Talking To The Moon escrita por Miss Chaddy


Capítulo 1
Yellow Eyes


Notas iniciais do capítulo

Hello, pessoas! Minha primeira fic de DGM e é com o Conde como principal ahsuahsua É bem curtinho, mas fazer o quê?

Eu fiquei muito espantada com as revelações do mangá e resolvi escrever isso aqui. Já que ninguém nunca se importou muito com o Conde e eu AMO ele... tá aí! Boa leitura!



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Amarelo.

Eu, de fato, nunca gostei dessa cor; nojenta, cor de doença. Infelizmente ela estava presente o tempo todo. Eu odiava isso. Por onde quer que eu olhasse, ela estava presente. Nos brinquedos e presentes de Road, nas paredes de minha Arca, nos olhos de meus apóstolos. E agora, nos olhos de meu maior inimigo, Neah.

E são olhos tão amáveis, tão calorosos e receptivos — vejo-me neles. Encontro no amarelo de seus olhos a resposta para meu sofrimento. Por que eu não consigo me distanciar de Neah? Quero-o longe de mim, morto, destruído, sem possibilidades de encontrar um hospedeiro e se apossar dele. No entanto, ao mesmo tempo desejo que fique sempre próximo de mim, que una-se a mim e não me deixe nunca mais.

Eu vejo Neah em Allen Walker. Mesmo que seus cabelos estejam brancos, seus olhos acinzentados ou sua voz esteja diferente; mas o seu jeito continua sendo único, como eu me lembrava. Neah é o único a me tratar daquela forma, carinhoso, doce e mesmo assim com uma constante fúria assassina. E enquanto ele me ditava aquela história, sem nexo, sem sentido nenhum para mim, eu viajava em seus olhos.

O amarelo, que não estava ali mas que eu podia ver, reluzia e cintilava. Chamava-me, convidava-me à união. Eu queria ter Neah só para mim. Ele era meu. E eu era dele.

 

— Você e eu somos um, Mana — ele disse e minha cabeça girou, meus pensamentos surtaram. Receber aquela carga emocional, aquela lembrança desagradável. — Nós não somos irmãos gêmeos, nem mesmo de sangue. Somos Conde do Milênio. Por isso você me devorou.

 

— E-Eu não… — murmurei, balançando a cabeça. Neah segurou-me o rosto, sorrindo e aproximando-se ainda mais de mim. Eu fiquei feliz, mas, ao mesmo tempo, o ódio me corroeu de uma forma extremamente violenta. Neah me fazia ficar confuso.

 

— Você, Mana — interrompeu-me, um sorriso adorável em seu rosto sujo e marcado. Nem mesmo aquela marca ridícula de Walker conseguia me desligar dele. Eu estava feliz de mais com a presença de Nea, irritado demais para poder soltá-lo; mas confuso o suficiente para deixar transparecer em meu rosto sempre alegre, a mais pura desordem. — Você é Mana. Você sou eu. E eu sou você.

 

E minhas mãos, confusas, afobadas, percorreram seus ombros, tocando-o e sentindo aquele corpo frágil — diferente daquele que Neah carregava. Mas ele estava ali, eu podia ver, podia senti-lo em sua voz, em suas palavras e, mesmo que não quisesse, naquelas lembranças.

 

— Por isso você me quer por perto, Mana — ele sussurrou, muito próximo de meus lábios. Eu sentia o calor de seu hálito e cheirava como eu pouco me lembrava. Trazia-me sensações diversas e nem um pouco bem-vindas. Eu não queria sentir aquilo, mas Neah forçava-me e eu cedia sem pressão alguma. — Nós somos um. Entretanto, nós não podemos ficar juntos.

 

Aquele “porém” deveria ter me despertado, ele estava me ameaçando, ameaçando a nossa existência e eu mal conseguia reagir. Neah estava mais atento e perspicaz do que jamais fora e me coagia a aceitar o que dizia.

 

— O que você está dizendo…? — eu murmurei, ainda com os olhos fixos em seus olhos. Neah sorriu, ainda mais nostálgico para mim. No entanto, eu me negava. — Eu não sou “Mana”.

 

— Você é — Neah disse, rindo baixinho. Balancei a cabeça, confuso e certo de que aquilo nada mais era do que uma jogada de dele. Ele não poderia estar certo.

 

— Eu não sou “Mana” — gritei, enlouquecido. Soltei-me bruscamente dele, sentindo minha roupa começar a revestir o meu corpo. Neah afastou-se, entristecido. Senti-me mal por fazer aquilo, mas era necessário. Nós éramos inimigos; não uma mesma pessoa. — Eu… Eu sou o Conde do Milênio ♥. Eu matei você porque nós somos inimigos e você tentou me matar ♥.

 

— Mana… — ele tentou, uma última vez, me tocar mas eu estava possuído pelo ódio e convicto de que Neah estava errado.

 

— Eu não sou “Mana”. Eu sou Conde do Milênio ♥.


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Notas finais do capítulo

E aí? Pequeno, como eu disse, mas suficiente para me expressar!
Gostaram?



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