—Me explica então. - volto para debaixo da água porque começo a sentir frio. Acho que estou muito nervosa.
—Eu sei que você disse que não estava. Mas você está diferente, Ally.
Abro minha boca para falar, mas Kyle coloca o dedo indicador nela, me calando.
—Você está com o corpo diferente e eu conversei com Tom. Ele me disse que tinha grandes chances de você estar grávida e me deu essa ideia.
—Como acha que estou me sentindo? - pergunto um tanto irritada.
Bufo quando sinto as lágrimas estúpidas saírem dos meus olhos. Kyle respira fundo e tenta pegá-las com os dedos. Eu afasto sua mão.
—Estou me sentindo violada. Se você pedisse para eu fazer um teste, não ia me recusar.
—Eu só estava preocupado...
—E além disso, me sinto uma estúpida por não ter descoberto. Afinal o corpo é meu. Eu deveria descobrir e não você.
—Alice, calma...
—E agora estou apavorada. A culpa é sua!
Cubro meu rosto e começo a chorar descontroladamente. Não sei o que está havendo. Sinto minhas mãos tremerem. Estou assustada.
—Shh. Calma, está tudo bem. - sinto seus braços me envolverem. - Está tudo bem, Ally. Nós daremos um jeito, eu prometo.
—O que nós vamos fazer? - pergunto. - Você tem que terminar a faculdade e eu...
Ele olha para mim e segura meu rosto com as duas mãos.
—Calma, vamos dar um jeito. Vai ficar tudo bem, eu prometo!
Engulo a bile que estava subindo por minha garganta e tento me acalmar.
—Olha bem nos meus olhos e se acalma.
Meus olhos marejados fitam os seus, tão verdes e próximos dos meus. Respiro fundo diversas vezes.
—Isso amor.
Abraço ele.
—Me desculpa. Eu sou uma louca! Você é quem deveria estar surtando, você é o homem.
Ouço Kyle dar uma risadinha que sai pelo nariz.
—Está tudo bem, Ally. Vamos dar um jeito.
Olho para seu rosto e balanço a cabeça.
—Você é tão maravilhoso... - respiro fundo. - Eu te amo tanto, Kyle!
—Eu também te amo. - ele diz.
Eu lhe beijo ferozmente. Sinto ele me pressionar contra a parede fria de azulejos brancos. Eu amava tanto ele! Naquele momento, mais do que nunca. Ele parecia tão calmo com aquela situação... E eu estava agindo feito uma desequilibrada. Os papéis estavam invertidos.
—Eu quero que você me toque. - peço de novo.
Kyle olha nos meus olhos suplicantes.
—Por favor? De qualquer outro jeito... só preciso que você me toque.

K.Y.L.E

O desespero na voz dela me desarma. Seus olhos castanhos me olham ansiosos. Como posso negar alguma coisa para ela quando ela me olhava daquele jeito?
A viro de costas para mim e a encosto eu meu corpo. A parte difícil seria não ficar duro com ela assim, tão próxima, e ter que me aliviar. Passo meu braço esquerdo por sua barriga, segurando-a contra mim e com a outra mão, desço até o meio de suas pernas. Ela está tão molhada... e não é a água do chuveiro.
Começo a acariciar seus lábios lentamente, para cima e para baixo. Ouço ela gemer baixinho. Respiro fundo quando começo a sentir meu pau crescer. Merda!
Continuo a acariciá-la e então pressiono meus dedos em seu clitóris. Ela se curva e eu a seguro, ela geme meu nome.
Começo a masturbar ela, fazendo movimentos circulares rápidos com os dedos em seu clitóris.
Ela pressiona a mão contra o vidro do box e arfa.
Fecho os olhos ao sentir meu pau extremamente duro e perto da entrada da sua vagina. Eu não vou aguentar... Se eu for devagar talvez não tenha problema...
—Ah Ally... você me deixa duro desse jeito.
Eu paro de masturbá-la e a viro pra mim. Ela parece não entender e abre a boca para suplicar de novo.
Fecho o chuveiro e a tiro do banheiro. Eu preciso deitá-la em algum lugar para que eu consiga ir devagar, senão posso machucá-la, querer ir rápido demais.
Saio do banheiro com ela entrelaçada em minha cintura. Estamos molhados e nos deitamos na cama. Estou trêmulo e ansioso.
—Eu vou tentar ir devagar. - digo baixinho.
Ela concorda com a cabeça e olha para baixo. Eu me encaixo no meio das suas pernas, passo a cabeça do meu pênis por seu clitóris. Fecho os olhos ao sentir o contato. Ela também geme e então eu a penetro muito lentamente.
Pego suas duas mãos e entrelaço-as nas minhas. Eu começo a me movimentar lentamente mas num ritmo constante, Alice olha para meu membro entrando e saindo de dentro dela e geme meu nome.
—Calma amor. - sussurro. - Vamos chegar lá, eu prometo.
Ela concorda com a cabeça e eu continuo a me movimentar, tentando não acelerar o ritmo. Não posso... - penso comigo mesmo e cerro o maxilar. Ela é tão gostosa! Sinto vontade de ir mais fundo, mais rápido...Mas tenho que me controlar.
Solto suas mãos e, ao mesmo tempo que me movimento dentro dela, começo a brincar com seus seios mais cheios. Os seguro e brinco com eles. Olho para o rosto de Alice. Pela primeira vez posso ver que ela está de olhos abertos olhando para mim enquanto fazemos sexo. Ela sempre fecha os olhos.
—Está gostando disso, amor? - pergunto e lhe dou um beijo no nariz.
—Sim. - ela geme e coloca as mãos nas minhas costas.
Posso sentir que estou perto de gozar.
—Eu te amo, meu amor. Te amo muito. - olho em seus olhos, meu nariz está encostando no seu. - Goza pra mim. - me movimento mais uma vez e paro. Movimento-me duas vezes e paro.
Volto a me movimentar no ritmo lento, porém sem parar, que eu estava. Alice choraminga em meu ouvido e aquilo me leva a loucura. Tenho vontade de virá-la de quatro e fazer muito mais forte. Começo a tremer, esvaziando-me nela. Mas não paro de me movimentar, acabo indo um pouco mais rápido porque estou tremendo. Estou quente e suado. Vejo uma gota de suor descer pelo meio dos seios dela e continuar descendo até a barriga. Agarro seu quadril enquanto gozo e olho para seu rosto. Ela começa a tremer, olhando para mim, nossos narizes se tocando, nossos corpos trocando calor, ela gemendo e depois fechando os olhos... Ela é minha vida.