A chuva, à aquela chuva, ao lado da irmã uma loira, seus cabelos eram curtos, curtos demais para alguém da idade, próxima de completar seus 12 anos Crista Giantrider utilizava roupas nem um pouco “comuns”. Uma bermuda de um grosso pano marfim, camisetas medianas da mesma coloração e sapatos os quais ocultavam completamente seus pés. Uma autêntica “menina-macho”, para aqueles que não a conheciam sequer poderiam imaginar que por trás de suas roupas “pouco” sugestivas e aparência masculina, vivia uma doce e nobre criança. Criança esta ajoelhada, segurava as lagrimas como podia, mordia seus lábios finos e rosados, na tentativa de abafar seus gritos

Ao seu lado uma garota da mesma idade sofria pelas duas, suas incontáveis lagrimas borravam parte da maquiagem de seus olhos, o negro da tinta banhava sua pele alabastrina, uma trágica porém linda cena. Ostentava um longo vestido preto de rendas vermelhas, luvas vermelhas as quais se estendiam por todo seu fino braço, também era impossível não repara nas brilhantes sapatilhas negras que protegiam suas pernas. As lagrimas agora tão negras quanto seus longos cabelos escorriam de seu rosto para o rosto do pai: Verdana Giantrider, sofria por si e por sua irmã. Chorava por seu pai.

O homem não era velho, contudo exibia uma forte cicatriz diagonal a seu olho esquerdo, uma barba grisalha mediana a qual se unificava perfeitamente com o cabelo sempre caído para a direita, era alto isso porque mesmo estando caído a espada bastarda era do mesmo tamanho das pernas que eram envolvidas por uma luxuosa calça negra, esta que somente mostrava a barra e os sapatos obscuros era coberta pelo sobretudo preto repleto de adornos acinzentados, poucos locais como os ombros, mangas e peitoral eram devidamente cobertos por uma divina decoração dourada, por cima de tudo seu casaco negro e vermelho deveria estar nos largos ombros. Porem não mais, ele agora estava acima do peito do homem.

Como forma de respeito a seu líder Os Brancos restantes cobriram toda a extensão do peitoral, não havia nada ali que merecia ser visto. A espada dourada era ofuscada pela exagerada lama. Ninguém, nem mesmo os homens de maior confiança e respeito tinham coragem de se aproximar do corpo. Ao fundo “ruina” era uma palavra muito fraca para descrever o estado da sede dos exploradores.

Naquele dia...

 Eles perceberam o quão insignificantes eram.

Naquele dia...

Eles perderam tudo o que os sustentava.

Naquele dia...

Os Nosferatu despertaram.