Mandy Mellark (Hiatus) escrita por Paty Everllark


Capítulo 13
Ciúme


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente... Demorei né? Peço mil desculpas por isso, e pior que nem posso dizer que não acontecerá outra vez.

Por esse motivo peço a compreensão de todos. Minha vida anda uma loucura ultimamente rsrs. A única coisa que posso prometer é que jamais vou abandonar minhas fics ok? Principalmente porque através dela tenho conhecido pessoas incríveis.

Quero agradecer por todos que continuam comigo, favoritando, acompanhando e deixando seus recadinhos me incentivando. É sério Vocês são 10 e fazem toda a diferença.

Quero deixar registrado também meu obrigado especial para minha Betafriend Belzinha, pelo cuidado e dedicação na hora de revisar os capítulos tanto de MM, quanto de DAAS. Bel muito obrigada por tudo!

Pessoal agora o capitulo, espero que gostem!



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Sentado em meio ao círculo formando ao redor de uma cadeira. Observava minhas companheiras de formação.  Todas, incluindo Katniss se achavam eufóricas com a expectativa de ver Cinna dançando. Algumas salientaram o privilegio de participar do workshop, outras enfatizaram que a oportunidade era única, visto que o artista não se apresenta em público há anos.

Frases como: “A trajetória profissional dele é impressionante”. “Ele é um charme”. “Com apenas quinze anos ele já era primeiro bailarino do Municipal”. “Ai, se eu pudesse e meu dinheiro desse”. Eram ditas entredentes e me deixavam irritado e ansioso.

— Você está bem, querido? – inquiriu Taylor, a aluna mais velha do grupo ao pé do meu ouvido.   

— Sim, só estou um pouco apreensivo, querida!

— E quem não está não é mesmo...?

Fã das mais fervorosas, a idosa continuou alugando meus ouvidos com histórias sobre o cara enquanto aguardávamos a sua apresentação.  Verdade seja dita, o artista era uma pessoa notável. Não seria difícil  tê-lo encabeçando minha lista de melhores amigos. Sem dúvidas, Cinna seria alguém com quem manteria uma amizade em outra ocasião com certeza. Poucas horas de convivência fora preciso para que chegasse a essa conclusão, contudo mesmo lhe sendo simpático, só conseguia  enxerga-lo como um rival em potencial.

Para meu desespero, durante toda a aula teórica sobre “a arte das danças sensuais” o Mané, não poupou elogios ao desempenho da Everdeen na barra de pole dance, ressaltando sempre o quanto ela parecia uma dançarina profissional. Mais tarde ajudou-a com todos os exercícios de alongamento que propôs para o nosso grupo, e até se disponibilizou, caso a morena tenha interesse, de promover um workshop gratuito às bailarinas da Sinsajo antes da reinauguração da boate.  

— Será que demora muito?  

— Hã? – absorto indaguei, havia me desligado por completo na metade de seu discurso pró Cinna.  

— Cinna? Será que falta muito para ele terminar de se arrumar...? A assistente dele disse que ele voltaria logo.

Antes de responder algo, olhei para Katniss, ela estava radiante esperando o retorno do coreógrafo. Sei o quanto ela amava dançar, o quanto sonhava em ser uma coreógrafa de sucesso. Esse workshop lhe era muito especial justamente por esse motivo. E, diferente do teste na Lerner, quando Cressida a tratou mal, Cinna estava reconhecendo seu devido valor.  

— Não sei – declarei sentindo-me derrotado. Por mim ele poderia nem voltar.

Do outro lado, a Everdeen conversava animada com a moça ao seu lado. Questionei-me mentalmente, o que elas estariam discutindo?  Arrependi-me amargamente de não estar disfarçado de Amanda, tudo seria bem mais fácil... Ao menos poderia ser eu ao seu lado.

Confesso nessas horas sentir inveja do meu irmão. Se fosse Finnick no meu lugar, já teria ao menos chamado atenção da morena para si. 

— Você deveria ser mais corajoso e dizer a ela o que sente. – Virei meu rosto em direção à platinada e arqueei a sobrancelha.  – A morena! – exclamou apontando com um aceno discreto. – Vai dizer que, não é por conta dela que está aturando este bando de mulheres descontroladas? – sorriu maliciosa.

— Não... N-não, estou aq...

 – O papinho de ator fazendo laboratório não cola comigo meu rapaz  – interrompeu-me – Sessenta anos muito bem vividos, devo-lhe ressaltar... Notei desde o início que está aqui por causa dela.   

— É tão óbvio assim? 

— Não... Eu é que costumo ser muito observadora. Além disto, sua carinha linda muda drasticamente quando nosso instrutor se insinua para a moça. – empurrou-me pelos ombros. –Tu ‘ morrendo de ciúme é evidente! – Abri os lábios para retrucar, mas antes que fosse possível uma enérgica Vanessa adentrou o espaço falando alto.  

— Meninas, e menino... Peço um minuto de atenção de vocês. – Estalei a língua no céu da boca, a assistente se encontrava esfuziante.

— Vocês estão prontos para a orientação prática de como realizar “O” strip-tease perfeito?  – Um uníssono e animado sim ecoou no interior do teatro em resposta a sua pergunta. – Então, Ladies and Gentleman do meu core, preparem-se para ter uma experiência única.

Ao término de sua fala, a loira se encaminhou para o fundo do teatro onde se encontrava a barra de pole e ligou o micro system numa batida instrumental. Encarando-nos de um jeito divertido bateu com os saltos no piso como se contasse 1.2.3.  

— Com vocês... Cinna o coreógrafo das estrelas. – pronunciou solene. 

Nossos olhares - antes fitos na assistente - voltaram-se para a porta de entrada onde um barulho de palmada podia ser ouvido.   

 Gritos ensurdecedores. Sons animalescos e palmas preencheram o recinto na velocidade da luz. Arregalei os olhos não acreditando no que via. Com as costas escoradas no batente da porta - Cinna vestido de policial - batia com um cassetete de borracha na palma da mão direita.

— Isso Cinnaaaa! – Katniss elevou a voz, incrédulo e boquiaberto, olhei-a nos olhos, vendo-a desviar o olhar, por conseguinte. Sem se  importar com a minha cara de espanto ela colocou o dedo polegar e indicador na boca e assoviou com vontade.   Aquilo só podia ser brincadeira.

Com a ajuda do cassetete Cinna suspendeu o quepe que escondia propositalmente seus olhos, e sorrindo indagou com voz grave.

— Foi daqui que chamaram a polícia?

Sim. – A comoção foi geral.

Lentamente Cinna se encaminhou ao centro da roda, aproximou-se da cadeira e começou a rebolar de maneira máscula. Sem delongas retirou o quepe e o colocou na cabeça de Cashmere, que abanou as mãos na frente do rosto simulando uma onda de calor.

— Eu estou aqui para responder ao chamado de vocês! — Que desaforado! De um jeito provocante entregou o cassetete nas mãos de Taylor, e cheirou seu pescoço, afastando-se logo em seguida. A mulher ficou ainda mais agitada que Cashmere.

Abusando da sensualidade, Cinna retirou a camisa rodopiou a peça no ar e para o delírio da mulherada  jogou-a  pra cima ao estilo buquê de noiva. O teatro parecia que viria abaixo a qualquer momento.

Como se não bastasse se livrar da camisa e revelar seus músculos definidos, nosso instrutor bonitão se empolgou sob os gritinhos e uivos das meninas e resolveu deixar de lado o som instrumental começando a cantar I Belong To You, do cantor Lenny Kravitz.  É.  E, cantar bem.

I belong to you,

Eu pertenço a você,

And you,

E você,

You belong to me too?

Você também pertence a mim?

You make my life complete,

Você faz minha vida completa,

You make me feel so sweet,

Você me faz sentir tão doce,

You make me feel so divine,

Você me faz se sentir divino...”

 Fiquei completamente inerte ante a evolução do dançarino e a histeria coletiva ao meu redor. Só me dei conta do perigo quando o conquistadorzinho de quinta estendeu a mão para a Everdeen convidando-a a ficar de pé.  

  Cinna sussurrou algo no ouvido da minha morena e roçou de leve seu corpo no dela. Visivelmente corada, Katniss sorriu e aceitou a mão  que lhe fora estendida. O coreógrafo a conduziu até a cadeira, colocando-a sentada ali.  O negro retirou do bolso da calça uma algema de pelúcia cor-de-rosa ridícula e preparou-se para algema-la.

  Pisquei diversas vezes. Um súbito calor subiu por minhas pernas e braços, causando-me um tremor. Logo comecei a hiperventilar, minha visão ficou turva e meu raciocínio lógico foi para o espaço. Levantei-me num sobressalto e quando dei por mim já estava gritando.

   – Pare!

                                                                (...)

  – Eu posso tentar?

“Tu és um idiota Peeta”. Clamava meu subconsciente.   

Por que eu tinha que ter feito essa pergunta? Não, por que não me controlei antes de interromper a apresentação do cara, sem ter um plano B? Que ideia de jerico foi aquela? E o mais surpreendente, como aquele louco do Cinna ainda vibrou, com o meu pedido sem propósito?

 Quando me tornei esse cara tão impulsivo, que age sem pensar nas consequências de seus atos? Já sei, quando conheci Katniss Everdeen.

Pai do céu... O que diria dona Effie se me visse agora? Maneei a cabeça para afastar a insegurança que me afligia

“Não pense nisso. Respire fundo. É por uma boa causa. Um dia você ainda vai rir de tudo isso.” Disse a mim mesmo.

O que é uma fantasia estilizada de bombeiro para um homem que há quase um mês estava se depilando, maquiando e usando peças intimas feminina?  Sacudi os ombros.   

  “Tu não podes deixar que aquele conquistadorzinho barato do Cinna leve a melhor com a Katniss, Peeta Odair Mellark .”

“É não posso!”. Mandei o comando para o cérebro antes de voltar ao teatro. Katniss teria o melhor strip-tease que ela já viu na vida. Ah, se teria.              


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?

Ainda não foi dessa vez que o loiro entrou em ação, mas vocês viram o comprometimento do rapaz nesse finalzinho de capitulo.

Será mesmo que nossa katzinha terá um strip-tease inesquecível?

Meninas e meninos (se estiver algum por ai) rsrs. Esse é o link da música do Lenny Kravitz, ela é uma delícia e vale muito a pena escutar

https://www.youtube.com/watch?v=ucvLuGgsGS8