Filha de Apolo escrita por Ivy Hale


Capítulo 10
Um ciclope foi sequestrado


Notas iniciais do capítulo

Voltei com mais um capítulo! Obg Star por comentar no sempre, esse cap é pra vc. Leitores fantasmas se apresentem! Enfim, nesse cap vamos passar um tempinho junto com as caçadoras de Ártemis, o que acham? Aproveitem e leiam as notas finais.



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Fiquei Atônita ao perceber os lindos lobos brancos que as rondeavam como bichos de estimação. Eles eram seguidores de Ártemis e obedeciam as caçadoras.

Queria poder chegar perto deles tendo certeza que não iam pular em cima de mim como se eu fosse o almoço, aliás era hora do almoço e eu estava morrendo de fome.

— Quem são vocês, semideuses? - perguntou Thalia.

— Você é Thalia, não é? Ai meus deuses, é você mesmo! - falei empolgada. Thalia me encarou com olhar de dúvida.

— Ela leu os livros. - explicou Poppy.

— Ahh... - respondeu Thalia com uma expressão cansada, como se estivesse acostumada a ser abordada por semideuses novatos. - Certo, o que fazem aqui?

— Estamos em uma missão, em busca da carruagem de Apolo - disse Poppy.

— Então são vocês que estão procurando pelo carro, venham conosco, precisamos conversar.

Disse ela indo em direção a estrada e depois a floresta. Seguimos as caçadoras por uma trilha e alguns minutos de caminhada depois chegamos à parte da floresta onde elas haviam armado seu acampamento. Suas barracas de acampamento eram sete tendas de seda prateada arrumadas em forma de meia lua. Thalia nos levou até sua tenda.

As outras caçadoras olhavam pra Anthony como se ele fosse um assassino em série psicopata, com todo o desprezo possível, relutantemente deixaram-no entrar também.

A tenda era muito maior por dentro do que por fora, com alguns móveis e cortinas separando os ambientes.

— Onde esta a deusa Ártemis? - perguntei.

— Ela está tendo trabalho dobrado agora, sendo noite o tempo todo.

— Como era de se esperar, aquele garoto irresponsável trouxe problemas pra todos - disse uma das caçadoras que estava por perto.

— Lia, que tal trazer alguns casacos novos pros nossos visitantes, esta fazendo muito frio, e só vai piorar.

A caçadora, que eu agora sabia que se chamava Lia, saiu relutantemente e Thalia retomou a atenção da conversa.

— Então, Lady Ártemis me avisou que vocês viriam, podem me contar tudo o que aconteceu até aqui? - perguntou Thalia - digam o que vocês sabem.

Contei a ela tudo o que tinha acontecido e também contei sobre os meus sonhos. Quando eu acabei Anthony disse:

— Tem mais uma coisa.

— Esqueci de dizer algo? - perguntei.

— Não, é que eu também falei com meu pai.

— E porque não nos contou antes? - perguntou Poppy.

— Não temos tempo pra discutir, conte logo, o que ele disse? - disse Thalia, percebi que aquela tiara em sua cabeça parecia totalmente perdida, era como um tigre de lacinho cor de rosa. A tiara prata e delicada que Thalia usava quebrava um pouco o visual Caçadora rock in roll dela.

—Eu estava dormindo na viajem pra cá e ele apareceu no meu sonho, à principio eu fiquei com medo porque ele era um homem barbudo com uma jaqueta de couro e sei lá quantas armas espalhadas por todo canto (quando eu digo sei lá quantas, quero dizer não sei mesmo, não deu tempo de contar), ele tinha espadas, uma lança e outras coisas, mas ele disse que era Ares, meu pai e...

— Fala logo a parte importante! - disse Poppy impaciente.

— Ele disse que um ciclope já foi sequestrado.

— Já? - disse Thalia - Alguém importante?

— Ele disse que era um tal de Tyson...

— O Tyson?! - dissemos eu, Thalia e Poppy em uníssono.

— Vocês conhecem o Tyson? - perguntou Thalia.

— Eu li o livro, sou fã dele lol - falei, o Tyson é meu ídolo!

— Eu o conheci, ele foi no acampamento umas duas vezes ano passado - disse Poppy.

— Então quem é esse ciclope? - perguntou Anthony.

— É o irmão do Percy - eu disse ainda em choque, O Tyson foi sequestrado?!

— Perceu? Tipo, da Grécia antiga?

— É melhor vocês darem umas aulinhas pra esse garoto pelo caminho - disse Thalia certíssima, esquecemos que Anthony não teve tempo de ouvir ou ler essas historias. Aliás semideuses não leem muito por causa da dislexia, ainda bem que não tenho muito problema com isso.

— Depois eu te explico isso, continue - falei à Thony.

— Ele disse que precisávamos salvar o garoto, Ahn... Ciclope.

— Ares pedindo pra salvar o irmão Percy? Isso é no mínimo estranho - disse Poppy.

— Talvez não, apesar dos pesares Ares sempre ficou do lado de Poseidon nas Guerras civis dos deuses, além do mais é claro que ele quer que seu filho tenha sucesso na missão - disse Thalia. - Mais alguma coisa?

— ... Não, só isso - disse Anthony, mas algo me fez pensar que ele estava mentindo.

— Muito bem - disse Thalia levantando-se, ela foi até uma mesa na extremidade sul da barraca e pegou um envelope, isso me fez lembrar a carta da minha mãe, eu não havia lido ainda. Thalia abriu o envelope e tirou de dentro um pedaço de um tecido roxo escuro que parecia seda. - Esse tecido era parte das vestes de Hecate, em conjunto com sua bússola, Claire, mostrará exatamente onde ela está que consequentemente deve ser onde está o carro de Apolo.

— Como você conseguiu isso?

— Lady Ártemis me mandou entregar a vocês - disse Thalia - parece que os deuses estão ajudando vocês, isso é tão raro! Normalmente eles iriam dificultar as coisas, mas acho que estão muito mais empenhados em derrotar essa ameaça do que estavam antes, quando deixavam o orgulho atrapalhar.

— Mas como ela conseguiu isso? - perguntou Poppy, porque Ártemis teria um pedaço de um vestido de Hecate? Talvez ela tivesse achado o vestido bonito e queria comprar um tecido igual pra fazer um pra ela, OK, não deve ter sido isso.

— Ela é uma deusa, não deve ter sido difícil - falei.

— Mas e o Tyson? - perguntou Anthony.

— Pelo que vocês me contaram, ele será usado pra transformar o carro em outra coisa, então mais cedo ou mais tarde ele também estará lá. Vocês sabem como usar a bússola?

— Ainda não.

— Tragam aqui - levei a bússola até ela. - Veja, é só girar esse pequeno botão - ela apontou um botão regulador no verso da bússola - pra configura-la. No caso vocês querem encontrar a dona de um objeto, mas também podem regular pra procurar o número de telefone de alguém ou perfis na internet...

— Internet? Sério? - disse Anthony.

— Estamos no século XXI não é? Continuando, também podem configurar pra laços de sangue, que seria pra encontrar alguém usando alguma coisa de um parente - disse ela.

— Você quer dizer que poderíamos achar Hecate usando algo de Poppy, que é filha dela? - Anthony perguntou.

— Não, não se pode achar um deus por laço de sangue, você sabe, porque eles não tem realmente DNA nem algum tipo de herança genética.

— Ahn... OK - disse Anthony, acho que ele ainda não sabia disso.

— Quem inventou essa coisa? - perguntei.

— Ahn, foi o Leo.

— Sério? O Leo? O Leo Valdez? - Eu também sou fã dele lol!

— É, e só pra demonstrar um pouco da mente privilegiada dele, ele chamou isso de algo muito inteligente como "acha-quem-você-quiser-inathor" - disse Thalia com sarcasmo.

Nesse momento Lia voltou com três casacos iguais aos das caçadoras. Quando vesti senti como se estivesse abraçando um panda, os casacos tinha uma parte coberta de pelos de um animal muito fofo e era quentinho e aconchegante. Ela estava acompanhada de outras duas caçadoras que trouxeram três deliciosos copos de chocolate quente. Aquilo era tão bom que eu desejei fazer aquele copo esvaziar nunca.

Lia e as outras saíram novamente.

— Então - retomou Thalia, ela abriu o fecho da bússola, rasgou um pedaço pequeno do tecido, colocou dentro e fechou novamente - Vejam!

O tecido roxo derreteu até se tornar liquido, mesmo sendo aparentemente impossível. Eu não havia percebido ou talvez não estivesse lá antes, mais havia um mapa mundi perfeito e minimo no mostrador da bússola. O líquido se mexeu percorrendo o mapa e diminuiu até ser apenas um pontinho, o mapa deu um zoom como se fosse digital e o pontinho parou exatamente sobre o Canadá.

— Legal, esse tal de Leo é um gênio! - disse Anthony.

— Eu não diria isso, mas talvez ele não seja tão idiota quanto parece. Vocês tem que ir agora, ... É muito longe e vocês provavelmente terão problemas no caminho.

— Canadá? A gente vai precisar pegar um voo se quiser chegar vivo, isso se Zeus não fazer o nosso avião cair!

— Vocês tem dinheiro pra pegar um avião? - perguntou Thalia.

— Temos, só precisamos achar um banco aberto - respondeu Poppy.

— Então não tem problema - disse Thalia. - O aeroporto Jetport fica à oeste, é melhor irem de táxi até lá, mas amanhã, hoje não dá mais tempo. Sinto por vocês não poderem ficar conosco pois já estamos de partida e de qualquer jeito minhas caçadoras não permitiriam, por causa dele.

— Antes de irmos você não poderia me dar mais pouquinho disso, poderia? - perguntou Anthony apontando o copo vazio.

— Poderia, mas não vou - respondeu Thalia, realmente Anthony já estava abusando da boa vontade dela - mas se vocês quiserem, meninas, podem pedir a Lia lá fora, ela não vai se incomodar. Ah, tomem isso - ela segurava uma pequena caixinha e jogou-a pra Poppy. - É uma barraca, se vocês precisarem, é só por no chão onde forem acampar e apertar esse botão e ela se monta sozinha.

— Obrigada - disse Poppy - acho que vai salvar nossas vidas.

Despedimos-nos de Thalia e voltamos para a cidade. Quando chegamos ao centro já eram quatro horas da tarde, estávamos cansados e com fome. Encontramos logo um banco e eu saquei dinheiro suficiente pra passagens, táxi, comida até o resto da missão e também pra ficarmos pelo menos essa noite em um hotel, precisávamos de um banho.

Achamos um pequeno hotel chamado Mellen e pedimos um quarto apenas por uma noite. A gerente parecia não se importar nem um pouco com o fato de três crianças (eu sei que não somos mais crianças, mas as pessoas adoram dizer o contrário) estarem com roupas sujas e talvez um pouquinho rasgadas sozinhas em um hotel de beira de estrada.

Ela nos entregou a chave de um quarto com duas camas junto com um saco de dormir, e nos desejou boa noite. Como o quarto só tinha duas camas Anthony tinha de ser cavalheiro e ceder as camas pra mim e Poppy e assim o fez.

Tomamos um banho, vestimos as roupas extras que trouxemos nas mochilas e comemos os sanduíches que ainda tínhamos, estávamos tão famintos que aqueles sanduíches pareciam ambrosia. Por fim fomos dormir pensando que teríamos uma noite tranquila. Nunca estivemos tão errados.


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Notas finais do capítulo

Então, oque acharam? capitulo meio monótono não é? mas o próximo será cheio de ação. favoritem, acompanhem, comentem, rabisquem na minha parede, façam se ouvir. com mais comentários virão mais capitulos, beijos!



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