Coloco um vestido longo azul royal e um saltinho de mesma cor. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e coloco meus brincos. Passo um gloss, por fim pego minha bolsinha. Coloco tudo lá. Remedio, batom, dinheiro, chaves.
Desço e mamãe me olha sorindo.
—vc esta tão linda.
—obg. Vc tbm esta. - sorri.
Hj ela tem um encontro. Ira conhecer um cara, q minha tia a arranjou. Usa um vestido preto de alça e rodado. Batom vermelho, salto alto, cabelos soltos.
—vc esta mais bonita q eu. - ri e me abraça.
—querida vc esta tão adulta. - beija minha bochecha.
—qual dos Boys, chegarao primeiro?
—eu aposto q sera o seu.
—5 Dolares, q sera o seu. - apertamos as mãos.
A campainha toca. Atendo a porta.
Um homem de cabelos grisalhos, charmoso, vestindo um palitô e com um buquê de flores em mãos, sorri para mim.
—Beatriz esta?
—vc sabe q flores são bregas, né? - ele fica sem graça. Mamãe aparece.
—Mari, não fale isso.
—mas não é? Estamos em pleno seculo 21. Cara, vc poderia chegar com um celular ou Wifi, em vez disso. Eu prefiro as coisas antigas, como isso, mas é modernidade. Me entende? - o homem sorri entendendo.
—obg. É uma boa ideia. - mamãe ri.
—não ligue para ela. Vamos? - assente, entregando o buquê. Mamãe pega o dinheiro na bolsa, me entregando, e saindo.
—se divirta. - grito antes q ela entre no carro.
Da partida e a vejo sumir na rua.
Entro e vou ate a cozinha.
—Tôlib? Venha. - o chamo. - Tolib? Cadê vc? - ele desce as escadas com algo na boca. É um papel.
O pego e leio:
"Mariane, sei q não é muito, mas já preparei o testamento. Quero q saiba q te amo q o q eu tenho..."
A carta para por ai. Parece um rascunho. O q esta acontecendo.
Meus pensamentos são interrompidos pela campainha.
Abro a porta e vejo a pessoa mais linda q já vi. Usa uma camisa polo preta e uma jaqueta de couro de mesma cor.
—uau... esta bonita. - sorrio. Coloco a carta dentro da bolsinha e apago as luzes. Tranco a casa e ele abre a porta do carro, uma Mercedes Preta.
Entro e ele faz o mesmo, logo começando a dirigir.
—onde vamos?
—vc é fã de alguma banda?
—sim.
—Linkin Park?
—é. Como sabe?
—apenas adivinhei. Eu tbm sou fã, e conheço a pessoa, sei q ela tbm é fã. - sorrio.
—iremos aonde?
—ja chegaremos lá. - ficamos uns minutos em silencio, ate q chegamos a um lugar enorme com luzes e muito barulho. Tem uma fila e um monte de pessoas querendo entrar.
—onde estamos?
—no show dele. - me surpreendo.
— não acredito. - saimos do carro e adentramos a fila.
—Matheus Guilborn. - fala ele e o segurança nos deixa passar. É tudo maravilhoso.
—seu sobrenome é este? - pergunto.
—não. Este é o sobrenome de meu cunhado. Meu sobrenome é Whiker. - sorrio. Entramos no camarote
····
Tudo foi muito bom. Conheci os integrantes, meu bebê recebeu beijos deles, tirei fotos e ate ganhei roupinhas, sendo q nem sei o sexo ainda.
Entramos no carro e ele começa a dirigir.
—quer ir ao parque de diversoes? - assinto.
—posso deixar aqui? - me refiro a sacola com as roupinhas e lembracinhas.
—claro, fique a vontade. - coloco a sacola no banco de tras.
Chegamos ao parque.
—quer ir aonde, primeiro?
—quero atirar. - sorri.
Uma placa enorme esta em cima da entrada.
"ESPECIAL DIA DOS NAMORADOS. PAGUE UM E O OUTRO DE GRAÇA PARA AQUELES Q NAMORAM".
Olho para ele e sorri.
—vamos tentar? - pergunto.
—tem certeza?
—claro. Vamos lá. - ele entrelaça nossos dedos e entramos. Ele comlra os ingressos e começamos a andar pelo parque.
—ali. Achei. - o puxo ate a barraca de estande de tiro. Pego a arma e atiro uns dois centimetros longe da lata. Ele paga o homem da barraca.
—quer tentar?
—não. Continue. - o puxo.
—venha logo. Sei q consegue. - revira os olhos e pega a arma. Atira na lata, q cai. Começo a pular de alegria.
—pode escolher. - o moço da barraca diz apontando para os ursinhos.
—aquele. - peço um bege, com um lacinho na cabeça. Matheus paga e saimos dali.
—vamos na roda gigante?
—pode ser. - chegamos a fila.
O cara nos para.
—são um casal?
—claro. - responde Matheus.
—onde esta a aliança? - o cara esta desconfiado.
—cara, eu estou gravida isto ja basta. - falo e ele nos olha por um tempo ate q abre a portinha para q escolhemos nossos lugares.
Escolhemos e a roda gigante começa a se mexer.
Começamos a rir.
—esta foi boa. - comenta.
— eu sei. - se aproxima da minha barriga e sussura:
—te devemos uma. - sorrio. - já tem os nomes escolhidos?
—se for menino, sera Tyler e se for menina sera Lara.
—Tyler, vc sera tão bonito quanto sua mãe. - rio. Se aproxima de mim sorrindo.
—posso? - assinto meio com medo. Nossos labios se tocam e ele põe a mão em minha barriga. O bebê chuta e rimos durante o beijo.
Sinto algo diferente.