O fantástico mundo de Eldarya escrita por Tsukikage Yuri


Capítulo 2
Capítulo 2- Mascote do inferno


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Bom, os capítulos podem demorar um pouco pra sair e não tem um padrão porque comecei a trabalhar recentemente. Mas se um episódio demorar muito não significa que eu abandonei, ok? Então, aproveitem o capítulo ♥



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E graças a união de todos, consegui permanecer lá sem ser na cela. A união faz a força. Um por todos e todos por um. Se você acredita em tudo isso, parabéns. Você vive uma farsa. Enfim, agora que faço parte da Guarda de Eel, tenho que ficar em uma das guardas. E vocês já sabem qual guarda eu quero.

— Essa guarda é exclusiva, você não pode fazer parte dela._ o unicórnio praticamente me tirou um doce com essa frase.
— Então vão tudo se foder que eu não quero fazer parte de porra nenhuma não.
— Mas Acsa, nós já discutimos que a Reluzente é só para membros de elite.
— Você tá dizendo que eu não sou da elite? Fala na minha cara.
— Você não faz parte da elite._ o azulado disse sorrindo enquanto saía da sala.
— Vai ti foder, Ezarel. ¬¬

Os personagens agora me respondiam mais naturalmente. Parecia que depois da Miiko ter me aceitado em seu reino, eles interagiam mais comigo. Como posso dizer... não eram respostas prontas para qualquer diálogo. E eu estava adorando isso. Finalmente poderia mandar todo mundo tomar no cu e me responderiam adequadamente.

— Você tem alguma habilidade especial, Acsa?
— Mandar todo mundo tomar no cu e se foder é uma?
— Acho que não...
— E sinceridade? Eu sou muito sincera.
— Bem, é melhor começarmos do começo.
— Boa! Também acho, porque pelo fim é meio complicado.
— Vamos para a biblioteca, você fará o teste lá.
— Sim, senhor._ comecei a segui-lo.

Ao sairmos da sala do Cristal, encontramos o Nevra no corredor. Ele olhava para nós dois com um sorriso no rosto.

— Passou no teste? A questão 9 é bem complicada, né?
— Cara, do que você tá falando? '-'
— Ela ainda não começou o teste, Nevra.
— Hm... então ainda posso influenciá-la._ o moreno me olhou malicioso.
— Keroshana, arruma um quarto que o negócio é agora.
— É Keroshane! E Nevra, não tente influenciá-la._ sério.
— Já me influenciou. '-'

Ao passarmos pelo corredor, chegamos no mundo das portas. Eu tentei dar meia volta ao ver Ezarel ali, mas o azulado falou comigo antes que pudesse dar o primeiro passo.

— O que estão fazendo aqui? Já acabaram o teste?
— Já sim, eu fui pra puta que pariu e agora tô dando um rolê. ¬¬
— Se por algum desastre divino você cair na minha guarda, se tornará minha escrava._ sorri.
— Você pode ser o dono do caralho, sua escrava eu não vou ser nem fodendo. Antes disso, você morre.
— Não se importe, ele está brincando._ o unicórnio tentou mudar o clima, o que não deu muito certo.
— Não estou não.
— Nem eu.
— Não se preocupe. Se for mesmo para a Guarda Absinto, dará tudo certo._ Keroshana sorriu.
— Claro, se você conhecer todas as plantas de Eldarya, os diversos tipos de...
— Cala boca, Ezarel! Porra! Vamo bora, Keroshana._ puxei o unicórnio pelo braço e continuamos o caminho.
— Eu desisto..._ o unicórnio estava em lágrimas. Tadinho.
— Ela vai pra qual guarda? A de Nevra ou a de Ezarel?_ brotou o platinado.
— Não pode ser da sua não? Você é o fodão então?
— Ela ainda não fez o teste. Mas pode parar na sua guarda, não?

O platinado se virou e me olhou de cima a baixo.

— Esse corpinho já tem dono.
— Hm... Você sabe lutar?
— Já dei chute em muito saco por aí.
— Já é um bom começo.
— Acho bem eficiente, só bater e correr.
— Se quiser entrar na Guarda Obsidiana vai precisar mais do que isso. A manipulação de armas...
— Você falou armas? *u*
— Ei! Não tente influenciá-la!
— Ué... '-'_ olhei para o unicórnio, confusa.
— Sinto muito, não foi minha intenção.

Finalmente, depois de todo esse rolê, entramos na biblioteca e começamos os preparativos para o teste. Keroshana procurava o questionário por todo o lado e, ao encontrá-lo, seu chifre começou a brilhar.

— Que isso? Radar de corno?
— Do que você está falando?_ disse enquanto segurava o livro após levita-lo.
— O seu chifre estava brilhando.
— Ah, esqueci que você se impressiona com a magia. Digamos que isso é uma de minhas habilidades.
— Rastrear corno? '-'
— Não!
— Ah tá. ._.
— E então? Está pronta?
— Vamo acabar logo com essa porra.
— Se não entender uma pergunta, pode perguntar, certo?
— Vai logo!

Depois de uma série de perguntas totalmente loucas em que eu respondi sem a menor noção do que estava falando, Keroshana começou a contar os pontos.

— Parece aqueles testes da Capricho._ observei o unicórnio trabalhar.
— Bom, parece que você tem uma tendência para tudo relacionado a natureza ou mistura de poções...Então é para a Guarda Absinto que você irá._ disse sorrindo, trocando lentamente a expressão no seu rosto ao olhar para o meu.
— Tem coisa errada... TEM COISA ERRADA NESSA CARALHA!_ o unicórnio se encolhia ao me observar._ Tem certeza que contou certo essa porra?
— S-sim... Não tem como estar errado...
— MAS TÁ, PORRA!_ falei alto, assustando Keroshana.
— F-foi o resultado do questionário... Agora você faz parte dessa guarda. Se esforce para que ela permaneça sempre em primeiro lugar no ranking.
— Foda-se o ranking!_ bufei.
— M-mas a sua guarda poderá ser a mais forte de Eel...
— Eu sou a mais forte dessa porra toda!
— B-bem... agora que você faz parte de uma guarda, podemos te dar um mascote.
— Ah, me lembro que tem isso. Onde tem pra eu escolher?
— Oh, não. Faremos um teste para saber qual o mascote se adequa a você.
— Caralho, outro teste? Vocês tem teste pra trouxice também?
— Não...
— Já sei o motivo do por quê. ¬¬
— Certo... Vamos fazer o teste?
— Tá, tá...

Keroshana caminhou até o quarto dele para buscar o teste e eu o segui, esperando no corredor.

— Espere um pouco aqui, meu quarto não está longe. Eu volto logo._ foi embora logo depois.
— Há. Tá bom, trouxa. Vai ficar duas Acsa aqui te esperando mesmo. Eu vou é explorar..._ disse sorrindo, dando meia volta quando trombo com Nevra. É o destino, cara. É o destino...
— Boo!
— Ai, meu coração acabou de ser atacado. E não foi de susto._ sorri.
— O que uma encantadora jovem está fazendo nos corredores? Estava procurando por mim?_ diz, sorrindo.
— Esse não era meu objetivo mas passou a ser a partir de agora. ¬u¬ Na verdade, estou esperando Keroshana voltar. Eu vou fazer outro teste... -.-
— E você está tentando fugir? Ele é realmente...
— Trouxa, eu sei. Mas não queria fugir, e sim explorar. Se quiser, podemos fazer isso juntos...
— Como quiser... mas você me deve um serviço!_ ele piscou antes de ir.
— Opa, não gosto de ficar devendo não! Quero pagar já, só vem!_ falei alto, só percebendo a presença do unicórnio alguns segundos depois.
— Está tudo bem?
— Sim, claro. Já pegou as perguntas?
— Peguei. Está pronta?
— É, é. Vamo logo.

Com tanta pressa de minha parte, acabamos por fazer o teste ali mesmo nos corredores. O mascote que eu esperava? Forte, rápido, indiferente e, principalmente, fodão. Qual eu consegui? É A PORRA DE UM...

— Parabéns, você conseguiu um Becola._ o unicórnio disse sorrindo. Eu o olhei, profundamente nervosa. Esse não era o caralho do meu dia MESMO._ Acsa?
— Essa merda de episódio tá contra mim, só pode! Entrei na Guarda do Ezarel e agora consegui um Becola? Que porra é essa, mano? Vão tudo se foder, quero mais isso não.
— Oh, quer dizer que você faz parte da minha Guarda?_ um azulado apareceu de repente, sorrindo.
— É só falar no capeta que ele aparece. -.-
— Parece que terei uma escrava por um tempo.
— E parece que a sua vida está chegando ao fim, melhor aproveitá-la enquanto pode.
— A-Acsa..._ o unicórnio me chamava, receoso.
— Que foi agora, porra?_ perguntei irritada.
— S-seu ovo...
— Eu não tenho isso não, sou mulher.
— N-não, o ovo do seu mascote... Aqui está a incubadora para chocá-lo._ ele me entregou um treco.
— Como é que eu uso essa porra?
— Estúpida._ o azulado disse rindo.
— Mano, sai daqui Ezarel. SAI LOGO, CARALHO!

Enquanto o imbecil do Ezarel saía em meio a risadas, Keroshana dedicou um pouco do seu tempo a me explicar como funcionava a incubadora. Enfim, o ovo do meu mascote inútil ficou chocando por 15 minutos. Depois disso, recebi um pouco da comida que ele deveria ter. É lógico que quando acabasse eu deveria ir até a puta que pariu comprar mais.

— Acho que agora posso te deixar sozinha. Você pode ver se algum dos meninos tem uma missão para você.
— Ah, não tô afim disso não. Mas quero contar em que guarda estou então... Tchau e valeu, Keroshana._ comecei a caminhar e fui direto para a sala das portas. Lá eu encontrei ele...
— Olha quem está aqui... Você está perdida?_ perguntou o moreno, sorrindo.
— Não, mas acabei de encontrar o céu. Enfim, Keroshana me pediu pra procurar você e os outros caras.
— Entendi, ninguém sabe o que fazer com você...
— Disso eu não sei, mas você poderia resolver...
— Então, já sabe em qual guarda está?
— Na do infeliz do Ezarel. ¬¬ E ganhei também a porra de um Becola.
— Portanto, o Ezarel quem vai cuidar de você? Espero que esteja preparada.
— E eu espero que ele esteja preparado pra morrer. Enfim, tem alguma missão pra mim?
— Por enquanto, não. Você pode perguntar para os outros, talvez eles tenham algo.
— Vamo caminhar nessa porra._ comecei a andar novamente, procurando pelos outros. Não demorou muito para eu infelizmente encontrar o Ezarel.
— Olá, escrava._ disse, sorrindo.
— Oi, estrume. Tem uma missão pra mim?
— Se a Ykhar existe para contar as novidades, é justamente para evitar isso.
— Quê? Fala na minha língua, caralho.
— Não._ ele foi embora sorrindo.
— É não pra missão ou não pra... foda-se._ comecei a caminhar novamente e encontrei o Valkyon._ E aí.
— O Keroshane te deixou em paz?
— É, de boa.
— Você está em uma das guardas?
— É, foi pra isso que eu fiz a porra do teste, né?
— E qual é a guarda?
— A do futuro cadáver, Ezarel.
— É uma coisa boa.
— O Ezarel morrer? Também acho, toca aqui.
— Não. Mesmo que os seus métodos não agradem a todos, ele é paciente.
— Pena que eu não. Então, tem alguma missão pra mim?
— Não, sinto muito. Eu não sei o que você poderia fazer no momento. Vá perguntar para os outros, eles devem saber mais do que eu._ o platinado saiu em seguida.
— Qualquer um sabe mais do que você. E eu já perguntei pra todo mundo, puta que pariu!_ fui para a sala das portas, indignada._ Me mandam fazer alguma coisa, mas não tem nada pra fazer nessa porra. Caralho.

Enquanto reclamava comigo mesma, acabei encontrando Keroshana conversando com um garoto.

— E-eu não sei onde ele está! Eu pensei que ele iria ficar feliz tendo algo para comer, mas ele fugiiiiuuuuu!_ o garoto relinchava.
— Ora, acalme-se. E-eu tenho certeza de que vamos encontrá-lo...
— Ai, que porra! Cala a boca, moleque. Que tá acontecendo, Keroshana?
— É o garoto que roubou o alimento... Ele pegou para dar ao próprio mascote, mas eles não se alimentam como nós e ele acabou fugindo.
— Eu quero que ele volteeeee!
— Se fodeu, moleque. Já era._ o garoto começou a gritar de verdade._ Ah, puta que pariu! Tá bom, eu vou ajudar a encontrar seu troço.
— Snif... Suas roupas são estranhas! Quem é você?
— Eu não perguntei das minhas roupas. Meu nome é Acsa.
— Eu me chamo Mery. Eu moro na cidade com a minha mãe e o meu...
— Não perguntei nada, vamo logo achar essa porra antes que ele relinche de novo._ estava me preparando para sair quando o garoto falou.
— Não vai adiantar nada, você vai assustá-lo com as suas roupas estranhas!
— Já te falei que não perguntei das minhas roupas. Vamo bora.
— Gentileza sua, Acsa. Vou levá-lo para casa enquanto você procura. Se encontrá-lo, leve até a casa dele diretamente._ o unicórnio disse, se retirando com o garoto.
— Ei! Não era para procurarmos juntos? Vai se foder, Keroshana!_ saí do QG indignada novamente, encontrando Keroshana no caminho._ Caralho, não sai assim, Keroshana!
— Oh, você estava me procurando?
— Não, só encontrei por acaso mesmo. Enfim, como é essa merda desse mascote?
— O Mery tem um Cryslam, é tipo uma bola de lã com asas azuis...
— Não fala tipo, cara. Sério. Não fala mais isso.
— O-ok...
— Então, é uma ovelha com asas da sininho. O que eu posso usar de isca?
— Como o mascote do Mery já foi domado, só um picolé já será o suficiente. O vendedor de mascotes tem alguns.
— Caralho, também quero picolé! Mó calor da porra.
— Eu acho que você não vai gostar desse...
— Por quê? É feito de bosta?
— Não... Ah! O mascote do Mery tem costume de se esconder perto das planícies exteriores. Você deveria começar procurando por lá.
— Vou seguir seu conselho. Valeu, Keroshana!_ comecei a caminhar, acenando em agradecimento.

Primeiramente, comprei a droga do picolé que por algum motivo desconhecido eu não poderia comer. Depois disso, entrei no QG procurando por alguém para me dizer onde ficava as "planícies exteriores". Não é preciso ser nenhum gênio para saber que era fora dos portões, o problema era chegar lá sozinha. E o primeiro que encontro é...

— Você está perdida?_ um azulado muito filho da puta pergunta.
— Me perguntaram isso hoje, mas o efeito foi bem diferente. Estou procurando um Cryslam.
— Engraçado, até parece que sabe do que está falando...
— Ah, você parece um homem mas eu nunca comentei nada. E a propósito, sei exatamente do que estou falando.
— É mesmo? E o que é?
— Um troço que parece uma ovelha com asas da sininho.
— Sim... Só que as ovelhas não mordem.
— Hm... Vou capturar um especialmente pra colocar debaixo do seu travesseiro.

Ezarel começou a sorrir, parecia uma criança que havia acabado de aprontar. Eu o olhei sem saber como reagir, apenas esperando alguma outra brincadeira de mal gosto.

— Vai pastar, Ezarel._ bufei.
— Oh, fique calma. Foi só uma brincadeira.
— Você vai ver quando a brincadeira ficar mais real.
— Boa busca!_ ele foi embora antes que eu perguntasse o lugar.
— O que você está fazendo aqui?_ o platinado surgiu de repente.
— Brotou de onde? '-' Bom, estou procurando o mascote do moleque Mery.
— Ele o perdeu de novo?
— Então né...
— Hm... Eu não acho que você vai encontrá-lo por aqui.
— Então, vai me ajudar?
— Tenho outras coisas para fazer mas o buraco não é longe e você não terá dificuldades para achá-lo._ ele foi embora.
— Caralho, ninguém vai me ajudar não?_ bufei, até encontrar Nevra.
— O que está fazendo com um picolé? Sabe que não pode comer?
— Sei sim, isso é pra conseguir um mascote.
— Não é assim que consegue. Precisa de uma incubadora, um ovo...
— Cara, não me chama de burra. Eu sei disso. Tô procurando o mascote do capeta.
— O de Mery?
— Exatamente. Ele o perdeu.
— Boa sorte para encontrá-lo.
— Sim, Keroshana me disse onde procurar.
— Ah, é? E onde?
— Em uma toca, fora do QG.
— Ele te deixou ir sozinha?
— Sei lá, só vou procurar.
— É arriscado.
— Como assim?
— Há muitas criaturas selvagens lá fora.
— Mais do que você?
— Fique tranquila, não vou deixar uma garota sozinha... e dar a oportunidade de fugir outra vez._ disse sorrindo.
— Eu não tava fugindo. Mas você vai comigo, então tá beleza.
— E quem te disse que não sou perigoso?_ disse próximo ao meu ouvido.
— É assim que eu gosto mesmo!

Enfim, juntos. Bom, pelo menos para procurar aquele maldito bicho. Fomos para fora do QG. O lugar do lado de fora era realmente bonito, me lembrava o mundo real que eu via bem de vez em quando ao estar sem o wi-fi do vizinho. Não demorou muito para chegarmos a toca.

— Aqui não tem nenhum mascote._ bufou.
— Talvez esteja escondido dentro da toca, né...
— Talvez... Te deixo conferir.
— Hein? Procura aí logo. Virou medroso agora? Só por a mão, querido._ agarrei a mão de Nevra e a levei até a toca.

Ele se surpreendeu, mas acabou procurando mesmo assim. Não ia procurar nem fodendo.

— Ora, estes humanos medrosos..._ disse enquanto tirava a mão da toca, estava vazia.
— Não fala de medo perto de mim. Bom, parece que o mascote também não está aqui.
— Isso parece é...
— O quê? Sabe de alguma coisa?
— Não. Só acho que não vai encontrá-lo tão facilmente.
— Valeu pela motivação._ fiz um joia.
— Por outro lado, parece certo fugir de um dono como Mery.
— Opa, até eu fugiria só de ouvi-lo chorar. Mas por qual motivo?
— É difícil cuidar de um mascote e ele é muito jovem.
— Oh, é verdade.
— Mas eu poderia lhe dar toda a atenção que merece, se quiser.
— Opa, só vem. Mas eu tenho que encontrar Keroshana agora.

Voltamos juntos para o QG. Agora só precisava dar a má notícia ao pivete. Ele com certeza choraria. Puta que pariu. Andei meio desanimada com esse pensamento, até encontrar Keroshana no Refúgio.

— Acsa, já voltou?
— Não, tô na puta que pariu ainda.
— Oh...
— É o seguinte, eu não encontrei aquela peste. E você?
— Também não... Estou com receio que ele tenha fugido definitivamente desta vez.
— Ok, hora do choro livre._ o garoto havia chegado exatamente naquele momento.
— Então, vocês encontraram o meu amigo?
— Ei... Mery... Eu...
— Não._ disse direta.
— Vocês vão encontrá-lo, não vão?
— Eu acho que não._ o unicórnio respondeu, visivelmente chateado. Agora começa a hora do choro.
— Onde está meu amiguinho?_ o garoto gritou.
— Ah, deve tá na puta que pariu! Grita não, porra!
— A culpa é SUA! Ele fugiu por causa da sua roupa. Eu sabia!
— Olha, tu não vem falar da minha roupa não que a sua nem dá pra saber a parte de baixo e a parte de cima. E se eu quisesse conselhos de moda com certeza não pediria pra você. A culpa é só sua por não saber cuidar do caralho de um mascote.
— Mery! Você está sendo indelicado! Acsa..._ ele ia reclamar comigo, mas o interrompi.
— Se vier me dar bronca vai levar na cara, já tô logo avisando.
— M-mas o meu... sumiu...
— Mas isso não justifica, a Acsa não fez nada. Ela até te ajudou!
— Contra a vontade, mas ajudei. u.u
— Eu... eu sinto muito.
— Hm... está perdoado. Acho que ainda há um jeito. Certo, Keroshana?
— Ah, sim. O que acha de ganhar um novo amiguinho, Mery?
— Um novo amiguinho?
— Bom, ele seria muito parecido com seu antigo colega, mas...
— Posso fazer carinho nele? Dormir com ele?
— Sim, tudo isso e muito mais._ disse o unicórnio sorrindo.
— Por apenas R$9,99!_ completei, rindo.
— Então eu aceito!_ o garoto sorria.
— Perfeito! Pode ir para casa, nós iremos encontrar um novo amigo para você.
— Obrigado._ o garoto entrou em uma das casas.
— Como não tem mais Cryslam na loja dos mascotes, teremos que pegar nós mesmos.
— Eu mesma, né querido? Já tá bem na cara que só eu me fodo nessas merdas.
— Fique tranquila, vou te explicar. Primeiro, compre tesouras douradas para usar de isca.
— Então posso ficar com o picolé?
— Melhor não... Enfim, use o seu mascote para fazer uma exploração. Ele vai achar um novo mascote e você usará a isca para pegá-lo.
— Ok.
— Boa sorte na sua busca, preciso ir ao QG. Quando achar, pode entregar diretamente ao Mery.
— Tá._ o unicórnio foi embora e eu fui comprar as tesouras douradas.

Após isso, saí com meu mascote para explorar.

— Vamos lá... Não te dei um nome ainda, né? Hm... Que tal senpai? Sempre tive vontade de mandar no senpai._ olhei para o bebê Becola, que me encarava confuso._ Esquece. Acha logo um Cryslam, Senpai!_ apontei na direção das árvores, esperando meu mascote ir, coisa que ele não fez._ Vai logo, porra!_ chutei-o, lançando-o direto para as árvores.

Depois de alguns minutos de busca, havia conseguido capturar o maldito treco. Só me restava voltar para entregar ao Mery.

— Você conseguiu achar o meu amigo?
— Tá aqui, ó.
— Ooohhh! Mas... é apenas um ovo!
— Reclama não se não eu troco e te dou essa bosta de Becola!
— Tudo bem. Eu vou pedir para minha mãe me ajudar. Ela sabe o que fazer.
— Ah, é bom mesmo._ disse, entregando o ovo para o garoto.
— Obrigadooo!
— Tá, agora me deixa descansar porque essa porra foi difícil. Ah, e dá isso aqui pra ele comer se não ele foge de novo e eu não vou procurar._ entreguei o picolé.
— Quando estava procurando meu amigo, encontrei algo. Eu queria ficar para mim, mas tenho certeza que os outros vão ficar contentes se você entregar isso para eles. Tome!_ ele me entregou um pedaço do cristal azul.
— Eita, porra! Onde você achou isso aqui?_ olhei surpresa para o cristal.
— Não me lembro... Bem, quero te agradecer por ter encontrado meu amigo.
— Agradecimento não paga não. Mas como você me deu um cristal...
— Entregue para os senhores da guarda. Acho que eles procuram por coisas assim...
— Vou entregar só porque tô boa hoje.
— Mas não diga que fui eu. Acho que eles vão achar menos estranho se disser que foi você quem encontrou.
— Tá, me deixa ir embora logo caralho!
— Mais uma vez, obrigado! E não esqueça de entregar a pedra para os rapazes, hein?
— Tá, vai pra casa!
— Você promete?
— VAI PRA CASA, CARALHO!!!_ o garoto foi embora, ainda sorrindo._ Porra... Deixa eu entregar isso logo.

Voltando para o QG, encontrei Nevra novamente.

— Ora, o que temos aqui? A pequena humana.
— A humana tem um nome e é Acsa, use-o por favor.
— Mas é uma humana, não?
— Você gostaria que eu te chamasse de tesão em vez de Nevra? Olha, melhor nem responder. Enfim, eu encontrei isso._ mostrei o pedaço do cristal.
— Isso... é o que estou pensando?
— Não sei... É?
— Raio, é mesmo... Onde encontrou isso?
— Lá fora.
— Perto daqui? Havia mais?
— Não, só esse...
— Certeza?_ sério.
— Sim... Cara, tá me assustando. Para.
— É... talentosa. Com todo o tempo que demoramos para encontrá-los, você chega... e depois de algumas horas encontra um.
— Pois é, né? Sempre me disseram que sou especial.
— Tem muita sorte...
— Nunca ganhei na loteria.
— Agora temos que levá-lo a Miiko.
— Ah, não. De novo essa puta?
— Sim. Você trouxe uma coisa importante. Vamos.

Nevra foi me levando pelo braço, mas não tão forte quanto o toucinho fez. Ele estava apressado. Encontramos Ezarel e Valkyon no caminho.

— Parece que está com pressa._ o platinado deduziu.
— Nossa. Essa foi sua melhor percepção do dia? ¬¬
— Tenho que ver a Miiko. Ela encontrou um._ o moreno disse sorrindo. Os dois olhavam surpresos.
— Fala sério?_ o azulado parecia não acreditar.
— Não. Eu peguei uma pedrinha no caminho e pintei de azul com a língua.
— Eu falo sério. Não desperdiço meu tempo dizendo loucuras!

Fomos os quatro para a Sala do Cristal encontrar a Miiko. Os três garotos falavam de mim como se eu não estivesse lá, mas pouco me importava. Queria saber que tretas rolariam dentro daquela sala, e não demoraria para descobrir. Entrei sem pensar duas vezes, com os outros atrás de mim.

— Outra vez ela? O que houve agora?
— Calma, moça. Relaxa.

Miiko sempre bastante paciente. Só me restava saber o que aconteceria agora que havia achado um pedaço.


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Notas finais do capítulo

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