Peter e a sociedade militar por Mariana Thomé escrita por Mariana T Morais


Capítulo 1
Capítulo 1




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Peter e a sociedade militar
Lá do fundo do esconderijo minha mãe me chama para almoçar, abro a porta do alçapão
e desço rapidamente ao seu encontro. Tenho uma profunda admiração por ela e seu
esforço para me proteger, mas você deve estar se perguntando, esconderijo? Proteger?
Como assim, qual é o perigo? Tudo ao seu tempo, agora tenho de almoçar.
Há cerca de 30 anos atrás o mundo possuía um cenário bem diferente, de certo modo,
apesar de alguns contratempos, as pessoas eram livres, e possuíam o direito de escolher
o caminho que sua vida iria tomar. Podiam montar suas famílias, escolher seus
empregos, suas recreações, tudo em uma sociedade de certo respeito mútuo, mas uma
ameaça surgiu das profundezas do Iraque e foram chamados de terroristas. Começaram
como um pequeno grupo de rebeldes mas aos poucos foram criando adeptos em todo o
globo. Praticando os chamados atentados, onde um dos adeptos matava a si mesmo e
outras milhares de pessoas em lugares públicos.
Aos poucos estes ataques foram tomando dimensões maiores, e então os governos
mundiais resolveram dar um basta a esse massacre, militarizando todos os menores de
18 (pois eram os principais a se tornarem adeptos) sem nenhuma descrição em colégios
internos, tirando dos pais o direito de criar seus filhos, o que causou uma enorme
repercussão e revolta, ocorreram milhares de protestos violentos, tornando necessário
tomar providências quanto aos adultos, assim todos se tornaram mecânicos e militares
em uma nova sociedade construída para evitar a matança, mas não perceberam que para
isso pagaram um preço muito alto, Um estado de espírito negado a humanidade, de todos
nós foi arrancada a liberdade. Meus pais e alguns outros resolveram se esconderem nos
arredores da cidade, em áreas afastadas no subterrâneo, nestes esconderijos, assim
somos considerados rebeldes, tão perigosos quanto os adeptos, devido a nossa rebeldia.
Meu pai morreu para que eu e minha mãe conseguíssemos nos esconder, então des que
nasci vivo aqui no esconderijo.

De Repente enquanto eu e minha mãe almoçamos escuto o som característico do carro
dos militares, em seguida passos sobre nosso teto, então corremos para os fundos, mas
desta vez, acharam a entrada do esconderijo, avisto uma espécie de arma, e sinto algo
me atingindo, e tudo passa a estar em câmera lenta, minha mãe grita, e lentamente vou
caindo em direção ao chão, então tudo se apaga.
Quando acordo logo me dou conta que estou no carro deles e provavelmente irei para um estabelecimento fazer um exame físico e psicológico, assim irão decidir meu destino. O carro para, e entramos em um grande prédio, só então me dou conta que estou algemado sendo conduzido pela parte de trás do pescoço, em seguida adentramos uma pequena sala com uma cadeira no centro e um espelho na frente, me sento nesta cadeira e então alguns eletrodos são ligados em minha cabeça, sinto uma dor de cabeça sem escalas, então abrem a porta e me retiram da sala novamente.
Pergunto ao guarda para aonde estão me levando e de imediato a resposta vem como um tapa em meu rosto, nunca imaginei como iria doer levar um tapa estando algemado. Novamente no carro e ainda com uma enorme dor de cabeça sou levado para o que me aparenta ser um dos colégios militares mas não me preocupo comigo e sim com o que ira acontecer com minha mãe, será que ela terá o mesmo fim que meu pai? ainda tenho esperança.
Adentramos ao colégio e uma grande mochila mi é entregue e o guarda me pede para abri-la e pegar uma folha retangular plastificada na qual estavam dezenas de regras de conduta e moral, em seguida ele me avisa que tudo que irei precisar para higiene, vestimenta e material de estudo está dentro da mochila e que tenho de decorar todas a regras do colégio.
A caminho de minha classe passo por uma sala da qual escuto gritos possivelmente de alunos da minha idade, na porta está escrito sala de punição, de repente paramos nesta porta e o guarda me diz -Se você desobedecer a qualquer regra , vai visitar está sala- então pro seguimos para a sala, com uma turma chamada B225 e entramos. Todos ficaram em posição de sentido, em seguida ele anunciou que o aluno 3627 passou a fazer parte da turma do professor Robson, logo apos o anuncio me sentei em uma carteira vaga ao lado de uma garota, e o guarda saiu. O professor me parecia ríspido e rígido, mas lentamente ele vinha em minha direção, parou e perguntou - qual é seu nome garoto?- Peter. Eu respondi, - peter você é filho de rebeldes. - sim professor.- Fique calmo, sou diferente dos outros. E então por incrível que pareça, entrei para a única das 987 turmas que possuía um professor amigável! Sorte? Coincidência? Talvez, mas isso me deixou muito satisfeito e esperançoso. Após a aula, enquanto eu procurava o armário que me pertencia a garota que estava sentada ao meu lado veio falar comigo e disse - Oi peter, me chamo sara, tudo bem?- Sim, oi prazer em conhecer sara!- Você me parece assustado, o que houve?- eu li nas regras de comportamento que toda violação das regras leva a sala de punição, o que acontece lá?- neste colégio há apenas uma punição peter, aplicada de formas diferentes, mas a mais terrível é arrancar completamente uma de suas unhas, mas se você for esperto saberá como evitar isso, estou aqui a 14 anos e nunca visitei essa sala.- Agora estou com mais medo ainda, sempre há alunos nessa sala?- Como você já ouviu você é o aluno 3927, então há muitos alunos nesta escola que podem possivelmente infringir as regras, você vai ficar bem, eu prometo, venha comigo, acho que sei onde fica seu armário.
Desta conversa em diante ganhei Sara como mais nova amiga, ela me ajudou a entender como o colégio funciona e a me dar bem nos conteúdos das aulas...


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