Marriage escrita por Tsuki


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!

Depois de anos eu decidi aplacar meu excesso de tempo com uma fanfic que tenho querendo escrever a muito tempo.

Ela é baseada em uma história real. São fatos que eu tive o prazer/desprazer de acompanhar e aprender muito de perto.

Espero que relevem qualquer erro gramático, já que eu não escrevo a muuuuuito tempo e não revisei direito.

Boa leitura ♥



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Suas mãos ergueram o quadril da mulher a sua frente para consumar o que ambos já ansiavam desde o início da noite. Com o ventre virado pro colchão e o rosto quase enterrado entre os travesseiros e a cabeceira decorada, sentiu rapidamente o membro do marido roçar na intimidade como uma leve brincadeira antes de entrar por completo sem cerimônias.

O moreno soltava suspiros contidos enquanto se movimentava freneticamente na intimidade de Sakura. Como se seu orgulho aonde não permitisse que se soltasse por completo na cama com sua própria esposa. Mas ela sabia que a forma como ele tratava tudo aquilo deixava tudo mais gostoso e envolvente.

Oh, ele sabia exatamente como se movimentar e acertar em cheio seu ponto mais sensível

A mente da rosada estava completamente nublada  com o movimento de vem e vai que Sasuke fazia atrás de si. Ora lenta e profunda, ora frenético e ansioso.

Naquela noite eles faziam quinze anos de casados, sua Bodas de Cristal. Sasuke havia retornado de mais uma de suas longas expedições pelo mundo enquanto a rosada permanecia em Konoha se dedicando interinamente em criar e educar Sarada e em vingar todo treinamento árduo que Tsunade lhe forneceu em toda sua adolescência.

Apesar das palavras sujas e dos comentários maldosos por toda vizinhança, Sasuke sempre se manteve noticiado sobre o crescimento de sua primogênita, seus feitos e suas conquistas, deixando claro e em poucas palavras o quanto se orgulhava da pequena e quanto sentia falta do calor de sua casa.

Aos amigos mais próximos, eles eram verdadeiros amantes tanto quanto estavam perto quanto longe. Naruto sempre enfatizava em algumas noitadas o quanto se sentia feliz de Sakura não mais amar pelos dois, mas que Sasuke havia aprendido algo no pouco tempo de casado antes de Sakura anunciar pra si a primeira gravidez.

Mas nem tudo era realmente flores. Nem todo casamento era e nunca seria. A distância era algo cruel e agonizante, não só quando chegava em casa depois de um longo plantão quanto os momentos ruins em que sentia seu coração se apertar até que todas as lágrimas se esvaísse para o exterior de seu corpo.

Sarada deveria ter a irmã mais velha de três crianças.

Só a rosada e sua fiel escudeira, Ino sabiam desse fato. Sasuke e Sakura se embrenhavam na cama como se não houvesse amanhecer nos poucos intervalos que ele tinha na vila, intervalos e coincidentemente batiam com seu período de fertilidade.

O moreno não tinha conhecimento de nenhum dos três abortos espontâneos que a esposa tivera enquanto viajava, apenas do primeiro antes de Sarada.

Faziam quarenta e cinco dias que eles estavam casados. Kakashi tinha lhe concedido meio ano de descanso antes que voltasse a ser permitido sair da vila para continuar sua expedição.

As regras de Sakura não desciam a mais de um mês, o que deixava óbvio uma gestação pós núpcias. O casal não poderia estar mais assustado e feliz ao mesmo tempo, em breve o clã Uchiha teria mais um integrante. Após invadir a residência dos recém casados enquanto os mesmos não estavam em casa, Naruto juntou todos os amigos próximos pra fazer uma verdadeira comemoração da criança que viria.

Foram horas aguardando o casal até que Hinata chegasse na casa apressada praticamente implorando que todos desfizessem a decoração e que arrumassem tudo.

Sakura, por motivos inexplicáveis, havia dado entrada no hospital para se recuperar de seu primeiro filho perdido.

Mesmo os que não simpatizavam com o Uchiha mais novo, sentiu angústia em vê-lo com suas olheiras profundas vagando pela vila com as feições desligadas e abatidas  nos dias seguintes a este.

Após sentir os músculos da intimidade de sua parceira praticamente sugar seu membro e ver a coluna da mesma relaxar, Sasuke virou a rosada para frente de si levantando a perna da mesma até seu ombro.

Queria ir ainda mais fundo, queria se perder dentro de Sakura até gozar dentro da mesma mais uma vez aquela noite. Mostrar pra si e pra ela que a mesma só pertencia a ele e que nada mudaria aquilo.

Os gemidos tornaram a aumentar do voluma, desta vez não só dela. Os corpos suados moviam-se em sincronia até o ápice. Era o segundo orgasmo de ambos aquela noite.

Uma das mãos grandes do shinobi agarraram firmemente o seio farto e pálido, passando o polegar pelo botão rosado. Sentia seu corpo elétrico, em êxtase. Até sentir mais uma vez a quentidão envolver seu membro, nesta hora não tinha como adiar, se permitiu gozar junto a Sakura para depois relaxar seu corpo ao lado da mesma.

Faltava pouco para amanhecer.

Era muito bom estar em casa novamente.

Quando a Sarada começava a pegar equilíbrio para aprender a correr sem cair, Sakura revelou para a confidente Ino que tinha acontecido de novo.

Com a ajuda de Tsunade, se internou no hospital sem que ninguém mais soubesse do acontecido. Não queria nunca mais ser olhada como foi depois de seu primeiro aborto. O olhar de pena e  as palavras de compreensão nunca a deixavam esquecer que, mais do que nunca, havia sido fraca em não conseguir segurar um feto menor que uma ervilha.

Os meses que se sucederam até a concepção e o parto de Sarada foram um verdadeiro inferno. Sua família e seus amigos não deixavam a mesma sozinha um minuto sequer enquanto Sasuke viajava.

Passou a gravidez inteira morando com Tsunade de repouso absoluto. Um repouso tratado por ambas como desnecessário, mas, por implicância do novo Hokage, devidamente obedecido.

Se permitiu chorar pela vida perdida e pela saudade que Sasuke causava em si. Precisava do abraço quente dele como na primeira vez que aquilo tinha acontecido. Suas lágrimas incharam o rosto fino até a mesma cair no sono ao amanhecer.

Era a terceira vez.

Estava cansada de chorar.

Não "perdia" mais seu tempo se internando no hospital por mais um filho perdido.

Se contentava em passar a madrugada inteira trancada no banheiro enquanto se perguntava frente ao espelho "o que há de errado comigo?".

Sarada, agora com no início de sua adolescência batia com certa força à porta pedindo que o banheiro fosse liberado para rumar até a academia naquele dia. Limpou suas lágrimas e saiu quase que como um raio até seu quarto dando a desculpa que as cólicas menstruais haviam vindo fortes aquele dia e que queria descansar.

A dois dias anteriores recebera um comunicado que mudaria totalmente sua vida. O líder AMBU de Konoha estava enfim se aposentando e Naruto não perdeu tempo em oferecer a vaga ao melhor amigo que, para surpresa geral, aceitou a proposta sem muita insistência do loiro.

Por diversas vezes, ficou tentada em contar sobre suas perdas quando o moreno estava em casa para dois ou três dias de descanso. Mas o egoísmo falou mais alto e a culpa ficou apenas em um sussurro. Por fim se encontravam eles mais uma vez se amando na cama ou pela casa enquanto Sarada ressonava em seu quarto. O sexo era quente e ansioso, e os gemidos contidos. Queria aplacar todos os meses ruins, os dias tristes e solitários, com algumas dúzias de horas de amor com seu marido.

Mas, desta vez, não teria como fugir. Se acontecesse de novo, ele saberia, e a montanha de sentimentos ruins afetariam ele e provavelmente sua filha querida. E ela não queria isso...

Não podia mais esconder. Seu coração estava apertado demais pra aguentar aquilo novamente.

Em suas mãos, um resultado de um recente exame de sangue feito. Ela estava grávida de aproximadamente quinze semanas. Não sabia em exato quando se desligou de suas regras para não notar a gestação ainda mais cedo.

Desde seu permanente retorno, Sasuke fazia algumas missões como líder da AMBU. Eram de muito menos tempo se comparado aos anos que passava fora. O mesmo acompanhava com orgulho sua filha retornando de missões perfeitamente sucedidas além do árduo treinamento afim de dominar o sharingan.

A culpa, acumulada a empatia pesaram em sua consciência. Naquela noite, aproveitaria a ausência de Sarada para se revelar ao Sasuke.

O misto de sentimentos aplacavam a mente de Sasuke. Estavam sentados no sofá. Acreditava que seria uma simples "DR" como muitos casais, estava até curioso para o que seria. Mas não esperava aquele avalanche.

Sentiu sua garganta secar, seus olhos nem piscavam.

Então aquilo era o que significava a tristeza e a doença quando trocamos os votos frente ao juiz?

Não quis proferir nenhuma palavra naquele momento, não sabia também o que dizer. Uma parte sua queria gritar a sacudir a mulher na sua frente pelos braços pra arrancar dela o que ela estava pensando quando decidiu esconder tudo aquilo dele. Mas outra parte sua queria chorar como uma criança, por pensar não ser digno e merecedor de compartilhar tudo aquilo dentro de sua própria casa, afinal, era pra isso que ele viajava tanto. Queria ser uma pessoa melhor, mas se sentia falho naquele momento com sua única familia.

Demorou dias até que ambos ficassem frente a frente novamente. Sarada já havia retornado e questionado a distância de ambos. Sakura também não reclamou sobre a missão repentina de Sasuke. Ele precisava daquilo.

Com o devido comunicado ao Hokage, Sasuke e sua equipe ficaram em Suna por mais um mês e meio. Enquanto passava pelos portões da vila natal, queria conversar com Sakura novamente.

Após uma onda de pânico atingir seu consciente, decidiu apressar todos os seus deveres e voltar sozinho. Tinha medo de voltar pra casa e presenciar a cena de mais uma perda em sua vida. Sua vida inteira foi envolto de uma vingança, então vingaria aquilo também,  nenhuma perda seria em vão. Estava disposto a perdoá-la e  seguir a sua vida junto a rosada com um ou mais filhos.

Se sentiu receoso ao entrar em casa. Se sua filha estivesse em casa, já estaria dormindo. O mesmo se aplicaria a Sakura. Respirou fundo e foi caminhando pelos corredores escuros evitando ao máximo chamar atenção.

Ao entrar no quarto, sentiu sua alma mais leve. Sakura estava mais inchada do que na última vez que a viu. A cabeça descansava na cabeceira enquanto um livro qualquer jazia em seu peito. Mesmo com o cabelo desgrenhado, acima do peso, e a barriga ainda maior do que imaginava estar - seria apenas uma criança lá dentro?-, ela estava mais linda do que nunca.

Desligou o abajour em seu lado e cuidadosamente ajeitou a esposa na cama. Não perdeu muito tempo se trocando e se limpando. Queria deitar naquela cama, se aconchegar nos cobertores e se perder no mundo dos sonhos ao lado de Sakura.

Sentiu a cabeleira rosa roçar em seu pescoço e abraçou firme a cintura da pessoa que se agarrava ao seu corpo. Beijou sua testa e se permitiu sussurrar algo que ele saberia que ela escutava.

— Eu te amo...

Aquele momento fazia todos os anos de dor valerem a pena. Não só pra ele, mas para ela também. Festejar os momentos felizes e quentes é maravilhoso. Mas muito gratificante é, quando percebemos que nos momentos mais difíceis, nós temos com quem contar.

Aquilo era estar casado.


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Notas finais do capítulo

Best Regards ♥



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