Out Of The Woods... escrita por Day Alves


Capítulo 17
Você é lindo...


Notas iniciais do capítulo

Oii Tributos! Tudo bem? Espero que sim! Demorou muito? Acho que um pouco né?

Então, eu disse que postava antes do fim de semana e cá estou. Gente! Tô muito feliz. Sabem por que? RECEBI UMA RECOMENDAÇÃO! Jesus. Esse mês vocês querem me matar né?

Enfim, muito obrigada a ~Clarinesinha por essa recomendação MARAVILINDA que encheu meu coração de alegria! Sério! Eu estou a ponto de sair gritando e pulando. Muito obrigada mesmo!

Bom, como eu disse para vocês, eu ainda estou com um pouco de bloqueio, eu escrevo algumas coisas mas, nunca parece bom o bastante, então eu escrevi esse capítulo. Eu gostei dele? Não muito, mas espero que agrade um pouco vocês.

Boa Leitura! ❤️



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Pov Katniss.

Estava terminando de arrumar a cozinha enquanto Effie colocava Rye no berço para mim. Meu anjinho ficou tão cansado que acabou dormindo enquanto brincava com Lily. Assim que terminei de arrumar tudo. Vi Effie descer as escadas e me olhar confusa.

— Ouviu isso? – Ela perguntou, parei para ouvir. Eram risadas. Risadas escandalosas.

— Deve ser o Peeta e o Haymitch. – Digo, nunca ouvi Peeta rir tão alto e descontroladamente.

Effie e eu rumamos para a sala e a cena a seguir me faz abrir a boca: Peeta e Haymitch estão cada um com uma garrafa de Whisky na mão, e ambas estão com seus líquidos por menos que a metade. Eles estão bêbedos. A conclusão me faz ficar ainda mais  perplexa. Peeta bêbado?

— HAYMITCH ABERNATHY! – Effie grita ao meu lado, fazendo Lily que continuava brincando distraída no chão, dar um pequeno sobressalto.

— Amor... – Ele diz, sua voz está arrastada.

— Vamos para casa agora! – Effie diz entredentes. Haymitch engole em seco e se levanta entregando a garrafa para Peeta.

— Foi bom beber com você garoto. – Ele diz, e depois me olha. — Até mais docinho.

Effie pega Lily no chão e sai arrastando Haymitch para fora de casa. Olho para Peeta. Ele está ignorando minha presença aqui, e continua bebendo. Fui até ele e tomei a garrafa de sua mão, ele me olhou feio.

— Devolve. – Disse, sua voz estava rouca, incrivelmente rouca.

— Não. – Neguei. — Que papelão, ficar bêbedo no aniversário do próprio filho.

— Papelão é o seu, de passar quase todo o aniversário do nosso filho, me ignorando, como se eu não estivesse aqui. – Ele não estava tão bêbedo, não gaguejava nem dizia coisas sem sentido.

— Você tem que tomar um banho. – Digo. Ele tenta se levantar, e eu percebo que talvez eu estivesse enganada. Peeta está muito bêbado. Tanto que mal consegue se manter de pé. Bufo e coloco seus braços ao redor do meu pescoço, ajudando-o a subir as escadas. Assim que chegamos no quarto, tento leva-lo para a cama, porém ele muda o percurso para o banheiro. Aí eu entendo, ele quer vomitar. Levo ele até o banheiro e ele destampa o vaso colocando tudo o que comeu para fora. Faço uma careta, odeio isso. Mesmo assim, passo a mão por suas costas e espero que ele termine para ajudá-lo a escovar os dentes. — Consegue tomar banho sozinho?

— Sim. – Ele responde. Saio do banheiro e vou até o closet, pego uma bermuda bege e uma blusa cinza para ele vestir, minutos depois, ele sai do banheiro, seus cabelos estão molhados e seu cheiro está bem melhor, a toalha presa em sua cintura marcava bem a sua cintura, principalmente suas nádegas, não que eu estivesse olhando. Quer dizer, eu estava olhando sim.

— Katniss, pode se virar para eu me trocar? – Ele perguntou, muito inocente, ou talvez muito bêbado para reparar que eu secava seu corpo. Viro-me de costas, noto que na minha frente, tem um daqueles espelhos de corpo inteiro que fica preso na porta do closet. Posso ver meu reflexo por ele, mas, posso ver o reflexo de Peeta também. Ele tira a toalha de seu corpo e a joga sobre a cadeira, ele está de costas para mim, e assim, eu posso reparar em seus ombros largos, nas gostas de água que ainda escorrem por suas costas, nas duas covinhas embaixo da sua espinha e por fim, em suas nádegas, e por um momento de insanidade, paro para pensar como um homem pode ter uma bumbum tão grande. Assim que ele termina de vestir a cueca, vira de frente e nossos olhares se encontram no espelho. Ele me encara sério, para logo, dar um sorriso. E poxa! Eu poderia morrer com um sorriso desses. Sinto meu rosto esquentar, ele me pegou olhando para ele. Olhando enquanto ele trocava de roupa! Eu queria muito ser um daqueles bichos que foram extintos, aqueles que tinham o pescoço longo, qual o nome mesmo? Avestruz. Eu queria ser um avestruz para poder enfiar minha cabeça no chão e ficar lá por alguns anos. Talvez, para sempre!

Sou pega de surpresa quando Peeta me pega pelo braço e me vira para ele, enlaçando seus braços em minha cintura e encostando seu nariz no meu. Eu devia evitar isso, devia por que sei que dessa vez, eu vou agarra-lo como senti vontade de fazer mais cedo.

— Se soubesse que queria ficar me olhando, não tinha te pedido para se virar. Afinal, tudo o que eu tenho e o que eu sou. É para você. – Ele diz em meu ouvido. Causando um calor estranho no meu corpo.

— E-eu... fo-foi, foi sem querer. – Digo gaguejando. Minhas pernas tremem tanto que se Peeta não estivesse me segurando tão firme em seu corpo, provavelmente eu cairia.

— Não, eu não me importo. – Ele disse, roçando sua barba que já estava crescendo em meu pescoço, causando-me um arrepio gostoso. — Gosto de saber que meu corpo te atraí. – Ele se afastou de mim. — É claro, tirando a parte da perna e...

— Você é lindo. – Digo, colocando minha mão em seu rosto. — Nunca pense que sua deficiência te torna menos lindo. Por que mesmo que você fosse feio por fora, você ainda seria incrivelmente lindo por dentro. – Digo, e sei que estou falando a verdade. Peeta é a pessoa mais bondosa, altruísta e honesta que eu conheço.

— Por que você faz isso? – Ele pergunta, olho em seus olhos e vejo que eles estão marejados.

— Isso o que?

— Fica me olhando desse jeito, falando essas coisas. Me faz pensar que você sente alguma coisa por mim. Mas, você não sente. – Ele se afasta ainda mais agora, calambeando um pouco, passando a mão pelos cabelos num ato nervoso.

— Não, ainda não. Mas, não é como se eu te odiasse. Você é o pai do meu filho, meu marido. Eu, gosto de você. Ainda não sei como, mas gosto. – Digo, olhando em seus olhos.

Ele maneia a cabeça e se deita de bruços na cama, somente com a cueca mesmo. Seus olhos encaram um ponto vago.

— Por que você bebeu Peeta? – Digo, sentando-me ao seu lado e com um certo receio, passando a mão por seus cabelos.

— Isso está ficando muito difícil para mim aguentar sóbrio. – Ele diz com a voz sonolenta.

— Eu sei... desculpe. – Digo, ele apenas assente levemente com a cabeça fechando os olhos.

Alguns minutos depois, ele já está em um sono profundo. Aconchego-me melhor na cama e fico olhando para ele. O que eu estou fazendo com ele? No que eu estou transformando Peeta Mellark? Não tenho o direito de magoá-lo assim. Peeta é tão bom. E eu, eu não o mereço.

*-*

Pov Peeta.

Acordo-me com os raios de sol batendo em meu rosto. Faço uma careta, minha cabeça doí, assim como o resto do meu corpo. O que aconteceu? Sinto algo sobre meu ombro, abro meus olhos e vejo que Katniss está deitada ao meu lado com sua cabeça em meu ombro. Sorrio, o que ela está fazendo aqui? Espera, esse é o quarto dela. O que EU estou fazendo aqui? Flashes da noite passada invadem a minha cabeça. Eu bebi, bebi com o Haymitch, acho que cheguei a ficar bêbedo, e Katniss cuidou de mim.

Olho para a morena do meu lado, tão linda. Há quanto tempo eu não a tenho tão perto de mim? Há quanto tempo não sinto ela em meus braços? Isso vai me enlouquecer. Sinto meu estomago se contorcer, minha boca está seca e somente uma palavra vem em minha cabeça: Ressaca. Ainda bem que hoje é domingo, posso ficar o dia todo em casa. Abraço Katniss com mais força deixando seu corpo colado ao meu e inspiro o cheiro dos seus cabelos. Pêssego, ela deve ter mudado de shampoo por que me lembro que antes era baunilha. Uma paz quase que perigosa toma conta de mim.

Minutos, ou talvez, horas se passam, Katniss permanece dormindo como um anjo. Espero não ter dado muito trabalho para ela. Olho para o relógio no criado mudo: 10:30. Katniss começa a se remexer na cama ate que seus olhos cinzentos encontram os meus. Ela nos olha e vejo seu rosto ficar ruborizado, só então me lembro de que estou somente de cueca e nossos corpos estão quase que enroscados.

— Desculpe. – Digo. Vejo que ela evita olhar em meus olhos, seu rosto está vermelho, ela está com vergonha. Mas, quantas vezes eu já não levantei só de cueca perto dela?

— Tudo bem. – Ela diz, levantando-se da cama. — Vou preparar o café. Você deve estar precisando.

Antes que ela saia pela porta, eu levanto com pressa da cama, ignorando uma forte dor de cabeça e abraço seu corpo, enterrando meu rosto na curva de seu pescoço e aspirando seu cheiro. Baunilha e amêndoas. Sorrio.

— Obrigado por cuidar de mim. – Digo em seu ouvido e vejo sua pele arrepiar.

— Não me agradeça. – Ela diz, suavemente. — Não antes de eu lhe dar o sermão que eu passei a noite decorando.

— Você dando sermão? – Digo, afastando-me dela. — Só acredito vendo.

— Pois saiba que eu sou bem rigorosa. – Ela diz, fechando a cara em uma carranca. — Tome um banho e desça.

E assim ela sai, fechando a porta atrás de si. Katniss é mesmo inacreditável.

Pov Katniss.

— Eu não sei onde vocês dois estavam com a cabeça! – Grita Effie fazendo-me olhar em direção a escada para ver se tinha algum indicio de que Rye tenha acordado, por incrível que pareça, parece que não.

— Não ficamos bêbedos. – Haymitch dá de ombros.

— Diga isso por você. – Murmuro encarando Peeta.

— Confesso que não me dou bem com o álcool, fiz uma besteira que não vai se repetir. Desculpe. – Ele diz, encarando a mim e a Effie.

— Tudo bem... não pense que vai me comprar com esses olhinhos azuis. – Effie resmunga andando de um lado para outro.

— Não penso.

— Dá próxima vez. Vocês vão ter uma lição. – Ela diz, olhando severamente para os loiros sentados juntos no sofá. Seguro o riso. — Não concorda Katniss?

— Sim. – Digo, fingindo seriedade. — Agora que já falamos com eles, Peeta vai fazer o almoço como parte do castigo. Effie, você pode dar uma olhada em Rye para mim? Acho que ele acordou.

— Claro, estou indo.

Effie sobe as escadas enquanto Peeta sai resmungando algo como "ser grande demais para ficar de castigo" e outras coisas em direção a cozinha. Aproximo-me de Haymitch.

— Eles nunca aprendem. – Ele revira os olhos.

— O que?

— Essas suas técnicas para ficar a sós comigo. – Ele sorri. — Diga docinho, o que você fez agora?

— Estou com um probleminha. – Digo, olhando em direção a cozinha e a escada. Barra limpa. — Há alguns dias, eu venho tendo sonhos.

— Sonhos?

— Sim, sonhos estranhos.

— Sonhos estranhos?

— Para de me imitar!

— Não estou te imitando!

— Sabia que não devia falar disso com você.

— Tudo bem. Parei. – Ele suspira. — Por que você acha esses sonhos estranhos?

— Bom, esses sonhos, sempre tem algo relacionado a minha vida. São estranhos! Não sei explicar.

— Você acha que... são... memorias? – Ele diz, um pouco receoso.

— Não sei...

— Devia falar com sua mãe sobre isso. – Ele diz.

— Vou falar, eu só... queria saber a opinião de alguém racional, tenho certeza que se falasse com qualquer outra pessoa ela ia surtar e sair gritando para Deus e Panem que eu estou me lembrando. Eu só... não quero que o Peeta fique sabendo, não agora. Ele está se martirizando demais e, isso poderia significar uma esperança para ele que eu não posso arriscar. Não quero criar falsas esperanças e depois... descobrir que são apenas sonhos mesmo. – Digo.

— Fico feliz que você pense no bem-estar do garoto, ele realmente está carregando um peso bem maior do que aqueles braços podem carregar. – Haymitch diz.

— Eu sei... eu sei.

 

Depois do almoço, após Haymitch, Effie e Lily irem embora, Peeta e Rye vão para a sala assistirem desenhos enquanto eu termino de arrumar a cozinha.  Fico pensando nesses meus sonhos, será que Haymitch tem razão? Eles podem mesmo serem memorias? Preciso falar com minha mãe. Deixo a cozinha e vou em direção a sala. Peeta e Rye continuam deitados no sofá abraçados um ao outro. Sorrio. Eles são tão lindos!

— Peeta, eu queria ir ver a minha mãe. Tudo bem você ficar com Rye? – Pergunto aproximando-me dele.

— Não quer que a gente vá com você? – Ele desvia seus olhos azuis da televisão e os fixa em mim, sinto meu coração dar um leve solavanco.

— Não precisa, só vou ver ela um pouquinho e já volto. – Digo dando um beijo na testa de Rye e um na bochecha de Peeta, saindo pela porta em seguida.

Ando pela Villa até a casa de minha mãe, bato na porta e logo ela abre, revelando a dona Clara com um livro nas mãos.

— Entre filha. – Ela diz, abrindo espaço para eu entrar.

Ela nos guia até a cozinha e coloca chá em uma xícara para mim.

— E então, como estão as coisas? – Ela pergunta, sentando-se de frente para mim na mesa.

— Bem... quer dizer. Estão indo. – Digo, suspirando em seguida.

— O que houve filha? Parece preocupada. – Ela questiona.

— Eu, eu estou tendo sonhos.

— Sonhos?

— Sim, sonhos estranhos.

— Sonhos estranhos?

— Por Deus! Você e o Haymitch estão fazendo um complô ou o que? – Digo e ela me olha confusa. — Eu estou tendo sonhos mãe, sonhos que na maioria das vezes, dizem respeito a mim e a Peeta. Eu, conversei com Haymitch sobre isso. – Digo. — Ele acha que podem ser..., memorias.

— Oh Deus! Sim Katniss. – Ela se levanta da cadeira e vem até mim. — Isso só pode ser memorias. Mas, diga-me, com qual frequência você os têm?

— Duas, ou três vezes na semana. – Digo.

— Quer me contar sobre eles? – Ela pergunta e eu assinto, contando para ela sobre meus últimos sonhos estranhos. Ela ouve tudo com muita atenção e silencio.

— E a noite passada eu tive outro, eles são tão reais mãe. – Digo.

— Conte-me sobre ele.

“Estávamos no lago, eu nadava enquanto Peeta estava sentado próximo a margem do lago, aparentemente desenhando algo em uma folha, ele se mantinha concentrado e inerte a tudo. Aproximei-me sorrateira da margem e joguei um bocado de água nele, Peeta sobressaltou-se e olhou para mim com indignação. Eu havia molhado sua folha.

— Você sabe o quanto eu queria esse desenho? – Ele perguntou.

— Não. Depois você desenha ele de novo. – Digo, sorrindo para ele. — Vem nadar comigo.

— Não vou conseguir fazer o mesmo desenho com os mesmos detalhes depois... – Ele resmunga.

— Para de resmungar e vem nadar. – Digo, jogando mais um bocado de água nele.

— Como você é chata. – Ele diz já tirando a blusa e a calça.

— E você ainda me ama. – Digo, quando ele entra na água e alcança minha cintura com suas mãos.

— Sempre vou amar. – Ele sussurra.”.

— Esse foi o mais curto que eu tive, mesmo assim, me rendeu uma ótima dor de cabeça. – Digo.

— Talvez devêssemos contar ao Peeta, ele pode te ajudar a desvendar se isso são mesmo memorias ou apenas sonhos. – Ela diz.

— Eu não sei se é coerente contar para ele mãe, e se Peeta criar falsas esperanças? – Pergunto aflita. — Eu já machuquei esse garoto demais...!

— Tudo bem. O que você sugere então?

— Marque uma consulta com o Dr. Aurelius. – Digo, já me levantando da cadeira. — Conte para ele a situação, e me diga o que ele falou depois. Tenho que ir para casa, Peeta deve estar me esperando. – Digo.

— Para casa? – Ela pergunta com um sorriso.

— É, por que?

— Lembro-me de nos primeiros dias você dizer que sentia tudo, menos que aquela era sua casa. – Ela sorri.

— Mãe, você acha que talvez... eu deva agir como uma mulher casada? – Pergunto com um pouco de vergonha.

— Você já age como tal. Você cuida da casa...

— Mãe, com Peeta. – Interrompo-a.

— Ah sim. – Ela me encara. — Katniss, Peeta é seu marido. Pelas leis de Deus e dos homens. Filha, se sente vontade de fazer algo. Faça.

Pelo sorriso que ela está me mandando eu penso que talvez não devesse ter conversado sobre isso com ela. Mas, eu preciso saber que não estou fazendo nada de errado quando sinto vontade de beijar Peeta Mellark.

Entro em casa ouvindo o barulho de algum desenho que se passa na Tv, Peeta e Rye ainda estão atirados no sofá. Porém agora, um deles dorme tranquilamente, e não é Rye.

— Seu pai pegou no sono e deixou você aqui sozinho? – Pergunto para o menino que me encara com seus olhos azuis intensamente, e depois sorri. Pego Rye em meus braços e deixo ele no cantinho onde ficam seus brinquedos. Vou até a cozinha e corto algumas frutas para dar para ele. Vejo que a sala está silenciosa demais. Pego a vasilha em minhas mãos e vou em direção a sala, porém, assim que chego ao batente da porta, vejo uma cena que me faz petrificar: Rye está de pé, mas não é só isso. Ele está andando. Rye está ANDANDO! Deixo a vasilha que eu tinha em mãos cair no chão, fazendo-a virar pedaços. Peeta parece se sobressaltar com o barulho e acorda assustado, porém Rye continua fazendo seu caminho até o outro lado da sala, onde está seu carrinho de brinquedo favorito. Peeta olha para mim e desvia seu olhar para Rye, um sorriso genuíno brota em seus lábios.

— Rye – Peeta chama, fazendo Rye virar-se para encara-lo. — Vem para o papai? – Ele pede chamando o menino com as mãos.

“Papai”, nunca vou me acostumar em ver Peeta falar assim. Parece tão espontâneo, eu sei que pode parecer idiotice da minha parte, mas, eu não posso negar que sinto uma emoção diferente toda vez que escuto Peeta falar assim, por que ele é pai, pai de um filho meu. Sinto meus olhos pinicarem e minha visão ficar embaçada. Argh! O que há de errado comigo? Quando dou por mim, Peeta já está em minha frente com um Rye sorridente nos braços.

— Ei, o que houve? – Ele pergunta, seu semblante parecendo sério.

— Nada... eu só, estou feliz. – Digo sorrindo entre as lagrimas que agora já inundam meu rosto.

— Nosso garoto está crescendo Katniss. – Ele suspira olhando para Rye.

— Está mesmo. E eu ainda não sei se quero parar isso e ter ele assim para sempre, ou se eu quero ver ele crescer e acompanhar suas etapas. – Digo, as lágrimas ainda descem.

Peeta nada diz, apenas se aproxima com Rye e eles me envolvem em um abraço quente e acolhedor, é incrível como em tão pouco tempo tudo mudou, e é mais incrível ainda a forma como eu estou me acostumando e até mesmo gostando dessa nova vida.

Talvez, ainda tenha esperança.


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Notas finais do capítulo

Oii de novo! E então? Gostaram? Eu espero de todo coração que sim! Quero agradecer a todos os comentários que vocês me enviaram no capítulo passado, eu vou respondê-los agora, mas quero que saibam que, esse apoio de vocês, ajuda muito pessoal, realmente, é bom saber que tem pessoas que gostam daquilo que você faz e que te apoiam quando você precisa. Então, obrigada mesmo pelos comentários que vocês mandaram me apoiando e também pelas dicas que alguns de vocês mandaram, eu pretendo sim usá-las e muito obrigada mesmo por estarem me ajudando com isso.

E que a sorte, esteja sempre ao seu favor! ❤️