Ações previstas e uma criança escrita por Observerghost


Capítulo 2
Vamos quebrar a rotina, Shizu-chan?


Notas iniciais do capítulo

Bom, esse é o segundo capítulo da fic, tentei caprichar mais, mas mesmo assim, ainda estou no começo, então peço mais uma vez que não me julguem e sim, me ajudem.
Temos que admitir que o primeiro capítulo de fic não ficou "lá aquelas coisas" se é que me entendem. Tenho muitas ideias e poucas habilidades para colocá-las em palavras, não querendo falar da minha vida pessoal, mas falando... até minha psicóloga (sem preconceitos) disse que tenho muitas ideias, poucas palavras. Como podemos ver, o primeiro capítulo da fic ficou muito curto, porque tenho que confessar que detalhes e paciência não são o meu forte, sou rápida e prática, e isso infelizmente acaba comigo na hora de desenvolver uma ideia. Então por que decidi escrever? Paixão, a vontade de colocar a imaginação no papel e o senhor Orihara. Sempre tive vontade de colocar ele em minhas histórias. Durarara é pra mim o melhor anime de todos, claro, deve haver animes com histórias e personagens mais fascinantes, mas Izaya e o anime em si me representam muito.
Espero que gostem, obrigada estrelinhas. (Só acho que ficou bem confuso )



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Era por volta da uma hora da tarde e o moreno se encontrava sentado em um dos bancos de uma praça qualquer em Ikebukuro. Em comparação as pessoas - que andavam apressadas voltando do seu horário de almoço com medo de ouvirem reclamações do seu chefe por terem se atrasado - ele parecia calmo, sua expressão transmitia isso, mas sua mente estava a mil por hora. 
"...você faz a mesma merda todos os dias",  essa frase detonou o informante, não queria acreditar, que como os seus amados humanos, seguia uma rotina. Para ele, quem seguia uma rotina era previsível, ou seja, qualquer um sabia o que e quando fazia tal coisa. O fato de ser uma pessoa com ações esperadas, tornava-o fraco. Izaya sentiu-se traído por si mesmo.

— Izaya? - A voz familiar atrás do moreno soou surpresa.
— O que você quer seu tarado? 
— Iza... - O doutor clandestino estava acostumado com a grosseria do amigo, mas no fundo, sempre ficará um pouco magoado por não ter a amizade correspondida - É só que é raro ver você sentado por aí, tão... vulnerável.
— Sei que muitos me odeiam e estão esperando uma brecha para conseguirem me matar, mas o único problema pra mim é aquela loira de farmácia.
— Você se refere ao Shizuo? - Perguntou Shinra aproximando-se do banco onde o informante estava.
— A quem mais eu estaria me referindo? 
— Como você disse, muitos te odeiam, podia ter outra loira de farmácia querendo te esganar. 
— É, pode ser que tenha, mas essa outra loira de farmácia não é pária para mim, então que diferença faz? - O moreno olhou para seus pés que se moviam de um lado para o outro e suspirou.
— Você não está bem, está? - O médico se permitiu sentar do lado do amigo.
— Claro que estou! - Izaya se exaltou arregalando os olhos para o médico - Por que eu não estaria?! 
— É, m-mas não parece, você está com olheiras - Apontou para o arroxeado de baixo dos olhos do informante - E elas são bem roxas, você está parecendo um morto, mais parece que levou um soco.
— Tá, eu já entendi que minha aparência está péssima - Bufou.
— E por que ela está péssima? Sabe que pode me contar, sou um médico e seu amigo. 
— Virou interrogador além de médico? 
— Não, é só que estou curioso, por que não só sua aparência que mudou, mas seu comportamento também.
— Eu sou o observador aqui.
— Não quer mesmo me contar? - Shinra abriu os olhos na esperança de convencer.
— Se eu contar, vai parar de me encher o saco? 
— Ah, sim, sim!
— Rotina é o meu problema, Shinra.
— Rotina?! - Arqueou as sobrancelhas - Qual é o problema com ela?
— É entediante e... - Izaya não conseguia achar uma palavra para descrever o quão bosta era a rotina.
— Pode até ser entediante, mas é normal, todos seguem uma rotina.
— E por que todos temos de agir como todos?
— Por que é... eu não sei, normal? - Deu de ombros - Você quer ser tipo, o diferentão?
— Como é? - Franziu a testa.
— Ah, é uma nova linguagem quando a pessoa quer ser diferente de todas.
— Eu sei o que significa ser diferentão, só achei estranho.
— Izaya, todos seguem uma rotina, isso é normal, pois assim não teria tanta graça em fazer algo novo de vez em quando.
— Se eu fizer uma coisa nova todos os dias não vai perder a graça.
— Pode até não perder a graça, mas o sentimento de aventura, de ser um vida louca não vai ser tão grande assim. 
— Dá pra parar de usar essas expressões, você não tem mais 15 anos.
— Eu sei, eu sei, mas é diver... - Shinra foi interrompido por uma risada tempestuosa vinda de trás. O informante e o médico olharam na direção, na expectativa de não ser quem eles achavam que fosse. 
— Que cena linda de se ver, um médico com problemas sexuais e uma pulga fedorenta tomando sol na praça - Shizuo estava com um sorriso debochado, se segurando para não rir do que estava vendo.
— Ei, eu não tenho problemas sexuais, é você que tem tensão sexual pelo iza... - O moreno meteu a mão na boca do "amigo" impedindo-o de falar.
— Shizu-chan, quanto tempo, não? Faz o que, uma semana que não nos mata... nos vemos, hã? - Izaya abriu um sorriso maliciador - Senti saudades. 
— Cala essa boca seu maldito, perdeu juízo? 
— E ele tem juízo de certo? É o Orihara - a voz do doutor saiu abafada pois não conseguirá se livrar da mão do informante.
— Eu poderia ter jogado algo em você três vezes o seu peso, seu idiota, o que faz aqui?
— Shizu-chan, eu tenho a liberdade de tomar um ar, não tenho? 
— Infelizmente, sim...
— Então me deixe em paz - O moreno se virou para frente e voltou a sua expressão pensativa. 

Shizuo abriu um poucos os olhos, surpreso com a reação do menor. Geralmente, antes de começarem uma chacina pela cidade, os dois sempre tem uma pequena conversa cheia de agulhadas e malicias, mas dessa vez, o que vem depois da conversação, não veio.
— Qual é o seu problema? - Perguntou com um tom de preocupação, mas não passava de curiosidade. Aliás, por que ele estaria preocupado com seu pior inimigo.
— Que fofo da sua parte se preocupar comigo, Shizu-chan, mas eu estou bem.
— Mesmo? - O loiro se aproximou - Não me parece tão bem assim, andou apanhando de outro, é? - Se permitiu rir da cara do informante.
— Eu? - Izaya forçou uma risada - Eu não apanho de ninguém.
— Aham... sei.
— Ehhh, você duvida? 
— Izaya, eu te bato toda hora, eu não sei nem o por que de eu não estar te batendo agora, deve ser por eu estar com pena de te surrar com essa cara de morto.
— Sabe, vocês dois parecem aqueles casais de filme que transaram e anos depois se encontram agindo como se odiassem - Antes que o doutor pudesse rir, foi agarrado pelo colarinho pelo ex-barman furioso.
— Engraçado, eu estou com mais vontade de chutar a sua bunda do que a da pulga.
— Era... Era b-brincadeira - Shinra ria de nervoso, mas mal conseguia respirar. 
— É bom mesmo, se não eu quebro essa sua cara de tarado, seu desgraçado - Shizuo soltou o médico no chão, que caiu de bunda.
— Ai ai ai - O doutor se levantou às pressas com uma expressão de dor- Desculpa, haha, era só brincadeirinha, para descontrair. Eu acho que devo ir, gostei da conversa rapazes, de verdade, mas eu não quero ser acertado por um poste quando a briga começar - Deu as costas rapidamente aos homens mais perigosos de Ikebukuro e sumiu na multidão.
— Você assustou o coitado - Disse o moreno.
— Não me diga, ele só fala bobagens.
— Eu não acho que ele só fala bobagens, nós realmente parecemos que éramos um casal no passado, que transa... 
— Você tá afim de morrer? - O loiro interrompeu o menor já de saco cheio dessa história de sexo.
— A verdade, Shizu-chan, eu estou. Você pode me ajudar... quer dizer, responder algo pra mim?
— O que seria? - Perguntou sem qualquer interesse.
— Sem deixar sua raiva interfir na resposta, consegue fazer isso, não consegue, Shizu-ch...
— Tá, tá. 
— O que você acha da rotina?
— Rotina é rotina, porra - Deu de ombros.
— Seja mais específico.
— É algo normal, todos fazem... É natural.
— Mas não é chato? - Izaya levantou-se e aproximou-se mais do ex-barman. Estava sedento por uma resposta que acabasse com esse medo de previsibilidade.
— Não, é ótimo, todo dia a mesma coisa , sem surpresas - Shizuo deu um passo para trás, mantendo uma certa distância do ser praguento.
— Você quer dizer, preocupações? Vê surpresas como preocupações?
— Nem todas as surpresas são boas.
— Algumas são, não sente falta de levar um sustinho de vez em quando, Shizu-chan?
— Nada me assusta, pulga.
— Nhaaa, eu não te assusto? - Fez cara de desânimo.
— Não, pulga, você não me assusta, a única coisa que você causa em mim é...
— É uma ereção? BRINCADEIRA!
— BAITA RAIVA, CARALHO! - O loiro levantou o punho pronto pra socar aquela cara branca. 
— Ei, calma, calma... Tive uma ideia. Que tal você me ajudar a quebrar a rotina? Não precisamos nos matar.
— Pessoas que se odeiam se matam, seu imbecil.
— Justamente por isso que convido você para tomar um café comigo, topa? - O informante pareceu animado com a própria ideia.
— Desde quando você usa drogas? - Shizuo arregalou os olhos assustado com o convite do inimigo.
— Eu não uso drogas, eu só quero parar de me importar com a rotina.
— Quer saber, pra mim deu, cansei dessa palhaçada.

Shizuo deu meia volta, se distanciando do menor que ficou boquiaberto. 
— Shizu-chan, não ouse em me deixar aqui! - Izaya bateu o pé no chão como uma criança mimada que teve a compra de um brinquedo rejeitada - SHIZU-CHAN! 
— Vai pra casa, Izaya!

O informante ficou parado, observando o ex-barman sumir pelas ruas em meio às pessoas. Infelizmente, não foi dessa vez que encontrou a cura para sua "rotinofobia" que ele desenvolveu em menos de um dia. O que ele poderia fazer? A única maneira de amenizar o sentimento de fraqueza e orgulho afetado, neste momento, seria enfrentar a situação.



 

 


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Notas finais do capítulo

Bom, minhas estrelinhas, foi isso. Eu sei, eu sei, preciso melhorar, mas foi o que eu consegui fazer. E ME PERDOEM QUALQUER ERRO!!Obrigada.



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