-Fique tranqüila – sussurrou Joseph no meu ouvido – Esse é só o primeiro de muitos.

Fiquei surpresa. Não podia estar ouvindo isso. Só podia ser um sonho.

-A propósito que fique claro que isso não é um sonho – disse ele numa voz de veludo sedutora.

-Quem me garante isso?

Ele me beijou novamente, com mais ternura, ardência.

Por favor, com mais um beijo desse eu desmorono.

-Joseph, pare, por favor – pedi - Não faça isso comigo.

Ele me olhou confuso.

-O que pretende me iludindo desse jeito? – perguntei –Não podemos ficar juntos, sabe disso!

-Tem certeza? – indagou ele com um leve sorriso no rosto – Acho que não há nada que nos impeça de ficarmos juntos.

-Ah não? – indaguei cética – Paula não conta pelo visto.

-Paula não é problema, esqueça-a – disse ele serio.

-Sabe que eu não posso – disse – Sabe que a realidade não nos deixa ficar juntos.

-Quer mesmo que tudo pare aqui?

-Quero e peço que entenda a minha decisão – responde sentindo uma pontada no coração por cada palavra.

-Fazerei isso então – disse ele numa voz dura

O olhei tristemente. Ele estendeu sua mão para mim, a peguei.

Estava meio gelada. Como Joseph mudava de humor rápido.

-Vou levar o Fiat – disse soltando sua mão

-Como quiser – disse ele se encaminhando para o outro Fiat da família.

Senti um choro se formar enquanto ia para o carro.

Droga de vida!