Agora estavam ambos num enorme sofá castanho e Adrien beijava o corpo nu de Marinette, percorrendo-lhe o pescoço e os braços, aproximando-se dos seis com uma lentidão que deixava Marinette à beira da loucura. E no momento em que Adrien aproximava o seu corpo do corpo de Marinette, preparando-se para o instante em que se transformariam num único corpo ondulante e mágico, Marinette acordou do seu sonho e descobriu que estava no sofá da sua sala, mas sozinha, completamente sozinha! Não havia vestígios da presença de Adrien e Marinette transpirava, desorientada e confusa, com a certeza de que tudo não passara de um sonho, mas um sonho que não se importaria nada de viver.
—Não posso continuar a fingir que não quero saber do Adrien! Vou ter de engolir os meus preconceitos e dar a este homem e a mim mesma uma oportunidade. E vai ser agora!
Levantando-se bruscamente, Marinette pegou no telemóvele marcou o númoero de Adrien. Do outro lado, uma voz conhecida:
—Alô?
—Adrien? Sou eu, Marinette...
—Marinette! Você ligou... – Adrien estava visivelmente emocionado com a iniciativa de Marinette.
—Sim. Eu... Eu queria pedir desculpa por ter sido tão brusca e tão...tão preconceituosa. – Marinette não sabia muito bem como conduzir aquela conversa.
Adrien ficou em silêncio por um momento, até que disse:
—E se eu a convidasse para jantar e esquecêssemos todos os mal-entendidos?
Marinette foi surpreendida pelo convite, mas estava decidida a não desperdiçar mais oportunidade.
—Eu aceito o convite!
—Posso ir buscá-la hoje, pelas oito horas?
—Sim, claro – respondeu Marinette – estarei pronta.
Marinette deu a morada a Adrien sem hesitar muito e desligou, deixando-se ficar a pensar em tudo o que lhe estava a acontecer. Depois de tantas confusões, preparava-se agora para ir jantar com um homem que a estava a tirar do sério desde que o conhecera, no palco do Danúbio Azul.