Peculiar escrita por Luana


Capítulo 3
O Telepata


Notas iniciais do capítulo

Ola
Espero que gostem.



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Lua e Ninna andaram pelo campus passando pelo refeitório, por um bloco de laboratórios e até fizeram a matrícula de Lua. Elas andaram alegres e despreocupadas por quase duas horas, até o momento que algo fez Lua parar abruptamente. Ninna não demorou para ver o que fez a amiga parar. Os gêmeos  e Lúcifer conversavam escorados no carro do demônio. Eles podiam passar por universitários comuns tendo uma conversa, mas Lua e Ninna não se deixavam enganar. Conhecendo os gêmeos, sem dúvida falavam de mulher, para estarem com aqueles sorrisos no rosto, e Lúcifer provavelmente falava de tortura ou fazer a vida de alguém miserável. Estando os três juntos, com certeza planejavam seduzir uma mulher, torturá-la e então, fazer a vida dela miserável.

As duas amigas se olharam decididas, e como se tivessem tido uma conversa mental, lentamente começaram a dar passos para trás. Suas expressões eram tão concentradas que pareciam acreditar que ninguém iria perceber sua presença. De repente uma mão firme surgiu no ombro de cada uma e uma voz sussurrou:

—Não adiantou, eles já viram vocês.

Virando lentamente, como se estivessem num filme de terror, Ninna e Lua se depararam com Eros, as fitando com uma expressão divertida.

—Não viram nada, eles estão conversando. – Ninna insistiu.

Eros ergueu a sobrancelha direita, e com um dedo deu batidinhas em sua têmpora.

—Você já se esqueceu? Eles só estão tirando com a cara de vocês, viram as duas chegando faz tempo. Agora vamos lá, tirar uma com a cara deles.

—Não Eros, a gente não pode. Você o está subestimando, ele é poderoso demais. – Lua falou num sussurro.

Ele revirou os olhos.

—Não faça pouco caso, você sabe que ela tem razão. O “Capeta” é terrível com ela! – Ninna o advertiu. – Sem falar dos dois pervertidos. Pra você é fácil, não tem que aguentar aquelas cantadas o tempo todo!

Ao ver que Eros não mudava de expressão Lua implorou:

—Me proteja! Não faça a gente ir lá!

—É claro que eu protejo... – Ele revirou os olhos novamente.

Elas suspiraram aliviadas.

—Mas nós três ainda vamos lá. – Ele pegou as duas pelo braço e seguiu em direção aos amigos.

—Eros... jura que vai me proteger com sua vida? – Lua perguntou.

—Claro, claro. Mas lembre-se de que eu vou voltar pra puxar o seu pé a noite.

—Não tem problema. Você será um fantasma bonzinho! – Ela sorriu.

Eles então alcançaram os três garotos que fingiram olhares surpresos.

Lua e Ninna se olharam céticas.

—Oi gatinha! Bom te ver! – Tony cumprimentou Lua enquanto GaLu a abraçava. Lúcifer só encarou os recém-chegados.

—Oi de novo gatinha 2. – Tony se virou para Ninna que o encarou descrente.

—Sério? Gatinha 2 é o melhor que você consegue pra mim? Você já foi mais criativo... – Ninna retrucou.

Antes que Tony pudesse responder GaLu interrompeu.

—Mas que surpresa encontrar vocês. – Ele comentou sorrindo.

—Não me diga. – Eros respondeu.

Ninna e Lua sorriram.

—Ah Eros, que droga, você contou. – Tony lamentou. – Você pode ser fofoqueiro quando quer...

Eros riu e revirou os olhos.

—Mas afinal, onde estão os outros? – Lua perguntou.

—Não chorem, eu já estou aqui. – Adônis apareceu de repente.

Lua pulou nele para abraça-lo seguida por Ninna que foi lhe dar um beijo carinhoso na bochecha. Ele as abraçou de volta.

Lúcifer, Tony, GaLu e Eros observaram a cena do abraço triplo.

—Mas e o Conrado, a Jessy, a Aria e a Ana? – Lua voltou a questionar. - Eles já deveriam estar por aqui.

GaLu fez um som de nojo.

—Nem me fale de Conrado e Jessy. Parecem dois coelhos, me revira o estômago só de lembrar. – Explicou com uma careta.

Ninna que tirou uma lixa de unhas da bolsa despreocupadamente, logo o respondeu.

—Falou o cara que se deu notas para o próprio desempenho sexual. Bem feito! Agora você sabe como eu me sinto quando você começa a falar.

— Acho que você se sente assim por que no fundo, nem tão no fundo assim, você queria ter essa experiência também. Admita. – Ele sorriu malicioso. – E o que você quis dizer com “eu me dou notas”? Foi uma pesquisa legítima! Eu não inventei nada... – GaLu foi interrompido por um olhar sarcástico de Eros. – Ah, eu odeio você!

Lua, Tony e Adônis riram, enquanto Ninna ainda absorvia a acusação inaceitável que recebeu.

—Então... Todos estão aqui? – Eros perguntou.

—Aria e Ana ainda não chegaram, mas estarão aqui logo. – Ninna respondeu.

—Parece que estamos reunidos de novo. – Adônis comentou. – Que coincidência...

—Não há nada de coincidência nisso Cara. – Tony falou.                         

—E Eu deveria me sentir super feliz por isso? – Lua resmungou, recebendo olhares desaprovadores dos outros. – Sem querer ofender é claro. Não acho ruim estar com vocês, mas ele tinha que estar aqui?

—Só pra lembra-la, eu cheguei primeiro. – Lúcifer disse. – Não deveria me perseguir de forma tão descarada.

Lua o olhou descrente.

—Não estou perseguindo você. – Lua respondeu ofendida. – Prefiro ir a cadeira elétrica do que dividir o mesmo espaço que você.

—Sim claro. Não duvidaria nada que você dissesse que irá cursar direito. – Lúcifer acusou.

Se antes Lua carregava uma expressão descrente, naquele momento só se podia notar puro horror.                       

—Você está brincando né?

—Não me diga que você... –Tony começou mais logo foi interrompido.

—O que você faz em um curso desse? – Lua perguntou desesperada. – Não faz sentido. Você não pode...

—Ah... Eu posso! – Lúcifer disse sorrindo. – Então você será minha caloura, o que fara pra agradar seu veterano?

—Bom, eu posso cortar a cabeça de alguns gatos em oferenda em seu nome. – Lua respondeu sarcástica. – Até parece que vou fazer alguma coisa que você queira...

Lúcifer avançou em direção de Lua mas topou com Eros.

—Calma Cara! Nada de assassinato em público, muito menos tentativas de afogamento na fonte do campus.

Lúcifer voltou a se escorar no carro.                      

—Achei que morreria afogada.

—Apesar da fonte poder ser considerada uma piscina pra anã ali, você esqueceu que ela sabe nadar. – Eros disse apontando pra Lua enquanto ria.

Lua mostrou o dedo do meio.

—Morram. – virou as costas e foi embora sendo seguida por Ninna e Adônis."

            Eros de despediu dos garotos e se dirigiu para o dormitório masculino.

           Ele que possuía a habilidade de telepatia, não entendia o por que das pessoas pensarem de uma forma e agirem de outra, principalmente seus amigos. Se todos fossem mais sinceros provavelmente as coisas seriam mais simples.

            “Será que eu chamo ela para sair?”

            “Esses sapados são tão desconfortáveis

            Os pensamentos inúteis das pessoas ao seu redor enchiam sua mente. Ele na maior parte do tempo achava essa habilidade um saco, mas logo se lembrava de Lua e Lúcifer que tinha que lidar com a morte o que fazia ele até se sentir aliviado por ser um telepata. Quer dizer, as vezes era bem útil como na hora de fazer uma prova, ou lidar com pessoas mentirosas.

            “Puta merda! Eu me lembro de toda a festa de ontem, na próxima vou ter que beber mais

Um pensamento chamou a atenção de Eros que o vez olhar em volta procurando a dona do pensamento, que ele sabia muito bem a quem pertencia.

Ana!

Ela vinha andando de forma distraída até que ela olhou em direção a Eros e sorriu.

Eros por um momento sentiu seu coração dar um pulo. Aquela garota sempre causava esses tipos de reações nele.

—Eros! – Ana disse se jogando em seus braços. –Como foi as férias?

Eros tinha ido passar as férias na casa de sua mãe. Ele havia cometido um erro! Deveria ter ficado em Brugues, na dele. Como sempre seus pais mesmo depois de anos separados continuavam em pé de guerra.

Eros preferia mil vezes lidar com a mente de GaLu depois de um encontro do que a mente de um dos seus pais.

—Normal! - ele responde. – E a suas?

—Ah eu fiquei por aqui sabe. – Ana respondeu. – Na casa de uma amiga.

Droga! Agora Eros estava mesmo arrependido de ter ido para Londres.

Eros e Ana haviam ficado por um tempo no Ensino Médio, os dois se davam muito bem e a atração que sentiam um pelo outro era sem comparação. Os dois naquela época eram muitos parecidos também, muito irresponsáveis, descontrolados. Mas as coisas mudaram, Eros de certa forma amadureceu, enquanto de alguma forma Ana parecia mais alucinada do que antes.

—Ouvi dizer que os outros estão aqui. Por que não vamos todos juntos para festa de começo de semestre? – Ana perguntou empolgada.

Por favor, por favor! Podemos fazer uma competição de quem bebe mais, da ultima vez eu...

Eros passou uma das mãos pelo cabelo. Ele realmente não achava uma boa ideia.

—Ana eu acho que...

—Então tá Ok!  Vou falar com os outros. – Ana o interrompeu pra depois sair o deixando lá.

Bom, não havia mais nada há fazer, já que ele sabia que todos concordariam. Eros deu de ombros.

Que se dane! Ele pensou. O papel de manter todos no controle era de Conrado e não dele.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?
Acho que vocês já devem ter percebido que os capítulos que estou postando são somente apresentações dos personagens, para que todos tenham uma pequena noção das características básicas de cada personagem. Haverá provavelmente mais um capitulo dessa forma para depois começar a desenrolar a história.

Espero que gostem e aproveitem o humor porque nem todos os capítulos terminará tudo bem como esses.

Espero que tenham gostado
Até a próxima sexta
Bjo*



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