A Saga das Lendas - Prólogo escrita por Kayus Mazor, WendyWolff, Soleny


Capítulo 7
Reflexões e Atitudes


Notas iniciais do capítulo

Voltei! A história vai continuar !



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     - Aqueles olhos... Não é possível. - Ashtar ainda estava pasmo pela aparição familiar, enquanto o ferimento dos jovens combatentes estavam sendo cuidados de forma adequada. Kaiser, com bandagens diagonais no peito e braços, vê a expressão preocupada do mestre.
      - Conhecia aquele cara?
      - Não é importante agora. - Responde, ainda incomodado.
     -Talvez eu devesse sair daqui. Desde que chegamos enfrentamos ataques massivos. Não podemos permanecer. - Kaiser diz, enquanto se levanta sem dificuldade. O mestre interveio.
     - Não... Ainda há algumas coisas que você precisa saber. E aprender.
     - Aprender? - Kaiser já sabe aonde isso vai chegar. - Tem uma coisa muito especial dentro de você, uma coisa que um dia vai fazer uma grande diferença no mundo. Mas até lá, o seu preparo físico e mental precisam ser bons o suficiente pra você conseguir usar isso sem sofrer os efeitos que você sofreu na última batalha. Se o seu medo é liberar essa energia que você desconhece, então... - Ashtar desenha um símbolo no ar, logo se materializando no mesmo lugar com a cor branca. Pareciam rabiscos em pleno vento, mas tomou forma de correntes, que se entrelaçou no corpo de Kaiser. Acorrentado e incapacitado, mostra sua indignação pelas palavras.
     - Não sabia que acorrentava pessoas contra a vontade delas.
     - Não espero que entenda agora, e terá muito tempo pra isso. Mas admita : você não está forte o suficiente para enfrentar o que está vindo. Seu pai e sua mãe... Foram grandes heróis. Um tempo depois que ele se tornou líder, algo tomou conta da mente dele, e, por muito tempo, ele já não era mais a mesma pessoa.

Flashback ON

A noite chuvosa impedia a visão dos combatentes em meio a uma chuva de flechas e pequenos demônios. Aquele lugar estava condenado. O castelo já havia sido dominado pelas forças do Caos, e Kazur já não tinha mais forças. O líder era... Desumano. Sua armadura parecia de ébano, e refletia o brilho das lanças banhadas de óleo e fogo que eram lançadas por cima de sua cabeça. O elmo tinha um aspecto sombrio, com médios chifres ondulados em sua testa. Cada passo que dava podia ser ouvido como um cintilar da armadura, como se estivesse viva. O ser, de cabeça erguida, diz sua proposta.
     - Entregue-se para mim, Kazur. Antes que perca tudo que lhe restou. Você não tem mais chances. - Ao lado de Kazur, estava Ashtar, que reproduz um encanto de luz, ofuscando a visão do desconhecido, dando-os tempo para fugir.
     Já em outro lugar, o que parecia ser dentro de uma das torres, eles se jogam sentados em cima de um monte de palha seca cada um. Estão feridos, cansados e molhados. Kazur diz ofegante ao seu companheiro :
     - Eu terei que usar aquilo, Ashtar. A situação não pede outra solução. Nosso exército foi massacrado. Deixei meu filho, ainda criança, sem memória nenhuma, aos cuidados do próprio esforço, e agora esse reino inteiro está sendo massacrado por causa da minha ingenuidade. Soldados, muitos com famílias, estão morrendo. Eles nunca voltarão pra casa, meu amigo. Vão haver choros em várias casas, revoltas, ódio, tudo por conta de um 'não se preocupe, vai dar tudo certo'. Não posso permitir que isso continue acontecendo. Eu irei libertar ele. Foi aprisionando ele em mim que abri as portas do inferno. Já está na hora de libertá-lo.
Desesperado, Ashtar reclama :
— Você fez o que achou correto por eles, não tem porquê se culpar. Aqui estamos compartilhando o mesmo destino, por isso não irei lhe abandonar, amigo. Estarei aqui e, se for para cair, cairei junto com você.
Kazur se levanta, Ashtar logo em seguida. Ele sabia que seu líder ia deixar clara sua vontade.
— Você... Vou precisar de você para guiá-lo quando chegar a hora. Provavelmente ele vai ter sobrevivido a muitas dificuldades até ele o conhecer, talvez já esteja adulto, mas para ele não entrar em um caminho sombrio, vou precisar que você o coloque na direção certa. Mesmo sendo um pedido difícil, sei que você vai conseguir. Eu nunca escolheria alguém melhor pra isso. Foi você quem me deu os melhores conselhos de como proceder nas situações mais difíceis. Não vou me arrepender disso. - Ele vai para a porta. - Vá para casa e proteja a sua família. Hordas irão para lá, tenho certeza.
Ashtar entendeu. Seu líder era impossível de ser convencido. Ele sabia que aquele era o último momento que o veria em sua frente.
— Tudo bem... - Cai uma lágrima de cada olho. - Mas volte... Um dia seu filho vai precisar de você.
— Que o destino me guie até ele quando chegar a hora. Adeus, meu velho amigo.
— Adeus... Até breve. - Ashtar ao lado de Kazur no lado de fora salta, sozinho, para uma área distante do local. Dava para ver o brilho das tochas de apagando, o que indicava que os últimos soldados estavam morrendo. A horda de demônios devastava o lugar, mas ali, uma explosão de energia negra é liberada, aos poucos consumindo o castelo inteiro. Em seguida, em um piscar de olhos, tudo explode. Não sobrou nada de pé. Uma poeira cinza paira sobre o lugar, impedindo que a visão do lugar fique nítida.

Flashback OFF
   


— Aqueles olhos... Não é possível. - Ashtar ainda estava pasmo pela aparição familiar, enquanto o ferimento dos jovens combatentes estavam sendo cuidados de forma adequada. Kaiser, com bandagens diagonais no peito e braços, vê a expressão preocupada do mestre.
— Conhecia aquele cara?
— Não é importante agora. - Responde, ainda incomodado.
—Talvez eu devesse sair daqui. Desde que chegamos enfrentamos ataques massivos. Não podemos permanecer. - Kaiser diz, enquanto se levanta sem dificuldade. O mestre interveio.
— Não... Ainda há algumas coisas que você precisa saber. E aprender.
— Aprender? - Kaiser já sabe aonde isso vai chegar.
— Garoto, você tem uma coisa muito especial dentro de você, uma coisa que um dia vai fazer uma grande diferença no mundo. Mas até lá, o seu preparo físico e mental precisam ser bons o suficiente pra você conseguir usar isso sem sofrer os efeitos que você sofreu na última batalha. Se o seu medo é liberar essa energia que você desconhece, então... - Ashtar desenha um símbolo no ar, logo se materializando no mesmo lugar com a cor branca. Pareciam rabiscos em pleno vento, mas tomou forma de correntes, que se entrelaçou no corpo de Kaiser. Acorrentado e incapacitado, mostra sua indignação pelas palavras.
— Não sabia que acorrentava pessoas contra a vontade delas.
— Não espero que entenda agora, e terá muito tempo pra isso. Mas admita : você não está forte o suficiente para enfrentar o que está vindo. Seu pai e sua mãe... Foram grandes heróis. Um tempo depois que ele se tornou líder, algo tomou conta da mente dele, e, por muito tempo, ele já não era mais a mesma pessoa.

Flashback ON

A noite chuvosa impedia a visão dos combatentes em meio a uma chuva de flechas e pequenos demônios. Aquele lugar estava condenado. O castelo já havia sido dominado pelas forças do Caos, e Kazur já não tinha mais forças. O líder era... Desumano. Sua armadura parecia de ébano, e refletia o brilho das lanças banhadas de óleo e fogo que eram lançadas por cima de sua cabeça. O elmo tinha um aspecto sombrio, com médios chifres ondulados em sua testa. Cada passo que dava podia ser ouvido como um cintilar da armadura, como se estivesse viva. O ser, de cabeça erguida, diz sua proposta.
— Entregue-se para mim, Kazur. Antes que perca tudo que lhe restou. Você não tem mais chances. - Ao lado de Kazur, estava Ashtar, que reproduz um encanto de luz, ofuscando a visão do desconhecido, dando-os tempo para fugir.
Já em outro lugar, o que parecia ser dentro de uma das torres, eles se jogam sentados em cima de um monte de palha seca cada um. Estão feridos, cansados e molhados. Kazur diz ofegante ao seu companheiro :
— Eu terei que usar aquilo, Ashtar. A situação não pede outra solução. Nosso exército foi massacrado. Deixei meu filho, ainda criança, sem memória nenhuma, aos cuidados do próprio esforço, e agora esse reino inteiro está sendo massacrado por causa da minha ingenuidade. Soldados, muitos com famílias, estão morrendo. Eles nunca voltarão pra casa, meu amigo. Vão haver choros em várias casas, revoltas, ódio, tudo por conta de um 'não se preocupe, vai dar tudo certo'. Não posso permitir que isso continue acontecendo. Eu irei libertar ele. Foi aprisionando ele em mim que abri as portas do inferno. Já está na hora de libertá-lo.
Desesperado, Ashtar reclama :
— Você fez o que achou correto por eles, não tem porquê se culpar. Aqui estamos compartilhando o mesmo destino, por isso não irei lhe abandonar, amigo. Estarei aqui e, se for para cair, cairei junto com você.
Kazur se levanta, Ashtar logo em seguida. Ele sabia que seu líder ia deixar clara sua vontade.
— Você... Vou precisar de você para guiá-lo quando chegar a hora. Provavelmente ele vai ter sobrevivido a muitas dificuldades até ele o conhecer, talvez já esteja adulto, mas para ele não entrar em um caminho sombrio, vou precisar que você o coloque na direção certa. Mesmo sendo um pedido difícil, sei que você vai conseguir. Eu nunca escolheria alguém melhor pra isso. Foi você quem me deu os melhores conselhos de como proceder nas situações mais difíceis. Não vou me arrepender disso. - Ele vai para a porta. - Vá para casa e proteja a sua família. Hordas irão para lá, tenho certeza.
Ashtar entendeu. Seu líder era impossível de ser convencido. Ele sabia que aquele era o último momento que o veria em sua frente.
— Tudo bem... - Cai uma lágrima de cada olho. - Mas volte... Um dia seu filho vai precisar de você.
— Que o destino me guie até ele quando chegar a hora. Adeus, meu velho amigo.
— Adeus... Até breve. - Ashtar ao lado de Kazur no lado de fora salta, sozinho, para uma área distante do local. Dava para ver o brilho das tochas de apagando, o que indicava que os últimos soldados estavam morrendo. A horda de demônios devastava o lugar, mas ali, uma explosão de energia negra é liberada, aos poucos consumindo o castelo inteiro. Em seguida, em um piscar de olhos, tudo explode. Não sobrou nada de pé. Uma poeira cinza paira sobre o lugar, impedindo que a visão do lugar fique nítida.

Flashback OFF
     O semblante triste de Kaiser era nítido. Seu pai ali morreu para salvar as pessoas de um iminente massacre. O garoto cai na cama e fecha os olhos, abraçando o sono que chega aos poucos, enquanto ignora qualquer pessoa ao seu redor. Ele não queria sair de seus pensamentos, pelo menos até cada um ser colocado em seu devido lugar.

 

Após três dias, Kaiser aceita ser treinado por Ashtar.
     - Acredito que já espera que eu não pegue leve com você. - Diz Ashtar. Kaiser transmite sua vontade. Um olhar com uma chama tão forte e familiar para o mestre, ao ponto de lhe dar o benefício da nostalgia. A essência de Kazur estava no filho. Então, ele pergunta. - O que te fez levantar da cama e aceitar o treinamento?
     - Meu pai... Ele queria proteger pessoas. Pessoas que ele amava, mesmo muitas ele mal conhecendo. Se ele fez o que você contou, significa que ele era muito forte, forte o suficiente para ter a convicção que poderia proteger a todos, e ele deu a vida por isso. Não quero ficar para trás. Se essa era a vontade dele, preciso pegá-la e continuar lutando por ela. Não entendo meus surtos de poder seguidos de um extremo cansaço, mas sei que um dia isso será uma vantagem. Levarei a vontade do meu pai adiante, custe o que custar.
     Ashtar, satisfeito, responde :
     - Se é essa sua escolha, fico muito feliz por isso. Começaremos amanhã. Prepare seu corpo hoje, amanhã vamos precisar dele em seu máximo.


     Chegada a noite, Kaiser consegue, através de uma janela, ver as estrelas no céu sem nuvem. Elas piscavam levemente em padrão aleatório, sem programação ou padrão. Olhando para o lado, vê Yukki dormindo tranquilamente. Vendo desta forma, nem parecia aquela garota incrívelmente forte quando se deixa levar pelas emoções, colocando medo até nele. Com isso, ele sai da cabana e começa a caminhar aleatoriamente pelo local. Depois de algum tempo, Shaya surge por trás.
     - Sem sono?
     - Mais ou menos.
     - Uma hora ele vence... - Deu uma breve pausa, e continuou - Sabe, nessa aldeia, meu pai ensina aos moradores técnicas de respiração, nos tornando capazes de acalmar as próprias emoções e esquecer as dúvidas. Com isso, a esperança também é renovada.
     - Isso parece interessante. - Seu olhar parecia perdido no céu. Shaya pega nas mãos de Kaiser, o que o assusta. Ela diz :
     - Entenda uma coisa : seja lá o que vier, o que acontecer, nós estaremos com você. Apoiamos suas escolhas e te ajudaremos no que for possível. Mas lembre-se, você só poderá ter sucesso se não houver dúvidas no seu coração.       - Ela via a apreensão no rosto do rapaz. Ela sabia que, mesmo aceitando com tanta firmeza o treinamento do mestre, ele ainda sim não sabia se realmente seguiria em frente com isso. Sua insegurança era grande, e isso era perceptível, ainda mais quando alguém como Yukki está sob sua responsabilidade. Shaya olha fixamente para os olhos de Kaiser, e o mesmo retribue. Pareciam estudar os sentimentos um do outro naquela situação, e então, em sincronia, ocorre um beijo.


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