A Nova Geração escrita por Júlia Ritto


Capítulo 8
Capítulo 7 - Confidence


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem atrasou o capítulo de novo!
Me desculpem, dezembro não está de bem comigo, mas juro que vou tentar adiantar os próximos
Para esclarecer as coisas, os povs da layla estavam acontecendo mais ou menos um dia antes dos outros acontecimentos, a partir desse capítulo ta tudo no mesmo dia.
Ah, dedico esse capítulo para a linda da Gabii Vidal, criadora da Sol Milton e que fez aniversário a poucos dias, parabéns e obrigada pelos reviews sua linda ♥



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Layla POV
[UM DIA DEPOIS – SÁBADO DE MANHÃ]
Era minha segunda vez fechando os olhos e os abrindo fora daquela floresta nebulosa, ainda era um tanto estranho me deparar com o quarto de Anthea pela manhã, mas não deixava de ser um enorme alivio.
Ainda deitada na cama, constatei que Thea não acordara, virei a cabeça para o relógio na mesinha de canto e descobri que eram 5 horas da manhã, eu estava acostumada a acordar muito cedo para os trabalhos na vila, era um costume que iria demorar para perder.
Resolvi levantar e ir preparar o café, como tínhamos feito na manhã anterior. Entrei na cozinha, onde também ficava a mesa, e tentei me lembrar em que armário ficava cada coisa, minha memória era ótima, um dos únicos dons que não foram completamente retirados dos vampiros.
Olhei para a mesa pronta: pão, manteiga, um bolo do supermercado e leite. Não tinha bebido sangue desde a noite em que fugi, ainda não sentia sede, os tempos difíceis na vila me fizeram mais resistente, mas sabia que era apenas questão de tempo, encontrar uma nova fonte de sangue era inevitável, e eu ainda não sabia exatamente como fazer isso.
Olhei o relógio de novo, já passaram das seis da manhã...ontem Anthea teve que acordar às seis para o trabalho, achei melhor acorda-la, não queria que se atrasasse. Entrei no quarto de fininho e me aproximei da cama.
–Thea, já está na hora de acordar para ir ao trabalho. – falei baixinho, mas não obtive nenhuma resposta dela – Thea, está na hora de acordar! – falei mais alto dessa vez.
Ela abriu os olhos subitamente, parecendo assustada.
–O que aconteceu?! - disse, ainda meio grogue de sono.
–Desculpa – murmurei, tímida – já são seis e vinte, não queria que se atrasasse para o trabalho.
Ela deu um salto ao ouvir “trabalho”, ficando sentada na cama.
–Vou me atrasar! – ela parecia preocupada, mas sua expressão se tornou aliviada subitamente – hoje é sábado, não tenho turnos.
Me senti mal, tinha a acordado à toa...no entanto, logo outra coisa me chamou a atenção: era sábado! Iria ver Edu de novo hoje, estava tão ansiosa...minha expressão radiante foi facilmente decifrada.
–Que cara de apaixonada é essa? – ela me lançou um olhar curioso
Sorri, esse era um segredo que eu podia revelar.
–Combinei de encontrar um cara hoje, ele chama Eduardo, vou ver a banda dele tocar.
Anthea parecia ainda mais interessada, nos conhecíamos há dois dias, mas algo me dizia que aquela amizade seria muito especial. Sem alterar a expressão curiosa, ela se levantou da cama e seguiu até a cozinha, indicando que a seguisse, sorriu ao olhar a mesa pronta, enquanto me agradecia com os olhos, ambas sentamos.
–E você tem fotos? – ela continuou, me deixando confusa
–Fotos?
–É, fotos do Eduardo, deve ter alguma no seu celular.
Lembrei do celular, pelo jeito era bem importante ter um.
–Ah, eu estou sem celular agora, na verdade, queria comprar um.
Ela pareceu surpresa.
–Mesmo eu que não sou uma grande fã da tecnologia, acho que ela nos afasta da natureza, entendo a importância de um celular – fez uma pausa – você tem dinheiro?
Dinheiro. Outra coisa muito importante que eu ainda tinha que achar um jeito de conseguir, minha cara me entregou.
–Tudo bem, vamos aproveitar que acordamos mais cedo que o necessário e passar no supermercado, estão com vagas para caixa – ela me analisou – quantos anos você tem mesmo?
–Dezoito. – ela sorriu, satisfeita.
–Então vai ser fácil, tenho dezessete, então acabou sendo mais complicado...tive sorte por eles estarem desesperados por alguém que fizesse horas extras.
Terminamos de comer, arrumamos a mesa e trocamos de roupa, logo estávamos na saída do prédio. Conversamos um pouco dentro do taxi.
–E você, Thea, está saindo com alguém?
Ela se surpreendeu com a pergunta.
–Não exatamente, quer dizer, de vez em quando eu saio e fico com alguém, mas não quero nada sério por enquanto. Quero focar em outras coisas primeiro.
Assenti com a cabeça, pelo menos fingindo entender, logo estávamos em frente ao supermercado, Thea pagou a corrida, e entramos.
–É por aqui – ela apontou para uma porta em que se lia “somente pessoa autorizada”
Ela bateu à porta, que foi aberta algum tempo depois, revelando um homem adulto alto de cabelos grisalhos e barba por fazer.
–Você não tem turnos hoje, Argyros – ele foi bem direto.
–Não se trata de mim, minha amiga, Layla – ela apontou para mim – está interessada na vaga de caixa.

Lúcifer POV
A casa na árvore de Aurore era realmente pequena, mas isso não impediu que todos se rendessem ao sono, muitos mesmo no chão, logo que entraram ali. Todos menos eu, tinha coisas mais importantes para fazer, precisávamos de um plano para amanhã.
Conhecia Alex, ele adorava fazer ameaças, mas nem sempre as cumpria de maneira muito eficaz. Se nos encontrasse no meio da rua sem nada melhor para fazer, era capaz de cumprir o prometido, mas fora isso, preferia ser cultuados pelos que o temiam e se divertir com humanas em festas aleatórias a fiscalizar cada canto da cidade em busca de “gente inferior”. Isso não mudava o fato de corrermos perigo e de existirem outros a que as ordens de Alex poderiam ser repassadas, esses que eu não conhecia e não sabia do que eram capazes.
Por sorte, tinha muitos contatos na cidade grande, incluindo vampiros que não se renderam aos luxos dos deuses. Eleanor Van Nellers, uma velha amiga, tinha seu próprio negócio no centro, um prédio, caindo aos pedaços para os outros, mas ótimo para os nossos. Lá, se abrigavam muitos fugitivos das florestas, em sua maioria vampiros, mas haviam alguns lobisomens traidores e poucos feiticeiros que se recusaram a obedecer aos deuses.
Com a ajuda de alguns feiticeiros, Eleanor conseguiu criar uma formula capaz de esconder a essência sobrenatural, dificultando nossa percepção pelos deuses e facilitando a vida dos fugitivos. Teríamos de ser muito discretos, mas iríamos até lá hoje pela manhã.
Já eram oito horas e Aurore foi a primeira a acordar, esfregando os olhos.
–Bom dia, princesa
Ela se levantou, se espreguiçando.
–Meu nome é Aurore, não Aurora.
Não tive tempo para mais comentários, logo Reece acordou, bocejando e olhando ao redor.
–É, ontem realmente não foi um pesadelo...
Sol era a única que continuava dormindo, não parecendo perto de despertar. Olhei o relógio, precisávamos partir.
–Temos um longo caminho pela frente, acordem a feiticeira, precisamos partir.
Reece se levantou e sacudiu Sol pelos ombros, que subitamente acordou, quase dando um tapa na cara do amigo, mas recobrando a consciência alguns segundos antes.
–Desculpa, Reece...reflexos.
Reece colocou a mão no rosto, aparentando pensar na dor que teria sentido e fazer uma anotação mental para ser mais cauteloso ao acordar a garota da próxima vez.
Dei uma risada abafada.
–Vamos, não temos tempo a perder!
– Para onde? – o feiticeiro disse, se levantando.
–Quando chegarem vão descobrir.
–Isso não é justo – Sol murmurou.
–Quanto menos souberem, menos chances tem de estragar tudo.
–E como sabemos se podemos confiar em você? – Reece parecia ter acordado de mau humor
–Vocês não tem escolha, tem que confiar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? próximo capítulo volta a ação ^^
Desculpa pelo atraso de 20 minutos para a Gabi Vidal hjsjah
Vejo vocês nos reviews!