Filha de Apolo escrita por Ivy Hale


Capítulo 14
Uma visita a Sra. Black


Notas iniciais do capítulo

OOOI! gente, cá estou novamente com um capitulo novo. E queria dizer que finalmente minhas aulas acabaram! Sim! Agora só falta a formatura e eu serei a mais nova técnica em informática que vocês conhecem, e depois que sair a nota do enem, engenharia da computação aqui vou eu! Aproveitem o capítulo gente, amo vocês!



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Pouco tempo depois que Anthony saiu ouvimos um barulho assustador vindo da floresta, eu tive vontade de ir atrás dele, mas tínhamos combinado de esperar algumas horas até ir procura-lo.

Quando enfim Poppy concordou que não podíamos esperar mais nós pegamos nossas coisas e fomos. Deixamos a barraca ainda armada, pretendíamos voltar pra lá. Seguimos o rastro que Anthony deixou, Poppy era boa com isso. Andamos quase uma hora até esbarrarmos no enorme esqueleto do drakon.

Anthony conseguiu.

Avistamos um homem barbudo e mau encarado vindo em nossa direção. Ares trazia Anthony nos braços. Corrí até eles, Poppy comigo.

— E-ele está bem? - perguntei preocupada. Anthony estava desmaiado, seu rosto estava pálido mas de algum jeito ele parecia mais velho, não de um jeito ruim.

— Esta bem, só precisa descançar. Cuidem dele.

— Você quer que a gente leve ele? Não podemos, ele pesa uns... 60 e muitos quilos? - disse Poppy. Hoje de manhã acho que diríamos que ele pesava menos mas agora ele estava mais forte, maior, talvez também mais bonito.

— Tudo bem, eu levo - respondeu Ares e depois resmungou algo que não pude ouvir.

Ares levou Anthony de volta a barraca, colocou-o em uma cama e antes de ir embora disse que Anthony recebeu sua benção e que ela se manifestaria na batalha. Dei a Anthony um pedaço de ambrosia, arrastei uma cadeira pra perto da cama e fiquei ali até ele acordar. Enquanto ele dormia pude ver o quanto ele estava diferente, Os traços de seu rosto, agora não mais pálido, estavam mais definidos. Com certeza ele tinha ganho alguns centímetros à mais e agora era tão forte quanto seus irmãos, mais de um jeito melhor distribuído. Os ombros mais largos, os braços mais fortes, era como se ele tivesse treinado anos.

Quando Anthony acordou explicamos como ele tinha voltado pra barraca e depois ele explicou tudo que aconteceu na floresta. Quase não acreditei que entre tantos drakons comuns logo esse tinha asas e cuspia fogo, isso é muito raro.

Comemos uns sanduíches que tínhamos comprado no trem de manhã e pensamos no que fazer. Por fim decidimos pegar um trem pra Berlin, que era a cidade onde morava Anthony e sua mãe, ela ficava perto e lá tinha um aeroporto. Não podíamos continuar perto da floresta, nós não sabíamos o que mais poderia ter lá e preferíamos não descobrir.

A viajem foi tranquila. Chegamos em Berlin em pouco tempo, no caminho Poppy verificou a bússola, precisávamos pegar um voo o mais perto possível da cidade onde estava o carro. A bússola deu um novo zoom mostrando agora a cidade Sudbury.

— Subway? - perguntou Anthony.

— Não! Sudbury. Tá com fome ainda é? - respondeu Poppy. Enfim, compramos passagens diretas pro aeroporto de Sudbury mas o voo mais próximo só sairia na tarde do dia seguinte então Anthony nos guiou pela cidade até a casa de sua mãe, Maia black.

Eles moravam numa tipica casa americana, era cor de creme com uma garagem pequena e um jardim no quintal da frente. Anthony tocou a campainha ao lado da porta de carvalho. Em alguns minutos uma mulher morena, ainda jovem, com cabelos negros cacheados presos num rabo de cavalo e com um avental de cozinha atendeu a porta. Quando ela viu Anthony avançou sobre ele e abraçou-o fortemente.

— Oh! Anthony, meu amor! - Exclamou a mulher. - Você está... Diferente! - percebeu ela.

Anthony retribuiu o abraço com a mesma intensidade, vendo a cena pensei em mamãe, fazia semanas que eu não a via e ainda não tinha lido sua carta.

— Mãe, essas são Poppy e Claire.

—Sim, eu soube da sua missão. Vocês estão bem? - continuou ela, agora falando com todos nós - Vamos, entrem! Está frio aí fora.

Sentamos todos no sofá da sala enquanto a Sra Black foi na cozinha e voltou pouco tempo depois com limonada e biscoitos. Ela sentou-se ao lado de Anthony e não o largou nem por um minuto, enquanto ele contava pra ela nossa situação.

Por fim, ela disse que não havia problema, podíamos todos passar a noite lá.

— Você precisa urgentemente de um bom banho, querido - finalizou ela.

— Mãe! - Repreendeu Anthony.

— Ela está certa - concordei, enquanto Poppy ria da cena. - você está fedendo à réptil queimado.

Antes de irmos tomar banho lembrei de uma coisa indispensável; precisávamos dos nossos passaportes. A mãe de Anthony estava com o dele então precisávamos arranjar um jeito de conseguir os outros. Eu sabia oque fazer. Precisava usar o correio dos deuses.

— Você já fez isso antes? - perguntou Poppy depois que a contei tudo.

— Não, mas aprendi no livro.

Na verdade no livro o Percy tinha guias de remeça do correio de Hermes, mas mesmo sem tê-los eu precisava tentar.

— Peraí, eu não entendi nada - disse Anthony.

— Novidade - respondeu Poppy. Olhei pra ela com uma sobrancelha arqueada e uma expressão de repreensão - Que foi?

— Parem de briga! É o seguinte; Eu vou mandar um bilhete pra Melanie no acampamento pedindo que ela mande nossos passaportes, meu e de Poppy.

— E como se faz isso? - perguntou ele.

— Primeiro eu tenho que escrever o bilhete.

Maia me deu papel e caneta e eu escrevi:

Para Melanie

Acampamento meio Sangue

Colina meio sangue

Long Island, NY

Melanie, achamos que o carro de Apolo está em

Sudbury, no Canadá então precisamos dos

Nossos passaportes, pode nos enviar? O mais

Rápido possível, por favor. Avise a todos que estamos bem.

Saudade, Claire.

PS envie pro endereço 54 victoria st Berlin, NH

Depois vasculhei a mochila e peguei os sete drackmas de ouro que tínhamos e botei-os sobre a carta. Ouvi um estalo e o dinheiro sumiu. Em seguida a carta flutuou sobre a mesa e desapareceu com outro estalo.

— Deu certo? -perguntou Anthony.

— Acho que sim.

Depois tomamos banho. A Sra. Black emprestou, à Poppy e eu, algumas roupas, que não ficaram muito grandes, enquanto as nossas estavam sendo lavadas.

Maia mandou que eu e Poppy dormíssemos no quarto de Anthony, enquanto que ele ficou na sala. Ela nos levou ao quarto que, reparei, tinha as paredes todas no mesmo tom bege do resto da casa, com algumas fotos emolduradas na parede e sobre o criado mudo. Haviam fotos de Anthony, sua mãe e uma garotinha morena de olhos castanhos brilhantes muito parecida com Maia.

— Anthony tem uma irmã? - perguntei casualmente - Onde ela está? - Vi a expressão da Sra Black tomar um ar triste, me arrependi da pergunta.

— Tinha - respondeu ela.

— Oh... Desculpe, eu não sabia...

— Tudo bem - respondeu ela olhando a foto da garotinha. - Ela morreu à pouco mais de um ano. Anthony não fala muito no assunto porque eles eram muito apegados e... Ele se culpa um pouco, porque ela morreu quando uma Dracaena atacou nossa antiga casa em Denver. Desde que eu o contei sobre seu pai e toda a história do acampamento ele julga ser culpado, pois ela era mortal, o monstro não estava aqui por ela. Eu tento convencê-lo de que ele não tem culpa, mas não adianta muito...

— Sinto muito - falei. Essa provavelmente não era a melhor coisa à dizer, mas de qualquer forma não acho que algumas palavras a fariam se sentir melhor. - podemos falar com ele, se quiser.

Maia pôs o retrato cuidadosamente de volta à mesa de cabeceira, respirou fundo e voltou-se pra nós.

— Obrigada. Fico feliz que ele tenha encontrado vocês. - depois de uma pausa ela continuou - Muito bem, vocês podem dividir a cama ou se preferirem há um colchonete perto do armário.

— Obrigado, vamos ficar bem. - respondeu Poppy.

Maia nos desejou boa noite e saiu do quarto, dando mais uma olhada no retrato antes.

— Eu não devia ter falado aquilo não é? - falei à Poppy.

— Vai ficar tudo bem, você não sabia, não é como se ela fosse mandar Anthony terminar com você por isso - disse ela, meio tentando me fazer sentir melhor, meio tirando uma comigo.

— Eu não estou... Ele não...

— Você sabe que estão.

Tentei renunciar e joguei uma almofada em Poppy, que desviou e depois jogou outra bem na minha cara. Começamos uma guerra de travesseiros que durou pouco pois logo estávamos exaustas, morrendo de sono. Decidimos por dividir a cama que já estava prontinha só esperando enquanto que o colchonete precisava ser arrumado. Dormimos como duas pedras, e dessa vez posso realmente dizer que tivemos uma noite tranquila.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram do cap? Espero os comentários de vocês!!! Bjs!



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