1506 D.C em Carcassonne

A história começa em Carcassonne, uma cidade medieval e protegida por 3 km de muralha, no topo de uma colina, no sul da França. Ao redor dela foi crescendo a Bastide de St Louis, a chamada Cidade Velha ou Ville Basse.

Um grande grupo de fiéis, trajando mantos marrons, se reúne em volta da Praça da Igreja da cidadela. Todos os tipos de destroços haviam sido retirados e vários pedaços de madeira foram agrupados pelos próprios fiéis perto de um grande mastro.

— Mamãe! Mamãe! — Alice grita por sua mãe, enquanto é levada por dois sacerdotes até o mastro de madeira.

— Soltem-na! Parem com isso!! – A mãe de Alice corre até sua filha, mas seu marido a pega pelo braço para que algo não aconteça com ela.

Alice é amarrada no mastro de madeira e várias pessoas o sustentam.

— Não! Parem! Por favor!! — Gritou a mãe de Alice, enquanto chorava desesperada.

A mãe de Alice estava em um estado de desespero e tristeza absoluta. Era contida pelo seu marido, que disfarçava sua tristeza para que também não tivesse o mesmo destino de sua filha.

Com uma tocha na mão direita, se aproximava o Bispo, trajando um manto marrom e um crucifixo de mesma cor na sua mão esquerda.

— Não se deixem enganar. Está criança... foi abraçada pelo Diabo! Queimaremos a bruxa e derrotaremos o demônio que paira sobre nossa cidadela. – Bispo.

— O que vocês têm na cabeça? Ela é só uma criança!! – A mãe de Alice tenta se soltar daqueles que a contêm, mas falha.

O Bispo olha para ela.

— Aqueles que se aliam ao demônio, devem ser queimados no fogo de onde vieram. - Bispo.

— O quê? Você é louco... você é louco! Ela não é uma bruxa! Ela é só uma criança! – Gritou a mãe de Alice.

O Bispo aproxima a tocha e coloca fogo nos pedaços de madeira e uma grande fogueira começa a surgir. Enquanto isso, os fiéis comemoram e riem da desgraça de Alice. O Bispo olha fixamente para ela, como se quisesse testemunhar algo incrível feito pela menina.
Alice tenta se debater, mas só consegue machucar os pulsos e os tornozelos por causa das cordas.

— Mamãe... Ajude-me! — Gritava Alice, com seus pulsos e tornozelos ensanguentados.

Aos poucos à fogueira e suas roupas começam a queimar, em seguida sua pele se derrete e seu corpo se queima por inteiro.

— Não! – Berrou a mãe de Alice, que corre ate a fogueira, mas é contida pelo marido e amigos.

Ainda exaltada, ela é obrigada a ver a morte de sua filha de seis anos bem na sua frente.

— O Diabo... Foi embora! – Disse o Bispo, que volta para a igreja.