Planos escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 1
Mudança de Planos


Notas iniciais do capítulo

Acabei!! *----* Finalmente, botei no "papel" essa história desse shipp que me encantou ♥ Estou a três dias escrevendo (não direto, né?)!

AVISO: Se você ainda não leu o capítulo 86 do mangá, você receberá alguns spoilers importantes.

Espero muuuito que gostem, pessoal! Aproveitem e boa leitura ^-^



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Quem diria que o mundo fora das muralhas fosse tão grande... Que o terreno em que as muralhas estavam não passava de uma ilha. E principalmente, que a visão do mar que a cercava fosse tão bonita ao ponto de Eren já tê-lo contemplado há anos e mesmo assim se maravilhar.

O vento gelado bateu contra ele, mas Eren não se incomodou. Estava mergulhado em pensamentos vagos enquanto admirava a luz da lua cheia refletir nas ondas, se quebrando na praia e por centímetros não alcançando os pés do homem.

Eren Jaeger já era um homem de vinte anos, maduro e direito. Não que sua personalidade tivesse mudado tanto, continuava impulsivo e de pavio curto, quase como aquele adolescente de quinze anos que chegou ao seu porão e descobriu a verdade sobre o mundo.

Wow... já fazem cinco anos, ele não podia deixar de relembrar tudo o que acontecera nesse meio tempo. Tantas vitórias, tantas perdas, tantas mudanças... E agora estavam ali, fora das muralhas e tentando resolver tudo com os povos e países que sempre viveram pelo mundo, principalmente com os Marley. Com eles a confusão era grande...

— Não deveria estar dormindo? – A voz feminina o tirou de seus pensamentos.

Eren girou a cabeça e encontrou-se com a pequena figura loira de olhos azuis, os cabelos longos e plenamente soltos balançando com a brisa da noite, do mesmo modo que sua longa camisola branca. Seu coração falhou uma batida com aquela vista angelical.

Piscou os olhos, tirando a cabeça das nuvens.

— Eu posso perguntar o mesmo, majestade.

— Já disse para não me chamar assim. – Historia recriminou-o, mostrando seu desgosto pelo apelido ao chegar ao lado dele e não fita-lo, mantendo seus olhos no mar. – Principalmente quando estamos sozinhos.

— Oh, claro, me desculpe. – Ele fingiu indiferença, mas continuou olhando de canto para ela, assim como um sorriso travesso brincou em seus lábios antes de completar: - Deusa da Pecuária.

— Eren! – Repreendeu-o verdadeiramente irritada agora, encarando o moreno para que ele visse que não estava brincando.

Porém tudo o que conseguiu foi fazer com que o Jaeger desse uma leve risada.

— Só estou brincando, Historia.

Ela ainda o fitou brava, mas não disse mais nada e logo voltou-se para a imensidão marítima. Eren a acompanhou nesse último gesto.

Passaram dois minutos num confortável silêncio até que História resolveu falar:

— Sério, o que está fazendo aqui á essa hora? – Voltou a mira-lo. – Amanhã você e os outros partirão cedo e a viagem até o outro lado do mar é longa.

— Não podia dormir. – Também dirigiu o olhar para um mar azul bem mais interessante que eram os orbes da loira. – Você?

— O mesmo. – Sua expressão era cansada, mas um pequeno sorriso surgiu. – Kari não estava me deixando dormir até agora e quando finalmente ela pega no sono, quem não dorme sou eu.

Eren deu um sorriso divertido.

— Ela e a Jessica estavam muito agitadas pelo visto.

— Sim. Foi a Sasha?

— O Connie que me contou.

Ambos se silenciaram por um momento, Historia lembrando-se das duas garotinhas correndo pelo castelo e Eren imaginando a cena.

Pode ter sido um acidente e numa situação nada favorável, mas diferente de sua mãe, Historia não poderia amar mais sua filha, seu orgulho e alegria, que com dois anos era cheia de vida e dona de uma boca solta que nem as aulas de etiqueta para princesas conseguiam conter. Além do que, ela era tão parecida com o pai que Historia sempre acabava matando um pouco as saudades do homem que amava quando a via.

De canto de olho, ela fitou Eren, um leve rubor invadindo sua face. Ele era tão belo, com olhos de um verde tão intenso, o cabelo castanho que lhe dava vontade de acariciar... E Kari havia puxado todos os traços dele, numa versão em miniatura e feminina.

Chacoalhou a cabeça, tentando mudar o rumo de seus pensamentos.

— A Sasha fica tão contente quando vê as duas brincando... Parece que ela não teve muitos amigos na vila dela quando criança. – O sorriso da mulher desapareceu, seu olhar novamente perdido em recordações, porém essas não pareciam nada boas. – Eu... também quero dar à minha filha o que eu nunca pude ter.

— Kari te ama e sabe que é amada. – O tom de Eren foi sério e carinhoso ao mesmo tempo. – Você é uma ótima mãe.

— Mas eu quero fazer mais. – Os orbes safira brilharam em determinação, fitando o horizonte, sem se importar com o par de esmeraldas a encarando intensamente, com admiração. Ele sempre fazia isso quando ela falava sério. – Se tudo der certo, eu não serei rainha por muito tempo. O povo das muralhar irá aderir à democracia... Então eu poderei me divorciar do Clarin, ele também vai gostar de se livrar desse casamento de fachada. Claro que ele irá nos visitar de vez em quando, afinal, para Kari, ele é o pai dela e ele também a ama. – Deu um suspiro e o sorriso retornou a seu rosto. – Mas daí seremos só eu e Kari. Vou comprar uma casa pela vila, arrumar algum emprego de meio período e me dedicar a criar minha menina dando todo amor e atenção que ela merece.

Eren não disse nada, apenas permaneceu encarando-a, admirando-a. Ele adorava esse sorriso dela. Simples, porém de uma felicidade genuína, completamente diferente da alegria falsa coberta de açúcar que ele via quando a conheceu, no papel de Christa.

— Parece que você tem um plano. – Finalmente se pronunciou, vendo-a assentir. – E se nós não conseguirmos? – Não que ele quisesse ser pessimista, só queria saber a resposta dela. – E se nós não conseguirmos nos adaptar ao resto do mundo e formos obrigados a voltar para dentro das muralhas?

— Nós temos que conseguir. – A resposta foi curta, entretanto o tom usado nela e a postura da mulher mudavam tudo.

Sua voz deixava claro que falhar não era uma opção para ninguém e, mesmo sendo do tamanho que era, a postura ereta e inabalável dava um ar de força que motivava todos que a ouvissem.

O Jaeger mais uma vez ficou a admirá-la, aquela mulher incrível que tinha à sua frente. Normal, porém incrível. Ele sempre a viu assim, desde que conheceu a verdadeira ela. Todos os seus companheiros sempre morriam de amores por Christa, mas ele... podia dizer até que tinha medo dela certas vezes, pois seria impossível uma pessoa tão boa e gentil como Christa Renz existir nesse mundo.

Entretanto, pessoas especiais existem e Historia Reiss com certeza era uma delas. Pode não ser como uma princesa de contos de fadas, mas ela era gentil e forte à sua maneira. Era especial à sua maneira. E ele não podia negar para si mesmo que amava aquela mulher normalmente incrível.

— E você? – Ela perguntou voltando-se para ele, o que fez Eren corar por ter sido pego no flagra. Diante da face rubra e desentendida do maior, reformulou a pergunta: - Já tem um plano para quando tudo acabar?

— Hmm... – Pensou por uns segundos. – Vou continuar na tropa de exploração. Ainda tem alguns titãs espalhados pela ilha e se quisermos fazer daqui o nosso lar, preciso garantir que estejamos seguros. Que você e Kari estejam seguras. – Acrescentou a última parte em pensamentos.

Novamente, os olhares de ambos se encontraram. Verdes com azuis em uma troca de olhares tão fixos e penetrantes que parecia só haver eles no mundo.

E foi ali, nesse momento, com a cabeça baixa para poder admirar o belo rosto, iluminado pela luz da lua, e principalmente o par de safiras da pequena loira dona de seu coração, que Eren se decidiu: acrescentaria mais um fator ao seu plano.

— Também pretendo me casar.

Os olhos de Historia arregalaram-se em surpresa e seu coração pareceu parar por um segundo, só para voltar a bater forte e rápido como um tambor. Ela estava interpretando certo?

— Historia Reiss. – Ele começou, pegando as mãos dela entre as suas, oferecendo uma leve lembrança do calor que ambos sentiam falta. O vento da noite mais uma vez bateu contra eles; a lua dando luz e contemplando aquela cena. Os olharem não se desviaram por nada. – Você aceita casar comigo?

Oh, meu Deus... Foi com muito custo que Historia não beliscou a si mesma para ter certeza de que aquilo não era um sonho. Por que ela já havia sonhado com um momento assim antes, várias e várias vezes. Porém sempre imaginou que ficaria só nisso.

Foi a alguns anos que ela e Eren se apaixonaram e começaram uma relação não muito definida, conhecida apenas por Armin, Mikasa, Jean, Sasha, Connie, Levi e Hanji. Nenhum dos dois sabia o que iria acontecer, ainda mais com ela sendo a Rainha e ele um soldado que poderia morrer na próxima missão, mas como um verdadeiro casal de adolescentes apaixonados, eles apenas aproveitaram a companhia um do outro quando estavam juntos, sem se importarem com o futuro.

Até que este chegou.

Na forma de uma declaração do concelho real de que a rainha já estava na idade e deveria se casar para fornecer um herdeiro.

A dor da separação foi forte para ambos, mas decidiram que o melhor era darem um fim no que quer que fosse que tivessem e enterrarem esse sentimento o mais fundo que conseguissem. O que funcionou por três semanas, até Historia ir desesperada procurar por Eren. As preces do concelho foram atendidas mais rápido do que eles podiam imaginar, pois faltando dois meses para seu casamento arranjado, Historia descobriu-se grávida.

A chegada de Kari tornou impossível qualquer chance que eles tinham de romper aquele laço, ainda mais com Eren fazendo questão de ser parte na vida da menina, mesmo que fosse apenas como “um soldado que vem me visitar de vez em quando”. E nessas visitas, quando os olhares se cruzavam e poucas palavras eram trocadas, os antigos sentimentos se mostravam ainda ali.

Historia não conseguia enganar a si mesma, tinha desistido de negar há muito tempo: amava a Eren, o garoto-titã, impulsivo, determinado e suicida. Amava toda a coragem que ele possuía, a energia que via faiscar naqueles olhos verdes, o calor protetor de seus braços... o lado mais frágil dele; o garotinho assustado e traumatizado que vivia em seu interior e que ela tinha o prazer de apaziguar após mais um pesadelo com a morte de sua mãe.

Simplesmente amava aquele homem e lágrimas começaram a se formar em seus olhos ao convencer-se de que aquela cena, dele pedindo-a em casamento, era real. Sua vontade foi de atirar-se nos braços do Jaeger e dizer sim, mil vezes sim, mas mudou de ideia no último segundo. Em seus lábios, um sorriso travesso surgiu.

— Hmm... – Fingiu analisar, soltando as mãos das dele para cruzar uma e botar a outra no queixo. – Não sei, não... – A expressão de choque de Eren não fez mais do que motivá-la a continuar com a brincadeira. – Propor casamento sem sequer ter um anel?

— Anel?! – O grito denunciou mais desespero do que qualquer outra coisa.

Erem começou a tatear suas roupas e olhar ao redor. Não podia crer que perderia a garota que amava por não ter um anel para oferecer!

Tão distraído estava em tentar achar algo que pelo menos fingisse uma aliança de noivado, ele sequer percebeu Historia contendo o riso com esforço. Não podia acreditar que ele tinha caído nessa, ela jurava que pedir por um anel delataria a brincadeira. Ao parecer, Eren estava mesmo disposto a tê-la como noiva... Seu sorriso então se tornou carinhoso ao fitar o homem, tão nervoso e atrapalhado que chegava a ser bonitinho.

— E-espera aqui um minuto? Eu acho que tenho um na minha casa que-

— Eren. – Ela o chamou, esticando-se um pouco para segurar o rosto do moreno entre as mãos e volta-lo para si. Ele calou-se assim que viu as lágrimas de alegria escorrendo pelo belo rosto. – Eu aceito. - E sem esperar uma reação, rodeou o pescoço dele com os braços e selou seus lábios num beijo.

Eren foi rápido em segurá-la pela cintura e aproximar ao máximo seus corpos, sentindo o calor um do outro, confortante na noite gelada. A vila que construíram fora das muralhas ficava a três quilômetros dali e sendo tarde da noite, não havia perigo nenhum de a rainha ser pega beijando alguém que não fosse o rei.Mas mesmo que houvesse; isso era a última coisa em que pensava no momento, só lhe importava recobrar o sabor e a textura daqueles lábios. Ah, como sentiu saudades.

— Ei. – Historia se pronunciou quando finalmente desgrudaram os lábios, meio zonza pela falta de ar e pelas sensações do beijo. Eren deu-lhe mais um selinho antes que continuasse: - Como ficam os planos agora?

O moreno fez o favor de beijá-la mais uma vez ainda, usando um pouco de língua para encerrar e poder juntar suas testas. As respirações de ambos aceleradas, e Eren continuava sustentando-a uns centímetros do solo de areia. Com as safiras e as esmeraldas fitando-se mais uma vez, ele respondeu:

— Continuam os mesmos, porém com o pequeno acréscimo do nosso casamento e de que eu terei uma casa para voltar quando chegar das missões, com as duas garotas que eu mais amo nessa vida me esperando.

Historia simplesmente abraçou-o mais forte e fechou os olhos, aproveitando o calor e a paz que a presença de Eren lhe oferecia e sonhando com esse futuro planejado.

Se fosse ao lado dele, ela não se importaria de esperar mil anos. Mas por sorte, nem precisaria ser tanto. Quando a missão diplomática de amanhã fosse concluída com sucesso, seria adeus muralhas. E eles estariam livres das paredes e para viverem suas vidas como quisessem. Mal podia esperar.

— Temos um plano então. – Disse, voltando a abrir os olhos para se deparar com as esferas verdes que nunca deixaram de mira-la.

— Temos um plano. – Confirmou Eren, antes de juntar seus lábios novamente.

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— Esse era o plano... não era? Historia... – Eren, com a voz trêmula pelo choque, questionava para ninguém em especifico. Talvez esperasse uma resposta divina para a cena que presenciava, naquela manhã fria e cinzenta. – Então, por que diabo... EU ESTOU NESSA SITUAÇÃO AGORA?!

Uivou em dor e desespero, abraçado ao corpo sem vida da pequena rainha, sobre os escombros do que um dia fora o castelo da vila fora das muralhas. Lágrimas deixavam seus olhos sem sua permissão, mas nem elas o impediam de ver o rosto pálido da mulher que amava manchado com sangue já seco.

Não sabia dizer a quanto tempo estava ali e nem por mais quanto tempo permaneceu, somente que saiu de seu transe quando Armin apareceu, pondo uma mão em seu ombro para lhe dar as forças necessárias para entregar o corpo de Historia. Ao menos, por ser a rainha, ela ganharia um funeral decente e uma lápide, coisa que o restante das vítimas dificilmente teria.

O Jaeger ergueu-se dos escombros, finalmente observando a situação do restante da vila.

Tudo destruído. Corpos atrás de corpos eram alinhados no centro.

O esforço e esperança de cinco anos mandados, literalmente, pelos ares, por uma bomba! Malditos Marleys... Aproveitaram que a tropa de exploração estava em missão e atacaram a vila desprotegida. Ele nunca os perdoaria, não depois disso!

Seu olhar fixou-se numa das tendas que serviam de enfermaria para os feridos e Eren viu Connie e Sasha, abraçados a uma garotinha de cabelos castanhos; a maior debulhando-se em lágrimas de alívio. Pelo menos Jessica estava bem. E pelo que se lembrava, o pequeno Franz também estava são e salvo ao lado de Armin quando o amigo veio chama-lo.

Foi quando viu a figura de Mikasa sair de dentro da tenda.

E ao reconhecer a menina que a asiática tinha em braços, seus olhos arregalaram-se e ele correu em direção a elas, quase se juntando à Sasha no choro aliviado. Ela ainda estava viva.

— Kari!!

— Eren-san! – A garotinha de dois anos respondeu ao chamado, esticando os bracinhos na direção do maior que apenas chegou perto delas, já surrupiou a pequena dos braços de Mikasa.

Eren mirou a irmã adotiva com um olhar que transbordava gratidão e Mikasa apenas sorriu de leve antes de se retirar de volta para a tenda, deixando os dois sozinhos.

Após um rápido abraço, Eren afastou-a um pouco para que pudesse observar cada detalhe da pequena Kari. Ela tinha alguns cortes e hematomas pelo rosto e corpo, além de um galo que sentiu quando acariciou os cabelos castanhos, mas fora isso e o tornozelo imobilizado, ela parecia bem.

E o Jaeger confirmou esse fato ao fitar os grandes orbes, verdes como os seus, e encontrar ali toda a luz e inocência que a pequena menina sempre carregou. Escondida atrás de uma camada de medo, pelos recentes acontecimentos, mas continuava ali. Kari continuava sendo a Luz de sua vida.

— Eren-san, quero a mamãe.

O pedido inocente o paralisou. A visão do rostinho da menina, achando que pedia por algo simples e possível, lhe partiu o coração. O que ele iria responder? A dor da perda de Historia ainda estava nele e era insuportável, como colocar uma dor igual sobre a pequena Kari? Como correr o risco daqueles olhos perderem sua luz? Ele não conseguia...

— Eren-san? – Kari olhava para o homem, ao qual considerava seu guardião, sem entender por que ele parecia tão triste. Ela não gostava de vê-lo assim. – O que foi? Cadê a mamãe?

Eren não respondeu, nem pretendia responder; apenas abraçou-a mais uma vez, agradecendo que, se seu Coração não estava mais com ele, ao menos sua Luz estava. E iria garantir que assim continuasse.

Eu juro que nossa Kari ficará segura, Historia. Eu irei protege-la e mesmo nesse mundo caótico, ela crescerá bem, sendo muito feliz e amada. – Jurou em pensamentos, sentindo como a garotinha aos poucos correspondia ao abraço. – E esse plano eu vou seguir à risca.


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Notas finais do capítulo

E acabou. O que acharam? :) Comentem aí para eu saber, ok?


Espero que tenham gostado. Obrigado por lerem e beijos de morango para todos ^-^



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