O fantástico mundo de Eldarya escrita por Tsukikage Yuri


Capítulo 14
Capítulo 13- Meu momento de glória


Notas iniciais do capítulo

Feliz Ano Novooo!! Como vocês estão?
Chegando já com um novo capítulo. Espero postar o próximo logo. Aproveitem!
Até loguinho ♥



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Não, eu não estava calma. Estava possessa. Caminhei em passos lentos até o lago, onde me sentei em um rochedo e fechei os olhos, sentindo a brisa tentar me acalmar. Tentou em vão. Suspirei e abri os olhos, vendo ao longe duas figuras vindo.

 

— Era só o que me faltava...

— Acsa..._ falou o moreno, com a pior mentirosa do lado.

— Você pode ficar, ela não.

 

A Miiko foi embora, cabisbaixa. O Nevra ficou desconcertado, dividido entre ficar de pé ao meu lado ou se sentar.

 

— Você parece uma barata tonta. Senta logo._ sorri. Ele sentou de imediato.

— Eu... queria pedir desculpas.

— Por quê?

— Porque eu tentei fazer você beber a poção.

— Nevra, você não precisa se desculpar. Me contou a verdade antes que eu tomasse um gole. Na verdade, eu preciso é agradecer. Parece que escolhi um homem de princípios._ ele sorriu.

— Bom, não posso dizer que não pensei em te forçar a beber.

— Ah, é? E como você faria isso?_ sorri, encarando-o.

— Com um beijo.

— Ah, toma vergonha. Você nunca tentou me beijar, mas faria isso pra eu tomar uma poção? Palhaçada._ cruzei os braços, ouvindo a risada dele.

— Parece que você se acalmou um pouco.

— Hm, talvez._ respondi.

— Sei o que fazer pra melhorar seu humor de vez.

— O quê?

 

Ele repentinamente segurou meu rosto com as duas mãos e roçou os lábios levemente nos meus, só pra sentir o gostinho. Cansada desse jogo de cu doce, eu segurei ele pela gola da blusa e aprofundei o beijo. Finalmente chegou meu momento, meus amigos. Obrigada a todos que acreditaram em mim. Só não esperava que seria nesse clima tão dramático, né? Mas não vou reclamar, foi muito bom. Nos separamos e ele ficou me olhando, estoico.

 

— Você precisa ter mais atitude. Mas eu posso te ensinar isso._ sorri, me levantando.

— Onde você vai?

— Andar um pouco. Já com saudades?

— Talvez um pouco...

— Ah, que meigo._ me despedi, lhe dando um beijo na bochecha.

 

Bom, apesar de ainda estar com um grande ódio daquela lá, meu humor estava melhor. Bem melhor. Gente, aqui entre nós, a boca dele é muito macia. Sério. E a língua, então? Nossa. Desculpem, vamos voltar. Deixando de lado que tentaram me enganar, fui andar dentro do QG. Outro dia, o lado de fora estava cheio de otários, não queria arriscar encontrar eles de novo. Achei melhor ir procurar alguma missão.

 

— Eu tenho uma aqui de limpeza. A equipe responsável está com falta de gente, deve ser algum vírus ou sei lá._ disse a coelha.

— Espero que o vírus do fluxo versão 2.0 não tenha chegado aqui.

— Você se importa de fazer?

— Não, posso pegar essa. Quero me sentir bem ocupada.

— Ah, tudo bem então. Você pode falar com a Karenn, ela é a chefe substituta hoje.

— Beleza.

 

Saindo da biblioteca, já encontrei a bicolor.

 

— Ei, Acsa! O que está fazendo aqui?

— Hoje vou ajudar na limpeza, a Ykhar me falou que você quem tá cuidando hoje.

— Ah sim, tá horrível.

— O que rolou?

— Bom, eles fizeram muitas festas nos últimos dias e não deram conta.

— Ah, safados. Ah, é verdade! Tenho que te contar uma coisa.

— Ah, é? O quê? O quê? Preciso de uma fofoca!_ disse, animada.

— Eu beijei o seu irmão._ respondi com desinteresse enquanto coçava a orelha.

— Como é?!

— Pois é, falei que ia pegar ele.

— Poxa, a Alajéa vai ficar bem chateada...

— Que pena pra ela._ dei de ombros._ Então, voltando ao trabalho, o que eu preciso fazer?

— Você pode limpar os corredores e o salão principal.

— Só?

— Vamos ver como você lida com esse serviço.

— Tá bom, ainda bem que eu vou ganhar mais maanas com isso.

 

E comecei minha saga da limpeza. Fiquei no corredor que ligava os quartos com a sala do cristal e tava surpreendentemente difícil. De verdade, que tapete de merda. Vontade de tacar fogo nele, seria mais fácil. No meio da minha luta, encontrei o cheira cu. Ele também tava de serviço. E não precisamos pensar muito pra entender porque ele estava lá, já que a bicolor também estava. Vitória conquistada, fui para o salão principal e fiz uma lavagem completa. Chega tava brilhando.

 

— É, eu sou muito boa._ sorri._ Ok, hora de falar com a Karenn.

 

Encontrei a bicolor, mas o serviço tinha terminado. Ela não quis me dar mais nada pra fazer. Provavelmente ela já sabia o que tinha quase acontecido comigo, é da Karenn que estamos falando. Mas ela não quis ser intrometida, o que eu agradeci só na minha mente. Um gesto muito apreciado pela minha pessoa. Bom, eu estava nojenta porque trabalhar na limpeza não é fácil. Então, fui para o meu quarto e peguei uma muda de roupas. Estava um clima agradável, então peguei um vestido com um tecido leve com detalhes sexys. Sim, minha escolha teve a ver com o acontecimento de algumas horas atrás com o mozão. Roupa na mão, fui tomar um banho no banheirinho. Mas assim, não rolou nada incrível no resto do dia.

Os dias foram passando e continuei ajudando o povo da limpeza, já que não tinha missão melhor. Precisava de maanas né? Alguns encontros casuais no corredor com o mozão, selinhos e abraços trocados e tal. Não esbarrei com a outra também. Estava tudo uma paz... Visitei a biblioteca com mais frequência também, eles tinham um monte de informação sobre muitas coisas. E o que eu estava aprendendo? De tudo. Do nada, virei uma estudante muito aplicada. Meus professores da escola teriam orgulho e nem me reconheceriam. Em uma das minhas aulas sozinha, a coelha veio me parabenizar.

 

— Ei, vejo que tem estudado bastante assunto ultimamente.

— É, eu quero usar todas as armas disponíveis._ sorri.

— Não vou nem perguntar. Ah, o pessoal da equipe de limpeza tem te elogiado muito também.

— Eu imaginava, sou muito boa nessas coisas.

— Acsa, você está aqui! Tenho novidades.

— Eu vou deixar vocês conversando, tenho coisas para fazer. Kero, deixei duas pastas na sua mesa._ acenou, saindo da biblioteca.

— Diga aí, Keroshana. Que novidade é essa?

— Sobre as suas aulas particulares, encontrei um professor pra te ajudar. Se quiser, pode começar já amanhã._ sorriu.

— Ae, já não era hora.

— Você vai ter também uma avaliação mais tarde. Pode vir aqui depois da aula, eu te ajudo.

— Beleza.

 

E no dia seguinte, lá estava eu pronta para minha primeira aula depois de... sei lá quanto tempo. Já tinha uns bons meses que eu tava em Eldarya. Enfim, chegando no refúgio, encontrei um moço que parecia humano. Ele era o meu professor. Nós tivemos a aula no laguinho, porque ele não gostava de sala de aula. Achei bom. O engraçado era que não estávamos sozinhos, coisa que eu esperava.

 

— Olha só, não pensei que encontraria você. Precisando de aulas de reforço?

— N-não, só estou aqui para revisar alguns tópicos..._ respondeu a coelha, nervosa.

— Aham, vou fingir que acredito.

 

Ficamos debatendo sobre a história dos dois mundos durante a aula, até o professor ir embora. Eu e Ykhar continuamos conversando e eu falei pra ela sobre as maravilhas do meu mundo. Ela ficou estupefada.

 

— Nossa, isso me deu grandes ideias para os meus romances. Você pode me contar mais depois?

— Posso, 50 maanas a cada 10 minutos.

— Ei!

— Tá bom, não cobro nada. Dessa vez._ sorri.

 

A coelha foi embora e eu caminhei até a biblioteca, tinha que fazer a avaliação com o Keroshana.

 

— Ei, Acsa! Como foi a aula?

— Hm, não foi tão ruim. Vamo fazer logo essa avaliação._ digo, sentando na cadeira mais próxima.

— Certo, vou te explicar.

 

Zero novidades pra ninguém, mas minha vista ficou ruim de novo e a voz na minha cabeça disse.

 

— Parabéns, você vai passar a sua primeira avaliação diretamente ligada a sua guarda.

 

Resumindo, essas avaliações desbloqueavam conversas que normalmente eu não teria, mas que não faziam diferença. E dependendo de como eu fosse na avaliação, o líder da Guarda ficaria orgulhoso. E vocês sabem que eu não dou a mínima pro avatar maldito, então... foda-se. Com minha visão de volta ao normal, fui até o laboratório de alquimia, onde teria o teste chato. E quem faria a avaliação? Já temos a triste resposta.

 

— Acsa...

— Não, é o muro._ cruzei os braços, entediada.

— O que você tá fazendo aqui?_ perguntou o azulado.

— Vim fazer a porra da avaliação, óbvio.

— Você... não tá com raiva de mim?

— Sempre. Eu te odeio. Mas se for sobre o que quase me aconteceu, só tem uma criatura que eu não quero ver.

 

Ele suspirou, aparentemente aliviado.

 

— Mas se você quiser desaparecer da minha frente, eu não vou reclamar._ sorri. Ele deu uma risada._ Ok, isso foi assustador.

— Vamos começar então? Quanto mais rápido, menos tempo você me vê.

— Ótimo.

 

Ele me fez algumas perguntas bem bestas, porque vocês sabem o quanto eu to vivendo naquela biblioteca. Enfim, nada que eu já não tenha aprendido.

 

— Não esperava essa nota de você.

— Aí é um problema teu né.

— Estou te elogiando.

— Não quero seu elogio. Já acabamos?

— Já. Vou entregar sua nota para o Kero.

— Ótimo, to indo._ estiquei meus braços, saindo da sala.

 

Fui para o meu quarto, porque tava cansadinha. Me deitei e, quando fechei os olhos, comecei a encarnar o Nevra. Mas do passado. Bem confuso, mas eu estava de volta naquele momento da poção, onde ele tava dividido entre me contar ou tentar me forçar a beber.

 

— Nevra, não tem nada que você quer me contar?

— Como assim?

— A poção. Essa que eu estou quase bebendo.

— "O que eu faço? Não quero magoá-la, mas..." Isso não é para ocultar sua presença, é pra fazer as pessoas da Terra que você conheceu te esquecerem. Todas elas.

— Hm, ótimo.

— "Ela já sabia?"

 

E pulamos para a cena em que eu tava surtando com a Miiko. Enquanto eu tava esculachando ela, o mozão foi falar com os caras.

 

— Eu não consegui não contar a verdade pra ela.

— Agora temos uma fera a solta._ comentou o platinado.

— Mas mesmo que eu não tivesse contado, acho que ela não teria bebido. Parecia que ela já sabia.

— E não pensou em obrigá-la a beber?_ o avatar perguntou.

— Ah qual é, eu não poderia. Pensei em fazer isso, mas... eu não conseguiria.

— Porque você me ama, já gamou. Agora já era._ sorri. Eu não podia ficar quieta por muito tempo.

 

E voltei para o meu corpo, que tava encarando o teto todo florido. Suspirei. Nenhuma informação útil que eu já não sabia. Tirei um bom cochilo, tão bom que me levantei só no dia seguinte. Eu tava um nojo.

 

— Eca, melhor me lavar._ peguei uma roupa qualquer e fui pro banheiro.

 

Depois disso, nada muito emocionante. Roubei comida do elfo e já era começo da tarde quando estava na biblioteca. E devo dizer que já estava chegando no final das leituras, final mesmo. Faltavam só uns dois ou três livros pra acabar de ler tudo. A Ykhar até me chamou de devoradora de páginas.

 

— Acredite, eu estou mais chocada que todo mundo._ digo, guardando o que terminei na prateleira.

— Já pensou no que vai fazer quando terminar de ler todos?

— Hm... na verdade, não.

— O que seria bom ter, além de conhecimento?

 

E com essa pergunta, eu fui deixada sozinha na biblioteca. E só saí de lá depois de terminar os 3. Me pendurando na porta da biblioteca, encontrei o Keroshana me olhando preocupado.

 

— Acsa? O que ainda está fazendo aqui?

— Eu... preciso... de água... Meus olhos...

— Te levo até lá.

 

E como um bom ingênuo, quer dizer, bom unicórnio, ele me acompanhou até a despensa e me deu um copo de água. Eu tomei em dois goles.

 

— O que aconteceu?

— Eu li demais, mas finalmente terminei. Nossa, parece que minha cabeça vai explodir.

— Você está bem?

— Sim sim, vou ficar de boa. Agora posso começar a pensar em outro objetivo.

— Que seria?

— Soco na cara, murro, espancamento e similares._ me levantei, esticando os meus braços._ Pode ir agora. Valeu, Keroshana.

— Se cuide, ok?

— Relaxa!_ respondi, saindo da despensa.

 

O dia tinha acabado, já estava bem escuro. Também, os livros que eu li não foram brincadeira. O lado bom? Não encontrei ninguém desagradável durante o dia. O lado ruim? Não encontrei o mozão nenhuma vez. É, não podemos ganhar todas né? Indecisa entre ficar triste ou feliz, fui dormir. Não passou nem 30 minutos e algum infeliz tacou alguma coisa na minha janela. Abri com tudo e olhei pra todos os lados de fora.

 

— Quem foi o FILHO DA PUTA?!_ de longe, vi o mano da máscara sinalizando com a mão._ Ah, eu mereço...

 

Fechei a janela, coloquei um casaquinho e fui pra fora. No refúgio, encontrei o princeso adormecido, mas naquela hora tava bem acordado.

 

— O que você tá fazendo aqui?_ perguntou.

— Sou sonâmbula._ respondi, entediada.

— Sério?

— Por quê? Quer me acompanhar, por acaso?_ provoquei, sorrindo.

 

Ele fez uma cara de nojo e foi embora. Graças ao Oráculo. Sem mais encontros indesejados, não que eu gostasse de ver o carinha do Carnaval mas enfim, encontrei ele na frente da árvore das cerejeiras.

 

— Recebeu a minha mensagem?

— Aquela lá onde você achava que sabia de tudo e eu era idiota? Recebi. E você? Recebeu a minha?_ sorri.

 

Ele não parecia muito feliz. Quer dizer, não que desse pra ver alguma coisa com a máscara. Para saciar a curiosidade de vocês, queridos leitores, esta que vos fala irá ler exatamente o que escreveu na carta para o intrometido. *cof cof* *pausa para suspense* 'O rapaz está atrasado. De novo. Suas informações são muito demoradas, o que significa que não preciso de você. Fale comigo quando tiver algo útil pra me contar. Ah, e eu acho que o apelido mano da máscara seria melhor que Ashkore. Não tão atenciosamente assim, Acsa.' E foi isso. Voltando ao presente, esperei alguma reação dele mas nada veio, então comecei a andar.

 

— Se era só isso, com licença, tenho que dormir.

— O que mais você acha que sabe?

— As posições se inverteram aqui? Por que eu te contaria?

— Quem te tirou da jaula naquele dia?

— Tirou porque quis. Ninguém falou de acordo nenhum quando me soltou.

— Você não odeia eles? Tentaram te enganar várias vezes.

— No momento, eu estou com raiva de apenas uma. Não vou misturar as coisas. Se quer vingança, senhor, ache outro capacho.

 

De repente, ouvimos um barulho e o da máscara me empurrou para atrás de um arbusto enquanto cobriu minha boca com a mão. De novo. Inferno. Quase na mesma hora, eu mordi sua mão. Ele retirou com tudo, grunhindo baixo. Se ele não estivesse de luvas, teria sangue na minha boca, certeza. Eu avisei.

 

— Conversamos depois.

— Sobre o quê? Tenho nada pra falar com tu não.

— Eu quero te ajudar a voltar para o seu mundo, mas precisa confiar em mim e me escutar.

— Nada vem de graça, bom samaritano. Enfia sua boa vontade no cu, eu vou dar um jeito sozinha._ me levantei e me virei, pra me despedir._ Boa noite, caçador de pokémon._ sorri.

 

Quando me voltei para frente, dei de cara com o mozão. Olhando para trás de novo, o mano lá já tinha ido embora. Era rápido, ligeiro. Aquela voz sedutora me afastou dos meus pensamentos.

 

— O que está fazendo aqui a essa hora? Não devia estar na cama?

— Hmm, sou sonâmbula. Pode me levar de volta? Quem sabe, até ficar por lá mesmo?_ sorri, me segurando no seu braço direito. Ele riu.

— Eu te levo até lá.

— Mas vai entrar, né?

— Está meio tarde, não acha?

— Diz o cara que tá fora do quarto até agora. A noite é uma criança._ sorri, me curvando.

 

Eu fui enrolada. Ele só me deixou na porta do meu quarto e entrou no dele. Bufando, entrei no meu quarto e fechei a porta fazendo um barulhão. Guardei meu casaquinho no guarda-roupa e deitei. Mas, de novo, fui acordada.

 

— Mas não é possível!_ me levantei bruscamente e abri a porta com tudo.

 

No corredor dos quartos, encontrei a puta com guelras e a bicolor.

 

— Ah, Acsa! Você ouviu isso?

— Tem como não ouvir? Eu tava quase dormindo!

— Estranho, né? Tentei avisar meu irmão, mas ele não está no quarto.

— Vou encontrar o meu homem._ digo, indo para a sala das múltiplas portas.

 

Infelizmente, meu encontro com a outra foi mais cedo do que imaginava. Eu só queria uma boa noite de sono. Ela tava no meio de um monte de gente. Ainda bem que não trocamos palavras, porque o suíno me levou de volta pro corredor dos quartos. Mas antes que ele desse meia volta, ouvimos um grito.

 

— Parece que veio da biblioteca.

— Vamos!

 

Corri junto com o Jamon até lá, encontrando a Ykhar chorando e o Keroshana abalado.

 

— Não acredito... não...

— Livros, relatórios... tudo foi perdido.

 

Abri um dos livros por curiosidade, e as páginas estavam em branco. Ainda bem que tinha lido tudo e anotado também, porque sou muito precavida. Enquanto os dois tentavam acalmar um ao outro, a Miiko apareceu.

 

— Acsa, o que está fazendo aqui? Te disse pra vol-

— Ykhar, Keroshana, se precisarem de ajuda, podem me chamar. Tenho anotações._ sorri, indo embora.

 

Ignorei? Com certeza. Indo para o meu quarto, encontrei o meu homem no caminho.

 

— Ei, querida! Já sabe o que aconteceu?

— Adorei o apelido. Já sei sim, vi em primeira mão. Até ofereci ajuda.

— Ajudar? Como?

— Escrevendo de novo, pelo menos as partes mais importantes. Melhor do que um livro vazio.

— Você é realmente incrível._ sorriu.

— Não diga o óbvio._ sorri.

— Bem, vou lá ajudar._ se despediu.

— Ok, acho que agora finalmente eu vou dormir._ bocejei.

— Olha só. Ainda acordada?_ e o elfo maldito voltou.

— Eu não disse que sou sonâmbula?_ me fiz de tonta._ E você? Não vai ajudar o povo lá na biblioteca?

— Tsc.

 

Ele foi correndo pra lá. Finalmente em paz, fui pro meu quarto. Antes que pudesse sequer encostar no colchão, bateram na minha porta.

 

— Ah, o que que foi agora?

— Acsa, pode vir comigo?_ perguntou o unicórnio.

— "Ahh, fudeu."

 

E fui até a biblioteca, de novo. Tava todo mundo lá, enquanto a Ykhar continuava chorando.

 

— Querem minha ajuda a essa hora?_ perguntei, cruzando os braços.

— Na verdade, precisamos que olhe isso._ a outra disse.

 

Enquanto tiravam a coelha da sala, porque ela já tava quase inundando a biblioteca de tanto choro, a outra me mostrou um papel com o meu nome.

 

— Tá. E?

— Você foi a última pessoa que entrou aqui.

— O que me torna suspeita, né? Ok. Eu estudei demais mesmo, confesso.

— Esse livro te é familiar?

 

Olhei para a capa, mas nada. Lembrei que a Ykhar tinha me dito algo sobre ele, de não tocar e tal. E se não ia me dar nenhum benefício, eu não precisava pensar muito.

 

— Lembro dele sim, mas a Ykhar foi bem clara que ele não ia me ajudar nos estudos. Então nem cheguei perto._ respondi, logo me lembrando que vi que ele caiu em mim, mais cedo._ Ah, mas ele caiu na minha perna, enquanto eu lia no chão.

— Você lê no chão?_ perguntou o elfo, me zoando.

— Eu tenho gostos peculiares. Algum problema?_ o encarei.

— Eu acredito em você._ falou a Miiko.

— Deveria agradecer? Eu não queria misturar os assuntos, mas tá um pouco difícil._ ela pigarreou, mas continuou.

— A criatura desse livro se alimenta do saber. Ela deve ter fugido do livro quando encostou em você.

— Bom, aí já não é um problema meu, não é mesmo?

— É verdade, não teria como você saber.

— Nossa, que compreensiva..._ comentei.

 

Olhei para os caras, percebendo que o mozão estava vindo em minha direção.

 

— Você não tem sorte, hein?

— As vezes tenho, muitas vezes não.

— Pelo menos, deu uma animada no lugar.

— Não vou negar que tá agitado mesmo._ suspirei._ Mas to sentindo que vai sobrar pra mim, de qualquer jeito.

— Bom, a Ykhar vai ficar com bastante raiva de você.

— Já disse que tenho tudo anotado. E já ofereci ajuda. Não vou ficar implorando não.

 

Logo a outra chamou os trouxas e eu esperava que finalmente, dessa vez, pudesse enfim dormir. No quarto, capotei. E acordei bem tarde. Me levantei e me estiquei. Olhei para a janela e me lembrei do encontro desagradável com o treinador do Pikachu. Coincidência uma merda dessa magnitude acontecer poucos instantes depois que ele apareceu? Como a madame disse antes, coincidências não existem. Mas eu decidi ficar quieta, não ia ajudar nenhum dos lados. A prioridade sou eu. Enquanto passava perto da sala do cristal, escutei o povo falando lá dentro sobre a possibilidade de não ter sido só um infortúnio. Que 'ele' poderia estar por aí. É, bem o que eu pensei. Próxima da sala das múltiplas portas, vi que todo mundo saiu de lá de dentro e me encarou.

 

— Sei que sou magnífica, mas cuidado para não desmaiarem.

— Precisamos da sua ajuda._ falou o moreno.

— Sempre precisam._ digo, cruzando os braços._ Quantas maanas eu vou ganhar dessa vez?

— É bom mesmo pedir ajuda pra essa mercenária? Ela vai enriquecer desse jeito._ comentou o azulado.

— Essa é a intenção.

— Nós estamos investigando uma possível invasão daquele homem aqui no QG.

— E vocês querem minha ajuda pra encontrar pistas, é isso?

— Sim.

— Tá. Quero uma boa quantia de maanas e vou com o Nevra. Tchau._ digo, puxando o moreno pelo braço.

— Me salvem, estou sendo sequestrado._ ele brincou, dramático.

— Calma, princeso. Não vou te morder._ sorri._ Vamos andando logo.

 

Nós nos dividimos, ele ficou com o andar de baixo e eu com o de cima. Encontrei algumas marcas estranhas. Se era do mano lá, eu não sei. Mas a pessoinha deixou bem claro que passou por lá. Reportei para o mozão, que não encontrou nada. Então fomos para fora, mais especificamente perto da árvore da cerejeira. Vi algo brilhando e me agachei pra pegar.

 

— "Ele deixou bem na cara..."

— Você encontrou alguma coisa?

— Isso por acaso é familiar pra vocês?_ perguntei, mostrando um botão.

— Deve ser dele. Vou guardar e mostrar para a Miiko.

— "É dele, meu Deus."

— Vamos procurar mais.

— Espero que as maanas valham a pena._ bocejei.

 

Nós rodamos o lado de fora e de dentro do QG, até termos certeza que não tinha mais nada de incomum. Quando estávamos indo para a sala do cristal, alguém esbarrou em mim.

 

— Olha por onde anda!_ era a outra.

— Vai tomar no teu cu. Tem olhos, não tem? Usa.

— Nevra, precisamos refugiar todos na sala do cristal. Parece que a criatura atacou alguém do QG. Acsa, vá pra lá também.

— "E mais essa agora..."_ bufei, indo até a sala do cristal._ Ô pora, tá fechada essa caralha!_ digo, vendo a barreira na porta.

 

Do nada, ouvi um rosnado. E lá estava a criatura, causadora do caos. Ela tomou forma, parecia fumaça de fábrica. Os olhos se acenderam em um vermelho, me encarando. Eu fiquei olhando, maravilhada. Era bonita, mas o Black Dog era mais. Ah, cara, eu ainda teria um Black Dog como mascote. Mas voltando a realidade, ela queria me atacar. Conseguiria? Não. Peguei minha espada, que eu sempre deixava guardada e chamei o bicho pro fight. De repente, minha vista ficou escura.

 

— É sério? Tinha que ser agora?

— Para se defender desta coisa você vai ter que utilizar novamente os Q.T.E._ disse a voz na minha cabeça.

— Aaah, não me diga. Devolve logo minha visão.

 

Com minha vista de volta, ativei meu hack e desviei dos ataques da coisa. Vendo que minha espada só passava direto, como se realmente fosse uma fumaça, eu dei uma soprada, só pra testar. Infelizmente, deu errado. Quando a criatura estava prestes a tentar me atacar de novo, uma moça apareceu na minha frente. Covardemente, o bicho só vazou.

 

— Medroso pra caralho, en._ digo, guardando minha espada.

— Você está bem? Essa foi por pouco._ disse a moça que parecia uma árvore.

— Por pouco pra aquele ali. Mas eu to bem, valeu.

— De nada. Qual o seu nome?

— Acsa. E você, moça hamadríade?

— Caméria. Eu ouvi falar de você, a humana que chegou do nada. Faz um tempo que não venho para o QG.

— Sou famosa por todo o lugar mesmo.

— Sabe onde está a Miiko? Preciso fazer o relatório e entregar vários bebês desse aqui._ falou, segurando um pedaço do cristal.

— Faço a menor ideia, ela tava reunindo um povo pra ficar aqui na sala do cristal.

— Quer ir buscar ela comigo? Assim você também fica segura.

— Esperta. Com troca de favores, eu não posso cobrar maanas._ sorri.

— Bate aqui!

— High five.

 

Batemos as mãos e seguimos em busca da puta das chamas. Na despensa, ela puxou assunto sobre o desagradável encontro que eu tive com a traficante da floresta, aquela que tentou me matar mas eu arranquei os olhos dela e tal. Também conversamos sobre as diversas formas de 'ingerir' um pedaço do cristal. Não era muito tentador. E lá no salão principal, estavam todos os trouxas reunidos.

 

— Que lindo, ver o pessoal todo aqui._ comentei.

— Acsa? Caméria? O que estão fazendo aqui?

— Passeando. Parecia uma boa hora._ respondi, irônica.

— Eu acabei de voltar e vi uma criatura tentando atacar a Acsa.

— O QUÊ? E suas memórias? Tudo em ordem?

— Sim, eu ainda odeio o Ezarel._ digo, ouvindo o azulado suspirar.

 

Resumidamente, a outra disse que a criatura roubava memórias ou conhecimentos daqueles que atacava. A questão era porque eu estava bem. Ou não né, porque eu sou fadona. Todo mundo sabe.

 

— Entendemos. Então, qual o plano?_ a plantinha perguntou.

— Preferimos cuidar disso só nós.

— Você acha que eu vou ficar quieta?

— Não queremos colocá-las em perigo._ falou o bicolor.

— Eu já to envolvida nisso mais do que eu queria, infelizmente. Agora eu vou matar esse treco._ cruzei os braços. A Miiko bufou.

— Ok, quem é a favor?_ ela perguntou, em seguida o povo tudo levantou a mão.

— Pelo menos ela vai deixar de ser inútil._ comentou o avatar.

— Eu vou ter que te salvar de novo, imbecil?

— Vocês se dão bem, hein?_ perguntou a verdinha.

— EU ODEIO ELE/A!_ falamos ao mesmo tempo, o que fez ela rir.

 

Depois de repassar o plano, dividimos as equipes e claro que eu estava com o mozão. Antes de irmos, a outra chamou o moreno, não muito distante de onde eu tava, e pediu pra ele cuidar de mim porque ainda se sentia culpada. Que bom, quem sabe um dia eu a perdoasse. Mas naquele momento, ela ainda tinha um longo caminho pela frente. O mozão só respondeu que eu já era prioridade dele. Dei um sorrisinho bobo e seguimos caminho juntos. No refúgio, infelizmente encontramos o pivete. Ele tava tentando levar a mãe até a sala do cristal.

 

— O que tu tá fazendo aqui fora ainda, doido?

— Minha mãe não quer sair de casa..._ respondeu, quase chorando.

— Não, nem começa. Segura o choro. Eu vou tirar ela de lá._ digo, estalando os dedos.

— Acsa, é melhor eu ir até lá. A Twylda muitas vezes tem momentos de crise.

— Fica aqui fora com o pirralho. Garanto que vou trazer ela pra fora, sem machucá-la._ sorri.

 

O moreno suspirou e se afastou junto com o pivete. Eu entrei na casa e encontrei a doida.

 

— Seguinte dona Twylda, tem um bicho lá fora atacando todo mundo. Se não quer se machucar, melhor ir comigo até a sala do cristal.

 

Nem precisava olhar muito, ela tava em crise. Tacando coisa na parede, tentando me acertar. Eu suspirei.

 

— Ah, ok. Vai ser do jeito difícil._ digo, correndo até ela e acertando seu pescoço, desmaiando-a._ Não pensei que fosse funcionar na primeira vez que tentasse, depois de ver o mozão fazendo isso. Eu sou boa mesmo.

 

Da porta, acenei para o moreno. Ele veio até mim, deixando o pivete não muito longe. Ele viu a mulher desacordada.

 

— O que você fez?

— Eu desmaiei ela._ assobiei._ Fica tranquilo, ela não se machucou. Agora a gente pode levar ela pra sala do cristal.

 

Ele suspirou, colocando ela nas costas. Eu fiquei encarregada do outro.

 

— A mamãe tá bem?

— Ela tá só dormindo, fica tranquilo._ respondi.

 

Na sala do cristal, o Nevra colocou a senhora encostada na parede. Nos despedimos do moleque e seguimos com as buscas. No mercado, encontramos o Purreru.

 

— Por que você tá aqui fora?_ perguntei, sem muita paciência.

— E-eu não posso deixar meus mascotes sozinhos...

— Isso, aí você morre junto com eles. Que lindo._ suspirei, pegando alguns mascotes.

— O-o que você v-vai fazer?

— Eu vou levar eles também, né? Nevra, pega o resto aí.

 

Nós dividimos os mascotes e levamos todos para a sala do cristal, que já tava ficando apertada pra aquele tantão de gente. Lá dentro, a Karenn veio falar com a gente.

 

— Ah, que bom! Você está aqui!_ o moreno a abraçou.

— Nev, não estou achando a Alajéa... Você pode procurar ela pra mim?

— "Só dá trabalho..."_ revirei os olhos.

— Vamos procurar. Onde ela costuma ficar?

— Nessa hora, ela geralmente está no jardim. Mas não a encontrei lá...

 

E lá fomos nós procurar a puta dos mares. Sorte que encontramos ela rápido, próximo ao jardim.

 

— Tá querendo morrer? Não que eu ache ruim, mas hoje tá complicado.

— Eu estava meditando, achei que as pessoas só estavam passeando.

— "A inteligência desse povo deve tá no cu, não é possível."_ pensei, batendo a mão na testa.

— Vamos para a sala do cristal._ o moreno se pronunciou e o seguimos.

 

Chegando lá, a Karenn bateu na puta e logo depois se entenderam. O mozão e eu demos uma última volta pra confirmar se não tinha mais nenhum trouxa do lado de fora. Depois disso, a outra apareceu só pra dizer o que nós dois já sabíamos, estavam todos seguros. Fomos até o salão principal para revisar o plano, de novo. Eu seria a isca, como da última vez com a traficante. Claro que eu ia agir, se tivesse a chance. Sabem que não sou garota de ficar parada, né? Enfim, fiquei à toa na escadaria, olhando minhas unhas e relembrando tudo que aprendi nos últimos meses e o que eu sabia também do mundo humano. Quase que comecei a cantar uma abertura de anime sob o olhar sedutor do meu homem, mas a criatura começou a tomar forma de novo, não tão discretamente quanto ela queria ser. Depois que ela se transformou, não tão graciosamente quanto uma Sailor Senshi, agarrou o meu tornozelo. Eu tentei ao máximo ficar parada, porque quem daria o ataque surpresa era o mozão e os outros, mas eles não podiam demorar muito porque minha paciência tem limite. Quando o bicho tava bem próximo do meu rosto, eu o encarei sorrindo e ouvi um 'Agora'. De repente, recitaram uma frase que não me era estranha e jogaram uma poção na criatura. Por fim, ela se retorceu todinha e entrou de novo no livro que a outra segurava.

 

— Acsa, tudo bem? Suas memórias estão bem?_ o moreno veio até mim, preocupado.

— Eu quero é saber porque ninguém me deixou ajudar na poção! Mano, eu conheço essa. Li no livro essa semana._ a Miiko se aproximou de mim.

— Obrigada, você foi... excepcional.

— Não quero seu agradecimento, quero fazer esses trecos aí. Não aprendi as coisas que aprendi pra não usar. Ficar de isca não é minha cara.

— Você vai participar dos próximos, tem minha palavra.

— Tu não passa muita credibilidade, não sei se já percebeu. Enfim, tranca esse livro aí direito dessa vez.

— Sim...

 

Com tudo praticamente resolvido, todo mundo começou a se mobilizar pra levar o povo de volta para as suas casas ou comércios. Quando eu estava prestes a abrir a porta do meu quarto, minha vista ficou preta de novo.

 

— Tá virando putaria já.

— Temos um relatório interessante para ver._ disse a voz da minha cabeça.

— Tomara que seja mesmo.

 

Eu encarnei a Miiko e estava ouvindo o relatório da Caméria.

 

— Como você me pediu, fui para as minas do Grande Ysmisse por conta dos rumores dos pedaços do cristal.

— E então?

— Pega!_ ela jogou um pedaço do cristal.

— Uau!

— E eu ainda tenho mais!_ ela entregou um saco com vários mais.

— Pelo Oráculo!

— Você encontrou todos esses em Ysmisse?_ perguntou o platinado.

— Não, só três.

— E o restante?_ o azulado questionou.

— Eu estava voltando para o QG achando que só três estava bom, mas..._ ela fez uma pausa dramática.

— O quê?_ o moreno já tava quase subindo pelas paredes de curiosidade.

— Eu ouvi rumores.

 

Basicamente, ela ouviu sobre crianças winx e mascotes desaparecidos. Sabendo da história dos Kappas, decidiu seguir a pista e acabou lutando contra um winx maligno. Ou seja, ele tava contaminado. Ele tava com quatro pedra, era droga da pesada. O que eu ouvi depois me deu uma injeção de ânimo. Achei que já tinha pego a culpada pelos sequestros, mas não. A mulher ainda estava à solta.

 

— E agora, você tem duas opções. Parar de seguir a intriga do ponto de vista da Miiko ou descobrir o que está acontecendo.

— Continua, continua!

— Não, é mais interessante te deixar na dúvida.

— FILHA DA PUTA!!

 

E minha visão voltou ao normal, dentro do meu quarto. Na melhor parte, os caras param de mostrar. Que inferno. A boa notícia é que tenho uma nova caça. Sorri, sentando na cama. Correndo o tempo, uma semana se passou depois desse incidente triste. Eu estava ajudando na reconstrução da biblioteca com o que eu tinha anotado e minhas memórias, depois do pedido da Ykhar. Eu disse que só ajudaria se ela pedisse. A outra fez um grande anúncio sobre o acesso restrito a sala do cristal e meu acesso VIP para as leituras tinha acabado, o que não fazia diferença, eu já tinha tudo na minha cabeça. Com pouco pra fazer, comecei a me empenhar nos treinos. E então, ouvi um povo cochichando próximo de onde eu estava.

 

— Não acredito... Achei que estivéssemos em segurança, depois desse 'incidente'.

— Sim, espero que encontrem logo o culpado.

— "Hmm, cheiro de problema."

— Eu não acredito que mais um membro da guarda foi atacado!

— "Eita porra!"


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Notas finais do capítulo

Críticas, sugestões e afins? Só comentar ;3



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