Patrick escrita por Cold


Capítulo 2
A Pescaria


Notas iniciais do capítulo

Este é o segundo capítulo da nossa história... Juro que no próximo o Patrick vai aparecer!



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—Pescaria, Perebinha!-gritou Fernando, batendo na porta do meu quarto, como se fosse um “Bom Dia!”.

Todos estavam sentados numa mesa de madeira no gramado da casa comendo pão com queijo feito lá mesmo e tomando leite com café. Não sei se era fome, mas tudo o que Cida fazia era muito gostoso.

Meus irmãos corriam em volta da mesa vestindo blusas xadrez e botas. Minha mãe e meu pai estavam caracterizados basicamente da mesma forma.

—Aqui-disse minha mãe, me entregando um par de galochas vermelhas.

Vesti-as com alegria; sempre gostei de galochas.

Assim que terminamos a refeição, o barão nos guiou até a represa, carregando uma vara de pesca e um balde cheio de minhocas vivas. Caio e Gustavo mantinham uma considerável distância das minhocas.

Nos sentamos em uma extremidade da represa em silencio. Meu pai e minha mãe revezavam com a única vara que tínhamos e meus irmãos corriam como loucos. Fernando andava devagar e  ia rastejando a linha pela água.

—Tem que fazer os peixes pensarem que a isca está viva-disse ele e depois gargalhou.

Ri com ele, mas de repente ele parou e tapou minha boca a mão suja de terra de minhoca.

—Olhe, olhe!

Um peixe nadava calmamente na direção do anzol. Fernando continuava a puxar a linha.

E NHAC!

Ele abocanhou. O barão puxou o peixe para fora da agua e em seguida o colocou em um balde.

—Venha, tente-disse ele, me entregando a vara de pesca. Em seguida saiu e se sentou ao lado de meu pai que praticamente dormia em seu posto de espera.

Tentei fazer o mesmo processo de pescaria que Fernando, mas depois de um tempo simplesmente parei de pé e olhei a mata que estava na outra margem. Por um instante pensei ter visto um vulto em meio as arvores. Me sentei e fitei a agua escura. Pescar não era tão divertido quanto eu pensava. Prendi a vara no chão, mas a linha continuava na água.

—Então?-perguntou o barão.

—Nada-respondi, desanimada.

—Bem, seu pai pescou um lambari. Acho que só vai dar para um ou dois pratos.

Me levantei e já ia em direção aos meus pais quando Fernando gargalhou. Olhei para trás.

—O que foi?

Ele olhava o anzol e ainda ria.

—Seria de grande ajuda se você tivesse colocado uma isca no anzol-disse ele e gargalhou.

Balancei a cabeça, indignada comigo mesma e segui para o casarão, deixando o barão com suas incessantes risadas.


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