Nova chance para o amor escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Investigação




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P.O.V. Detetive Jo Martinez.

Os peritos não encontraram nenhuma razão para a lâmpada ter explodido.

Chamamos eletricistas, cientistas e tudo o que foi tipo de gente. Nem mesmo os físicos mais renomados conseguiram explicar o que houve.

—Alguma teoria Henry?

—Talvez o rapaz estivesse mesmo dizendo a verdade.

—Um fantasma?

—E porque não? Eu sou o impossível não sou?

—Verdade. Mas, porque o tal fantasma mataria um rapaz de dezesseis anos?

—Ele ameaçou sua descendente. Talvez, ela só estivesse protegendo sua linhagem.

—Então temos que falar com essa descendente. Qual era mesmo o nome do tal fantasma?

O sinal do almoço soou e saiu aquela debandada de gente. Uma manada. E por último saiu ela e pela cara que o Henry fez presumi que fosse ela.

—Com licença senhorita?

—Pois não? Foram chamados na diretoria? Fica por ali.

—Polícia de Chicago. Gostaríamos de fazer algumas perguntas.

—A senhora tem plena certeza que pegou a garota certa? Moça, eu não levo nem multa de estacionamento.

Notei que as luzes piscavam.

—As luzes. Henry as luzes.

—Eu percebi Detetive. E qual é o seu nome?

—Amara Evans.

—Alguma ligação com Lady Josette Dupres?

—O que pensa que sabe sobre ela?

—Apenas responda.

—Era minha ancestral. Porque?

—Você se parece com ela. Muito, mal posso crer em tanta semelhança.

—Você pode... você também consegue ver?

—Ver o que?

—Ah, esqueça. Só que seria legal encontrar alguém como eu pra variar. É só isso?

—Você vê o fantasma de sua ancestral?

—Fantasmas não existem.

—Você não parece muito certa disso. Você vê o fantasma de sua ancestral?

—As pessoas pensam que eu sou louca. Me chamam de esquisita.

—Isso é um sim?

—Sim. Você acha que eu sou louca moço?

—Não. Ela está conosco agora?

Ela assentiu.

—As luzes. A presença deles inverte os polos eletromagnéticos e fazem as luzes piscarem e ás vezes explodirem. Claudette e eu estamos conectadas de um jeito que você nem imagina. Eu fiquei com raiva dele, não queria que ele morresse ou que a lâmpada explodisse só aconteceu.

—Você fez isso?

—Eu acho que fiz. Eu só não sei como.

—Você é uma bruxa.

—O que?

—A linhagem Dupres é uma linhagem de bruxas. Elas foram caçadas no século dezessete na França, algumas conseguiram fugir obviamente.

—Como sabe de tudo isso? Leu em algum livro de história?

Ela olhou para o lado e fez uma cara...

—Não pode estar falando sério. Era pra estar morto.

—O que foi?

—Você é o Doutor Henry Morgan?

—Sou.

—Você é um vampiro?

—Não. 

—Ela disse que você tava lá. Disse que te conhecia, que você descobriu o segredo dela e a ajudou a escapar. Mas, o navio em que você embarcou afundou, ele foi bombardeado por balas de canhão e a ultima vez em que ela te viu você estava mergulhando no esquecimento profundo do mar. Ela lamentou a sua morte, chorou porque você era um homem bom.

—Você se comunica com ela?

—É.

—Ela é a única que você vê?

—No momento sim. Eu consigo ver tudo, consigo ver as pessoas do outro lado.

—Outro lado? É assim que se chama?

—É como eu chamo. 

—É como ela chamava. Claudette.

—Eu sei. Por acaso o senhor não teria nenhuma marca de nascença?

—Não.

—É mesmo? Porque eu acho que você tem e que ela se parece com um daqueles celos de carta antigos.

—Como pode saber?

—Eu não acredito. Eu suspeitava, mas não esperava por essa confirmação. Você nem faz ideia faz? Você é um dos sete, sua missão é registrar a história dos clãs. Fazer suas árvores genealógicas, escrever sobre seus feitos e é por isso que você não morre. O primeiro escolhido nasceu á dois mil anos e ainda está entre nós.

—Escolhido?

—Sim. Você nasceu com o dom da imortalidade por uma razão, as elementais fizeram você e você tem essa compulsão incontrolável de escrever sobre tudo o que você vê e ouve. E a sua memória é perfeita, você se lembra até mesmo de como era dentro da sua mãe. Acertei?

A garota calou Henry. Deixou-o chocado.

—Eu acertei. As elementais fizeram você.

—As elementais? Quem são as elementais?

—As primeiras bruxas do mundo. Elas morreram á muito tempo só tem dois elementais vivos eles são os primeiros imortais. 

—E quem são eles?

—Silas e Amara.

—Você?

—Não. Outra Amara ela e Silas são os rostos que geraram milhares de duplicatas.

—Duplicatas?

—Versões humanas deles. Eles refinaram significativamente o processo depois deles, você não tem sede de sangue tem?

—Não.

—Ótimo. Isso é um avanço. A elemental Ester tentou recriar o que as primeiras fizeram, mas não conseguiu, bom conseguiu mas teve consequências catastróficas.

—Que tipo de consequências?

—Ester lançou uma praga viral sobre essa terra. A praga do vampirismo, um feitiço criou a raça predadora e um efeito colateral do feitiço com o qual Ester não contava era o fato de que eles não conseguiam se controlar, o sangue os atrai acima de todas as outras coisas, num acesso de raiva eles destruíam vilarejos inteiros, matavam sem remorso. E a única arma capaz de dizimar essa raça miserável foi destruída pela própria Ester.

—Podemos conversar em particular?

—Claro.

Levamos ela para a delegacia e o Henry perguntou:

—Tem como desfazer o que foi feito?

—Não. Mas, você pode ser mortal outra vez e tudo o que tem que fazer é procriar.

—Procriar?

—Sim. Passar a marca pra frente, assim que você tiver um filho biológico, no momento em que a criança for concebida sua missão acaba. E você pode partir.

—Você tem certeza disso?

—Tem sido assim desde a aurora dos tempos. Desde os primeiros escolhidos.

—Se é assim, o meu pai...

—Sim. O seu pai era um escolhido ou a sua mãe. Tudo o que tem que fazer para que possa partir é passar adiante o fardo de ser um imortal.

—Se eu tiver um filho ou filha, poderei morrer?

—Poderá, mas deve antes disso contar sua história. Toda ela, registre em cadernos, computador, carta como preferir é pra isso que você está aqui é por isso que é assim. Imortal para passar todo esse conhecimento á diante para o seu sucessor ou sucessora.

—Sério? Tudo o que eu tinha que fazer para poder morrer permanentemente era ter um filho?

—Sim. Basicamente.

—Ótimo. Eu tenho que arrumar alguém para carregar o meu filho.

—Eu né Henry.

—Assim que a criança for concebida, a marca vai sumir e sua imortalidade com ela por isso aproveite ao máximo e faça com que a sua última morte seja memorável. O outro lado espera por você Henry Morgan.

—Como é lá?

—Eu que sei? Eu tenho cara de elemental morta?

—Não.

—Abigail estará lá?

—Ela era uma elemental?

—Não que eu soubesse. Existe alguma maneira de se identificar uma elemental?

—Claro.

 

—E como se faz isso?

—Acha mesmo que vou deixar o meu povo á merce do seu? Faz alguma ideia das barbaridades que vocês fizeram conosco? Caçadas, torturadas, queimadas vivas, culpadas de crimes que não cometemos, forçadas a deixar nossas casas e tudo o que amávamos para trás. Pergunte ao Henry como ele morreu pela primeira vez, porque ele morreu. Pergunte a ele.

—Henry?

—Eu morri protegendo uma elemental, Claudette. Eu morri no lugar dela eles atiraram em nós e naufragaram a embarcação, felizmente graças ao meu sacrifício ela sobreviveu e pode dar continuidade á sua linhagem.

—Os escolhidos servem ás elementais. Mesmo inconscientemente por isso criamos vocês, para nos proteger e ás nossas linhagens.

—Alguém para morrer no seu lugar?

—Basicamente. Tempos desesperadores exigem medidas desesperadas.


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