A Hospedeira 2 - Depois do fim escrita por Camis


Capítulo 16
Capítulo 16 - Dúvidas


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii!!!!!!!!!! Meu amores que saudadess!!
Primeiro, me desculpem a demora mais uma vez!!! Prometo não sumir de novo, tá?
Gente gostaria de pedir que vocês comentem. Me motiva muito a continuar escrevendo. Gosto de saber a opinião de vocês!!!
BOA LEITURA!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/711831/chapter/16

POV - Lua

Embora a cama em que eu dormia ser muito mais confortável do que a da estação de cura, não consegui dormir muito bem. Minha cabeça estava cheia de pensamentos sobre o que eu faria dali em diante. Eu já havia me decidido sobre o que fazer a algum tempo, eu estava determinada a levar Peg e Alice para casa. Para Ian. Pensar nele ainda me fazia ficar confusa quanto aos meus sentimentos. Sem dúvida eu amava John com todo meu coração, mas não consigo explicar o que sinto por Ian. Eu sei que ele ama a Peg e também sei que não o amo como John mas, então, o que sinto por ele? Não sei a resposta para esta pergunta como para várias outras que fiz a mim mesma desde que abri os olhos pela primeira vez.

Eu estava acordada a muito tempo pensando em nada e em tudo ao mesmo tempo. Queria poder saber as horas, mas não existia nenhum relógio ou aparelho celular dentro do quarto. Quando acordei, a um bom tempo atrás, me senti como se não pertencesse aquele lugar, aquele quarto. O único local onde eu tive contato fora a estação de cura, então quando abri os olhos e percebi que não estava lá e sim num quarto bem grande e com uma cama extremamente confortável no apartamento de John, me senti uma intrusa num mundo que era e não era me ao mesmo tempo. Eu me encontrava completamente espalhada pelo colchão macio. Meus cabelos soltos se prendiam na pele molhada de meu pescoço devido ao suor, meus braços abertos de ambos os lados, minhas pernas curvadas em forma de triângulo e meus olhos completamente arregalados. Permaneci assim por um bom tempo, enquanto raciocinava sobre um futuro próximo. Como seria recebida quando chegasse as cavernas? Como Ian me trataria? Iriam me jogar na mesma sela em que  prenderam Peregrina quando ela chegou junto com Melanie? Jamie gostaria de mim como gosta de Peg? Eu seria aceita pelo restante deles? Como diria a John o que pretendia fazer? Mais perguntas sem respostas. 

Me arrasto para a beirada da cama com cuidado para não fazer nenhum barulho e me assento ali. Apoio os cotovelos nos joelhos e a cabeça em minhas mãos em formato de concha, isso faz com que meus cabelos longos caiam tampando minha visão do quarto escuro. Tudo está no mais absoluto silêncio. Fico assim até criar coragem para ir até a cozinha beber um copo d'água e procurar um relógio. Me levanto e sinto minhas pernas bambas, caminho até uma parede e me escoro lá até que minha visão pare de rodar. Já recomposta ando devagar até a porta e a abro, está escuro, mesmo assim não ascendo as luzes. Percebo que a porta do quarto ao lado do meu está fechada.  O quarto de John! Penso ao mesmo tempo em que um suspiro sai de meus lábios carregado de algum sentimento que não consigo denominar. Continuo andando pelo corredor até que chego a sala, o local está todo iluminado pela luz da Lua devido as janelas envidraçadas. Sorrio. Caminho até o balcão de divide a sala e a cozinha e pego um copo, me dirijo a geladeira e pego uma jarra com água, encho o copo e bebo repito a mesma coisa por mais duas vezes. Vou em direção a mesma poltrona que escolhi no dia anterior e me sento, percorro a sala com os olhos e encontro um relógio grudado na parede. 4:30 da manhã. É, estava bastante cedo ainda.

Perdida em pensamentos, me pego admirando o luar pelas grandes janelas de vidro. Formava um desenho bonito, daqueles que encontramos pintados em quadros de aquarela. A lua cheia e brilhante centralizada entre as casas e prédios de Phoenix, as estrelas emoldurando seu formato, as poucas luzes da cidade iluminavam a cidade por baixo do céu negro e perfeito. Sorrio. Era realmente um desenho lindo. O sorriso some, dando origem as lágrimas que se formavam em meus olhos. Eu estava me apegando muito rápido a tudo a minha volta. Primeiro ao John, depois a Alice e agora ao céu estrelado. Deixo minhas lágrimas caírem livremente pelo meus rosto junto a um sorriso triste formado em meus lábios.

Você não precisa ir!— a voz de Peg em minha cabeça soava alta e cheia de tristeza, talvez por saudades de Ian, por eu estar triste ou... não mais o que.

Eu preciso ir...— respondo com minha voz triste. - Não só por você ou pela Alice, mas por mim. Eu preciso disso tanto quanto você Peg. Eles são minha família também, por mais que eu não seja a deles. Eu preciso...

Ela pareceu concordar com um aceno de cabeça e foi então que eu conclui: Meu tempo está acabando. Minhas lágrimas continuaram a cair até que eu adormecesse novamente.

 

 

A luz do sol batia em meu rosto e o fazia arder, esse era o modo como me acordava de manhã. Abro os olhos com dificuldade, eles ardem por causa da luz, percorro a sala e estou sozinha. Me levanto e me dirijo ao corredor. A porta do quarto de John está aberta. Chego mais perto e observo. As cortinas e janelas abertas possibilitanto a entrada do ar, a cama impecavelmente arrumada com uma roupa de cama em azul claro. Volto para meu quarto na intenção de arrumar a cama, mas também já está arrumada numa roupa de cama rosa claro. Vou até as sacolas na escrivaninha, pego um vestidinho branco com estampa floral e sapatilhas cor da pele, me visto e prendo o cabelo numa trança de lado meio desajeitada. Decido ir preparar o café da manhã - eu tinha de ser útil em alguma coisa, pelo menos. - abro a geladeira e pego algumas fatias de bacon, três ovos e algumas laranjas para fazer um suco. Coloco uma frigideira no fogo e disponho as fatias de bacon ali para fritar, descasco as  laranjas e as espremo com a ajuda de um espremedor de laranjas, coloco o suco no liquidificador com um pouco de açúcar e água e bato, pego outra panela e frito os ovos. Já estava quase pronto. disponho as fatias de bacon com os ovos em dois pratos e coloco-os no balcão, duas taças com suco, talheres e tudo pronto. O barulho da porta do banheiro se abrindo e o delicioso cheiro amadeirado de John me tiram a concentração e quase jogo os talheres no chão, ele ri da minha expressão assustada e aliviada ao mesmo tempo e caminha em minha direção.

— Posso saber o que a senhorita está aprontando? - diz já se assentando numa das banquetas em frente o balcão e passando a mão pelos cabelos louros bagunçando-os.

— Bom dia pra você também! - digo com um sorriso irônico no rosto. - Café da manhã. Uma forma de agradecer por tudo que fez por mim e por ter arrumado minha cama. - ele sorri verdadeiramente.

— Quando acordei fui ao seu quarto mas você não estava lá, vim para cá e te vi assentada na minha poltrona, não quis te acordar então fui arrumar as camas e tomar um banho. - respondeu sorrindo. - E, a propósito, você está linda. - fiquei mais vermelha que um tomate, mas sorri.

— Obrigada. Vamos comer? - ele assentiu com a cabeça e me assentei ao seu lado travando uma guerra mental entre dizer a ele ou não meus planos de voltar pra casa. Resolvi conversar com ele mais tarde.

Depois de algum tempo comendo em silêncio, resolve se manifestar.

— Você cozinha muito bem! - exclamou enquanto acabava de comer.

— Eu praticamente não fiz nada John! - disse sorrindo. - Apenas fritei os ovos e o bacon. A única coisa que realmente fiz foi o suco.

— Então você faz um ótimo suco. - respondeu sorrindo.

— Obrigada. - disse sorrindo irônicamente.

Assim que acabamos de comer e John bebeu todo o restante do suco que estava na jarra, fui lavar a louça. Ele insistiu em lavar e como viu que eu não deixaria tentou pegar a esponja de minhas mãos, isso fez com que eu acabasse deixando cair detergente na sua camisa como a desastrada que sou. Ele começou a rir da minha cara de preocupada enquanto olhava pra camisa e disse que ia se trocar. Lavei a louça, sequei e guardei tudo.

— Que tal irmos ao parque? Depois almoçamos em algum lugar e vamos ao cinema. - me pegou de surpresa fazendo com que eu deixasse uma das panelas cair no chão. Ele começou a rir enquanto me abaixava.

— Tudo bem. - concordei assim que as panelas foram para os devidos lugares no armário. Ele foi até o móvel da sala, pegou sua carteira e se dirigiu até a porta.

— Vamos? - assenti e saímos do prédio de mãos dadas caminhando até o parque mais próximo. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Segundo, muito obrigada a todos vocês que estão lendo e acompanhando a fic. Espero muito, do fundo do coração, que estejam gostando da história.
Acompanhem para não perderem mais nenhum capítulo. Mais uma vez peço para vocês comentarem sobre o que mais gostam. o que esperam, dicas. Me motiva muito a continuar.
Beijosss
Até logo!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Hospedeira 2 - Depois do fim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.