Touch Me escrita por Sôfrega


Capítulo 1
Capítulo Único




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E se tudo que Hannibal fez à Will fosse um sentimento reprimido? Algo em seu peito que ardia, porém não conseguia compreender? ele precisava estar a par de tudo, necessitava do agente perto de si, mas estava contrariado com o fato de que no momento Will o odiava por tudo o que fez, quem sabe no fundo estivesse um pouco arrependido.

Olhando a janela lá fora, percebeu um dia com mais sol do que de costume, sua carne já estava mantida na geladeira, seu consultório fechado. Fez com que ficasse em casa sem muito o que fazer.

Resolveu sair, pegou seu sobretudo e trancou a porta. Hannibal já sabia onde toda aquela ansea o levaria; ver alguém a quem bem lá no fundo, o fazia falta. Com quem poderia conversar de forma tão inteligente?

Seu carro estava bem perto da casa, parou por um segundo para ver se havia alguma movimentação, mas nada. Embora queresse não dar o braço a torcer, resolveu continuar. Will era uma pessoa valiosa demais para não manter por perto, ou simplesmente perder o contato.

As teorias de Bedelia sobre Hannibal estar obcecado chegava a fazer sentindo, e não tão pouco quanto pensa. A poucos metros da porta Hannibal bateu duas vezes, um toque suave para não parecer desesperado demais.

— Olá Will.

— O que faz aqui? Eu disse que não queria lhe ver Doutor Lecter. - Hannibal forçou sua entrada, até perceber que Will acabara de sair do banho. Não havia momento mais majestoso para encontrá-lo, se não aquele. - Eu não vou me deixar levar pelo que diz Hannibal, você me fez muito mal, você só desperta o pior de mim, e não quero isso. Não quero pensar em você, não quero sentir sua falta, não quero ouvir seu nome. Eu odeio tudo que me tornei, é tudo por sua causa - A ferida que Will carregava ainda estava aberta e dolorida em seu peito, havia sido enganado, não queria passar por isso de novo.

O maior não sabia o que dizer, apenas encarou seu ex-paciente com um sorriso convidativo. Olhou para Will de cima a baixo, e começou a atender que isso ia além do fraternal.

— Will, eu só desperto o melhor em você - Chegou mais perto - Você não poderia ser nada sem mim, é por isso que estou aqui - Afirmou orgulhoso.

Will queria regurgitar tudo o que disse, mas estava em uma situação vulnerável, as palavras do psiquiatra o fizeram ficar tonto, a proximidade também, sua garganta tinha uma espécie de bloqueio, enquanto seu corpo estava quente, uma parte de seu peito estava sendo dominada pelo medo, mas resolveu esperar pelo que vinha. Hannibal não se contentando, avançou o sinal, ambos bateram numa mesinha, os corpos estavam grudados. Will fora encurralado sentindo aquele corpo maior o pressionar contra a mesa. Nunca pensou numa hipótese de que todo o sentimento que tinha se fundido, se tornaria atração, bem mais forte do que sentira por Alana Bloom a uns dias atrás.

Lecter respirou de uma forma pesada fazendo com que a respiração quente batesse no pescoço do outro. Will fechou os olhos e os abriu logo em seguida, olhou para aquele à sua frente sem jeito, sabia que seu controle foi perdido por um segundo. Hannibal achou a expressão de prazer fascinante, só agora percebeu o quanto forte é seu desejo por mantê-lo perto.

— Sua expressão, Will - Graham o olhou - Ela é magnífica. - Segurou seu queixo com delicadeza, onde dirigiu os lábios a os do menor.

Mais uma sensação única foi sentinda, enquanto Will enfiou sua mão no cabelo loiro,  se perdendo entre seus dedos e puxando. Precisou aprofundar mais o beijo, queria sentir mais de Hannibal, já que ele tinha lhe tirado tudo que podia. O beijo foi parado, Will via tudo girar e ainda perto dele, pegou todo ar que podia, seu corpo fervia, como uma combustão, ou feito um vulcão prestes a entrar em erupção. Mesmo que soubesse que a quentura foi por conta do banho, ficou mais quente ao ser tocado.

Os beijos seguiram para o seu pescoço, chegando em seu maxilar. Will segurou na mesa, pressionando os dedos com força na madeira. Ofegante, fechava e abria as pálpebras sentindo o toque gentil e suave de Hannibal, que não se cansava de tocá-lo. Mesmo que fossem dois homens, o sentimento não deixava de ser forte, porém, não tinham certeza do que era, só que necessitam um do outro.

Will estava excitado, levou alguns longos minutos para isso acontecer. O aperto em sua calça se formara, e isso despertou a atenção da outra pessoa, que segurou seu rosto com mais força, uma ar de submissão ficou estampado na face de Hannibal, parecia sentir-se orgulhoso do seu efeito sobe companheiro.

— Sabia que podia dar tudo de si para mim, eu quero mais do que já lhe tirei.

— Não existe nada mais que você possa tirar de mim Doutor Lecter - Pegou a mão onde a colocou em seu peito do lado de seu coração, mas Hannibal não estava interessado em sua frequência cardiaca.

Sua mão deslizou diretamente para dentro das calças de Will, que estremeceu se agarrando as costas fortes e definidas do psiquiatra. Conforme seu cinto era aberto, os espasmos vinham e seus dedos apertavam o paletó. A natureza do psicopata ainda consegue ser sádica mesmo diante do sexo, no qual o tortura com suas mãos, apenas tateando o órgão.

— Lecter, não seja tão doentio.

— O que quer Will?

— Você sabe, está tocando no ponto exato, não tire toda minha sanidade - afundou seu rosto no pescoço ainda agarrado a suas costas. - Me toque Hannibal.

Assim que clamou, as mãos grandes invadiram sua cueca segurando o membro com força. Não deixou de ser fascinante tê-lo em suas mãos e sentir o seu trabalho bem feito brincar naqueles dedos. E quanto mais se movia, mais Will gemia baixo entre os tecidos de sua roupa.

A mão subia e descia lentamente, os gemidos eram como uma música calma e agradável para seus ouvidos. Talvez agora seus horizontes tivessem se expandido em uma outra forma de sentir prazer que não seja matando outra pessoa.

Will começou a sentir que algo vinha, seu ventre formigava. Levantou o rosto, e dirigiu sua mãos para o pescoço de Lecter, onde segurou com força, precisava chegar ao seu ápice olhando fundo nos castanhos.

— Vamos Will, é tudo que pode me dar. - Sussurrou em seu ouvido.

— Hannibal… - Graham gozou nas mãos que o ousou tocar.

Cansado encostou sua cabeça no peito do loiro, e se deixou levar pela suavidade da mão que passeava em seus cabelos.

— Talvez eu não possa viver muito tempo sem você, Will. - Graham se sentiu abalado, o suficiente para não largá-lo mais.

— Creio que também não posso, Doutor Lecter.


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Notas finais do capítulo

[Editado]



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