria de falar com o Claude... Ele está?

— Sim... Entre.

César entrou. Renata foi até a cozinha.

— Claude, tem um tal de César querendo falar com você...

Claude estava preparando café.

— César...? O Doutor César? Ele veio pra cá também?

— Parece que sim... - Respondeu Renata.

Claude foi até a sala.

— Olá, Claude! - Disse César.

— Olá... Doutor César?

— Eu mesmo! Myself!

César e Claude trocaram um aperto de mãos.

— Eu... Estou preparando café. Quer me acompanhar até a cozinha?

— Claro!

César seguiu Claude até a cozinha.

 

Claude, Renata e César estavam sentados na mesa, tomando café.

— Hum... Isso está muito bom! Very Good! - Comentou César.

— Então, Doutor César... O que eu posso fazer pelo senhor? - Perguntou Claude.

César colocou sua xícara na mesa.

— Então, Claude... Eu vou ser direto. Eu sei que você está usando alguma droga que te deixa imune aos mutantes.

Claude olhou para o lado.

— Já não é mais segredo, né?

— Eu preciso de informações sobre isso... Claude, se essa droga cair em mãos erradas, pode ser uma coisa extremamente perigosa. Pode ocorrer uma matança indiscriminada de mutantes.

Claude coçou a cabeça. Renata resolveu falar.

— Ei, Claude... Você devia ajudá-lo. Afinal...

— É... Bem, é o seguinte, Doutor César... O líder do meu grupo tinha uma fonte que lhe trazia o material.

— Estou ouvindo. - Disse César, cruzando as mãos.

— Só que ele foi preso.

— Preso? - Perguntou César, assustado.

— No fim das contas, foi ele quem incendiou o meu apartamento e tentou me tornar uma ameaça. - Disse Renata.

César se espantou.

— Uau... Eu fico feliz que você esteja bem. I'm glad you're Ok!

Renata sorriu.

— Enfim, eu copiei os arquivos do computador dele, e falava sobre essa fonte. Se você quiser, eu posso te passar, mas não garanto que estejam corretas.

— Perfeito! Perfect! Qualquer pedaço de informação já vale.

— Espere aqui.

Claude foi até o armário da sala e pegou o pendrive que ele havia usado para copiar os arquivos do notebook de Mathias. Em seguida voltou pra cozinha.

— Esse pendrive tem as informações do notebook dele. Eu já passei pro meu computador.

Claude entregou o pendrive para César.

— Muito obrigado! Thank you very much!

Renata estranhou.

— Você... Você sempre fala desse jeito?

— Desse jeito como? - Perguntou César.

— Assim, digo... Não, nada.

César não entendeu.

— Bem, eu agradeço aos dois pela ajuda. Agora, eu tenho que verificar essa fonte.

— Tome cuidado... O Mathias não era um homem de confiança, então não sabemos se essa fonte é alguém de boas intenções. - Disse Renata.

— Obrigado, eu serei cuidadoso!

Após o fim da conversa, Claude guiou César até a saída.

— Se descobrir algo importante, me avise... - Disse Claude.

— Pode deixar! Leave it to me! - Respondeu César.

César saiu do prédio. A sua jornada em busca de descobrir a verdade por trás da droga que tornava humanos imunes aos mutantes estava começando.


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