Filha de Apolo escrita por Ivy Hale


Capítulo 5
Um problema, uma missão e um novo amigo


Notas iniciais do capítulo

Voltei! desculpem a demora, este capitulo é o melhor pra mim até agora. se vocês tiverem algo a dizer, por favor, deixem comentários, eu prometo responder. aproveitem o capitulo!



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— Acorda Claire! Rápido! – disse Poppy. 

Olhei em direção à janela e vi o céu escuro ainda estrelado. 

— Qual é? Que horas são? – perguntei ainda com sono. 

— São oito horas! Quíron convocou uma reunião, venha! 

Troquei de roupa rapidamente e fomos em direção à casa grande, no caminho Poppy me explicou o que estava acontecendo: 

— Não percebeu ainda? –disse ela. – Eu disse que são oito horas da manhã, mas o sol não nasceu! 

— O quê? Como? 

— Algo aconteceu com Apolo, por isso a reunião. 

Reunimo-nos na casa grande, lá estavam todos os filhos de Apolo e os líderes de todos os chalés. 

— Porque você está aqui? Você não é a líder de seu chalé, é? 

— Agora eu sou.Emma era a líder, mas ela sumiu, ela e mais dois irmãos meus. Disseram que eu devia ser a nova líder por enquanto. 

— Como assim sumiram? 

— Não sabemos ainda. 

Ficamos na sala de recreação, estava tudo um alvoroço, todos conversando perguntando o que houve. Quase não percebemos quando Quíron chegou, ele disse: 

— Primeiro peço que façam silêncio! - absolutamente todos se calaram. Quíron retomou – Recebi uma mensagem do Olimpo e foi requerido que três de vocês sairão em missão... 

— Mas o que houve? – Alguém perguntou. 

— Não me interrompa! – disse Quíron pra ninguém em especial, ele estava definitivamente irritado com a situação, e olha que é preciso muito pra tira-lo do sério – O carro do sol de Apolo foi roubado! – disse em exclamação, em alto e bom som, pra que todos ouvissem – É sensato que pelo menos um daqueles que irão na missão seja filho de Apolo, alguém se voluntaria? 

Will, Derek e pelo menos mais uns cinco de meus irmãos levantaram a mão se voluntariando. 

— Só precisamos de um – disse Quíron. 

Nesse instante uma luz dourada muito forte luziu ao lado de Quíron e logo Apolo se materializou lá. Todos estranharam o fato de ele aparecer em pessoa, os deuses não apareciam muito no acampamento a não ser que fosse estritamente necessário. Ele usava jeans, camisa sem manga mostrando seus músculos e óculos escuros. 

— Senhor Apolo – disse Quíron – A que devemos a honra? 

— Estão discutindo algo em relação a mim não é? Por que não apareceria? E tenho muito a acrescentar – disse ele virando-se pra multidão – Como sabem o oráculo não está funcionando então eu fui até as próprias parcas perguntar sobre está missão – todos começaram a resmungar entre si – e, elas me disseram – disse ele retomando a atenção - que minha filha Claire deve ir nessa missão – ele olhou pra mim e deu uma piscadela. 

Todos olharam pra mim e eu só queria um buraco pra enfiar a cara, alguns começaram a questionar, e logo Apolo os calou: 

— Não há o que discutir! – disse ele. Virou-se pra mim – Claire, você tem cinco dias pra recuperar meu carro, afinal é verão e o sol é necessário. Seus acompanhantes estão ao seu critério. Se eu não tiver o carro nesse período não posso nem imaginar o que meu pai, Zeus, fará. 

— Como deixou que roubassem seu carro?! – perguntou alguém, provavelmente o mesmo alguém de sempre, que nunca se identifica, mas que sempre faz as perguntas que todos querem fazer. 

E novamente ele se desfez, e sem responder. 

Quíron disse que eu escolhesse o mais rápido possível quem me acompanharia e que logo que soubesse fosse com eles até a casa grande contata-lo e então dispensou-nos todos. 

Seguimos para saída e perguntei a Poppy: 

— Poppy, você irá comigo? 

— Se você quer que eu vá, não perderei por nada. Ally também? – disse Poppy. 

— Você quer vir, Ally? – perguntei-a. 

— Sinto muito, mas eu não posso. Nem sou de lutar, não seria de muito ajuda. 

— Tudo bem – disse Poppy. – precisamos encontrar mais alguém pra ir, logo, não temos muito tempo. 

Quando estávamos na frente da casa grande ouvi um “psiu” e segui os olhos ao redor procurando de onde vinha, encontrei uma silhueta escondida atrás de uma estátua de Zeus, era Anthony, ele me chamou com um gesto de mão. 

— Garotas vão indo que já encontro vocês. 

Elas concordaram um pouco relutantes e seguiram o fluxo em direção aos chalés. Fui discretamente até Anthony que me puxou com ele. 

— Vem comigo. 

— O que houve? 

Ele não respondeu. Simplesmente me guiou silenciosamente até a parte da praia de Montauk que ficava nos domínios do acampamento. A brisa que vinha do mar estava muito fria, mas era ótima, me lembrou das praias do Brasil. 

Sentamos na areia: 

 

— Não podemos ficar aqui, as harpias... 

— Você esqueceu que não está de noite? 

Senti-me uma idiota quando ele disse isso, mas não era difícil esquecer. Não estava muito escuro pois as estrelas brilhavam e a lua estava no céu, mas parecia que era madrugada. Anthony olhou o céu, admirando-o. 

— Como a lua pode brilhar sem o sol? – perguntou. 

— A lua não é como acreditávamos, um satélite natural que reflete a luz do sol, ela é Ártemis em sua carruagem voadora de prata. – respondi. Isso parecia tão absurdo pra mim quanto pra ele. 

— Ah, claro! Como não? – disse ele achando engraçado - Eu sei que ainda não somos amigo, mas queria perguntar... 

—Bem, se ainda não somos amigos podemos resolver isso agora... –levantei-me – Olá! Eu sou Claire Albuquerque! – disse fazendo uma reverência. 

Ele também se levantou 

— Prazer em conhecê-la srta Albuquerque – ele pegou minha mão e beijou, entrando na brincadeira. Quando ele me tocou senti um arrepio estranho, mas me esforcei pra não reagir - eu sou Anthony Black. 

— Anthony, Você gostaria de ser meu amigo? 

— Claro! Seria uma honra, senhorita. 

— Pode perguntar agora – disse eu, ainda rindo, voltando a me sentar. 

—Então, eu queria perguntar sobre a reunião, eu não ouvi tudo, mas ouvi depois que Apolo chegou. 

— Você estava lá? 

— Não, eu meio que ia passando e... A janela estava aberta... 

— Você estava bisbilhotando? Que feio! Não sei se deveria ser amiga de um bisbilhoteiro – disse em tom de brincadeira. 

— Eu também queria te pedir pra me levar com você, na missão. 

— Você... Você quer ir?! – fiquei pasma, porque ele iria querer ir nessa missão com 95% de chances de ser um fracasso? 

— Bem, eu posso não ser forte e lutar como os meus irmãos, mas... 

— Eu não quis dizer isso, é só que, porque iria querer ir? 

— É que, meus irmãos são fortes, já lutaram contra vários monstros, e eu já cheguei aqui ferido e... 

— Você quer dizer que eles implicam com você por isso? – ele ignorou a pergunta como se não fosse necessário responder. 

— Eu acho que se eu completar uma missão eles vão me respeitar um pouco, mas se você não quiser... 

— Claro, você vem comigo! – não queria que ele fosse porque não queria que se machucasse, mas também não queria que ele pensasse que eu não acreditava que ele fosse capaz. Confuso? 

— Sério? – disse ele. 

Ele me olhava com um brilho de felicidade que luzia em seus olhos preto-acinzentados. 

— É! Vamos destroçar alguns monstros! - falei. 

— Assim espero – disse um pouco cabisbaixo, acho que ele também sabia das chances de dar errado, mas queria arriscar - Obrigada. 

Ele me fitava e ficamos algum tempo assim, apenas olhando um pro outro. Tony tinha cabelos castanhos, a pele um pouco bronzeada e um olhar doce que fazia qualquer uma derreter. Quando percebi o que estava fazendo fiquei corada e tentei uma saída estratégica. 

— Bem...É... Então já está decidido! Eu, você e Poppy iremos na missão... Vá até Quíron que irei assim que encontra-la - eu disse, já me retirando. 

Fui até o chalé de Hécate procurar Poppy para dizer que já sabia quem nos acompanharia na nossa agradável missão suicida. 

— Você chamou o Anthony?! Mas ele é tão... Tão... Ah sei lá, no quê que ele pode ajudar? 

— Foi ele quem pediu, não podia dizer não. 

— Claire, você tá afim dele? – Por que ela pensou isso? 

—QUÊ? Claro que não! É só que, ele disse que os irmãos dele implicavam por ele ser... Aparentar ser meio fraco e que se cumprisse uma missão isso poderia mudar. 

— Ok, tudo bem,a escolha é sua. Vamos falar com Quíron agora? 

— Sim, acho que Thony já esta lá. 

— Thony? Já inventou um apelido?– disse Poppy meio rindo. 

— AH! Qual é?! 

Anthony estava nos esperando em frente à casa grande para entrarmos juntos. Quando entramos na sala principal Quíron estava esperando por nós. 

— Srta. Albuquerque, são estes que a acompanharão? 

— Sim – eu disse – Poppy e Anthony aceitaram ir comigo. 

— Tem certeza de sua escolha Poppy? 

— Sim, tenho. 

— Ótimo. Vocês partirão hoje à tarde, não faz sentido esperar até amanhã já que será noite o tempo todo. – ele nos entregou três mochilas com suprimentos – A princípio vocês devem procurar as caçadoras de Ártemis, elas lhes darão alguma pista. No momento elas estão no Maine, mas vocês precisam ser rápidos, elas estão seguindo os rastros de um mostro e logo partirão. Sinto não saber mais nada que possa ajudar. Vocês devem dormir um pouco agora, não se sabe quando poderão dormir novamente, podem ir. 

Quando já estávamos saindo Poppy virou-se para Quíron e perguntou: 

— Quíron! E sobre meus irmãos? – ela parecia muito preocupada. 

— Creio que não possamos fazer nada por eles agora, Hécate escolheu um lado e seus irmãos decidiram segui-la. 

Então Poppy saiu correndo e chorando em direção aos chalés. 


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Notas finais do capítulo

Então oque acharam? espero comentários. vou postar o próximo na sexta. favoritem, acompanhem, recomendem e aproveitem a historia!



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