No Trainer's Land escrita por Kaine


Capítulo 3
Batalha contra o Guardião




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Após ter ouvido a frase de Tepsei, agarro Totodile entre os meus braços e começo a correr o mais rápido possível e quando olho atrás de mim o Raikou está prestes a morder minha cabeça e tudo fica em câmera lenta. Início a pensar a tudo que aconteceu comigo até agora e olho pela última vez o Tepsei e imagino se no futuro poderíamos ter sido amigos. Ele pega a Pokeball com a mão esquerda, fazendo retornar o Scyther e percebo que ele está com alguma coisa na mão direita, que tem um formato estranho de seringa, rapidamente a enfia no seu pescoço e sem nem mesmo perceber estou com ele atrás de uma rocha. Chocada com o acontecimento eu exclamo:

—Onde estamos? O que aconteceu? Onde está o Raikou?

—Fica quieta! - Me sussurra Tepsei – Nos estamos só longe dele, ele deve estar nos procurando e é uma questão de tempo para ele nos encontrar.

—Como você fez aquilo? O que era aquela seringa? - Eu pergunto com voz baixa.

—Eu não posso te explicar tudo agora mas pense como se eu tivesse ganhado um upgrade e pudesse usar ele só por 10 minutos. – Ele responde – Agora temos que bolar um plano antes que aquele guardião apareça.

— Você não tem forca bastante para derrotar ele?

—Está louca! Aquilo é um Raikou! Ele já matou vários mercenários no passado e se eu lutar com ele, provavelmente, eu só conseguiria atrasar ele, nem mesmo nocauteá-lo.

—Me mostra o que você tem a disposição na sua bolsa- eu falo

—Ok, mas porquê?

—Só me mostre.

—Bem, eu tenho uma granada modelo Macargo, uma pistola, uma garrafa vazia e alguns materiais químicos que achei em uma fabrica

—Modelo Macargo?

—Sim, uma granada muito rara que simula o calor emitido por um Macargo para queimar os inimigos.

—Quantos graus ela pode reproduzir?

—Bem, não vai reproduzir 10,000 °C como um verdadeiro Macargo, mas acho que pode chegar até 4000 °C, mas porque a pergunta?

Medito por alguns segundos e olhando para a areia tenho uma ideia.

—Eu tenho um plano, você vai tentar atrasar o Raikou trazendo ele aqui perto e eu e Totodile cuidamos do resto.

—Você tem certeza? Eu não quero morrer tão cedo.

—Sim, pode deixar- respondo com tom seguro.

Tepsei me dá a sua pistola, falando- Você vai precisar disso- e em uma velocidade absurda ele desaparece. Pego os materiais químicos, tem um pote de soda caustica e um pote de Cal, misturo eles colocando-os na garrafa vazia. Olho para Totodile e exclamo para ele – Vai dar tudo certo, só precisa fazer o que eu falo- ele me olha e dá um gritinho com voz confiante.

Saio de traz da pedra e vejo Tepsei que, todo ferido, luta contra o Raikou desviando de vários “Thunderbolt” e “Thunder Fang” consecutivos. Ele me avista e grita contra Raikou:

—É a hora do show!

Das grandes mangas do seu casaco saem duas laminas parecidas com as do Scyther e segurando elas com confiança, começa a atacar o Raikou com uma velocidade sobre-humana tentando cortar a pele do Pokemón, mas o mesmo é muito rápido e revida os ataques com as suas garras afiadas.

Tepsei começa a mostrar o seu cansaço e Raikou aproveita para usar Thunder Fang no ombro do garoto que solta um grito de dor, enquanto está sendo eletrocutado.

Eu empunho a pistola e atiro no Pokemón tentando chamar a sua atenção, ele solta o Tepsei e me encara com um olhar ameaçador. Começa a correr em minha direção e eu grito- Totodile usa Aqua Tail na areia! - Totodile obedece e após o ataque o Raikou fica sem visão e coberto de areia, ele parece estar confuso e eu jogo a granada aos pês dele, ele recupera a visão e percebe que debaixo dele tem uma garrafa e uma granada, tenta sair do lugar, mas a granada explode e uma parede de fumaça é formada. Com todas as minhas forças vou socorrer o Tepsei e todo ferido ele fala- O que diabos você fez? – E eu respondo com lagrimas nos olhos- Te salvei, seu idiota! – Ajudo ele a se levantar.

A fumaça se dissolve e a visão que aparece é o Raikou cheio de queimaduras e com algumas partes do corpo recobertas com camadas de vidro. Furioso, ele nos encara e repentinamente ele desaparece deixando uma tempestade de areia atrás do seu rastro.

Tepsei não acredita no que vê e exclama- Como você fez aquilo?

— É uma reação química formada com a soda caustica, oxido de cálcio, areia aquecidos com uma temperatura elevada- ele me olha confuso e fala – Não entendi nada, mas você foi incrível, parabéns- eu fico vermelha e agradeço ele- Obrigada por confiar em mim

—De nada se não fosse você eu estar...- ele não consegue terminar a frase e desmaia no meus bracos.

Desesperada pego a Pokeball do Scyther do bolso do Tepsei e solto o Pokemón, olho para ele e falo- Precisamos levar ele a um médico, me ajuda a levar ele até a cidade!

Scyther não pensa duas vezes e me ajuda a carregar o dono dele.

Após alguns minutos chegamos perto das muralhas e eu grito por alguém abrir os portões:

—Abrem os portões! Tem uma pessoa ferida aqui!

Os portões se abrem e uns soldados saem e pegam o Tepsei no colo, quando um velho aparece entre eles exclamando:

— Bem-vindos a Azalea!

—Obrigado por nos acolher.

—E obrigado por trazer minha cobaia de volta- ele fala com um sorriso doente.

—C-Cobaia?

Um soldado me nocauteia com um soco e eu começo a desmaiar fechando e abrindo meus olhos lentamente com aquele velho que me olhava sorrindo.


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