Escola para pessoas especiais escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 8
Um mundo diferente




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P.O.V. Collin Cooper.

Saber que bruxas, vampiros, sereias, lobisomens, híbridos e mutantes existem é muito irado. E as bruxas vampiras da família Original vão vir estudar na nossa escola.

Quando elas chegaram foi o maior furdunço e elas não gostaram muito não.

—Silêncio! 

O povo todo se calou.

—Graças á Deus. Porque tanto barulho? Já é irritante ter que ler os pensamentos de tanta gente ao mesmo tempo e vocês ainda fazem todo esse alarde. 

O barulho recomeçou.

—Silêncio! Um de cada vez. Parecem animais.

—Pode mesmo ler nossos pensamentos?

—Eu posso ser muita coisa, mas eu não sou mentirosa. Então, sim posso mesmo ler seus pensamentos.

Elas entraram na escola e uma menina levou uma rasteira do capitão do time de futebol, mas ela não caiu. Uma força a segurou e a recolocou de pé novamente. Beatrice passou a mão por sob o local onde os livros estavam caídos e os recolheu com o poder da mente.

—Tome.

—Obrigado. 

—De nada. E quanto a você Carter Cooper, você se acha tão importante, mas vou te contar um segredo daqui á alguns anos você vai ser zelador desse prédio e Alex vai ser diretora de uma multinacional famosa. A verdade é que todos até mesmo os seus amigos te acham um idiota. É isso que as pessoas pensam de você.

—Você é uma criação do diabo.

—Cuidado com o que fala. Nomes tem poder. Mais do que imagina, pateta. Pateta. Pateta! Carter pateta! 

A multidão começou a gritar em coro Carter Pateta.

—Para com isso. Parem! Parem agora!

—Basta. Não é tão engraçado quando é com a gente. Não concorda?

Ela fez o meu irmão metido chorar como um bebê.

—Lembre-se do que sentiu nesse momento toda vez que pensar em dar um apelido ou fazer bullying com alguém. Pense em como se sentiu.

Ela veio até mim e disse:

—Vocês não são irmãos. Não de sangue. Prazer, meu nome é Beatrice Cullen Mikaelson.

Ela me estendeu a mão.

—Sou Collin Cooper.

—Não. Você é Collin Jackson e tem um irmão gêmeo e poderes. Filho de Poseidon.

—O que?

—Você não sabia? Ainda não desenvolveu nenhum poder?

—Não, bom ás vezes posso jurar que faço a água se mexer.

—Filho de Poseidon. 

—Poseidon o Deus Grego dos mares?

—Sim. Você é um semi deus, um ser sobrenatural.

—Sou um ser sobrenatural. 

Eu me sentei. Estava em choque.

—Como descobriu? Como você sabia?

—Primeiro, conheço seu irmão gêmeo e segundo eu senti o seu cheiro. É diferente do dos humanos.

—Meu cheiro?

—O cheiro do sangue. Você tem magia no seu sangue, ela corre por suas veias e te torna sobrenatural.

—Sente o cheiro do sangue das pessoas?

—Eu sou metade vampira. O sangue me atrai acima de todas as outras coisas. Embora não seja a única coisa que me atraia e nem que me interesse, de nada adianta seu sangue ter um cheiro gostoso e o seu caráter ser podre. Gente que tem o sangue cheiroso e o caráter podre... vira comida.

—É piada certo?

—Não.

—Não é uma ameaça?

—Não! É a verdade. Eu não minto, nunca e isso me torna meio irritante. Porque muitas vezes a verdade dói. Mas, mentir não é certo e existe uma grande diferença entre mentir e omitir. Caramba, os olhos são diferentes, a cor. Seus olhos são de um azul mais suave, os do Percy são mais claros porém mais intensos.

Assim que eu cheguei em casa, meus pais vieram nos receber como sempre.

—Como foi a escola hoje?

—Horrível.

—Incrível!

—Epa. O que tá acontecendo?

—Eu tenho uma pergunta.

—Pergunte filho.

—Sou adotado? Sou gêmeo?

—Collin...

—Sou. Vocês nunca me contaram, mentiram pra mim minha vida toda. 

—Filho...

—Eu sempre me senti diferente, sempre me senti fora de contexto. Vocês sempre tiveram mais zelo comigo, sempre me trataram como se eu fosse um Deus e agora entendo porque. Eu sou metade Deus, mais sou metade humano também. Porque nunca me deixaram entrar no futebol? Não queria que eu roubasse o momento do filhinho de vocês?!

—Collin! Nunca te deixamos entrar porque sua força é maior que a de uma pessoa normal, porque seus reflexos são inumanos e futebol é um esporte de contato é extremamente violento e em situações de perigo você muda filho é como se o seu corpo fosse tomado. Me lembro de quando você e seu irmão estavam brincando, brincadeira de mão, coisa de menino. Você ficou agressivo, parecia que tava possuído, os esguichos do jardim ficaram loucos, assim como a mangueira, as torneiras, a lava louça, a máquina de lavar roupa, começou a formar tempo de chuva e você quase matou seu irmão. O Carter passou dois meses na UTI. E parecia que aquilo tava crescendo junto com você, dentro de você. E com o tempo percebemos que você precisava de algo que lhe ajudasse a controlar essa coisa, esse poder. Por isso colocamos você no karatê e você quase matou as crianças, o Sensei te expulsou lembra?

—Sim. Mas, eu não sei porque. Eu era o melhor! Eu derrotava todo mundo!

—Você deixava o seu oponente á beira da morte meu filho! É um milagre não ter matado alguém até hoje! Tem que entender que não é fácil sermos pais de um filho extraordinário, mas fizemos o melhor que pudemos com o que tínhamos.

—Não importa que eu seja adotado, meio Deus e gêmeo. Vocês sempre serão meus pais. Emma e Killiam Cooper.

Nos abraçamos.

—Como descobriu? Você o viu na televisão não é?

—Vi quem?

—Seu irmão gêmeo. O Percy.

—Não. Foi a Beatrice, ela me contou, ela descobriu. Vocês iam me contar algum dia não iam?

Silêncio.

—Não iam?!

—Querido, seu pai te trouxe até nós e ordenou que nós nunca lhe contássemos nada. Que se a gente contasse, ele ia nos afogar. Ele queria lhe proteger e como seu pai e eu rezamos muito por um filho, concordamos isso e porque se afogar é ruim.

—Isso é sério?

—É. Ele fez alguma coisa na casa e em você naquele dia, para que os outros Deuses não lhe encontrassem, para que nada que quisesse te matar te encontrasse. Ele chamou de sigilo enoquiano e só quando fizemos uma radiografia em você descobrimos o que era.

—E o que era?

—Você tem alguma coisa uma espécie de escrita que agora sabendo de tudo o que eu sei, desconfio que seja um feitiço, alguma forma de proteção gravado nas suas costelas. Eu nem faço ideia de que língua é aquela, mas não importa, essa coisa que ele fez protege você.

—Você tem a radiografia ainda?

—Tenho.

—Posso ver?

—Vai lá buscar querido.

Quando ele voltou a com a radiografia na mão eu li o que tava escrito sem problema.

—Com essa marca eu afasto todo e qualquer ser que deseje mal ao meu filho e o oculto do mundo, impeço que lhe façam mal. Eu Poseidon, Rei dos Mares marco meu filho e com esta marca nada que o deseje ferir ou matar jamais o encontrará.

—O que é isso?

—É o que tá escrito.

 

—Conseguiu ler? Que língua é essa meu filho?

—Eu não sei. Mas, acho que ela vai saber.

—Ela quem?

—Beatrice.

No outro dia na escola ela já respondeu antes mesmo de eu perguntar:

—É grego antigo. Aramaico pra ser mais exata, é o grego antes do grego. É um feitiço extremamente poderoso e foi feito com muita perícia. Quem fez isso em você sabia exatamente o que estava fazendo.

—Foi o meu pai.

—Isso não faz sentido, ele é um Deus não um feiticeiro. Poseidon é um Deus, não sabia que Deuses faziam magia. Mas, pra sua sorte eu sei que toda a magia deixa rastro e cada feitiço é único.

—Consegue descobrir quem fez isso em mim?

—Posso tentar. Mas, eu não prometo nada.


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