Saint

Sabe aquele momento de desespero? Onde tudo parece que esta dando errado? Nunca fui uma garota pessimista, sempre tentei ver algo bom na minha vida mas nossa, estava difícil.

Eu estava desempregada a meses. Desde que minha mãe morreu que eu tive que sair do meu emprego eu fiquei fora por cinco meses e agora eu não consigo absolutamente nada. Eu já tinha entrado em umas 20 empresas em menos de três horas e nada, 2 meses que eu tento, e nada. Eu juro que estava tentando não ser pessimista em relação a isso mas estava tão difícil. Com minhas botas sendo sujas pela neve com lama que estava derretendo nas ruas eu entrei na ultima empresa de hoje, arrumei minha mochila nas costas com meu curriculum na mão e fui ate a recepção.

Chego na recepção e sorrio pra loira que trabalhava insistentemente no teclado do computador.

—Bom dia, com licença. – Ela me olha de cabeça a baixo e sorri forçadamente.

—Bom dia, o que deseja?

—ahm, eu... queria deixar meu currículo para caso vocês...

—não precisamos de ninguém aqui. – me assusto com a rapidez em que ela me cortou,

—mas é que...

—já entendi senhora, mas não precisamos de ninguém .

—ah...tudo bem

Me viro com uma feição decepcionada ate que ouço a voz da recepcionista falando com alguém, olho pra eles e vejo um homem de costas para mim. Sua voz era grossa e firme e parecia estar brigando com a mulher que nem conseguia falar.

—mas senhor...- ela tenta falar.

—já disse porra, quero alguém na minha casa o mais rápido possível. – ele diz meio grosso e sai andando.

De costas ele era um homem lindo com seu terno que parecia ter feito sobre seu corpo. seu corpo era grande e ele era alto, seu corpo irradiava masculinidade e ele parecia ser bastante viril.

Olhei de volta para a loira que agora parecia estar desesperada procurando algo, me viro outra vez para ir embora mas ouço alguém pegar no meu braço, me viro e vejo a recepcionista.

—posso ajudar moça? – pergunto a ela

—você acabou de me dar seu currículo.

—sim, ué.

—eu preciso de você. – a olho desconfiada. – quer trabalhar não quer?

—sim eu quero, mas o que eu faria?

—você sabe cuidar de uma casa? – ela me pergunta e eu franzo o cenho estranhando sua pergunta.

— sim eu sei mas o que isso tem haver?

— você pode trabalhar na casa do meu chefe?!

— na casa do seu chefe? Mas...como assim? – ela respira fundo.

—ele esta procurando uma diarista pra cuidar da casa dele e pode ser você.

—é, eu acho que sim.

—aceito, eu preciso desse emprego. – ela da um pequeno sorriso.

—então tudo bem. – ela me puxa pela mão e vai ate sua mesa, escreve algo em um papel e me entrega. – vai ate o RH e conversa com a diretora de la, ela vai saber o que fazer, e se for aceita ela vai te explicar tudinho.

—esta bom, obrigada. – sorrio em agradecimento e vou ate o RH.