Os Mutantes: Duplo Destino escrita por ShadowAlexandre
Tatiana acordou. Já era manhã, o que indicava que ela havia dormido parte da tarde e a noite inteira.
— O... O que aconteceu comigo?
Após se levantar, desceu as escadas e encontrou Maria, Marcelo, Pepe, Vavá e Érica tomando café. As crianças Valente e Samira estavam assistindo desenhos.
— Filha!! - Gritou Marcelo.
Marcelo se levantou e correu até Tatiana.
— Você está bem?
— Estou... Só com um pouco de fome e dor de cabeça.
— Então sente-se! O café da manhã está muito bom! - Disse Pepe.
— Você deu um enorme susto na gente, Tati... - Disse Érica.
Tatiana se sentou e pegou um pão.
— Tati, nós deixamos claro que você não devia tomar conta de tudo sozinha! - Disse Maria.
— Eu sei, mas eu não ia deixar aquele homem machucar a Renata.
— Deixa que os adultos cuidem dessas coisas, Tatiana... - Disse Pepe.
— Eu já não sou mais criança!
— Mas a sua atitude ontem foi bem imatura. - Disse Vavá.
Tatiana olhou feio para Vavá, que deu um leve riso. Naquele instante, alguém bateu na porta.
— Eu atendo. - Disse Marcelo.
— Obrigado, Marcelo. - Disse Pepe.
Marcelo foi até a porta e abriu. Para sua surpresa quem estava lá era o Doutor César Rubicão.
— Marcelo Montenegro?
— Doutor César?
Todos da mesa se viraram em surpresa.
— Eu posso falar com você? - Perguntou César.
— Claro! Pode entrar...
César fez um gesto pedindo licença e entrou.
— Doutor César, quanto tempo... - Disse Pepe.
— Você sumiu do mapa junto com a Irma. - Disse Érica.
— É, eu fui morar nos Estados Unidos... United States of America.
Tatiana riu.
— Se tornou um homem importante, heim?
César olhou para Tatiana e sorriu de volta.
— Como vai, Tati?
— Eu vou bem!
Vavá se levantou da mesa e se aproximou de César.
— Lembra de mim, Doutor César?
César ficou feliz ao ver Vavá.
— Vavá! Puxa, nós passamos tanta coisa juntos!
Os dois deram um pequeno abraço.
— Lembra de quando nos perdemos na Ilha dos Mutantes?
— Se lembro! Foi uma aventura e tanto!
Marcelo olhou para César.
— Então, no que eu posso ajudá-lo?
— Ah sim... Marcelo, você por acaso falou com aquele tal de Claude? - Perguntou César.
— Ah... O Claude... Homem estranho... Eu tive a chance de me encontrar com ele sim.
— Mas ele nunca se abriu muito com a gente. - Disse Maria.
— Muito bem, very well... Eu preciso do endereço dele.
— Eu acho que posso te passar, mas... Ele não é muito amigável. - Disse Marcelo.
— Eu sei disso. Mas eu preciso falar com ele a respeito da possível droga que torna humanos imunes a mutantes.
Tatiana se espantou.
— É verdade... Os meus poderes eram inúteis contra ele... E eu ouvi a Renata perguntando se ele ainda tinha alguma coisa, e ele respondeu... "15 minutos".
— Aquele homem sabe lutar... Mesmo não sendo mutante, ele é muito perigoso. - Comentou Vavá.
— Por isso mesmo. Eu preciso falar com ele, Marcelo. Se essa droga for usada por pessoas erradas, vai ser um desastre! A disaster!
Marcelo pensou. Maria resolveu falar.
— César, você tem certeza disso? E se você entrar em alguma situação perigosa?
— É um risco que eu tenho que correr, Maria. Eu não posso deixar que os mutantes do bem corram tamanho risco.
— Além do mais, o Doutor César ficou muito tempo do lado da Doutora Júlia e lidou com situações extremamente perigosas. Ele não é fraco. - Comentou Érica.
César riu.
— Mesmo assim, cuidado nunca é demais. - Comentou Pepe.
— Ainda mais quando estamos falando de alguém que até alguns dias atrás queria matar uma mutante inocente. - Disse Érica.
Marcelo acenou positivamente.
— Perfeito... Então eu te passo o endereço.
— Obrigado! Thank you!
Algum tempo depois, César parou em frente à um prédio. Após entrar e subir as escadas, chegou em frente à um apartamento.
— Cheguei... É aqui mesmo. That's the place!
César tocou a campainha. Do lado de dentro, Renata, que estava na sala, ouviu.
— Ufa... Já posso ouvir a campainha sem me apavorar...
Renata atendeu a porta.
— Bom dia... Good morning. Você deve ser Renata, não é?
— Sim... Sou eu mesma...
César estendeu sua mão para ela.
— Meu nome é César Rubicão, muito prazer!
Renata o cumprimentou, mas não sabia ao certo o que dizer.
— Eu gostaria de falar com o Claude... Ele está?
— Sim... Entre.
César entrou. Renata foi até a cozinha.
— Claude, tem um tal de César querendo falar com você...
Claude estava preparando café.
— César...? O Doutor César? Ele veio pra cá também?
— Parece que sim... - Respondeu Renata.
Claude foi até a sala.
— Olá, Claude! - Disse César.
— Olá... Doutor César?
— Eu mesmo! Myself!
César e Claude trocaram um aperto de mãos.
— Eu... Estou preparando café. Quer me acompanhar até a cozinha?
— Claro!
César seguiu Claude até a cozinha.
Claude, Renata e César estavam sentados na mesa, tomando café.
— Hum... Isso está muito bom! Very Good! - Comentou César.
— Então, Doutor César... O que eu posso fazer pelo senhor? - Perguntou Claude.
César colocou sua xícara na mesa.
— Então, Claude... Eu vou ser direto. Eu sei que você está usando alguma droga que te deixa imune aos mutantes.
Claude olhou para o lado.
— Já não é mais segredo, né?
— Eu preciso de informações sobre isso... Claude, se essa droga cair em mãos erradas, pode ser uma coisa extremamente perigosa. Pode ocorrer uma matança indiscriminada de mutantes.
Claude coçou a cabeça. Renata resolveu falar.
— Ei, Claude... Você devia ajudá-lo. Afinal...
— É... Bem, é o seguinte, Doutor César... O líder do meu grupo tinha uma fonte que lhe trazia o material.
— Estou ouvindo. - Disse César, cruzando as mãos.
— Só que ele foi preso.
— Preso? - Perguntou César, assustado.
— No fim das contas, foi ele quem incendiou o meu apartamento e tentou me tornar uma ameaça. - Disse Renata.
César se espantou.
— Uau... Eu fico feliz que você esteja bem. I'm glad you're Ok!
Renata sorriu.
— Enfim, eu copiei os arquivos do computador dele, e falava sobre essa fonte. Se você quiser, eu posso te passar, mas não garanto que estejam corretas.
— Perfeito! Perfect! Qualquer pedaço de informação já vale.
— Espere aqui.
Claude foi até o armário da sala e pegou o pendrive que ele havia usado para copiar os arquivos do notebook de Mathias. Em seguida voltou pra cozinha.
— Esse pendrive tem as informações do notebook dele. Eu já passei pro meu computador.
Claude entregou o pendrive para César.
— Muito obrigado! Thank you very much!
Renata estranhou.
— Você... Você sempre fala desse jeito?
— Desse jeito como? - Perguntou César.
— Assim, digo... Não, nada.
César não entendeu.
— Bem, eu agradeço aos dois pela ajuda. Agora, eu tenho que verificar essa fonte.
— Tome cuidado... O Mathias não era um homem de confiança, então não sabemos se essa fonte é alguém de boas intenções. - Disse Renata.
— Obrigado, eu serei cuidadoso!
Após o fim da conversa, Claude guiou César até a saída.
— Se descobrir algo importante, me avise... - Disse Claude.
— Pode deixar! Leave it to me! - Respondeu César.
César saiu do prédio. A sua jornada em busca de descobrir a verdade por trás da droga que tornava humanos imunes aos mutantes estava começando.
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