Questão de Tempo escrita por


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Ai vai mais um cap...estou disposta a terminar a fic, vcs podem perceber talvez a diferença de escrita do começo para agora, eu fiquei acho uns dois anos parada e perdi ainda as primeiras anotações refiz um roteiro do que eu queria e do que eu lembrava e estou tentando ao máximo não deixar pontas soltas mas antes eu tinha tudo esquematizado e agora tô criando outras pontas kkkk.
Enfim espero que gostem, logo no proximo cap acho que já vai da pra saber que passado é esse da nossa rainha Stell, é sofrido ... é o que posso dizer e com certeza vcs já sabem disso kkk agora vou trabalhar no proximo cap que já ta iniciado pra postar logo pra vcs que ainda resistem lendo essa fic.
Um grande bjo e desculpa os erros, a Língua Portuguesa nos trai kkk.



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Cap 11

Já era quase final da tarde quando a campainha na casa de Stella toca, ela sai rápido da cozinha para atender a porta, nem percebeu quando passou em frente ao espelho e deslizou as mãos pelos cabelos pra arruma-los.

Sam – Sua nova mãe parece ansiosa, por que será em bebê?! - Sophie apenas ria sentada no cercadinho.

Stella – Lindsay? Oi! - impossível uma pontinha de decepção não vir banhar aquelas palavras. – Que bom te ver na minha casa. - ainda assim Stella estava animada com a visita até reparar que atrás de Lindsay havia viaturas estacionadas na calçada e outros policiais parados na rua.

Stella – O que está acontecendo? Lindsay ... - ela é interrompida pela loira estendendo um papel. -- O que é isso?

Lindsay – É um mandado, Stella.

Stella – Mandado? Mas por quê? - um policial se aproxima pela demora na porta da residência.

Policial – Algum problema? - já tocando na arma. Os olhares das mulheres se direcionam a ele.

Lindsay – Não policial, está tudo bem. Pode-nos da um pouco de privacidade?

Policial – Ok. - o rádio do policial da sinal e ele se afasta um pouco. – Central ...

Stella – O que está acontecendo? O Mac está sabendo? - impossível os olhos de Lindsay não reagir e procurar o chão.

Lindsay – Foi ele que...

Stella – Ele sabe? - a pergunta saiu mais como uma surpresa.

Lindsay – Sim.

A decepção foi visível no rosto de Stella.

Stella – E por que isso?

Lindsay – Nós precisamos fazer uma revista na sua casa, Stella. Precisamos procurar por ...

Stella – Na minha casa? - a interrompendo um pouco assustada sem entender o que estava acontecendo.

Lindsay – Stella me desculpa. É o meu trabalho, eu só posso dizer que envolve Sophie e esse documento nos dá permissão e não precisamos da sua autorização. - Stella apenas se afasta da porta deixando a perita entrar.

Lindsay – Obrigada. - era visível o quanto as duas mulheres estavam desconfortáveis com aquela situação.

Sam – Stella o que está acontecendo? - ela adentrava a sala com a menina no colo já chorosa.

Stella – Eu não sei Sam, eu não sei. - seu olhar era de angustia. A criança parecia captar tudo aquilo e logo caiu num choro copioso. -- Lindsay deixe ao menos que Sam leve Sophie para sua casa.

Lindsay – Eu não posso fazer isso.

Stella – Ela é minha vizinha, da casa ao lado. Olha um policial pode acompanhá-las se você quiser, não tem problema e se bem conheço a Sam ela vai até gostar, mas é só para deixar Sophi mais calma, nós passamos a madrugada num hospital.

Lindsay – Tudo bem. - ela faz um sinal e um policial se aproxima. – Acompanhe essa senhora até a sua residência e aguarde por instruções.

Sam – Obrigada Stella. - olhando o policial que a acompanharia. -- Você adivinhou os meus gostos minha querida mas senhora está no céu e como eu tenho certeza que esse não será meu lugar quando eu morrer eu prefiro que me chamem de Sam mesmo. - sorrindo para Lindsay.

Lindsay – Ela é divertida. - observando Samantha sair toda animada ao lado do policial. Ao voltar sua atenção encontrou o olhar de Stella descontente. Lindsay preferiu sair da sua presença e fazer seu trabalho.

Stella viu sua casa ser revirada e tantas lembranças foram revolvidas dentro de si obrigando seu coração sumir dentro do peito. Ela estava sentada na sala e por vezes fechou os olhos por breves momentos pra tentar afastar a dor e a escuridão que a invadia com os flashbacks. A culpa começava a se revelar em forma de lagrimas, até que Lindsay volta para sua presença e Stella tenta enxugá-las.

Lindsay – Stella eu vim avisar que Sophie irá ficar com a Assistente Social.

Stella – O quê??

Lindsay -- É o procedimento.

Stella – Do que Mac está me acusando?

Lindsay -- Não é o Mac.

Stella – Sim, é ele sim! - o seu tom de voz saiu mais alterado, ela levanta-se pra tentar esconder seu nervosismo que começava a se revelar em lágrimas que já não conseguia segurá-las. – E agora ele quer me torturar!! - um policial se aproxima ao vê-la caminhando pela sala, mas Lindsay gesticula para que ele ficasse onde estava.

Lindsay – Você precisa se acalmar. - a trazendo para sentar-se no sofá.

Stella – Não me peça isso.

Lindsay – Eu preciso que você se acalme ou você pode se complicar. - seu tom de voz saiu baixo. Stella percebeu que Lindsay não queria que outras pessoas a ouvisse.

Stella – Me conta o que está acontecendo. - ela suplicou.

Lindsay – Eu não posso. - um suspiro frustrado indicava que não estava sendo fácil para a perita.  – Eu preciso da carta. - Stella a encara desacredita. Um sorriso irônico brotou em seus lábios enquanto enxugava as lágrimas. – Apenas me diga onde está.

Stella – Eu não posso tocar em nada, não é? Esta na gaveta do móvel. – nem esperava uma resposta da outra mulher e já indica com a cabeça.

Lindsay abre a primeira gaveta e encontra a carta que procurava dentro de um saco plástico preservada, ela sorriu internamente por ela ter feito isso mas ao tomar a carta na mão ela viu no fundo da gaveta um porta-retratos, um casal sorria na foto.

Stella - Já achou o que queria ou a foto dos meus pais também faz parte dessa investigação? - Stella fecha a gaveta bruscamente. Lindsay estranhou a forma como Stella reagiu.

Lindsay – Desculpa não foi minha intenção invadir sua privacidade.

Stella – Mais do que já invadiu? - arcando uma das sobrancelhas mantendo o ar irônico. – Já terminaram?

Lindsay – Ainda tem uma coisa.

Stella – Esse inferno nunca vai acabar? - o ar estava preso em seus pulmões a sufocando. Ela só queria fugir do olhar de complacência de Lindsay. Mas aquela voz debochada se fez presente na sua cabeça.

“ – Stellinha, cadê você? “

Stella – Me deixa em paz! - virando-se de costas. Ela tapava os ouvidos com as mãos como se assim pudesse calar aquela voz.

Lindsay – Stella você está bem? - a preocupação falou mais alto.

Stella – Como eu posso está bem?

Lindsay – Mais uma vez eu preciso que você se acalme. - Stella acena com a cabeça que sim entendendo aquilo como uma ajuda que Lindsay pudesse dá.

Stella – Não terminou? - finalmente encarando a loira.

Lindsay – Você vai conosco para a delegacia prestar depoimento.

Stella – Delegacia? - essa palavra fez Stella congelar. Lindsay percebeu o nervosismo dela. – E...e... Sophie?

Lindsay – Ela irá também mas ficará o tempo todo com a Assistente Social. Você não poderá se aproximar dela de agora em diante. - aquelas palavras cortaram a alma de Stella como navalhadas.

Stella – Preciso arrumar as coisas dela, os remédios. Nós passamos a madrugada quase toda no hospital hoje. - a tristeza naquelas palavras eram nítidas. As lagrimas apenas confirmaram isso.

Lindsay – Esse policial vai te acompanhar até o quarto para arrumar as coisas de Sophie. - acenando para que um policial adentrasse a sala. Stella o olhou e depois voltou sua atenção para Lindsay.

Stella – Você quer dizer me vigiar para não fugir? - Stella enxuga suas lágrimas em meio à frase carregada de ironia. Lindsay tentou falar algo mas a outra logo gesticulou para que parasse.

Stella – Tudo bem, tudo bem.

***

Stella estava a quase uma hora esperando numa sala de interrogatório, ela sabia que atrás daquele grande espelho ele estava lá, ela podia sentir que Mac estava lá a observando. E a sensação que aqueles olhos azuis a olhavam em um tom acusatório a estava matando, Stella não conseguia erguer a cabeça pois não queria que Mac a visse chorar daquela forma, porque por mais que tentasse sabia que seu olhar revelaria a dor que estava sentindo. Tudo relacionado aquele homem a fazia sentir mais do que gostaria.

Ela não se imaginava naquela situação desde que chegara a Nova York, tudo que fazia era trabalhar e ficar longe de problemas, era reservada, mantinha uma rotina regrada de casa para o trabalho, do trabalho pra casa e de repente tudo mudara. Começa a comparecer a jantares e almoços importantes como tradutora e agora até em festas, isso já a deixava em alerta, não queria participar de tudo aquilo mas estava fazendo parte do seu trabalho ultimamente. Desde que Bedford viera trabalhar na embaixada e botara os olhos em Stella, ela sempre o acompanhava e fazia o trabalho de intérprete para ele. Não sabia o que o um advogado tão importante que trabalhava para embaixada grega via numa simples assistente de almoxarife que organizava o que faltava nas mesas, tendo outras pessoas experientes na função que executava agora.

Não fazia questão de se mostrar, de ser vista, não se arrumava como a maioria das mulheres que trabalhavam naquele lugar, queria ser invisível e apenas trabalhar em paz e esquecer o seu passado se é que era possível.

Seus pensamentos são interrompidos por Lindsay ao entrar na sala.

Lindsay – Desculpa a demora Stella. É pra você. - colocando um copo com água na frente dela e senta-se de frente para Stella tentando manter um sorriso amigável nos lábios. Stella apenas observava a cena, olhava o copo e depois a perita desacreditada naquilo.

Lindsay – É apenas água, Stella, não tem nada de mais. - a olhando não mexer um músculo. – Acredito que deve ser estranho pra você está aqui, então não precisa ficar nervosa. Eu estou aqui pra te ajudar. - Stella ri em deboche. – O que foi? - Lindsay não esperava por aquela reação.

Stella – Acredite eu sei como isso funciona. Não precisa bancar a boazinha comigo.

Mac que estava do outro lado do espelho viu Stella refazer suas barreiras, diferente de momentos antes que estava cabisbaixo, agora estava completamente diferente, altiva, forte.

Lindsay – Não estou sendo boazinha. Mas preciso que você me fale como Sophie chegou à sua casa. - Stella solta um suspiro frustrado sabendo que Lindsay conhecia tudo o que iria relatar.

Stella – Quer que eu caia em contradição?

Lindsay – Você está escondendo algo para que isso aconteça? - Stella respira fundo, queria acabar logo com aquilo.

Stella – Cheguei do trabalho por volta das 18h, estava chovendo muito nesse dia, eu estava de táxi já faz um mês que meu carro está na oficina, em dias de chuva eu evito o metrô. Mais detalhes? - ela arca uma das sobrancelhas em ironia mas Lindsay não cai na pilha dela, apenas a observa já estava acostumada com todos os tipos de comportamentos nos depoimentos e sabia conduzir pra onde queria.

Lindsay – Em que data especifica? Não ouvi você dizer. - tão irônica como a outra fora. Mais uma vez Stella respira fundo passando as mãos pelos seus cabelos.

Stella – Eu ainda não acredito que estou aqui enquanto Sophi precisa de mim. Tudo isso que vai me perguntar Mac sabe todas as respostas.

Lindsay – Talvez não.

Stella – Ele estava comigo em tudo que envolvia Sophie.

Lindsay – Não quando ela chegou à sua casa. - Stella entendeu que não seria fácil então ajeitou os óculos no rosto que costumava escorregar um pouco, cruzou as mãos embaixo da mesa, fechou os olhos brevemente. – Eu quero te ajudar, Stella ...

Stella – É agora que você diz que eu preciso colaborar. - as duas se encaravam frustradas. – Tudo bem, tudo bem. Você ... você não sabe o que eu estou sentindo e ... - mais uma vez ela fecha os olhos mais demoradamente não querendo que as lágrimas represadas desabassem. Lindsay apenas esperava que a mulher a sua frente se recompusesse, podia perceber o quanto ela estava devastada com tudo aquilo. Stella abre os olhos e uma lágrima solitária ainda rolou pelo seu rosto teimosamente, ela somente enfia as mãos por baixo das lentes dos óculos, limpou-as e então continuava com o seu relato.

Stella – Foi dia 15 que Sophie foi deixada na minha porta. – os olhos verdes de Stella se mantinham distantes lembrando-se de todas as cenas que se organizavam na sua cabeça. – Como eu disse cheguei do trabalho por volta das 18h. – mantendo agora seu olhar em Lindsay na sua frente. Um leve morder de lábios pra esconder o sorriso que queria aparecer ao recordar a cena. E mais uma vez continuou.

Stella – Vi uma cesta coberta na minha porta achei que minha vizinha, Sam, tivesse deixado ali com alguma coisa que ela tivesse colhido da sua horta que tem em casa ou mesmo alguma brincadeira dela. Sam está acostumada a fazer as duas coisas. Principalmente a segunda opção. – ela da um leve revirar de olhos já que a brincadeira era constante de Sam. – Eu abri a porta e empurrei a cesta então vi o pano que cobria mexer, me assustei, achei que Sam ... enfim quando retirei o pano e me deparei com aquele bebezinho dormindo, toquei na cesta com cuidado e percebi que não estava muito molhado então não fazia muito tempo que estava ali. Ainda olhei ao redor da casa se via algo estranho mas não vi nada.

Lindsay – Você não suspeita de ninguém que possa ter feito isso?

Stella – Claro que não.

Lindsay – E dentro da cesta? Você não viu nada de mais?

Stella – Depois que retirei Sophie eu praticamente havia esquecido que ela existia. A cesta...quero... quero dizer que tinha esquecido  da cesta. – gesticulando um pouco com as mãos querendo ser um pouco mais enfática não queria que alguém dentro ou fora daquela sala pudesse achar que esqueceria um bebê em qualquer lugar, mas todos ali dentro ou fora da sala sabiam que Stella jamais faria isso. –  Dentro dela tinha uma bonequinha improvisada e uma carta que dizia o nome do bebê e a idade, foram as poucas coisas que eu consegui ler, já estava muito molhada, muito borrado. E depois disso a cesta estava esquecida em um canto da casa.

Lindsay – E porque você foi procurar por Mac Taylor?

Stella – Isso você deveria perguntar ao seu chefe. - ela ergue a sobrancelha. Lindsay retribui com o olhar de quem diz “não começa”. Stella olha diretamente para o espelho. Era a primeira vez que fazia isso. E não se contendo levanta-se ainda olhando para o espelho e caminhando em sua direção como se tivesse um imã, Lindsay falava repetidas vezes que ela voltasse a sentar-se mas Stella não lhe deu ouvidos.

Stella – Você contou o seu segredinho? - pareciam que os olhos de Mac iriam saltar das órbitas do outro lado do espelho. Danny que estava acompanhando o depoimento ao lado dele preferiu não se mexer e manter o emprego, mas o sorriso teimou em aparecer em um esticar de leve o canto dos lábios do perito. Stella bufa duvidando e volta para a mesa.

Stella – Na carta tinha um endereço e um nome, eu fui lá e perguntei e me indicaram a pessoa que você citou. – ela rapidamente despeja o restante da estória, sem muitos detalhes numa frieza que tentou demostrar mas sem sucesso.

Lindsay – E que lugar é esse?

Stella – Você está me perguntando pra sanar a sua curiosidade ou é porque é realmente importante? - o sorriso tamborilou pelos lábios de Stella com a curiosidade, ao saber que esse era um segredo que só ela conhecia.

Mac não acreditava que Stella não contaria apesar de está num depoimento ela não o denunciava. Mesmo que ela tivesse com muita raiva dele naquele momento.

Lindsay ficou sem graça pois Stella foi bem no alvo, então preferiu recolher sua curiosidade e ficar quieta pois Mac poderia esclarecer. Ela respirou fundo para continuar com o seu trabalho. Sob o olhar meio debochado de Stella, Lindsay abre a pasta parda que trazia consigo, retira uma foto que estava presa com um clips na parte de dentro e põe sobre a mesa.

Lindsay – Você reconhece isso? – no mesmo instante o pequeno sorriso que se formara por conta da situação anterior logo desapareceu como num passe de mágica e uma expressão séria tomou conta do rosto de Stella.

Diante do olhar que não se desprendia da foto e a mudança na expressão facial da mulher a sua frente Lindsay pergunta novamente.

Lindsay – Reconhece? – Stella sabia que esse é um momento delicado, por um instante sentiu o chão desaparecer sob seus pés.

Stella – Uma moeda grega. – ela remexe nos óculos mais uma vez com a resposta e esconde as mãos embaixo da mesa, percebeu quando começou a suar frio e teve medo que Lindsay percebesse.

Lindsay – Como você sabe disso?

Stella – Tenho origem grega, na escola eu era boa em história da arte. – um sorriso forçado estampou os lábios de Stella. Lindsay a observa e apenas sorri de volta sabendo que há algo mais.

Lindsay – Não sabia que era grega.

Stella – É ... eu sou. – ela não conseguiu manter os olhos fixos em Lindsay e por um breve momento eles escorregam até a mesa e depois volta a olhar a perita, incertos. Fazia muito tempo que Stella não admitia isso nem pra ela mesma.

Stella – Onde...onde estava isso? – ela apertava as mãos nervosa.

Lindsay – Dentro da cesta. – a surpresa nos olhos de Stella era genuína e Lindsay reconhecia. – Você não faz ideia de como foi parar lá?

Stella – Claro que não! Apesar da minha origem e de trabalhar numa embaixada grega eu não lido com isso.

Lindsay – Então como reconheceu?

Stella – Eu já disse!! – alterando um pouco seu tom de voz.

Lindsay – Mas como sabia especificamente que essa moeda é grega? Você apenas olhou, não tocou na foto, não quis saber mais detalhes. Você simplesmente conhecia e disse a nacionalidade da moeda. – ela precisava pressionar um pouco mais sabia que Stella estava escondendo algo.

Stella – Se você quiser eu digo até aproximadamente de quando ela á datada. Já disse que era boa em história da arte. – mas a pressão de Lindsay serviu apenas para que Stella mantivesse sua história que não era de toda mentira, sua mente trabalhou rápido seu passado possibilitou passar por aquilo. Por um instante ela agradeceu por isso. – Olha eu não lido com esses artefatos na embaixada, eu não tenho acesso a esse tipo de coisa caso eu levasse isso para a minha casa eu estaria sendo negligente, poderia ser presa isso tem um valor inestimável. – ela já adotara um tom calmo, até parecia que havia mudado uma chavezinha dentro de si.

Lindsay – E como isso foi parar na sua casa? Dentro da cesta de Sophie? – Stella também se pegou pensando nisso e concluiu o mais óbvio e assustador para ela.

Stella – Só pode ter sido quem deixou Sophie na minha porta. – as suas próprias palavras a sufocavam de dor.

Lindsay – Você reconhece essas pessoas? – mais uma vez ela havia retirado duas fotos de dentro da pasta e colocado sobre a mesa.

Stella – Por que essa foto está assim? – seus olhos tomaram proporções maiores apontando para uma foto que tinha um rosto que parecia de uma boneca.

Lindsay – Foi reconstruído digitalmente.

Stella – Por quê? Ela está morta? Elas estão mortas?? – ela questiona um tanto assustada.

Lindsay – Eu faço as perguntas. Você reconhece ou não?

Stella – Não. Nenhuma delas. Alguma delas podem ser a mãe de Sophie? – não conseguindo esconder o quanto aquilo mexeu com suas emoções.

Lindsay – Eu não posso falar de uma investigação. – aquelas palavras deixaram Stella possessa, já estava ali há horas e nada era esclarecido.

Stella – Então me diz se eu chamo um advogado ou táxi? Porque você está aqui me fazendo perguntas mas não me acusando! – ela levanta pronta para ir embora.

Lindsay – Senta Stella! – seu tom de voz saiu mais alto do que pretendia mas a grega não dava ouvidos e mais uma vez se aproximou do espelho.

Stella – Por que está escondido ai atrás?!! – ela gritava com o espelho, com sua própria imagem, mas sabia quem estava do outro lado para quem direcionava sua raiva. Ela continuou com os seus gritos raivosos.

Stella – Por que não está desse lado do espelho me fazendo essas perguntas olhando nos meus olhos? Ou melhor, já que tinha tanta liberdade de ir à minha casa mesmo eu estando dormindo e não fez as perguntas que queria fazer? – as lagrimas de indgnação despencaram de seus olhos. – Por que teve que armar esse circo com policiais na minha porta, com pessoas que eu mal conhecia ou que nunca vi tocando nas minhas lembranças??!!! Você não gosta de se expor, pois é eu também não e o que mais dói é saber que você tem plena consciência disso, mas preferiu que pessoas desconhecidas fizesse tudo isso ao invés de você, quem eu confiava, mas eu tenho uma mania idiota por me interessar por quem vai me devastar. – ela passa a mão no rosto enxugando as lagrimas com um sorriso irônico. – A culpa não é sua, é minha mesmo. – foi um desabafo enfurecido. Os olhos de Mac e Stella estavam emocionados, ela não podia vê-lo mas ele sim, mas parecia que ela sabia exatamente onde ele estava pois estava bem na sua frente.

Eles ficam em silêncio.

Lindsay – Stella. – o chamado calmo a fez acordar e voltar para diante da mesa em que estava sentada antes.

Stella – Eu não tenho mais nada o que fazer aqui. – ela puxa a bolsa que estava pendurada na cadeira mas acaba virando-a. Seu enorme nervosismo parou de se esconder.

Lindsay – Calma.

Stella – Não consigo! Eu estou sendo acusada de cuidar de um bebê que apareceu na minha porta, é isso?! – ela apoia as duas mãos na mesa de frente para Lindsay. – Um bebê que só me deu alegria você nem imagina como isso é grandioso na minha vida, fazia muito tempo que eu não sabia o que era da um sorriso sincero. – ela finalmente levanta a cadeira e pega sua bolsa, mais uma vez olha em direção ao espelho. – Não esqueça que o próximo remédio de Sophie é daqui dez minutos. – Stella arruma mais uma vez os óculos ainda olhando em direção ao espelho. Lindsay olha para o espelho também e depois volta sua atenção para Stella.

Lindsay – Stella. – a fazendo parar na porta. Stella dirige seu olhar a Lindsay mais uma vez. – Eu acredito em você. Queria que soubesse.

Stella – A última vez que alguém disse que acreditava em mim eu despenquei de uma ribanceira, me desculpa se isso não for o suficiente para mim. – ela bate a porta e sai a passos largos pelos corredores da delegacia.

***

Mais uma pessoa caminhava pelos corredores da delegacia cobrando favores e as informações que acabara de receber pareciam fervilhar em sua mente. Ele caminhava apressadamente com o celular na mão procurando um contato na agenda quando esbarra em alguém.

Drew – Desculpa.

Lindsay – Bedford o que faz aqui? – eles ouvem um barulho e vozes alteradas o que chama a atenção dos dois assim como de toda a delegacia parava para aquela cena.


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