You're my healing escrita por Esthellar


Capítulo 1
Don't stop it


Notas iniciais do capítulo

Olar, pessoal, tudo bem? :D
Então, esta fanfic foi baseada no MV de "Healing", do Seventeen, especialmente naquela partezinha em que o Hoshi e o Dino estão no quarto do hotel e começam a brincar. Por isso, eu super aconselho que vocês assistam ao MV para se situarem melhor na história, ok?
Enfim, espero que gostem!
Boa leitura~♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/713006/chapter/1

“[...] Put down everything just for a bit, it’s okay, it’ll work out somehow. My burned-out heart fills up completely. Let’s only think comfortable thoughts together now, so there’s no more worries...”

—----------------------------------------------------

 

No alto do grande edifício localizado no coração da cidade de Jacarta, Indonésia, duas silhuetas podiam ser vistas pela janela de um dos quartos do hotel. Soonyoung e Chan, que haviam chegado naquele dia, decidiram dividir o aposento, como sempre faziam.

— No que você tanto mexe nesse celular? — perguntou o mais velho fazendo bico, enquanto observava as costas de Chan viradas para si, que digitava algo em seu aparelho móvel.

— Só estou organizando umas coisas e falando com o meu irmão. — respondeu o menino, ainda virado para Soonyoung, que se encontrava deitado na cama do lado direito do quarto.

— Diga a ele que eu mandei um “oi”. — Soonyoung viu Chan assentir brevemente, podendo escutar sua risada baixa mesmo de onde ele estava.

O quarto ficou silencioso novamente, fazendo com que o líder da Performance Unit suspirasse. Ele estava tão entediado! Tudo bem que gostava muito que Chan conversasse com sua família, ele mesmo o fazia sempre que tinha um momento de descanso, mas o maknae estava de pé, mexendo em seu celular, há, mais ou menos, uns 20 minutos! Soonyoung só queria ter um momento com ele antes que tivessem que ir dormir, mas aquilo estava parecendo meio impossível.

Então, pensando por alguns segundos, teve uma ideia brilhante. Pegou as duas câmeras que se encontravam no criado-mudo, levantou-se, colocou uma sobre a cama ao seu lado e, depois, posicionou a outra filmadora na cômoda próxima a Chan, que nem se moveu. Rindo travessamente para si mesmo, Soonyoung abriu os braços e enlaçou o mais novo pela cintura — que apenas levantou a cabeça e sorriu, já que Soonyoung tinha o costume de fazer aquilo sempre que estavam sozinhos —, puxando-o para trás.

— É assim que eu brinco com o maknae! — Soonyoung disse para a câmera um pouco antes de jogar o corpo contra a cama atrás dele, levando Chan junto em seus braços e fazendo com que o móvel rangesse com o peso de ambos.

A risada melodiosa do mais novo ecoou pelo quarto e Soonyoung gargalhou junto, sentindo como se aquela risada pudesse prenchê-lo totalmente. Ouvir Chan rindo daquela forma, tão despreocupadamente, nunca falhava em deixá-lo extremamente feliz também.

— Eu quero sair! — Chan tentou se levantar, ainda rindo, mas foi enlaçado mais uma vez por Soonyoung, que, por sua vez, tentava segurá-lo passando suas pernas por entre as do mais novo.

— Onde você pensa que vai?! — Soonyoung puxou o maknae novamente, que gargalhou mais alto, dando-se por vencido.

De repente, alguém bateu na porta e, finalmente, Chan conseguiu se desvencilhar dos braços de Soonyoung. Ainda ofegante de tanto rir, ele se levantou da cama e seguiu em direção à entrada do quarto, para atender a quem o estava chamando. Enquanto isso, Soonyoung, que continuava rindo, desligou as duas câmeras que tinham gravado toda a cena de outrora e voltou a se deitar na cama, arremessando o corpo com força sobre o colchão.

Ao abrir a porta, Chan encontrou Hansol encostado no batente, olhando para ele, ligeiramente surpreso.

— Hey! — disse Hansol, esboçando um pequeno sorriso. — Que cara feliz é essa?

— Hey! — respondeu Chan, sorrindo também. — Eu e Hoshi-hyung estávamos brincando na cama.

Hansol arqueou uma sobrancelha e sorriu ainda mais. Chan, ao perceber o que aquilo implicava, desesperou-se.

— Hyung, não é nada disso que você está pensando! — exclamou o menino, balançando as mãos de forma apressada e fazendo Hansol cair na gargalhada.

— Eu estou brincando, Chan! — disse, suspirando ao final da risada. — Mas, enfim, só passei para te avisar que o Doogi PD pediu para que a gente acordasse bem cedo amanhã, ok? Ele disse que temos muita coisa a fazer.

— Ah, ok! Pode deixar. Vou colocar o meu celular para despertar.

— Tudo bem. Então, nos vemos amanhã. — falou Hansol, enfiando as mãos nos bolsos do moletom que usava e afastando-se gradativamente do maknae. — Boa noite, Chan!

— Boa noite, hyung! — Quando Chan já estava prestes a fechar a porta, escutou Hansol chamando-o novamente. — Sim?

— Dá para escutar vocês dois lá de baixo, viu? — E, sem falar mais nada, ele saiu rindo, deixando um Chan muito corado na porta do quarto.

Depois de resmungar baixinho algumas vezes e tentar fazer com que o rubor de sua face diminuísse, o menino fechou a porta e retornou ao aposento. Porém, ao chegar perto das duas camas, notou que Soonyoung ainda estava deitado numa delas, dormindo. Não conseguindo conter o sorriso que se alastrava por sua face ao observar tal cena, Chan caminhou até ele e se sentou ao seu lado sobre o colchão.

Aish, hyung! Você dormiu sem tomar banho, não é?  — murmurou o menino, sorrindo para si mesmo, enquanto tirava alguns fios azulados que cobriam o rosto do outro.

Mas, se o maknae achava que Soonyoung já se encontrava em seu mais profundo sono, teve certeza de que estava enganado ao ser surpreendido por dois pares de olhos castanhos, arregalados, e um sorriso matreiro que indicava que, daquela vez, ele não escaparia. E, realmente, não escapou.

Soonyoung puxou Chan para a cama de novo, sendo recebido por um grito e uma gargalhada, e subiu em cima dele, fazendo cócegas em sua barriga. O mais novo tentava se soltar, mexia as pernas, balançava os braços, mas era tudo em vão. Quando, enfim, conseguia subir em cima de Soonyoung, este o jogava de volta para o seu lado na cama e continuava a fazer-lhe cócegas, suas risadas altas ressonando através das paredes não tão grossas do hotel.

Depois de alguns minutos rolando e rindo sobre o colchão, os dois pararam, cansados. Chan havia sido totalmente derrotado naquela batalha e arfava, exausto, com a barriga virada para cima e um sorriso no rosto. Soonyoung, por sua vez, estava jogado ao seu lado, também sorrindo, e com o braço esquerdo em cima de seu peito.

— Cansou? — perguntou o mais velho, sentindo os batimentos cardíacos de Chan sob sua mão.

— Claro… que… não… — respondeu Chan com a respiração entrecortada, fazendo Soonyoung sorrir ainda mais.

Os dois permaneceram daquele jeito por algum tempo, apenas ouvindo os suspiros um do outro, até que Soonyoung levantou um pouco o corpo e apoiou os dois cotovelos em cada lado do rosto de Chan, que abriu os olhos, antes fechados, e passou a fitá-lo em resposta.

— Hansol-hyung pediu para avisar que a gente precisa acordar bem cedo amanhã — disse o menino, ao que Soonyoung apenas assentiu, enquanto tirava algumas mechas castanhas de seus olhos — e disse que dá para escutar nossas gargalhadas de lá de baixo. — O mais velho deu uma risada breve.

— E você ficou com vergonha por causa disso, não é? — perguntou, sorrindo.

Aish! — Chan olhou para o lado, fazendo bico.

Aish! — Imitou Soonyoung, abrindo ainda mais o sorriso. Levando as duas mãos à face do outro, começou a apertar suas bochechas. — Você é mesmo um bebê.

— Não sou, não! — reclamou Chan, tentando fazer com que ele parasse.

— É sim!

— Não sou, não!

— É sim!

— Não sou!

— É sim... — Soonyoung soltou suas bochechas e moveu seus dedos pelos lados de sua face, acariciando levemente o início de seu pescoço. Então, inclinando o rosto até que estivesse próximo o bastante para sentir a respiração de Chan junto da sua, sussurrou — é o meu bebê.

Roçando seus lábios um no outro, como se procurassem o encaixe perfeito, Chan depositou um beijo praticamente casto no canto de sua boca, fazendo com que Soonyoung quase acreditasse naquilo, não fosse por saber exatamente com quem estava lidando. Quando finalmente se tocaram, ele sentiu toda a tensão de seu corpo se esvair e uma sensação de calmaria tomar-lhe por inteiro. Não era nem de longe a primeira vez que se beijavam, mas sempre que faziam aquilo, parecia que algo novo surgia dentro de ambos, uma faísca mais brilhante, talvez.

Chan, então, moveu uma mão até a nuca de Soonyoung, a fim de aprofundar o beijo, enquanto o mais velho desenhava círculos imaginários em sua bochecha com o polegar, numa forma de gentilmente sossegá-lo. Chan era muito ávido por aprender, queria experimentar tudo de uma vez, e Soonyoung sabia que não podia (e nem devia) se deixar levar por isso. Naquele momento, apesar de terem personalidades bastante similares, pareciam dois opostos que, juntos, moldavam-se em um só.

Puxando o lábio inferior de Soonyoung  quando este se afastou para que pudessem respirar, Chan abriu os olhos para admirar o rosto do mais velho por de baixo, com todas as imperfeições mais perfeitas que alguém poderia ter, suas testas coladas uma na outra e suas respirações mesclando-se no ar. Soonyoung abriu os olhos lentamente e se afastou ainda mais, para poder fitá-lo de um jeito melhor.

Talvez, mais ainda que beijar o maknae, o líder da Performance Unit gostava de olhar para ele, especialmente quando ninguém estava dando muita atenção, e ficar assim, quieto, escutando cada sibilar de sua respiração. Mesmo que ele tivesse sido o primeiro a beijá-lo de verdade, tê-lo ali, tão perto, em seus braços, fazia com que ele sentisse que aquilo era real, mútuo.

Ao sentir os dedos quentes de Lee Chan tocarem sua bochecha, Soonyoung virou um pouco o rosto e beijou a palma de sua mão.

— Hyung, a gente precisa tomar banho e ir dormir. — disse Chan, baixinho. Soonyoung apenas sorriu e deixou a cabeça pender.

— E, mais uma vez, Kwon Soonyoung é derrotado pelo instrutor Lee Chan! — exclamou ele, saindo de cima do mais novo e deitando ao seu lado.

— Hyung, às vezes, parece que eu sou mais velho que você! — Quando Chan se levantou, Soonyoung empurrou o tronco para cima e sentou na cama, segurando o pulso do outro antes que ele se afastasse.

— Então, dorme aqui comigo. A noite está tão fria, eu não quero dormir sozinho nesta cama enorme! — Dramatizou o mais velho,  fazendo Chan revirar os olhos.

— Hyung, minha cama é do lado da sua.

Por favor! A gente dorme de conchinha! — Soonyoung juntou as mãos, quase suplicando.

Chan fitou-o longamente, como se estivesse ponderando aquele convite. Então, aproximando-se de Soonyoung ainda mais, depositou um beijo rápido em seus lábios e sorriu, fazendo o outro sorrir também, meio bobo.

— Eu vou pensar no seu caso. — E, com uma última piscadela, ele saiu correndo, trancando-se no banheiro e deixando Soonyoung completamente estático.

Depois de piscar algumas vezes e perceber que havia sido enganado pelo mais novo, Soonyoung apenas bufou.

Aishhhh, esse pirralho! — exclamou para o nada, levantando o punho no ar, como se fosse um idoso a levantar sua bengala em forma de protesto.

Totalmente vencido, Soonyoung olhou em volta, procurando algo que pudesse entretê-lo, e viu uma das câmeras que havia usado antes, na cama de Chan. Pegando-a, começou a olhar as fotos contidas ali, até parar no vídeo que tinham gravado alguns minutos antes. Ao dar play, foi logo recebido por sua própria voz seguida pela de Chan, que ria e ria, e ele ria também.

Muitos dizem que quando você se apaixona, seu mundo se transforma e você passa a ver a vida de outra forma. Soonyoung nunca havia entendido muito bem o que isso queria dizer, porque, como saber que o que você nutre por alguém pode ser amor? Mas, naquele momento, ao escutar as gargalhadas de Chan mais uma vez e sentir seu coração se aquecer de uma forma tão intensa, talvez ele tivesse finalmente encontrado a resposta.

Ou talvez ele precisasse de mais alguns beijos para confirmar sua hipótese.

É, aquela era uma ideia melhor.

Muito melhor.

—----------------------------------------------------

“[...] Don’t stop this healing, now dive in, dive in, dive in. It’s okay to throw up your body into an ocean called ‘rest’, you can take a break. Our healing, healing, no one can say a thing. Don’t stop this healing, now dive in, dive in, dive in. This time is all yours, so don’t worry about a thing, this is all healing, healing [don’t stop it]. Don’t stop this healing.”

(Healing - Seventeen)

 

FIN


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, gente, o que acharam?
Se gostaram, por favor, deixem um comentário! E, se não, comentem também, para que eu possa melhorar da próxima vez.
Muito obrigada por terem lido até aqui, vocês são sensa ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "You're my healing" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.