Out Of The Woods... escrita por Day Alves


Capítulo 8
Eu faço questão.


Notas iniciais do capítulo

Oii Tributos! Tudo bem? Espero que sim!

Boa leitura! ❤️



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Depois de arrumar o almoço e dar comida ao Rye, lembro-me que ele precisa tomar banho antes de dormir o sono da tarde. Subo para seu quarto com ele cochilando em meus braços e o coloco sobre a cama enquanto encho a banheira de água. Tiro sua roupinha e o coloco dentro dela, começo a dar banho nele, lavando seus cabelos escuros e sentindo o seu aroma de bebê.

— Rye! Não faça isso. – Digo, tirando o sabão de sua mão que ele ia levando a boca, Rye olha para mim e sorri travesso. Não posso evitar sorrir também, esse menino é impossível!

Termino de lhe dar banho e o coloco sobre a cama enxugando seu corpinho e tentando lhe colocar a frauda novamente, assim que consigo lhe visto uma roupinha de frio e o coloco no berço, ele resmunga.

— Você não queria dormir? – Digo olhando seus bracinhos estendidos para mim.

Pego ele e desço para a sala, no canto perto da lareira, tem um espaço cheio de brinquedos, vou com Rye até lá, coloco ele sentado sobre a toalha no chão e acendo a lareira, logo sentando-me no chão junto dele. Logo Rye começa a brincar engatinhando para lá e para cá.

— Rye, não pode. – Digo quando ele leva um ursinho de pelúcia na boca.

Começo a brincar com ele, Rye é um bebê tão meigo e dócil que chega a ser impossível não gostar dele. Olho o relógio, são por volta das 14:00, deixo ele no cercadinho e vou preparar sua mamadeira, quando termino, subo com ele para seu quarto e deito com ele na cama, e ele novamente rejeita a mamadeira e procura meu seio, sinto uma pontada no peito, como se fazer isso fosse errado, e de certa forma é, Rye é meu filho, tem direito ao leite materno, mas ainda não me sinto preparada para isso.

Pov. Peeta.

Saio da padaria e vou para casa, assim encosto o carro na porta de casa sou barrado por Johanna e Effie.

— Por que não levou Rye para mim hoje? Posso saber com quem você deixou o meu afilhado? – Pergunta Johanna.

— Com Katniss. – Respondo.

— Ah, então a nossa esquecidinha resolveu bancar a super mãe? – Ela retruca ironicamente. Suspiro.

— Ela me disse que tem o direito de ficar com o menino, e parecia bem interessada em cuidar dele. – Digo.

— Ah claro, uma semana ignorando o menino e de uma hora para outra quer ficar perto dele? – Johanna fala.

— Não fale assim Johanna, ela só estava confusa, mas viu só? Ela já deu o primeiro passo. – Diz Effie sorrindo para mim. Suas emoções são sempre tão contagiantes que não consigo reprimir um sorriso.

— De certa forma, Effie tem razão, eu tenho esperanças de que talvez, ela se apegue a ele, Rye merece e precisa ter a mãe por perto. – Digo.

— Você vai ver que logo, logo, ela não vai amar apenas Rye como todos nós. – Diz Effie.

— Eu não contaria muito com isso. – Diz Johanna com cara amarrada.

Despeço-me delas e entro em casa, estranho o silencio, não tem ninguém na sala, nem na cozinha, subo para o quarto, primeiro olho no nosso, Katniss não está lá. Será que ela saiu? Será que deixou Rye sozinho, ou levou ele com ela? Saio do nosso quarto e sigo para o de Rye, quase tenho um sobressalto, Rye está deitado na cama, dormindo profundamente, ao seu lado Katniss também dormia calmamente com um de seus braços protetoramente ao redor de Rye. Sem que eu pensasse lágrimas quentes e grossas saiam de meus olhos e molhavam meu rosto, quanto tempo eu esperei para ver isso acontecer novamente. Fico mais alguns minutos ali parado somente observando a cena e depois fui tomar um banho e fazer o jantar. Assim que estava tudo pronto, subi ao quarto novamente, Katniss permanecia dormindo já Rye estava acordado, porém estava olhando fixamente para a mãe.

— Vamos acordar a mamãe? – Pergunto, aproximando-me de Katniss. Ela está tão linda, ela sempre está linda, passo a ponta dos dedos em seu rosto, sentindo sua pele macia, aproximo um pouco meu rosto do dela, sentindo seu perfume, baunilha e amêndoas. Seus lábios estão entreabertos, não resisto, é impossível resistir, toco seus lábios com os meus sentindo o calor deles, sinto aquela coisa aquecer o meu peito. Eu deveria estar fazendo isso? Não, certamente não. Mas não consigo resistir, eu nunca resisti a ela. Sou um caso perdido. Ela se mexe e eu me sobressalto afastando-me dela. Por sorte, ela não acordou. Suspiro aliviado e cutuco seu braço até que ela acorde.

— O jantar já está pronto. – Digo e ela dá um meio sorriso.

— Tudo bem, eu já vou descer. – Ela responde, assinto e pego Rye nos braços descendo as escadas com ele.

Minutos depois ela desce, ainda meio sonolenta senta-se na mesa. Eu nos sirvo com o rosbife e coloco Rye na cadeira alta ao meu lado. Assim, eu como e coloco comida na boca dele sem ele puxar meus cabelos como sempre faz quando está no meu colo. Começamos a comer.

— E então? Como foi o dia com Rye? – Pergunto olhando para ela que solta um risinho.

— Foi bom, na verdade, nos divertimos muito. – Ela diz.

— Foi é? Fico feliz. Espero que ele não tenha lhe dado muito trabalho. – Sorrio para ela que me encara e logo sorri de volta. Sinto meu coração disparar com isso, ao menos agora ela é mais sorridente. Se considerarmos que ela voltou a ser a Katniss carrancuda de antes, até que ela anda sorrindo muito.

— Só na hora do banho quando ele queria comer o sabão, e para mamar a mamadeira. – Ela diz. — E também na hora de trocar a frauda.

— Sinto muito, eu esqueci de te dar algumas dicas sobre isso. – Digo.

— Tudo bem, no final, deu tudo certo. – Ela sorri para Rye que sorri de volta. Senti uma nova emoção com isso, eles estão se dando bem de novo, e ela gosta dele.

— E você quer ficar com ele amanhã de novo? – Pergunto.

— Sim. É como eu disse Peeta. Vou ficar com ele todos os dias. – Ela disse.

— Tudo bem então.

Passamos o resto do jantar em silencio, quando terminamos eu recolhi nossos pratos e os levei a para a louça, vi pela visão periférica Katniss tirar Rye da cadeira e leva-lo para a sala. Logo ela volta e pega um pano.

— Eu te ajudo. – Ela diz.

— Não precisa...

— Eu faço questão. – Ela me interrompe.

Começo a lavar os pratos, e em um momento, nossas mãos se encontram, olho em seus olhos e vejo que ela também me encara e desta vez é ela quem se aproxima, deixando nossos rostos a centímetros um do outro, tanto, que posso sentir seu cheiro. Nos aproximamos mais, apenas um dedo separa nossos lábios. Porém, quando vou beijá-la, ouvimos o choro de Rye, Katniss se afasta sem graça e eu pigarreio.

— Vou colocar ele para dormir. – Ela diz saindo na mesma hora.

Não posso evitar dar um sozinho, quase nos beijamos, e desta vez, ela se aproximou e apesar de parecer constrangida quando fomos interrompidos, ela não parecia que ia se afastar. Termino de lavar a louça e vou ao quarto de Rye. Vejo Katniss na beirada do berço. Assim que entro ela me encara e leva um dedo na boca em sinal de silencio.

— Ele dormiu? – Falo próximo ao seu ouvido e posso jurar que vi os pelos de seu pescoço se arrepiarem.

— Sim. – Ela encara Rye e sorri. — Rye é um bebê encantador.

— Sim. – Digo. — Como a mãe. – Digo, Katniss sorri de leve e posso ver seu rosto ficar corado.

— Acho ele muito mais parecido com você. – Ela diz, se aproxima e dá um beijo em meu rosto, na verdade, no canto da minha boca. Fecho os olhos apreciando o toque e resistindo a imensa vontade de beijar seus lábios. — Boa noite. – Ela sussurra. Viro-me para ela e dou um beijo em sua testa.

— Boa noite. – Digo e ela sai. Fico mais alguns minutos encarando Rye e depois vou me deitar.

*-*

Pov. Katniss.

Acordo-me no outro dia, tomo um banho vestindo uma roupa quente e vou até o quarto de Rye, que já está acordado, Peeta ainda dorme calmamente na cama. Percebo que ele está sem camisa, será que esse homem tem problemas com roupas de manhã? Reparo em seu rosto, os cabelos loiros estão jogados sobre a testa, os lábios entreabertos, lembro-me em como senti vontade de beijá-los ontem à noite. Balanço a cabeça afastando esses pensamentos. Encaro o relógio e vejo que já passa das 06:00, e ele tem que ir para a padaria. Aproximo-me dele e cutuco seu braço, ele remexe na cama e abre os olhos e por Deus! Como esse homem consegue ser lindo até as 6h da manhã? Seus olhos estão sonolentos e seu rosto tem marcas do travesseiro de um lado e mesmo assim, ele parece ter saído do Olimpo dos Deuses.

— Katniss? – Ele fala, erguendo-se em um braço intensificando os músculos do seu braço, ombro e peitoral.

— Bom dia. – Digo, desviando o olhar.

— Bom dia? Que horas são? – Ele pega o relógio sobre o criado mudo e arregala os olhos. — Estou atrasado! – Exclama, levantando-se apenas de cueca e indo em direção ao nosso quarto. Sorrio com isso, Peeta consegue ser tão espontâneo.

Encaro Rye, e ele sorri, ele se parece tanto com o pai nesse aspecto. Sempre está sorrindo e contagia a gente com sua alegria. Pego ele em meus braços e desço com ele para a sala colocando ele na cadeira alta e indo preparar o café. Preparo algumas torradas e suco. Ponho a mesa e arrumo a mamadeira de Rye. O menino olha para ela e faz uma careta. Ouço Peeta descer as escadas correndo.

— Estou atrasado. – Diz pegando uma torrada e tomando um copo de suco de uma vez. — Tchau filho, papai te ama. – Diz dando um beijo na testa de Rye e vindo em minha direção, antes de eu pensar em qualquer coisa ele me dá um selinho na boca. Assusto-me um pouco e vejo que Peeta está da mesma forma, acho que ele agiu por impulso e só agora viu o que fez. — Desculpa Katniss eu...

— Tudo bem... vá, você está atrasado. – Digo dando um risinho. Vejo seu rosto suavizar e ele sorri virando as costas e indo trabalhar. Toco meus lábios onde Peeta beijou, parece que ainda posso sentir seu toque, sorrio, é a primeira vez que eu beijo alguém – que eu me lembre –, e tudo que eu consegui captar foi o quanto seus lábios são macios e o quanto eu queria poder beijá-los de novo. Balanço a cabeça e ouço Rye resmungar. Pego ele em meus braços e coloco a mamadeira em sua boca, ele vira o rosto e volta a resmungar.

— Por favor querido. – Digo, mas ele levanta a mãozinha e puxa minha blusa novamente.

Meus seios estão tão cheios que estou usando uma frauda dentro do sutiã para não sujar minha roupa. Isso não é justo, esse menino é meu filho, não posso fazer isso com ele. Rye é apenas um bebê, não tem culpa de nada. Assim, eu tiro a frauda do meu sutiã e levando a blusa descendo o sutiã do lado esquerdo, ainda meio incerta do que estou fazendo. Pego um copo e espremo um pouco de leite no copo, encaro Rye. Fecho os olhos e peço a Deus para conseguir fazer isso. Massageio o mamilo e coloco rumo a boca de Rye, o menino logo abocanha meu seio enquanto o segura com a mão esquerda. A sensação não é de todo ruim, mas confesso que é um pouco estranho. Pego um copo e coloco café, comendo algumas torradas enquanto Rye mama, assim que ele termina percebo que dormiu de novo. Sorrio limpando sua boquinha que ainda escorria um pouco de leite. Subo com ele para o quarto e troco sua frauda com ele ainda dormindo, deito ele no berço e dou um beijo em sua testa cobrindo-o com o cobertor antes de sair do quarto. Volto para a cozinha, depois de arrumar tudo por lá, arrumo as coisas no meu quarto e vou para o ateliê de Peeta. Creio que admirar suas pinturas tenha se tornado meu novo passatempo. Vejo vários quadros, alguns deles Peeta está com Rye, ou comigo. É tudo tão lindo e real, que quase posso sentir que estou lá.


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Notas finais do capítulo

Oii de novo! Espero que tenham gostado. Não deixem de comentar hein? Quero saber se vocês gostaram. Foi muito precipitado esse selinho? Foi muito sem noção a Kat ter gostado ao invés de ter batido no Peeta? Por favor, kkkk preciso saber!

E que a sorte, esteja sempre ao seu favor! ❤️