Civil War: Moon. escrita por Barbs


Capítulo 14
Beijo.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores! Como estão? Bom, esse domingo tá um tédio bem chatinho, então, resolvi postar um capítulo pra vocês se deliciarem! UHAUHAUHA
Espero que gostem.
Queria agradecer muitão os comentários, gente, cada comentário é um surto de felicidade meu, então, não parem! Eu amo ler o que vocês acharam, viu?! Obrigada ♥

Ps: entregaram meu banner de capítulo e quem ainda não viu dá uma passadinha no capítulo 11 e me digam o que acharam? Eu, honestamente, amei!
Beijão e bom capítulo!



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— Isso foi… – me afastei de Peter parando nosso beijo de uma única vez.

— Eu…  – ele gaguejava enquanto coçava a nuca visivelmente nervoso – Luna eu…

— Isso…

Ele me fitou sem entender, seu rosto já estava corado o suficiente para que eu pudesse afirmar que ele estava tão desconcertado quanto eu.

— Desculpa? – ele perguntou completamente confuso.

— Não – respondi de imediato sentindo meu rosto corar – não precisa pedir desculpas, é só…  –  fiz um a breve pausa respirando fundo – é complicado.

— Não, tudo bem – ele pigarreou batendo as mãos na calça – eu acho melhor eu ir. 

— Não, Pete – caminhei até ele ainda sentindo meu coração acelerado – não precisa de ir, eu só… Não é uma coisa minha, não posso falar.

— Relaxa – ele sorria se afastando – mesmo, eu não devia… Eu sei que Jullie…

— Você voltou! 

Assustei com o grito explosivo atrás de Peter que logo reconheci ser a voz de Jullie, ela sorriu para Peter o cumprimentando antes de correr em minha direção e quase me derrubar com um abraço forte. Assustada e completamente amedrontada, enquanto me sentia a pior pessoa do universo, tentei abraçá-la de volta fazendo de conta que estava tudo bem. Ela logo me soltou e eu sorria forçadamente a fitando enquanto tentava acalmar a mim mesma mentalmente.

— Você voltou! – ela bateu as mãos sorridente – fiquei preocupada com você, Luna! Você não respondeu minhas mensagens, não retornou as minhas ligações, pensei que algo tinha acontecido com você. 

Ri coçando a nuca percebendo que estava pegando uma das manias de Peter. O fitei onde ele sorria nervoso enquanto olhava para Jullie quem lhe contava sobre como tinha se preocupado comigo à toa e, ao mesmo tempo, pedia desculpas por tê-lo feito ficar preocupado também já que ela não conseguiu falar com outra pessoa a não ser ele. 

— Ele nem sabia onde você estava! – ela ria enquanto apontava para mim.

Eu estava visivelmente desconfortável com a atual situação, afinal, tinha acabado de beijar o garoto que minha melhor amiga gosta enquanto ela mostrava o quão feliz se mantinha por eu estar de volta depois de dois dias. Olhava para Peter, mas quando nossos olhares se encontravam eu mudava de direção para Jullie quem havia parado de falar e sorridente olhava para Peter e em seguida para mim percebendo que algo não estava certo. 

— Bem, eu já tava de saída mesmo – ele riu sem graça me fitando – então, te vejo por ai. 

— Espere – Julie o puxou pela manga da camisa – o que está acontecendo? 

— O que? – Peter perguntou me lançando um olhar e em seguida voltou a olhar para Jullie – não tem nada acontecendo. Por que teria algo acontecendo? – ele apontou para mim visivelmente nervoso - tem algo que eu não sei rolando, Luna? Acho que se tivesse algo rolando falaríamos não é? Tem algo...?

Balancei a cabeça negativamente forçando um sorriso – Não. Não tem nada rolando, não sei… O que foi, Jullie? 

Ela riu me fitando – Não sei, vocês dois estão estranhos. Estão escondendo algo de mim? 

Ela riu relaxada, e se fosse em qualquer outro momento eu riria tranquila a certificando de que ninguém estava escondendo nada dela, mas naquele momento eu me sentia ultra culpada por ter beijado Peter e, mais ainda por ter gostado. Gostado bastante.

— Tem algo que eu não possa saber? – ela cruzou os braços arqueando as sobrancelhas.

Eu e Peter nos entreolhamos, eu implorava mentalmente por seu auxílio porque não sabia mais o que falar com ela para tentar convencê-la de que estava tudo bem e nada tinha acontecido. Mas, ao mesmo tempo, achava mais do que justo ela saber o que realmente tinha acontecido enquanto aceitava as consequências. Não havia sido nem um pouco legal da minha parte e estar escondendo isso dela parecia ainda mais babaca. 

— Não tem nada que…

— Nós nos beijamos – interrompi Peter soltando a frase enquanto fitava Jullie.

— O que? – ela perguntou rindo.

Olhei para Peter quem se mantinha estático ao lado de Jullie quem, agora, me fitava sem seu sorriso largo. Meu coração estava acelerado novamente, mas por uma razão completamente diferente. Não suportava ver Jullie triste por coisas simples e saber que, naquele momento, eu havia machucado ela era ainda pior.

— Jullie, eu…

— Cala a boca – ela sussurrou me fitando e então virou-se em direção a Peter o fitando por poucos segundos. 

— Jullie, eu…

— Cala a boca! – ela berrou se virando em minha direção, sua respiração estava falha e eu podia dizer que ela queria chorar – eu disse para você calar a boca! 

E então se virou de costas me deixando completamente sem ação, ao mesmo tempo que queria correr até ela e pedir desculpas pensava em Peter no meio de tudo aquilo sem compreender. Se alguém pedisse para que eu me explicasse dizendo o porquê havia beijado Peter e gostado, simplesmente não saberia explicar, afinal foi algo que aconteceu, e quando percebi me afastei dele sendo puxada novamente e daquela vez não resisti, apenas aceitando o fato de que queria beijá-lo. E isso soava tão ruim quanto a sensação que estava sentindo. Como pude fazer isso com ela?

— Jullie, espera - andei em direção a porta enquanto ela saia em passos largos e rápidos de minha casa - sério, Julles, espera eu…

Ao chegar na porta a tornozeleira tremeu em uma intensidade ainda maior do que quando eu me aproximava da janela de meu quarto, com o susto repentino encostei-me na parede olhando para meu pé e ao ver a luz vermelha piscar intensamente, no meio da transparência da tornozeleira, bufei furiosa com tal situação: não poderia sair de casa para tentar pedir desculpas à minha melhor amiga, pois havia me tornado uma criminosa. 

— Puta que pa…

Senti a mão de Peter em meu ombro e virei-me para olhá-lo, também me sentia mal por tê-lo colocado naquela situação onde ele provavelmente estava confuso, mas, na verdade, eu quem fiquei completamente confusa.

— Vou atrás dela – ele disse com um pequeno sorriso...

— Não, você não entende – o fitei com os olhos marejados – ela… Merda! 

— Ela gosta de mim – Peter falou me fitando, mas desta vez sem seu sorriso amigável, foi quando percebi que ele também se sentia culpado pelo que tinha acabado de acontecer.

— Como você…? 

— Eu devo falar com ela, afinal, eu quem te beijei e…

— A culpa não é sua – falei bagunçando meu cabelo enquanto olhava para a rua – merda… Eu só… Merda.

— Eu meio que sempre soube – Peter colocou as mãos nos bolsos da calça enquanto andava em direção a porta aberta bem a minha frente – eu só sempre fui covarde pra dizer que não era recíproco. 

O fitei sem responder, não sabia o que lhe dizer e a culpa estava bem clara em seu rosto, mas não tanto quanto no meu onde eu me segurava para não cair aos prantos mais uma vez. 

— Pelo menos não com ela – ele levou uma mão a sua nuca enquanto desviava o olhar do meu – vou falar com ela – ele apontou para meu pé rindo forçado enquanto seu rosto ficava cada vez mais vermelho – não é como se você pudesse ir a algum lugar mesmo. 

Ele então lançou um fraco sorriso e saiu de cabeça baixa em direção à casa de Jullie, apenas permaneci parada na porta o fitando caminhar até a porta da casa dela, ele ficou um tempo parado em frente a porta da casa de Jullie após bater dando duas breves batidas fortes. Ele entrou e eu não conseguia mais ouvir sua voz ou a de quem quer que tenha atendido e não sabia explicar porque, afinal, se eu conseguia ouvir meu pai brigar ao telefone da esquina de minha rua ouvir Jullie e Peter conversarem não era um problema. Mas de certo modo era melhor assim, afinal, era a conversa de ambos e eu não deveria dar uma de curiosa e me meter.

Novamente, assustei com o barulho estridente do telefone tocando, caminhei até o sofá o pegando na mesinha de vidro ao seu lado, atendi escutando uma voz levemente conhecida do outro lado da linha.

— Quem fala? – perguntei quando perguntou se eu estava.

— Aparentemente você está em casa. É o Stark. 

Não respondi, apenas esperei que ele falasse algo e ele logo veio com uma piadinha.

— Bem quieta ultimamente, mas tudo bem. Estou ligando pra avisar que não poderei ir a sua casa hoje, mas estou enviando alguém de confiança para lhe apresentar o acordo. 

— Certo.

— Conversarei com você depois pra saber se tem alguma preferência ou cláusula pro acordo. Quero que saiba que estou do seu lado e que não guardei mágoas. 

— Devo agradecer? – perguntei olhando na direção da porta quando a mesma fez um estalo e se abriu mostrando meu pai entrando em casa com algumas sacolas em mãos. 

— Não à mim. Mas Peter. Eu prometi que tudo se ajeitaria pra você e isso é o que estou tentando fazer, mas preciso que confie em mim.

— Não confio – respondi de imediato.

— Certo, então teremos momentos difíceis – ele pigarreou – tenho que ir. Entro em contato em breve. 

— Tchau. 

Desliguei o telefone e meu pai me encarou como quem quisesse saber quem era, apenas o ignorei subindo as escadas para meu quarto sem conseguir parar de pensar em Jullie e no quanto eu queria lhe implorar perdão e dizer que o beijo entre Peter e eu não voltaria a acontecer. Queria abraçar ela e pedir desculpas por ter sido tão traíra. Estava me sentindo a pior pessoa do universo, e mesmo que não houvesse justificativa alguma para o que fiz, não sabia explicar como tudo aconteceu, de onde surgiu a vontade de beijar Peter e de deixar acontecer enquanto eu gostava e aproveitava o momento do beijo.

Sequer tinha pensado em Peter daquela maneira, jamais tinha desejado beijá-lo ou qualquer coisa do tipo, apenas reparava em sua beleza, mas nada demais, então estava tão assustada quanto culpada. E quando vinha a imagem de Jullie me mandando calar a boca meu coração doía de modo que eu me sentia realmente mal por dentro, que tipo de amiga eu sou? A pior do universo, claro. Havia beijado o menino que ela estava gostando e investindo seriamente e não tive escrúpulos para parar quando tive a oportunidade. 

Não culpava Peter, nem sentia raiva dele ou qualquer coisa. Nada tinha mudado entre nós, pelo menos de minha parte. Obviamente estava confusa porque não sabia o que aquilo significava para mim ou para ele, mas não estava furiosa, ele não tinha culpa. A maior culpada de todas era eu e isso não ia mudar, talvez fosse algo que me assombraria por um bom tempo, especialmente por não poder ir atrás de Jullie. Ela, com certeza, deve estar pensando que não estou me importando sobre como ela se sente já que não tive a chance de pedir desculpas ou ir atrás dela em sua casa. 

— Droga! – resmunguei enfiando o dedo indicador entre meu tornozelo e a tornozeleira enquanto a puxava levemente para o lado e ela sequer se movia. 
Andei em direção a cômoda pegando meu celular e mandando mensagem para Jullie, mandei uma, duas, três, quatro e em todas pedia desculpas pelo que tinha feito, e eu realmente sentia muito. 

— Luna – a porta de meu quarto abriu indicando que meu pai me chamava – estão te esperando lá embaixo.

De imediato pensei que era Jullie, mas quando perguntei a meu pai quem era e ele disse que era a representante de Tony Stark do governo, desci um pouco mais devagar porque, honestamente, não estava a fim de encarar um acordo naquele momento. Ou em momento algum, mas especialmente naquele onde minha cabeça estava apenas em Jullie e em como ela devia estar se sentindo. 

— Senhorita Cabbot – uma mulher de cabelos curtos estendeu a mão direita em minha direção – olá, meu nome é Gabriella Flowers e estou aqui para conversar com você sobre o acordo ofertado.

— Oi – resmunguei estendendo a mão em sua direção. 

— Por favor, vamos conversar na sala – meu pai, todo simpático, apontou em direção ao sofá de casa sorrindo.

A mulher assentiu em silêncio forçando um sorriso como agradecimento, fui logo atrás dela e de meu pai sentando no sofá menor enquanto a observava sentar no sofá de três lugares ao lado de meu pai, ela retirava uma pasta de sua bolsa e então a colocou em cima da mesa de centro que ficava em frente aos sofás.

— Luna Cabbot, o Senhor Stark sente muito por não poder comparecer, mas ele teve alguns problemas pessoais e estará presente assim que possível – ela esfregou uma mão na outra me fitando.

— É – falei emburrada – ele ligou.

— Você aceita alguma coisa? – meu pai perguntou a fitando com um fraco sorriso.

Ela virou o rosto para fitá-lo – Obrigada.

— Podemos ir direto ao ponto? – perguntei cruzando os braços.

— Luna... – meu pai me advertiu.

— Claro – Gabriella assentiu pegando de volta a pasta e abrindo-a enquanto meu pai me fitava nervoso devido à meu imenso desinteresse no assunto. Mas ele não entendia o que aquilo significava, o quanto eu me sentia ofendida por estar naquela situação – preciso que confirme algumas informações sobre você.

— Certo – assenti.

— Seu nome completo é Luna Morais Cabbot – ela iniciou com o básico – tem quinze anos e está sob guarda do pai, americano, de nome Harrison Peters, trinta e nove anos, divorciado, natural dos Estados Unidos da América.

Ela me lançou um olhar esperando minha confirmação – Correto.

— Há cerca de nove meses você alterou seu nome juridicamente deixando de se chamar Diana Morais Peters e se tornando Luna Morais Cabbot.

Mais um olhar e demorei um tempo para confirmar, como eles sabiam disso? Assenti em silêncio, e balançando a cabeça positivamente, fazendo com que ela voltasse a olhar para seu papel.

— Morou no Brasil por dez anos com a avó Márcia Morais Santos Penha e a mãe, já falecida, Leona Morais Penha. Aos oito foi acusada de cegar um garoto, Marcos Ferreira Do Valle, acidentalmente com seus poderes.

Assenti, mais uma vez em silêncio, apenas balançando a cabeça positivamente enquanto me olhava fixamente, ela prosseguiu:

— Aos treze foi internada em uma clínica psiquiátrica de saúde mental, ainda no Brasil, de nome “Viver Bem”, por transtorno dissociativo de identidade e transtorno afetivo bipolar.

— Vocês fizeram o dever de casa – sorri forçada quando ela me olhou – tá certinho.

 Ela tornou a abaixar a cabeça para as informações na pasta – Mudou-se para o Queens há sete meses, é estudante da escola Midtown, também no Queens, e está no penúltimo ano.

Balancei a cabeça arqueando as sobrancelhas entediada.

— Ótimo. Podemos prosseguir – ela virou a página.

— Ótimo – resmunguei bufando.

— Luna Cabbot, você está sendo acusada de conspiração contra o governo ao lado de Steven Grant Rogers, James Buchanan Barnes, Samuel Thomas Wilson, Scott Edward Harris Lang, Wanda Maximoff, Clinton Francis Barton e Natasha Alianovna Romanoff.

— Natasha? – descruzei os braços a interrompendo – Por que ela? Ela estava do lado de Stark o tempo todo, o que ela...

— Não sou permitida a falar sobre outra coisa a não ser você e o acordo – ela me interrompeu ríspida levantando o olhar até mim novamente.

Fiquei em silêncio mais uma vez a fitando enquanto pensava no que a Natasha tinha feito para, agora, ser uma criminosa também procurada.

— O Governo, ao lado de Anthony Edward Stark, está disposto a oferecer um Acordo para você, em troca de algumas condições. Está disposta à ouvi-lo?

Olhei para meu pai antes de responder. Gostaria de soltar um sonoro “não”, mas por pensar apenas em mim que me encontrava na atual situação onde fiz meu pai passar por alguns bons bocados relacionado a preocupação e outras sensações. Respirei fundo fechando os olhos e completamente desconfortável respondi:

— Sim.

Ela então começou a falar do acordo após, novamente, virar a página – Daremos cerca de dois dias para a resposta definitiva e análise do Acordo antes das assinaturas, você não tem direito à um advogado e caso você negue o Acordo irá para a prisão de máxima segurança onde todos os foras da lei estão sendo mantidos.

— Ela tem apenas quinze anos – meu pai a fitou desviando o olhar de meu rosto – ela não pode ir presa e advogado é um direito...

— Não neste caso, senhor Peters. Sua filha foi acusada de conspiração contra o governo e estava ciente do que estava fazendo e de suas escolhas – ela olhou para meu pai – considere um milagre ela estar tendo uma segunda chance.

— O que é o certo para todos, não?

Ela não respondeu minha pergunta, apenas prosseguiu falando do Acordo – O Acordo não tem muitas restrições e é irreversível, uma vez aceito e quebrado você se tornará, oficialmente, uma prisioneira do Estado. A primeira condição para que você fique em liberdade condicional é de jamais tirar a tornozeleira ou sequer tentar, ela contém um receptor que reconhece quando há tentativa de retirada, um sinal é mandado para nós e, imediatamente, uma carga alta o suficiente é ativada para lhe deixar inconsciente.

Soltei uma risada a fitando. Ela me fitava séria e então perguntou:

— Contei alguma piada?

Apontei em sua direção – Esta não foi uma?

— Luna! – meu pai mais uma vez me advertiu.

— Não – ela respondeu o ignorando – se eu puder continuar com meu trabalho para poder ir para a minha casa após nossa pequena conversa, ficaria muito grata.

A fitei em silêncio, levantei as mãos deixando-a prosseguir e assim ela o fez:

— A tornozeleira possui um GPS que nos mostra sua localização vinte e quatro horas por dia, você tem uma distância máxima que consistirá em sua casa até Midtown High School de sete da manhã até seis da tarde, qualquer distância transpassada ou hora excedida um sinal será enviado para o centro de comando onde sua prisão será decretada imediatamente, as câmeras e os áudios serão ligados de modo que nos inteiremos de onde se encontra e o que faz.

— Isso tem uma câmera e microfones? – perguntei erguendo a perna enquanto fitava a tornozeleira com a luz verde.

— Sim, mas permanecem desligados, estes dispositivos apenas são ligados neste caso que acabei de citar – ela respondeu sem tirar os olhos de mim, virou a página mais uma vez – o uso de seus poderes ativa, imediatamente, uma carga elétrica de média intensidade que, caso permaneça em contato com seu corpo por muito tempo, pode lhe deixar inconsciente.

— Vocês gostam dessa coisa de deixar inconsciente, não é? – debochei sorrindo – eu pude perceber que a tornezeleira eletrocuta.

— Bom, – ela disse – você só poderá fazer uso de seus poderes com a permissão do Secretário ou de Tony Stark quem são os únicos capazes de desativar a tornozeleira caso necessário.

— Ótimo! – ri, mais uma vez, debochada – deixe-me adivinhar: vocês me dirão quando eu posso usar meus poderes ou não, certo?

— Correto.

— Isso faz parte do outro Acordo.

— E agora deste – ela limpou a garganta pigarreando e prosseguindo – todo e qualquer contato, direto ou indireto, com quaisquer dos nomes citados mais cedo será encarado como cumplicidade e, imediatamente, será enviada para a cadeia.

— Nada disso será necessário – meu pai ficou de pé sorrindo sem graça.

— Será ótimo, senhor Peters – a mulher o fitou ficando de pé após fechar sua pasta, virou-se para mim segurando um chumaço de papeis em mãos – dentro de trinta minutos após minha saída daqui a tornozeleira ficará roxa por dez minutos, neste tempo ela estará sendo coordenada com a localização atual e as novas distâncias: você só pode ir para Midtown High School, a partir das sete da manhã até seis da noite, dado este horário você deverá estar em casa sem autorização para sair novamente.

— Certo – fiquei de pé balançando a cabeça positivamente – posso fazer uma observação?

— Sim – ela respondeu séria como sempre.

— Por que você está me dizendo tudo isso como se eu fosse aceitar o acordo?

— Porque quem assina o acordo, em seu nome, é seu pai – ela deu um pequeno sorriso – você tem quinze anos, não responde por si mesma.

— O que? – perguntei assustada – não! Claro que não!

— Luna... – meu pai andou em minha direção.

— Deixe-o fora disso! – berrei furiosa indo na direção da mulher, porém fui segurada por meu pai, a mulher já se dirigia a porta com um fraco sorriso nos lábios – deixe-o fora disso! Ele não tem culpa de nada! Deixe ele fora disso! Você me ouviu? Deixe ele fora disso!

A mulher parou com a mão na maçaneta da porta de vidro virando-se em minha direção – Você devia ter pensado mais ao invés de escolher o lado errado.


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Notas finais do capítulo

Eita. Bom, esse capítulo foi cheio de feels né? Podem falar. Falei que as coisas iam dar uma piorada, mas não se preocupem porque não é por muito tempo. Espero que tenham gostado, me digam o que acharam viu?!
Beijão!



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