Eu achei que tinha sido machucado antes
Mas nunca ninguém me deixou tão ferido
Suas palavras cortam mais do que facas
Agora preciso de alguém para me trazer a vida
Sinto que estou afundando
Mas eu sei que conseguirei sair vivo
Se eu parar de chama-la de meu amor
E seguir em frente

Stitches - Shawn Mendes

Pov  Kile

Acordo com o som do despertador. Olho para o relógio, 6:00 da manhã. Me viro na cama e afundo o rosto no travesseiro e resmungo palavras sem sentido. Você deve está se perguntando quem é esse, que está resmungando ás seis da manhã? Bom, eu me chamo Kile Tames, eu sei a pronúncia é horrorosa, mas é melhor do que usar o nome daquele homem que se diz meu pai. Tenho 21 anos, moro com a minha mãe. Ela é unica pessoa que é sangue do meu sangue. Você deve está se perguntando, mas e o seu pai? A única coisa que sei dele, é que ele é milionário, dono de uma empresa de advocacia e que abandonou a minha mãe quando ela estava grávida de mim. A minha mãe nunca me disse isso, mas eu presumi que sim. O nome do homem que engravidou a minha mãe é: Carter Woodwork.

Bom é melhor eu levantar logo, senão vou me atrasar para a faculdade, estou cursando direito, um pouco irônico, já que o meu " pai" é dono de uma empresa de advocacia. Mas eu quero terminar a minha faculdade, me formar, e ser um advogado reconhecido, para poder casar com a minha Eadyzinha. Eu sou apaixonado por ela desde os onze, e ela diz que só posso casar com ela, se eu me formar, e ficar rico. No fundo eu sei que ela também me ama. 

Levanto da cama e vou em em direção ao banheiro, tomo banho, escovo os dentes, depois volto para o quarto me visto, e saio. Vou para a cozinha, minha mãe já está lá. Seus cabelos loiros estão presos em um rabo de cavalo, veste um calça jeans e uma blusa simples de manga. Tenho vontade de me superar não só pela Eady, mas pela a minha mãe também ela já se sacrificou tanto por mim,  que esse é o mínimo que eu posso fazer por ela. Vou até ela e lhe dou um beijo na bochecha, e ela se vira para mim com um lindo sorriso.

— Bom dia - diz ainda sorrindo, uma qualidade que eu admiro muito na minha mãe não importa o quanto as coisas estejam ruins ela sempre está sorrindo, e com esse jeito alegre dela.

— Bom dia, mãe - digo, me sentando a mesa.

— Como está indo a faculdade? - pergunta, se sentando também.

— Ah, eu fiz uma prova, e se eu passar posso pular alguns períodos na faculdade. - digo, sorrindo.

— Como assim? - minha mãe pergunta confusa.

— Bom, eles disseram para mim fazer a prova e se eu passar, pulo alguns períodos, ou seja se eu iria me formar daqui a uns dois, três anos, se eu passar na prova me formo no máximo daqui a alguns meses.

— Isso é possível? - ela pergunta, espantada.

— Acho que sim. E o mais estranho é que eu fui o único da faculdade inteira a fazer essa prova. O que eu achei super estranho.

Depois que eu falei isso, a expressão da minha mãe ficou estranha e pensativa, e ela engoliu em seco. Ela fitava o nada como se estivesse vendo algo invisível para mim. Ela ficou assim por mais alguns segundos, até se virar para mim com um sorriso no rosto, que para qualquer outro poderia parecer um sorriso feliz, mas para mim que a conheço melhor do que ninguém sei que na verdade é  um sorriso triste.  Apesar de eu não saber o porque dela ficar triste.

— Já recebeu o resultado? - perguntou.

— Vou receber hoje - disse, ainda suspeitando do seu modo de agir.

— Boa sorte, querido. Eu sei que você vai passar, você merece - disse, pegando a minha mão.

— Bom, eu tenho que ir. Tchau. - dei um beijo em sua testa e sair.

Sair de casa, e fui direto para casa dos meus vizinhos. Era lá que morava a minha Eady, apesar dela não ser exatamente minha. Bati na porta e logo em seguida ela se abriu, revelando o amor da minha vida. Eadlyn. Ela estava com uma saia jeans, que eu julgava ser curta demais , uma blusa de alcinha, seus cabelos pretos estavam soltos, e seus olhos castanhos brilhavam.

— Ah é você - disse parecendo decepcionada. - O que você quer?

— Seu irmão está? - pergunto sorrindo.

— Sim - disse, revirando os olhos.

Ela abriu passagem para mim e logo entrei na casa, enquanto me virava para ela a tempo de vê-la fechar a porta, não aguentei e a agarrei.

Pov Eadlyn

Acordei cedo hoje o que é um milagre, levantei da cama tomei um banho e me vesti. A água estava gelada, e fiquei morrendo de frio, não via a hora de sair desse fim de mundo e me casar com um homem rico, e ser tratada como rainha. Moro com o meu irmão mais velho. Ahren. Sou orfã, meu pais morreram em um acidente de carro, e desde então só tenho o meu irmão. Tenho 19 anos, e uso essa juventude e beleza para ver se conquisto um homem novo, rico e bonito. Devo está parecendo muito exigente, mas tem que ser assim mesmo. Alguém bate na porta e vou ver quem é esse cristão que bate na porta das pessoas a essa hora. Abro a porta e me deparo com cabelos castanhos bagunçados e olhos verdes. Kile.

— Ah é você - digo decepcionada. - O que você quer?

— Seu irmão está? - pergunta sorrindo, o sorriso dele até que é bonito.

— Sim - digo revirando os olhos, por perguntar pelo meu irmão.

Saio do caminho para que ele possa entra na casa, fecho a porta e quando vou me virar para chamar Ahren sou agarrada e pressionada na parede, pelo Kile. Nem tenho chance de falar nada, pois logo seus lábios macios estão pressionando os meus. Coloco os braços e volta do seu pescoço, enquanto ele coloca suas mãos na minha cintura. Sua língua invade a minha boca e explora cada pedacinho dela, depois morde meu lábio inferior, arrepiando cada pedacinho do meu corpo.

— Isso...foi...intenso - Kile fala entre beijos. 

— Verdade - digo me separando dele - Mas já sabe o nosso combinado, fique rico primeiro, depois eu te dou uma chance.

— Eady... - ele tenta argumentar, mas eu o interrompo.

— Kile, você sabe que eu quero sair desse lugar e se eu ficar com você, eu nunca vou sair daqui. Então fique rico antes de qualquer coisa.

Dou as costas para ele, e vou chamar Ahren sem olhar para trás. Depois de chamar meu irmão, ele disse que já vai ,eu volto para sala. Encontro Kile, no mesmo lugar onde deixei, só que agora está com a cabeça baixa. Me aproximo dele devagar, fazendo com que ele não sinta minha presença. Eu sei que ele pode está triste, mas eu sei o que quero para minha vida e não é me casar com alguém que não tem onde cair morto. Quero ser rica, morar numa mansão, ter muitos empregados. Quero jóias, um closet, cheio de roupas, sapatos, bolsas, tudo da marca mais cara. Cartão de crédito sem limite. Quero ter tudo isso, e para conseguir não medirei esforços. Não importa por cima de quem tenha que passar.