Um Toque de Amor escrita por Mikasa10


Capítulo 1
Um Toque de Amor




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—Nami-Swann, Robin-Swann – Sanji chegou trazendo duas taças cheias. – Preparei uma vitamina para minhas donzelas. – Ele estava todo animado como sempre.

— Obrigada Sanji-kun – falei sorrindo. Apesar de ele ser um safadão com todas as mulheres, ele ainda sim é gentil. Aceitei e fui me deitar na cadeira de praia que está perto das laranjareiras.

O cheiro da laranjas se embralhava com a brisa, e trazia o doce frescor. Lembrando de minha casa... Inspirei e relaxei. Dei um gole na taça, “A vitamina está boa” Sorri de lado. “Tenho que admitir ele é o melhor cozinheiro que existe”. Continuei ali deitada por um bom tempo, curtindo o sol de leve. Estávamos apenas navegando, sem aventuras, sem lutas.

Às vezes é bom um pouco de sossego. “Pensando bem, está bem quieto esse navio” Surgiu uma gota. Então ouvi uma risada baixa “Ah eles estão jantando”. Agora eu percebi que tinha escurecido, e começou a passar um friozinho gostoso. Não estava com fome ainda. Sentei na cadeira e encarei o horizonte. “As estrel....”

—As estrelas estão diferentes. Parecem mais radiantes – Me virei para encarar a pessoa que descreveu meus pensamentos.

—Sanji-kun? – estava um pouco escuro e não conseguia enxergar seu rosto. Mas definitivamente era ele. A voz.

—Todos já estão jantando Nami-chan – ele veio mais para luz do luar. Então enxerguei. Seus cabelos pareciam mais escuros e brilhantes. – Pensei que estivesse dormindo e esquecido da hora.

—Estava só deitada com os olhos fechados, mas acho que acabei cochilando – dei um pequeno sorriso. E então veio uma brisa. Por instinto coloquei os braços ao meu redor, tentando me aquecer. – Eu ainda não estou com fome, vou ficar por m.... – senti um calor em meus ombros. Sanji colocou seu paletó em mim.

—Tome cuidado Nami-chan, não pode se resfriar. – Ele me encarou com um sorriso. “Doki-doki” Senti meu coração dar uma rápida batida. Um singelo gesto, um sentimento que despertou. “Por que eu me sinto diferente em relação ao Sanji?”

—Hum... Obrigada. – corei. Então Sanji sentou na cadeira ao lado. Estranhei, mas fiquei quieta.

—Posso te fazer companhia? – ele falou com uma voz rouca me encarando. Estremeci.

—S-Sim... –“Meu Deus, eu gaguejei, por que diabos??” respondi desviando o olhar. Senti meu rosto esquentando. “Ele age assim com todas as mulheres” De repente me deparei com esse pensamento. “Sanji sempre foi assim, educado, charmoso. Eu não sou a única a quem ele trata dessa forma” – Outro sentimento estranho invadiu meu peito. Uma pontada incomoda.

—Sanji-kun... Você já conheceu alguém? – ele me olhou com interrogação. Não tinha entendido. – Você já se apaixonou?... – perguntei, mas não encarei seus olhos. A lua.

—Por que a pergunta? – ele falou sério. “Me sinto uma intrometida”

—Não precisa responder. Só uma curiosidade mesmo. – Silêncio – Hum... eu nunca conheci ninguém. Nunca encontrei a pessoa certa para mim.

—Mas você é tão linda. Com certeza muitos homens já correram atrás de você. – Esse Sanji de agora parecia mais maduro e compreensivo. Dei uma risada

—Até que vieram muitos mesmo. -Declarei- Mas ninguém parecia me amar como eu queria ser amada. – suspirei – É complicado. Esses homens olhavam somente meu corpo.... Tentei já conversar com alguns, mas de cara descobria suas intenções. Então fico meio receosa quanto a essa história de amor. Acredito que exista, mas não sei se um dia eu terei uma... – Fechei os olhos e voltei a deitar na cadeira. Cansada.

—Eles são uns idiotas, isso sim. – falou carrancudo. – Como não enxergar além da sua beleza, o seu coração, o seu bom coração. A sua personalidade. O seu caráter. O seus sentimentos. Acredito que fossem cegos. Se eu os encontrassem daria uma surra em cada um por fazer a Nami-chan sofrer. – Fui pega de surpresa com suas palavras, de alguma forma ele me entendia e me senti grata.

—Obrigada Sanji-kun – sorri e senti uma lágrima escorrer em meu rosto. Apenas escorreu.

Sanji se aproximou da minha cadeira e se sentou em um pequeno espaço vago. Senti sua mão quente encostar em meu rosto, enxugando a pequena lágrima. Senti a compreensão dele e também um carinho. Todos esse tempo que convivemos juntos, nunca me passou pela cabeça, que o Sanji seria a pessoa certa para desabafar. Permanecemos em silêncio por um tempo. O que não me incomodou. Me permitiu refletir. Então ele diz uma palavra.

—Sim. – Ele me encarou. E senti seu olhar penetrante. Queria tocar em seu cabelo, parecia macio... Mas retribui o olhar. “Sim? Porque ele disse sim?” E completou – Sim, eu já me apaixonei. – Meu coração disparou.

—E como foi? – doeu minha pergunta. Não queria que ele tivesse estado com outra mulher. Eu... não queria. Percebi que eu gostava do Sanji... mas não como eu gostava dos meus outros companheiros. É diferente...

—Nunca aconteceu nada. Eu só me apaixonei. – Ele suspirou – Não sei se ela me vê do jeito que eu a vejo. – e me encarou. – Me apaixonei pelo seu sorriso, pelo seu olhar, pela sua energia, por sua alegria, por sua lealdade, por sempre seguir em frente em qualquer dificuldade, por ajudar seus companheiros, por se esforçar querendo sempre melhorar, por nunca desistir, e por sempre ter estado comigo. Me apaixonei por você Nami.

Eu chorei como uma criança. Palavras nunca haviam me tocado antes, mas o que Sanji falou eu senti em meu coração. Foi sincero e romântico. Ninguém nunca se declarou para mim. Chorei de alegria, chorei por ter alguém ao meu lado. Ele me abraçou e calor de seu corpo me confortou. E senti que em seus braços eu estava segura.

—Sanji.. eu.. – eu não sabia o que dizer. Ele segurou meu queixo. E foi se aproximando de meus lábios. – Sanji.. – eu apoiei levemente minha mão em seu peito. Eu olhei para baixo corada – Eu nunca beijei... – era difícil admitir isso, já que eu tinha 20 anos. – Posso não fazer certo ... – Ele levantou meu queixo.

—Nami, eu fico feliz em ser seu primeiro. –Sorriu. – Com certeza você vai “fazer certo”. Porque você é a mulher que eu amo. – Com isso, ele voltou a se aproximar. Senti seus lábios colando aos meus. Foi um selinho. E então sua língua pediu passagem e eu deixei invadir minha boca. Os movimentos que ele fazia eu tentava seguir. Então começou a ficar mais intenso o ritmo, e senti sua mão grande em atrás no meu cabelo, unindo ainda mais nossos lábios. E a outra mão enlaçava minha cintura. Era uma sensação incrível, um jogo de prazer, sensações que eu nunca havia experimentado. Coloquei minhas mãos em seu pescoço e senti o seu cabelo loiro entre meus dedos. Macios. Então senti que precisava de ar. Maldito ar. Separamos por um breve segundo.

Arfei, com certeza estava vermelha até o dedão do pé. Logo senti seus lábios descendo ao meu pescoço. –Ahh – gemi. Logo senti sua língua em algum ponto sensível. – S-Sanji-kun. – gemi seu nome.

—Ta gostando Nami-chan? – ele sussurrou maliciosamente em meu ouvido. Sanji já estava por cima de mim na cadeira.

— Sim. – sorri com malícia também. Desde eu quando eu fiquei tão diferente perto do Sanji? Me senti controlada pelo loiro.

—Como foi seu primeiro beijo? – ele me perguntou brincando.

—Nunca imaginei que fosse ser assim, tão intenso e ...prazeroso. – mordi meu lábio inferior, o que foi praticamente um convite para ele me beijar novamente. – Faz de novo? Ainda estou aprendendo – falei inocentemente. Não precisou responder, e ele já havia avançado. Passou nem 5 segundos em que estávamos se pegando. Ouvi um grito.

—SANJII – era o Usopp. – A CARNE ACABOU, O LUFFY COMEU TUDO. CADE VOCÊ?  

Assim que ele gritou, levei um susto que me desestabilizei, que quase caí no chão se não fosse as mãos do Sanji em minha cintura.

—Tsck, ficam me atrapalhando. – falou irritado. – Não conseguem ficar um minuto sem comer. – dei uma pequena risada com os comentários do loiro.

—Usopp, a Nami também não veio jantar, acho que ela também está aqui fora. – Ouvi a Robin conversando com o Usopp.

—Aí, até eu estão procurando. –Olhei para o Sanji. – Acho melhor a gente entrar Sanji-kun. Todo jeito eles vão nos achar aqui. – Ele revirou os olhos.

—AFF, o melhor dia da minha vida e eles ficam me atormentando. – a gente foi voltando com ele resmungando várias maldições para o Usopp.

Chegamos na cozinha. E o Sanji já esbravejou:

— O que é que vocês querem?? – seu tom de irritação assustou alguns.

—Uii, a loira cozinheira tá bravinha. – Zoro já bêbado provocou.

—Você, idiota, Cala a boca. – Sanji respondeu.

—Ei calma aí. – disse Usopp. – A gente só queria um pouquinho de carne. Você poderia cozinhar para gente Sanji? – Sanji suspirou e foi para fogão, ainda resmungando.

Para não ficar muito suspeito, não falei com Sanji, e fui andando de fininho pela porta, para ir pro corredor que dá acesso aos quartos.

—Namii – Chopper que estava encostado na cadeira, quieto até então, interrogou. – Onde você estava?

 -Só estava lá fora, sentada. – Não foi totalmente mentira.

—Ah sim. –E voltou a enrolar umas bandagens e colocando em seu kit de médico.

Fui para o meu quarto tomar um banho.

“Esse dia foi inesquecível. Espero que possamos repetir a dose qualquer dia desses”. Sorri  marotamente com o próprio pensamento. Sanji havia adicionado um toque de amor em seu coração.


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