A Hospedeira 2 - Depois do fim escrita por Camis


Capítulo 12
Capítulo 12 - Conhecendo sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amoress!!! Tudo bem com vocês? Espero que sim! Gente estou trazendo mais um capítulo para vocês. Logo, logo Lua sairá em busca de sua "família". BOA LEITURA!!!!



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POV - Lua

Acordei assustada, agoniada, o sonho que tivera parecia tão real, tão vívido. Meus próprios gritos me despertaram, o medo me despertou. Levanto da cama num pulo, estou assentada no fino colchão duro, tento recuperar o fôlego inspirando o ar o mais rápido que meus pobres pulmões conseguem. Já com meus pulmões cheios de ar, lágrimas descem, numa velocidade considerável, pelo meu rosto, olho em volta a procura de John, ele não está. O pavor do sonho volta a me atordoar, tiros, gritos, todas as cenas ocorridas no maldito sonho voltam a passar pelos meus olhos como um filme de terror agoniante. Tento expulsar essas imagens de minha mente, sem sucesso. Levo uma das mãos até minha barriga num gesto protetor, eu estava me apegando muito ao filho de Peg, isso não devia acontecer, não podia acontecer, mas eu não podia evitar, já amava aquela criança como se fosse meu próprio filho mas, de qualquer modo, assim que pudesse sair daqui levaria  Peg e o bebê até sua casa, as cavernas no meio do deserto. Os levaria até Ian, Melanie, Jamie, Jared, Jeb e os outros humanos que compunham a família dela, a família que eu considerava como minha, com um pequeno acréscimo: John. Eu o deixaria para levar minha irmã e seu pequeno filho para casa? A resposta estava clara, mas eu não queria que fosse assim, eu não deixaria a única pessoa que cuidou de mim desde quando cheguei aqui, eu não queria deixar, mas era a única alternativa que tinha, iria abrir mão da minha vida com aquele que amo, por aqueles que nem sei como vão agir quando puserem os olhos em mim. Sacrifícios tinham de ser feitos e iriam ser feitos.

Os pensamentos em meus próximos passos ocuparam minha mente por um tempo, eu ainda não conseguia parar de chorar e nem queria, abracei minha pernas e coloquei o rosto por entre os joelhos, continuei a derramar lágrimas, meu choro não era tão silencioso quanto gostaria, mas não me preocupei com isso, ninguém me ouviria ali, os outros quartos ao lado do meu estavam vazios, Flores para o sol não viria aqui à noite e se viesse não falaria com ela, a única pessoa que eu gostaria de ver não estava ali. Não sei por quanto tempo fiquei chorando naquela posição, mas foi por tempo o bastante para minhas pernas ficarem dormentes, meus olhos inchados juntamente com meu rosto e minha cabeça doer. Um barulho de passos apressados chamou minha atenção, alguém estava correndo pelo corredor que levava ao meu quarto. Levanto o rosto e observo a figura parada na porta. Ele para por um instante para recuperar o fôlego e dá um passo a frente.

— Lua! - sua voz baixa, ele aparenta preocupação, mas ao mesmo tempo parece feliz em me ver ali.

— John! - ele corre até mim e abraça-me forte, também me agarro a ele e choro com mais, muito mais. - Foi horrível! Eu tenho medo! Não conseguia te alcançar. Me pegaram, atiraram em mim. - consigo dizer entre soluços.

— Shh! Estou aqui. Está tudo bem. Não vou deixar nada acontecer a você! Eu prometo.

Continuamos abraçados ali por bastante tempo. O silêncio dominou todo ambiente. Tudo ali está em silêncio, nem um único ruído. Só nós dois, abraçados. Eu podia sentir seu coração batendo no mesmo ritimo acelerado que o meu, o aroma que ele exalava se empreguinava em mim, não cheiro de sabonete ou shampoo mas o cheiro dele, era apenas dele. Ele acariciava meus cabelos cacheados de maneira delicada, isso era tudo que eu precisava agora, senti-lo ali do meu lado, nesse momento eu sabia que nossos sentimentos eram recíprocos. O amor inundava o quarto e rodopiava ao nosso redor, eu já havia me acalmado e parado de chorar, agora somente um sorriso estava pregado em meu rosto. Aquilo era, realmente, tudo o que eu precisava agora e para sempre.

Me desgrudei dele muito a contragosto e olhei em seus olhos, eles brilhavam, mas não de alegria, brilhavam por causa das lágrimas e estavam se acumulando ali. Ele havia chorado assim como eu.

Tudo bem.— digo enquanto acaricio seu rosto. Ele fecha os olhos e apoia a cabeça em minha mão enquanto a sua segura minha.

— Tudo bem. - diz, é quase um sussurro, sua voz baixa e rouca admite que havia chorado bastante durante o tempo que havíamos ficado abraçados.

Procuro pelo relógio digital na mesinha ao lado da cama e olho as horas, não que importasse, apenas queria saber quanto tempo teríamos para ficar ali. Já era 4:30, John se assusta com o horário. Realmente havíamos ficado bastante tempo ali chorando e nos abraçando e pensando em muitas coisas.

— Você devia voltar a dormir. - diz para mim que nego com um gesto de cabeça. - Provavelmente, Flores para o sol lhe dará alta mais tarde. - arregalo os olhos e um sorriso surge em meus lábios.

— Sério? - digo enquanto pelo em seu pescoço num abraço rápido. Ele ri quando me afasto e diz que sim com a cabeça. - Provavelmente, o resultado do exame para saber se o bebê será menino ou menina, também sairá mais tarde.

— E você já escolheu o nome? - pergunta sorrindo ainda mais.

— Sim. - respondo me lembrando da última conversa que tive com Peg. - Alice ou Adrian.

— Belos nomes, pode me dizer o motivo da escolha? - respondo que sim com a cabeça.

— Alice era o nome da mãe de Ian. Peg iria gostar desta escolha. - não podia dizer que ela o havia escolhido e que ainda vivia aqui comigo. - E Adrian, por que acho que ira combinar com a personalidade do bebê. Ela também aprovaria o nome.

— Por que revelou o nome do pai do bebê, sendo que estava emitindo isso? - franzi o cenho enquanto pergunta.

— Porque você já sabia que eu estava mentindo e porque confio em você.

— E sempre poderá confiar! - diz enquanto beija meu rosto me fazendo corar, espero que a falta de luz não o tenha feito perceber.

— Sempre confiarei.— seguro sua mão ainda em meu rosto e fecho os olhos.

O restante  da noite passou rápido. Conversamos sobre diversos assuntos durante as horas que se passaram. Ele me disse por que optou pela escolha do nome de seu hospedeiro e também um pouco da história dele. Contei para ele como era a vida nas cavernas. Disse apenas o que foi autorizado por Peg, e também só aquilo que ele me permitia ver. Disse um pouco sobre Melanie, Jamie, Ian, Jeb, Jared e sobre a própria Peg. John ficou fascinado pelas minhas história e sempre queria saber mais sobre isso. Quase contei a ele que Peg ainda estava aqui, mas preferi não correr o risco. Logo a manhã e chegou e com ela o sol, que iluminava todo o quarto dando vida a ele, e a tudo em sua volta. Os olhos verdes esmeralda de John ficaram ainda mais vívidos com a luz do sol, ele me encarava enquanto falava e passava a mão pelos cabelos. De uma coisa eu tinha certeza: Eu o amava.


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Notas finais do capítulo

Gente, espero que vocês estejam gostando da história. Comentem o que gostam, e o que não gostam, criticas construtivas são sempre bem vindas. Acompanhem, cometem e favoritem a história!! Beijinhos açucarados e até logo!!



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