Dark Noise escrita por Connor Hawke


Capítulo 1
O Pesadelo Começa


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem? Então está tendo esse desafio de Halloween no grupo do Nyah do Facebook, e eu resolvi me inspirar em alguns filmes, entre eles um que eu gostei muito, chama O Sinal, de 2007, que é meio difícil de achar, pois olhando no Google eu achei um com o mesmo título em português e inglês, a única coisa é que tem um aposto depois de "O Sinal", e também um pouco no filme Eu sou a lenda, também de 2007, e na famigerada série de filmes da franquia de video games, Resident Evil, falo isso pois a maioria das pessoas não gosta dos filmes, mas eu que nunca joguei um jogo de Resident Evil gostei, na verdade, gostei mais do 4, mas enfim, resolvi tentar escrever algo do tipo para o desafio de Halloween, e estou cogitando escrever mais duas partes para essa trama.

Boa leitura!



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Eu me chamo Sarah, Sarah Wayland. Até o meu pesadelo começar eu tinha uma vida completamente normal. Eu era corretora de imóveis, eu tinha um marido que me amava muito e eu também amava ele. Nós passávamos cada dia da semana juntos, bom, mais ou menos, já que ele também tinha que trabalhar, ele trabalhava vendendo apólices de seguro. Nós não ganhávamos muito, só o suficiente para nos sustentarmos.

Então o pesadelo começou. 3 horas da manhã do dia 12 de junho. Eu e meu marido estávamos dormindo na cama quando o rádio começou a fazer sons estranhos, para mim era apenas um chiado. Eu fui desligar o aparelho, mas o som que eu ouvia parecia continuar.

Meu marido que tinha ouvido o mesmo som que eu de repente enlouqueceu.

"Eu vou te matar, Sarah" ele retrucou.

"Kevin, você está doido? O que diabos está acontecendo com você?" eu gritei com ele na cama.

Meu marido avançou em mim e tentou me sufocar. Eu revidei cravando minhas unhas no rosto dele, tentando tirá-lo de cima de mim. Mas, ele continuou tentando me asfixiar.

Em um rápido pensamento, eu olhei para o rádio - relógio e tentei pegá-lo. Demorei algum tempo para alcançá-lo e pegá-lo.

Então eu desferi um golpe com o aparelho na cabeça dele e ele caiu na cama inconsciente.

Eu precisava ser rápida, então sai da cama e fui até o criado - mudo e abri a gaveta. Eu encontrei a arma de meu marido e uma caixa de balas que estavam lá. Eu carreguei a arma no nervosismo e destravei a trava com dificuldade. Minhas mãos tremulavam.

Empunhei a arma com as duas mãos e a mantive apontada para o meu marido.

O rádio - relógio na cama ainda emitia aquele chiado e como um sussurro despertou o meu marido. A expressão na face dele era demoníaca, com os dentes cerrados como os de um cão raivoso, a sobrancelha curvada no cenho e todo o resto enrugado.

Eu tentei me controlar com a arma nas minhas mãos.

"Sarah, ele não é mais o seu marido. Puxe o gatilho e atire!" eu disse para eu mesma.

Tentei fechar os olhos e me concentrar por um momento. Quando eu abri, meu marido saltou em direção a mim e eu puxei o gatilho. O tiro acertou no meio da testa dele e ele caiu sobre a cama que acabou quebrando. Uma poça de sangue se formou ao redor dele na cama.

Eu me apavorei com o que eu havia acabado de fazer.

Meu marido estava morto. Eu me arrependo de ter feito o que fiz? Claro que sim, mas eu acho que você vai dizer que foi legítima defesa.

Sem tempo para me lamuriar. Fui até o guarda roupa, coloquei a arma numa das gavetas enquanto pegava as peças de roupa nas gavetas e me vestia. Pus uma camiseta qualquer, uma de minhas calças jeans, e um par de botas de couro marrom. Peguei a arma e a coloquei na parte de trás da minha calça e sai.

Então eu abri a porta do quarto, fui para a sala e sai pela porta do meu apartamento.

No corredor, as luzes com sensor de movimento se acenderam. Eu olhei ao meu redor fazendo uma varredura pelo local. O ambiente parecia muito silencioso.

Foi então que as luzes caíram. Eu estava no escuro.

Então eu ouvi outro chiado, parecia vir de uma televisão em um dos apartamentos de meus vizinhos.

Sem pestanejar eu entrei subitamente no apartamento após arrombar a porta com um chute.

O lugar estava escuro, saquei a minha arma e a mantive apontada enquanto eu ia me aproximando aos poucos do local.

Na sala eu vi essa mulher assistindo a TV ligada com chiado na tela. Ela parecia estar em uma espécie de trânse.

"Olá! Está tudo bem com a senhora?" eu retruquei.

Ela não parecia ouvir o meu chamado. Continuei insistindo.

"Olá! Está tudo bem?"

Então eu vi a senhora se levantar do sofá e virar na minha direção. A expressão no rosto dela era a mesma do meu falecido marido.

"Senhora, você está bem?"

Ela não respondeu.

"Eu estou aqui para ajudá-la"

Uma breve reflexão sobre o caso. Então eu era imune aos sinais transmitidos pelos aparelhos eletrônicos e isso de alguma forma me transformava na heroína dessa história? Pergunta retórica.

A senhora foi se aproximando de mim.

"Não se mexa, eu não quero te machucar, senhora" eu a avisei.

Cala a boca, Sarah! Ela não é mais uma pessoa.

A senhora foi se aproximando cada vez mais. Então, sem pestanejar eu acionei o gatilho e disparei contra aquela pobre mulher.

Ela caiu no chão e uma enorme poça de sangue se formou em volta dela.

Sarah, saia logo dai!

Só por precaução, fui até a TV da senhora. Olhei bem pra ela, guardei a arma no bolso da calça e fui até um vaso de planta que havia perto da sacada do prédio. Peguei ele e o carreguei até a TV. Então eu joguei o vaso em direção a tela do aparelho, ela se quebrou. A TV ficou em curto - circuito e uma poeira preta saiu de dentro dela.

Agora, vamos sair daqui.

Então sai do apartamento da senhora e fui até o elevador. Eu acionei o botão para ele subir no meu andar. Fiquei esperando ele chegar para abrir a porta.

Quando o elevador chegou e a porta se abriu, entrei rapidamente dentro dele e apertei o botão do piso térreo. A porta se fechou e o elevador começou a descer.

Por um momento me senti segura dentro do elevador.

[...]

De repente, um estrondo ecoou. O elevador havia travado no segundo andar. As portas estavam com uma fresta de uns 3 centímetros. Forcei elas empurrando-as até abrir um espaço que desse para eu sair.

Depois de conseguir algum espaço, eu sai do elevador, saquei a minha arma e a apontei. Eu fui vasculhando a área ao meu redor. Tudo parecia estranhamente bem, não havia nenhuma pessoa sob os efeitos dos aparelhos eletrônicos.

Fui investigar a primeira ala checando cada porta dos apartamentos. Elas estavam trancadas.

Foi então que eu ouvi um grito vindo de uma das portas no fundo do corredor. Um sobrevivente? Talvez.

Andei em direção ao som que eu havia ouvido, era uma porta perto da saída de emergência do prédio. Apartamento 216, eu acho.

"Olá! Tem alguém ai?" Melhor verificar do que dar de cara com alguma "surpresa".

"Olá! Sim! Eu estou aqui" ouvi uma voz feminina responder.

"Qual é o seu nome?"

"Emily, Emily North" a dona da voz respondeu.

"Emily. Eu quero que você fique calma. Eu sou moradora do décimo segundo andar e estou aqui para ajudar,ok?"

"Como eu vou saber se você não é mais um deles?"

"Ok, isso é estranho, mas...de alguma forma eu sou imune aos sinais dos aparelhos eletrônicos."

"Ok. Tudo bem. O que você quer que eu faça?"

"Fique longe da porta. Eu já volto, está bem?"

"Está bem."

Então eu vi que no corredor havia um extintor de incêndio. Eu o peguei e o levei até a porta onde Emily estava e comecei a bater com ele na maçaneta da porta, até ela cair no chão.

Sem a maçaneta, eu dei um chute na porta e ela se abriu.

Emily correu na minha direção. Ela era uma garota de cabelos castanhos, olhos da mesma cor e estava vestindo apenas uma camisola branca e uma calcinha e os pés dela estavam descalços.

Ela então me abraçou.

"Graças à Deus você está aqui"

Eu afastei Emily de mim.

"Calma, o que houve?"

"Eu já tinha ido me deitar, quando ouvi o som da TV ligada, fazia um chiado. Eu ia desligá-la, mas ai eu fiquei com medo e por isso soltei um berro."

"Está bem. Está tudo bem, agora. Eu passei por algo parecido."

"O que houve?"

"O meu marido enlouqueceu depois que ouviu um som no rádio - relógio"

"Meu Deus! Você está bem?"

"Sim, como eu disse, eu sou imune aos sinais dos aparelhos eletrônicos, de alguma forma inexplicável".

"Estranho. A propósito, qual é o seu nome?"

"Sarah, Sarah Wayland"

"Eu acho que já fomos apresentadas."

"Sim. E você está acordada desde que isso começou?"

"Sim, eu tenho síndrome do pânico. Eu praticamente nunca saio do meu apartamento..."

"Entendo. Eu acho que é melhor nós sairmos daqui" eu sugeri.

"E ir pra onde? Eu tenho medo. Eu sempre sinto que eu estou sendo observada..." Emily disse aflita.

"Vamos procurar um lugar novo para você se abrigar, Emily. Aqui não é seguro"

Então Emily olhou para a arma com o cabo saindo pra fora do bolso da minha calça.

"Oh Meu Deus! Uma arma? Você tem uma arma?!" Emily surtou.

"Calma, é só por proteção. O meu marido a guardava para isso no criado - mudo, então eu a peguei e...bem, eu tive que matar o meu marido. Eu não tive escolha." eu explanei para ela.

"Você pode manter essa arma longe de mim? Eu..eu tenho medo de armas"

Eu puxei a arma da calça para travá-la e Emily começou a berrar alto.

Travei a arma e a guardei. Então fui acalmar a Emily. Eu a coloquei encostada na porta e tapei a boca dela.

"Não grite, Emily! Alguém pode nos ouvir"

Emily assentiu e eu tirei a mão da boca dela.

"Desculpa, você me deixou apavorada com essa arma"

"Olha, eu já guardei ela. Você está segura agora"

"Tudo bem. Mas eu não quero sair daqui. Eu me sinto segura aqui"

"Emily...apenas fique perto de mim e vai ficar tudo bem"

"Eu não sei...eu tenho muito medo de sair daqui"

"Emily, confia em mim. Eu vou te ajudar. Eu juro"

"Tudo bem."

"Agora, vamos sair daqui"

"Por onde?"

"Pela saída de emergência"

"Está bem"

Larguei o extintor no chão e fui tirar Emily dali.

"Segura na minha mão, Emily"

"Está bem"

Emily pegou na minha mão. Nós fomos até a saída de emergência. Ao entrar lá, as luzes no local se acenderam.

"Emily, não olha para trás. Apenas olhe para frente"

"Tá bom"

Emily e eu fomos descendo as escadas do segundo andar até o térreo. Saímos no Lobby. A sala estava escura, porém tranquila.

Foi então que nós ouvimos o telefone tocar.

"O telefone está tocando" Emily falou nada mais que o óbvio.

"Sim, Emily. Mas nós não vamos atender"

"Por que não? Pode ser alguém em perigo"

"Porque se o fizermos vai acontecer o mesmo que aconteceu com a sua TV" eu a lembrei.

"Ah sim. Então é melhor não atendermos"

Então pegamos o elevador do Lobby e fomos até a garagem. Nós pegamos um carro qualquer, eu quebrei o vidro da janela do carro escolhido, abri a porta, e fiz ligação direta nele até ouvir o ronco do motor.

Depois eu abri de dentro a porta do banco do carona para Emily entrar.

Eu olhei para ela do meu lado.

"Entra lá do outro lado. Eu vou dirigir"

"Tudo bem"

Emily deu a volta no carro e entrou no banco do carona. Eu me acomodei no banco do motorista. Nós fechamos as portas do carro e partimos dali.

"Eu estou pensando...vamos achar um motel para passarmos a noite"

"E se lá acontecer o mesmo que aconteceu aqui?"

"Nós quebraremos qualquer aparelho eletrônico"

"Obrigada, Sarah. Você é minha heroína. Eu acho..."

"Eu não sou nenhum herói, Emily. Eu só queria que esse pesadelo acabasse..."

Eu ainda me pergunto se isso é mesmo apenas um pesadelo...


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Notas finais do capítulo

Essa é a minha primeira fic com temática de sobrevivência. Então, eu tentei dar o meu melhor.

Espero que tenham gostado.

Até mais!



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